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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Homilia do 32º Domingo do Tempo Comum

Leituras: Ezequiel 47, 1-2.8-9.12; Salmo 45 (46), 2-3.5-6.8-9; Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 3, 9c-11.16-17; João 2, 13-22.

 “O Zelo por tua casa me consumirá”
COR LITÚRGICA: BRANCA

Animador: Nesta páscoa semanal de Jesus, lembramos um templo que ficou marcado na tradição da Igreja. É a festa da Dedicação da Basílica do Latrão. Trata-se da Catedral de Roma, onde o Papa é o bispo. Esta tradição remonta o século XII. Inicialmente foi uma festa exclusivamente da cidade de Roma; mais tarde, estendeu-se à Igreja de Rito Romano, com o fim de honrar a basílica que é chamada mãe e cabeça de todas as Igrejas da Cidade e do Mundo. É um sinal de comunhão de todas as nossas Igrejas com a Igreja-mãe. Pensemos nela como símbolo da unidade da Igreja e recordação dos muitos edifícios em que o povo de Deus se reúne para celebrar a fé em comunidade.

1. Situando-nos brevemente
O aniversário de uma catedral é anualmente celebrado, pois evoca e celebra a unidade da Igreja na igreja mãe. A unidade de todo o povo de Deus encontra na liturgia a sua expressão maior, cume e fonte de toda ação da Igreja. Celebrar a dedicação da Basílica Lateranense é, pois, expressão da nossa unidade ao Bispo de Roma, sucessor de Pedro.

Por ser a catedral do Bispo de Roma, a Basílica do Latrão torna-se a igreja mãe de toda a Igreja Católica Romana – da cidade de Roma e de todo o mundo. Construída pelo imperador Constantino no tempo do Papa Silvestre I, foi dedicada no ano de 324. Sua festa, antes celebrada apenas pela cidade de Roma, no ano de 1565 começou a ser também realizada por comunidades católicas de rito latino de todo o mundo.

Os textos bíblicos para esta festa são próprios e encontram-se no Lecionário Dominical I, nas páginas 1102-1104. Os formulários litúrgicos encontram-se no Comum da dedicação de ma igreja, formulário “B. Em outra igreja”, no Missal Romano, na pag. 731.

2. Recordando a Palavra
Para os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), Jesus sobe a Jerusalém para a festa da Páscoa apenas uma vez durante a sua atividade pública. Para o Evangelho de João, no entanto, Jesus sobe a Jerusalém, três vezes (cf. 2, 23; 6,4; 13,1), participando todos os anos da festa maior do judeu fiel. Estava próxima a festa da Páscoa. E João faz questão de dizer que se trata da Páscoa dos judeus, diferenciando-a da Páscoa que fará Jesus.

O Templo, casa de Deus, deveria ser o lugar privilegiado da presença de Deus em meio ao seu povo, lugar da escuta de sua Palavra e da experiência amorosa do encontro com Deus. Jesus depara-se com uma realidade oposta, tendo o Templo sido transformado em lugar de “comércio” com Deus, explicitamente mostrado pela presença dos diversos cambistas e vendedores de animais para os sacrifícios.

Os cambistas deveriam trocar moeda a estrangeira dos peregrinos em moeda corrente do Templo. Todos deveriam fazer o câmbio não apenas porque uma moeda estrangeira não teria valor de compra em Jerusalém, mas também porque, segundo as prescrições judaicas, uma moeda estrangeira era impura, e por isso, impedida de comprar alimentos, e principalmente, os animais para serem oferecidos em sacrifício. E estando próxima a festa da Páscoa, esta prescrição era observada com mais rigor ainda, pois a impureza ritual impediria o peregrino e celebrar a Páscoa.

Numa perspectiva profética, exigindo radical conversão, Jesus mesmo confeccionou um chicote e expulsou todos do Templo e espalhou as moedas, derrubando as mesas dos cambistas.

Este Templo dever ser “reconstruído”, diz ele. O lugar da relação com Deus deveria passar agora por outro Templo: o corpo de Jesus, “levantando”, e em três dias, ressuscitado, referindo-se à sua Páscoa. Este corpo ressuscitado é, por decorrência, o novo Templo agora erguido, a Igreja nascida em Jesus e da sua páscoa.

3. Atualizando a Palavra
Todas as comunidades católicas neste dia estarão unidas à sede de Pedro, seu sucessor, o Papa Francisco. No dia da sua eleição, em 13 de março de 2013, ao achegar-se à fachada da Basílica de São Pedro, inclinando-se fez um gesto profético, pedindo a todo o povo presente na praça, que rezasse por ele, pois necessitava da oração de todos da Igreja.

Hoje, nos colocamos nesta unidade com ele e com seu ministério petrino, e, como Igreja, somos chamados a elevar preces a Deus, para que o ilumine e o acompanhe com as luzes do seu Espírito Santo, auxiliando-o em sua missão no mundo. Unidade que se estende às nossas igrejas particulares, na comunhão com o nosso Bispo local, pastor do rebanho que lhe fora confiado.

Esta festa também nos remonta à Igreja que somos nós, corpo de Cristo, do qual ele é a cabeça. Igreja diversificada em seus ministérios, como serviços de anúncio do Evangelho e vivência dos seus valores. Igreja construída sobre o alicerce dos Apóstolos, que tem como pedra viva e angular o próprio Jesus Cristo, seu Senhor e esposo. Igreja esposa, que na relação amorosa com Jesus gera seus filhos pelos Sacramentos. Igreja que testemunha o seu Senhor por suas ações proféticas e de defesa do bem comum, da justiça e da paz.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
A igreja templo é também para nós um sinal grandioso. Sinal da “casa”, morada de Deus, mesmo sabendo que nada pode enquadrar e aprisionar Deus, por mais sacro que isto seja.

Como sinal, a igreja nos remete à experiência de fé e de relação de proximidade com Deus enquanto lugar de louvor e da própria manifestação de Deus através da proclamação da sua Palavra e das ações rituais celebrativas, sacramentos da ação de Deus em favor do seu povo.

Para nós esta ação divina encontra em Jesus Cristo a sua plenitude. Pelo seu mistério de amor, na entrega de sua vida para a salvação da humanidade, constrói com a família humana um laço muito estreito, reconstruindo a relação entre Deus e a humanidade. Participamos do mistério de páscoa pelos sacramentos, principalmente pelos sacramentos da iniciação cristã, tendo na Eucaristia a sua plenitude e perenidade.

“Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo” (Jo 2,21). A unidade da Igreja não é realizada por uma declaração ou por uma ideologia. Ela, em primeiro lugar, é sacramental: a Eucaristia que celebramos nos torna um só corpo com Cristo em seu mistério de páscoa. Unidade que atinge todos os cristãos e até o universo, pela força cósmica que tem a própria Eucaristia (Cf. JOÃO PAULO II, Carta Encíclica, “Ecclesia de Eucharistia”, sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja. A voz do Papa n. 185, Paulinas São Paulo, 2003, n.8, p. 11; KASPER Valter. O Sacramento da unidade. Eucaristia e igreja, Loyola, São Paulo, p. 107).

Da Eucaristia, corpo místico de Cristo, por decorrência, emana uma força como água que sai do “santuário” e banha as árvores, dando-lhes vigor, fazendo-as produzir frutos que servirão de alimento e remédio. Sim “os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo” (Sl 45), 5 – refrão do Salmo responsorial.

A unidade da Igreja, portanto, está em Jesus Cristo. “De fato, ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que está aí, já colocado: Jesus Cristo” (1Cor 3,11 – segunda leitura). E nós somos o santuário de Deus em Cristo, pela unidade que ele gera na Igreja, por força do Espírito Santo invocado sobre o povo celebrante pelas epícleses das orações eucarísticas e que o torna participante do único pão eucarístico. A nossa unidade se torna visível, dessa forma, tanto pela ação eucarística em nós, quanto pelo ministério petrino que exerce o Papa. E isso se expressa esteticamente por nossos templos (prefácio da festa).

PRECES DA ASSEMBLÉIA
Presidente: Peçamos ao Pai para que nosso amor e compromisso com a Igreja aumente cada dia mais.
1. Senhor, que os pobres, os infelizes e os desesperados saibam que a tua Igreja é também a casa deles. Peçamos:
Todos: Senhor, atendei-nos!
2. Senhor, não permitas que transformemos a tua Igreja em lugar de gente egoísta que busca a sua própria salvação, como se os outros não existissem. Peçamos:
3. Senhor, ajude-nos a honrar o templo do teu Pai que está em cada irmão e irmã. Peçamos:
4. Senhor, ajude-nos a ser uma Igreja-sinal de vida, de caridade, de compaixão, unidos a todos, trabalhando na construção do teu Reino. Peçamos:
5. Senhor, que possamos perceber tua presença na Igreja templo, transformando este lugar num lugar santo. Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente: Tudo isso te pedimos, ó Pai, em nome do teu Filho, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Comemorando o dia em que enchestes de glória e santidade a vossa casa, pedimos, ó Deus, que façais de nós oferendas que sempre vos agradem. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Concedei, ó Deus, que o vosso povo santo receba com alegria as vossas bênçãos, e recolha os frutos espirituais da vossa participação nesta festa. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

AGENDA DO BISPO DIOCESANO:
Dia 06/07/08/09 de novembro: Encontro bíblico-catequético e assembleia em São Caetano do Sul, SP.

Dia 11 de novembro – terça-feira: Missa – ação de graças – terço dos homens – Santa Luzia – Cordeirópolis – Padre Wellington – 19h30min.

Dia 12 de novembro – quarta-feira: assinatura digital na ACIL – 10h00.

Dia 13 de novembro – quinta-feira: reunião da Comissão Representativa na CNBB – São Paulo – 09h00.

Dia 14 de novembro – sexta-feira: Atendimento na residência episcopal – 09h00 às 11h00; Crisma na Santa Luzia – Cordeirópolis – Padre Wellington.

Dia 15 de novembro – sábado: Crisma na paróquia Nossa Senhora de Fátima – 19h00 – Limeira – Padre Marcelo.

Dia 16 de novembro – domingo: Crisma na Paróquia Santa Rita de Cássia - Artur Nogueira – Padre Élcio – 08h00; Renovação dos votos Instituto Camiliano de Araras – Nossa Senhora de Fátima – 08h00 – Araras; Crisma Jesus Cristo Bom Pastor – Limeira – 18h00 – Padre Vitor.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Ó Deus, neste dia em que celebramos a festa do templo que, em Roma, é nossa Igreja-mãe, nosso lar inicial da fé, que a vossa família possa ser portadora de esperança, de vida e da gratuidade que o próprio Cristo viveu e deixou como caminho. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Presidente: (Dá a benção despede a todos).

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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