Prefácio
dos domingos comuns - Ofício dominical
Glória
e Credo Cor: Verde - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona: Eu
sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se chamar por mim em
qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Oração
do Dia: Ó Pai, que resumistes toda lei no amor a Deus e ao
próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos
chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro do Profeta Isaías 55,6-9
Buscai
o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está
perto. Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas
maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte
para nosso Deus, que é generoso no perdão.
Meus
pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos
não são como os meus caminhos, diz o Senhor. Estão meus caminhos
tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos
pensamentos, quanto está o céu acima da terra. - Palavra
do Senhor.
Comentário
(deusunico.com): Numa
sociedade dominada pelo ídolo dinheiro, o povo gasta tudo o que tem
e acaba na sede e fome. O profeta convida a uma nova aliança com
Deus que coloca a vida humana como supremo valor, transformando
todas as relações sociais e assegurando a todos alimento e
dignidade. A realização desse projeto atrairá os povos, porque
verão que esse é o verdadeiro projeto para a vida.
Deus
tem um projeto de verdadeira realização para a história:
liberdade e vida para todos. Esse projeto é revelado aos homens
através da Palavra que, gerando acontecimentos, concretiza o
projeto de Deus. A sabedoria do homem consiste em procurar Deus,
isto é, converter-se para ele, ouvir a sua palavra e tornar-se
aliado seu na luta em prol da liberdade e vida para todos.
Salmo: 144,2-3.8-9.17-18
(R. 18a)
O
Senhor está perto da pessoa que o invoca!
Todos
os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para
sempre. Grande é o Senhor e muito digno de louvores, e ninguém
pode medir sua grandeza.
Misericórdia
e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O
Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda
criatura.
É
justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca
lealmente.
Segunda
Leitura: Carta de São Paulo aos Filipenses 1,20c-24.27a
Irmãos:
Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja
pela minha morte. Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é
lucro. Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho
será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher.
Sinto-me
atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar
com Cristo - o que para mim seria de longe o melhor - mas para vós
é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. Só uma
coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo. -
Palavra do Senhor.
Comentário
(deusunico.com): Paulo
provavelmente tem meios para ser solto da prisão e escapar à
morte. Mas encontra-se num dilema: viver ou morrer? No contexto da
sua fé, as duas coisas se equivalem: viver é estar em função de
Cristo, ou seja, da evangelização; e morrer é lucro, pois leva a
estar com Cristo. Paulo resolve o dilema, não levando em conta seu
próprio interesse, mas o que é melhor para a comunidade: continuar
vivo, para ajudar os filipenses a crescer e se realizar plenamente
na fé.
Grande
exemplo de perseverança, mesmo que os planos de Deus se tornem
incompreensíveis, é-nos dado na leitura da epístola aos
Filipenses. O cristão vive unicamente para Deus, não em função
de recompensas por méritos pessoais. Qualquer que seja a situação,
boa ou ruim, deve perseverar no bem e na busca de agradar unicamente
a Deus, seguindo em frente sem hesitar.
O
cristão não deve desanimar nunca, mesmo se, depois de repetidos
esforços, sentir-se fracassado ou mesmo perseguido, como o apóstolo
Paulo. É necessário confiar somente em Deus, pois só ele pode dar
eficácia à atividade humana. Mesmo sem entender o que acontece
consigo, o cristão deve viver de modo digno do evangelho (v. 27).
Evangelho
de Jesus Cristo segundo Mateus 20,1-16a
Naquele
tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: "O Reino
dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para
contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os
trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha.
Às
nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam
na praça, desocupados, e lhes disse: 'Ide também vós para a minha
vinha! E eu vos pagarei o que for justo'. E eles foram. O patrão
saiu de novo ao meio-dia e às três da tarde, e fez a mesma coisa.
Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que
estavam na praça, e lhes disse: 'Por que estais aí o dia inteiro
desocupados?' Eles responderam: 'Porque ninguém nos contratou'. O
patrão lhes disse: 'Ide vós também para a minha vinha'.
Quando
chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: 'Chama os
trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos
últimos até os primeiros!' Vieram os que tinham sido contratados
às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida
vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber
mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. Ao
receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão:
'Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós,
que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro'.
Então
o patrão disse a um deles: 'Amigo, eu não fui injusto contigo. Não
combinamos uma moeda de prata? Toma o que é teu e volta para casa!
Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a
ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo
que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?'
Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os
últimos". - Palavra da Salvação.
Comentário
(Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): As
parábolas narrativas são caracterizadas por sua extensão e por
seus detalhamentos. Esta de hoje é exclusiva de Mateus. No cenário
aparecem o dono da vinha, imagem característica na tradição de
Israel, e os trabalhadores desocupados na praça, cena
característica de uma cidade grega.
Uma
parábola dá margem a uma pluralidade de interpretações. Estes
"desocupados" não eram indolentes, mas curtiam a amargura
da busca de um trabalho para a sobrevivência diária, excluídos
pelo sistema social. Comumente se vê na parábola a expressão da
simples generosidade do proprietário que convocou os operários.
Com pena dos últimos, decidiu dar-lhes o mesmo que aos outros.
Outra
interpretação pode ser a compreensão do significado do trabalho.
O trabalho não é mercadoria que se vende, avaliado pela eficiência
do trabalhador que produz. O trabalho é o meio de subsistência das
pessoas e da família, bem como é serviço à comunidade, pela
partilha de seus frutos. Todos têm direito ao essencial para a sua
sobrevivência.
Na
parábola, a todos foi dado o necessário para a sobrevivência de
um dia, independentemente da quantidade de sua produção. O fruto
do trabalho é uma extensão do próprio trabalhador. A venda deste
fruto por um salário é uma alienação da dignidade do trabalhador
e da trabalhadora. É vender uma parte do seu ser, uma extensão de
seu próprio corpo, para a acumulação de riqueza e prazer de
outro.
A
conversão da injustiça para a justiça é o seguimento do caminho
de Deus (primeira leitura) que leva à prática de uma cidadania no
resgate da dignidade humana e da vida (segunda leitura).
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE SETEMBRO:
Intenção
Universal: Portadores de deficiência mental -
Para que os portadores de deficiência mental recebam o amor e a
ajuda que necessitam para levar uma vida digna.
Intenção
para a Evangelização: Serviço
aos pobres - Para
que os cristãos, inspirados pela Palavra de Deus, se comprometam
com o serviço aos pobres e aos que sofrem.
SETEMBRO
MÊS DA BÍBLIA
A
Igreja faz uma referencia especial ao mês de setembro como sendo o
”Mês da Bíblia”, levando em conta que também fazemos memória
no dia 30 a São Jerônimo, este santo que viveu entre 340 e 420 e
que foi o responsável pela tradução das Escrituras do hebraico e
do grego para o latim.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo
do Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
CATÓLICOS
COM JESUS: GRAÇA E PAZ
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Crendo
e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica