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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

ENTREVISTA COM DOM VILSON DIAS DE OLIVEIRA, DC - BISPO DIOCESANO DE LIMEIRA, SP

ENTREVISTA COM DOM VILSON DIAS DE OLIVEIRA, DC - BISPO DIOCESANO DE LIMEIRA, SP
1)     O livro é fruto de seu mestrado. Conte-nos um pouco sobre sua pesquisa. Quais lugares o senhor observou para desenvolver o trabalho? O mestrado foi por qual instituição?

R: O livro nasceu primeiramente pela sugestão dos catequistas com quem trabalhei por 6 anos, como Assessor Regional em São Paulo, na Região Ipiranga (Zona Sul da capital). Na época fizemos uma pesquisa junto aos adolescentes das comunidades e vimos a importância de um estudo mais aprofundado sobre o tema: “Catequese com Adolescentes”, uma catequese onde os adolescentes fossem protagonistas.

2)     A publicação do senhor, antes mesmo de chegar às livrarias, já despertava grande interesse. Há uma carência na produção literária que traz como objeto a evangelização de adolescentes? Por que poucos se dedicam ao tema?
R: Já há algum tempo as pessoas solicitavam pelo meu estudo. Mas achei por bem esperar o melhor momento. De 2003 até aqui vários anos se passaram. Pude atualizar a tese com alguns documentos importantes como o Documento de Aparecida, o Diretório Nacional de Catequese, onde também pude dar minha contribuição, e documentos referentes à Comunicação, entre outros. Realmente poucas pessoas têm escrito sobre este tema. Creio que por ser uma catequese onde não se finaliza com “sacramento” muita gente não despertou para esta importante parcela do povo de Deus que são os adolescentes. 

3)     Durante a pesquisa, o senhor teve contato com muitas realidades. Destacaria alguma iniciativa que chamou a atenção por cativar os adolescentes para a participação na Igreja?
Na pesquisa tive apoio dos catequistas de São Paulo (realidade urbana) e também dos catequistas de cidades menores e meio rural no /Regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe). Destacaria os trabalhos de catequistas nas áreas urbanas ou rurais, que buscam por diversos meios evangelizar este grupo de pessoas através de cinema, teatro, palestras, jogos, estudos bíblicos, jornadas catequéticas, painéis, visitas a marginalizados, entre outros.

4)     Recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostrou queda no número de fiéis que se declaram católicos. Entre os jovens, os números são ainda mais acentuados. (Segundo a Fundação Getúlio Vargas, que baseou seu estudo em enquetes com cerca de 200 mil pessoas, a maior queda foi entre os jovens de 15 a 19 anos, quando 67,5% se declararam católicos em 2009, contra 75,2% em 2003, perda de 7,7 pontos percentuais). Na avaliação do senhor, por que o jovem tem se afastado da Igreja?
R: Primeiramente essa pesquisa é dúbia, porque as pessoas não foram orientadas a dizerem sua religião completa: existia um grande elenco de católicos: romano, carismático, ortodoxo, católica brasileira, etc. Assim, o item “Católico Apostólico Romano” ficou prejudicado. Segundo, porque é comum vermos os adolescentes, de qualquer religião “dar um tempo”, pois estão em tempo de descobertas. No caso dos católicos, é justamente esse tema que tratei em meu livro: a necessidade de acompanhar os adolescentes, especialmente após a catequese eucarística, para que ele/ela possa continuar na caminhada em sua comunidade de referência, sendo evangelizados nesse período (catequese de perseverança ou com Adolescentes), para unir com a próxima etapa na catequese crismal, e depois no processo de engajamento no grupo de jovens e nas demais pastorais, movimentos e serviços de nossa Igreja.

5)     Curiosamente, a Jornada Mundial da Juventude é considerada um dos maiores eventos do mundo. É um sinal de que o jovem busca o encontro com Jesus?
R: Sem sombra de dúvidas. Hoje a juventude tem buscado os caminhos da Igreja e têm buscado fazer a experiência de Deus. É bom recordar que 16.000 jovens brasileiros estiveram na JMJ em Madrid, e iremos receber em 2013 a JMJ aqui em nosso país, sendo assim um reconhecimento da Igreja pelo trabalho de nossa juventude. É claro que isso irá trazer muito trabalho, mas a CNBB e a Arquidiocese do Rio de Janeiro estão empenhadas, juntamente com todo o Setor de Juventude do nosso país, para termos a maior JMJ da história de todas as jornadas. Queremos reunir no Rio de Janeiro mais de cinco milhões de jovens. E é claro que nossa Igreja conta com o empenho de todos, também dos que trabalham com os adolescentes.

6)     O senhor escreveu o livro Catequese com Adolescentes. É possível, por meio da catequese, resgatar esta parcela da população que tem se afastado da Igreja?
R: Acredito que sim. É claro que esse trabalho tem que ser feito de forma articulada e organizada, especialmente despertando pessoas para atingir nossos jovens e adolescentes, estaremos atingindo milhares de pessoas afastadas, especialmente, porque o trabalho deve envolver os pais e a família. Com  o apoio da Igreja, e tendo assessores, catequistas, atingiremos e conquistaremos muitas pessoas para Deus.

7)     Qual o caminho seguir para que o adolescente, depois de crismar, continue na Igreja, nas mais diversas atividades?
R: O caminho do engajamento nas pastorais, movimentos e serviço de nossa Igreja. Desde a presença no grupo de jovens, até nos diversos grupos que os adolescentes gostam: música, dança, liturgia, teatro, coroinhas, acólitos, vocacionais, missionários, gincanas, entre outros. O mais importante é envolvê-los na caminhada em nossas comunidades. E, também, os encontros de Perseverança ou dos Adolescentes, depois da Primeira Eucaristia e mesmo da Crisma, muito ajudarão para que os mesmos possam conhecer mais a pessoa de Jesus e possam de verdade, fazer a opção por Ele.

 O mercado do entretenimento, sempre em expansão, contribui para que o jovem se afaste da Igreja?
R: Acredito que sim. O mercado até utiliza de propagandas para atingir o alvo dessa idade como as campanhas “teens”, ou como falar para este grupo, mas no sentido do materialismo, e de negócios, basta ver as propagandas e presença nos “Shoppings”. Isso muitas vezes pode levar o jovem a não despertar para Deus, para os gestos de amor, de solidariedade e serviço aos irmãos. Por isso, o nosso trabalho, e o trabalho dos pais cristãos devem ser redobrados.

8)     Ocupada de forma intensa por jovens e adolescentes, o próprio Papa Bento XVI pediu que a internet seja utilizada, também, como instrumento de evangelização. A Igreja Católica tem feito bom uso da rede mundial de computadores para cativar a juventude?
R: A Igreja tem sim trabalhado junto aos Meios de Comunicação para cativar a todos, também a juventude. Desde o Papa João Paulo II que inaugurou um canal Eclesial no Vaticano, a Igreja tem multiplicados os espaços onde tem procurado evangelizar os nossos jovens. Aliás, é bom dizer que muitos dos nossos sites nas dioceses e paróquias têm o apoio e a ajuda de muitos membros da PASCOM juvenis.

9)     A diversidade cultural, acentuada num mundo que está cada vez mais conectado, que oferece uma infinidade de caminhos, pode ser considerada um fator que contribui para que jovens deixem de integrar a comunidade católica?
R: Creio que não. Quando se há preocupação dos pais, dos educadores, dos catequistas em formas pessoas para o bom caminho, a juventude responderá positivamente. Depois não devemos criar uma idéia de que tudo que está na internet é ruim, ou passar somente uma idéia de “medo do diferente”. Devemos educar para os valores, e para que os jovens dêem sua contribuição como cristãos católicos no mundo e em nossa sociedade.

10) Investir na formação de grupos juvenis é um caminho para que os adolescentes descubram o valor da fé. Como conduzir a formação destes grupos, para que não ocorra uma dispersão? 

R: É preciso acreditar nesse trabalho, que é também uma missão para nossa igreja: formar catequistas e assessores para trabalhar junto desses adolescentes e investir nos próprios adolescentes, para eles/elas sejam protagonistas em seu caminho de fé, sempre é claro acompanhados e ajudados pelos pais e catequistas. Temos urgência de trabalharmos esse tema “pois, a catequese deve levar o cristão a penetrar plenamente no Mistério de Cristo (CR 98)"

Enviado por: DOm Vílson Dias de Oliveira

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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