Irmãos e irmãs de caminhada: segue reflexão para o 2ºDomingo-Advento-B-2014. Bom final de semana a todos. Motivem bem para a "Campanha da Evangelização". Um ótimo final de semana a todos/as. Com estima,
Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP
DIOCESE
DE LIMEIRA –2º DOMINGO DO ADVENTO
07
de Dezembro de 2014
“Eis
que eu tenho o mensageiro à tua frente para
preparar o teu caminho”
Leituras:
Isaías 40, 1-5.9-11; Salmo 84 (85), 9ab-10-11-12.13-14 (R/ 8);
Segunda Carta de Pedro 3, 8-14; Marcos 1, 1-8
COR
LITÚRGICA: ROXA
Animador:
Nesta
páscoa semanal de Jesus somos convidados a preparar os caminhos do
Senhor, o que significa criar condições para encontro com o Senhor
na sociedade onde vivem as nossas comunidades. Deus mesmo vem e
caminha à nossa frente, para nos tirar da escravidão e nos conduzir
à terra prometida. Desta forma somos chamados à conversão, a fim
de que refeitos pela misericórdia de Deus possamos ajudar neste
trabalho da implantação de seu Reino.
1.
Situando-nos
A
dinâmica que perpassa as leituras deste domingo é a do caminhar de
libertação e volta à pátria para os exilados, da conversão para
o encontro com o Messias (Evangelho), de esperança no “Dia de
Deus” para que seja apressado o dia em que haverá “novos céus e
nova terra, onde habitará a justiça” (segunda leitura). O Advento
não deixa de ser um caminho que fazemos em busca do Senhor, ouvindo
a sua voz.
Por
isso, cantamos no início da celebração: “uma voz clama no
deserto com vigor, preparai hoje os caminhos do Senhor. Tirai do
mundo a violência e a ambição, que não nos deixam ver no outro o
nosso irmão”.
Com
a mensagem de João Batista, precursor do Messias, Deus vem para
refazer conosco a sua aliança e nos convida a preparar no deserto os
seus caminhos pela conversão pessoal e comunitária. O Advento passa
a ser um caminho para chegarmos a Deus e mergulharmos na salvação
que Jesus nos conquistou.
2.
Recordando a Palavra
Na
primeira leitura, é lembrado o exílio da Babilônia. O profeta
anuncia o retorno, já próximo, ao povo de Israel, desolado pela
perda de sua autonomia e pela destruição de sua identidade. O texto
traz uma mensagem de alegria que o Senhor pronuncia pelos lábios de
Isaías. A citação do profeta é recolhida no Evangelho de Marcos
na aclamação do Evangelho: “Preparai o caminho do Senhor,
endireitai as veredas para ele” (1,2).
Este
mesmo versículo é aproveitado na aclamação ao Evangelho, mas com
a versão de Lucas: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as
veredas para ele”. (...). É chave de leitura do Evangelho deste
domingo. Não se trata apenas da iminência do Reinado de Deus na
pessoa de Cristo, num momento histórico preciso, mas na percepção
de sua chegada por parte dos que o aguardam e estão atentos à sua
palavra permanentemente, sintonizada, assim, com a espiritualidade
típica do Advento. Isso é confirmado pelo Salmo Responsorial que
nos traz como refrão: “Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade e a
vossa salvação nos concedei”, coincidindo com o teor do versículo
aleluiático.
O
Salmo 84 (85) é a oração dos israelitas que voltam do exílio, mas
não encontram Jerusalém tão gloriosa como tinham imaginado
enquanto se encontravam longe dela: a cidade em ruínas, os campos
devastados e sofrendo uma terrível seca, os inimigos vizinhos
dificultando a reedificação do Templo. O lamento sobre esta
situação constitui a parte principal do salmo, precedida de um
pedido de restauração plena.
A
segunda carta de Pedro é uma mensagem aos que esperam com anseio a
vinda do dia de Deus. A eles cabe uma vida reta e não tortuosa. O
caminho aplainado e anunciado pelo profeta é a própria existência
no mundo.
À
medida que Deus vem no Cristo, a vigilância nos insere numa maneira
diferente de se portar diante da vida. Ouvidos e olhos – os
sentidos de recepção e acolhida – tornam-se mais atentos que
façamos a experiência do cumprimento de suas promessas e sejam
inaugurados “novos céus e uma nova terra” (3,13).
No
Evangelho encontramos o prólogo de Marcos: “Início do Evangelho
de Jesus Cristo, Filho de Deus” (1,1). Temos assim as bases
fundamentais para compreender com maior profundidade o anúncio da
Boa-Nova do Reinado de Deus que se desenvolverá ao longo da
narrativa de Marcos. É um começo que abarca o livro inteiro, pois,
todo o Evangelho segundo Marcos deve ser ouvido como boa notícia
sobre Jesus Cristo.
Marcos
não relata nada sobre a infância de Jesus, mas, por intermédio de
João, apresenta Jesus adulto, em seu ministério, marcado por
conflitos e muita esperança para o povo. Nem todos entendem a missão
de Jesus. Muitos a rejeitam violentamente. Um drama começa logo no
início e se manifestará no mistério final da sua morte e
ressurreição.
Marcos
deixa claro que tudo o que vamos encontrar nesse livro é apenas o
começo. O evangelista diz que percorrer o caminho que leva a Jesus é
estar disposto a começar, a repreender. Os discípulos precisam de
muita iniciação e abertura de coração. Por isso, Jesus, após a
Ressurreição, os manda para a Galileia, lugar onde iniciou a sua
atividade libertadora. É aí que poderão encontrá-lo.
Galileia
é onde estão os marginalizados. Com isso, Marcos nos garante que se
quisermos encontrar Jesus e degustar a boa notícia que Ele é e
traz, precisamos recomeçar sempre a partir dos empobrecidos e
marginalizados da sociedade, aprendendo com suas esperanças e lutas.
Então,
a boa notícia é a pessoa e ação de Jesus, chamado de Cristo,
Messias, e Filho de Deus. Essa afirmação estrutura o Evangelho de
Marcos e se encontra no início (1,1), no meio (8,29) e no final. Os
que acolhem a proposta de Jesus são convidados a fazer a mesma
constatação do evangelista, de Pedro e do oficial romano,
declarando que Jesus é o Messias.
Os
moradores da Judeia e da cidade de Jerusalém que procuravam João no
deserto, para ouvir a sua mensagem e receber a motivação para o
arrependimento, insatisfeitos com as liturgias penitenciais do
Templo, ouvem agora aquela voz no deserto, que anuncia a Jerusalém é
às cidades a Boa-Nova da chegada do Messias.
3.
Atualizando a Palavra
João
Batista é ícone desta personalidade vigilante que exige a conversão
perante o Dia de Deus. Evidentemente, o cumprir-se das promessas de
Deus não está limitado a uma ordem social e política que se possa
conceber numa ou noutra época e neste ou naquele espaço geográfico.
Tem
muito mais a ver com a nova condição existencial dos que são
vigilantes quanto à vista de Deus em qualquer tempo e lugar. Assim,
a conclusão do trecho do Evangelho deste domingo alude ao mergulho
no Espírito de Cristo – o Batismo.
Os
batizados em Cristo são novíssimas criaturas. Trazem consigo o seu
Espírito, o que significa compartilhar de seu modo de vida, de sua
palavra, de seus sentimentos e ações. Como discípulos e discípulas
que são, têm os ouvidos abertos e os olhos atentos. Captam toda
palavra de paz dita por Deus, fazendo-a reverberar, nos confins da
terra, de modo que ela produza frutos que possam ser colhidos e
degustados. São, também, filhos e filhas da glória de Deus,
visibilidade de seu esplendor. Sentem-se manifestações do Cristo na
fidelidade a seu Evangelho.
O
Tempo do Advento, da expectativa pelo Dia de Deus, nos faz assumir um
itinerário de conversão, de modo que nenhuma atividade terrena nos
impeça de correr ao encontro do seu Filho.
No
mundo em que vivemos, o trabalho dos cristãos se insere no contexto
de consolidação. De ambientes capazes de acolher e manifestar-se a
presença do Senhor. Toda obra que coopera para a paz e para a
justiça, portanto, se enquadra como manifestação da bondade de
Deus aos olhos fiéis do Evangelho.
Soam
ecos da Palavra do Senhor, vozes que se encontram em sinfonia no
cumprimento das promessas messiânicas de “novos céus e nova
terra” (2Pd 3,13).
4.
Ligação a palavra com a ação litúrgica
Advento
é tempo de proclamar e celebrar a chegada da libertação do povo.
Preparar e celebrar o caminho do Senhor é ajudar o povo a conquistar
a liberdade e a vida.
Os
cristãos e as cristãs quando se reúnem para celebrar, experimenta
aquela unidade e comunhão próprias de ser como ecos da única
Palavra de Deus. São no mundo vozes precursoras, conforme a imagem
do Batista e, na celebração, transformam-se em sacramento da
própria Palavra que é Jesus, pois, na voz da Igreja habita o
Cristo.
Assim,
quando a assembléia se coloca a caminho do altar para participar de
único pão e cálice, se estabelece aquela consonância entre a voz
da Igreja e a Palavra encarnada que se dá em alimento espiritual e
transforma vida, convertendo-a em ocasião e ambiente propício para
a manifestação do Dia de Deus.
Depois
de harmonizar sua voz com a Palavra de Deus, a Igreja é despedida
para que volte à vida cotidiana, impregnada pela presença de Deus.
A glorificação de Deus que ora foi vivida na forma cultual e será
disseminada por meio da atuação dos cristãos e das cristãs no
lugar onde residem, trabalham e convivem: “Glorificai a Deus com a
vossa vida” é a palavra do ministro quando ocorre o envio da
assembleia.
Somos
reenviados ao mundo para continuar o trabalho de Jesus, dando-lhe voz
e vez onde estivermos, para que se cumpra a promessa do Salmista “A
verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade e a justiça olhará dos altos céus”
(Sl 84,11).
PRECES
DOS FIÉIS
Presidente:
Deus vem realizar entre as pessoas seu reino de justiça e paz. E faz
isso por meio de seu Filho, com a mesma condição humana de cada um
de nós. Por isso humildes e confiantes, façamos ao Pai, nossos
pedidos.
1.
Senhor, que a Igreja continue destacando a virtude da caridade e o
sacramento da reconciliação. Peçamos:
Todos:
(Cantado) Ó vem, Senhor, não tardes mais, vem saciar nossa sede de
paz!
2.
Senhor, que os governantes possam usar de justiça e paz para com
todos, de um modo especial com os mais necessitados. Peçamos:
3.
Senhor, que nossas comunidades possam criar neste advento um ambiente
de esperança e conversão. Peçamos:
4.
Senhor, que o espírito do Natal nos inspire a viver na gratuidade,
do perdão, da justiça e do amor ao próximo. Peçamos:
(Outras
intenções)
Presidente:
Senhor, vossa vinda no meio de nós é um fato ao qual devemos dar
uma resposta concreta. Concedei-nos tomar a decisão definitiva de
vos acolher. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém
Oração
da Campanha da Evangelização
Todos:
Pai Santo, quisestes que a vossa Igreja/ fosse no mundo fonte de
salvação/ para todas as nações,/a fim de que a obra do Cristo que
vem/ continue até o fim dos tempos.
Aumentai
em nós o ardor da evangelização, / derramando o Espírito
prometido,/ e fazei brotar em nossos corações/ a resposta da fé./
Por Cristo, nosso Senhor./ Amém.
III.
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO
SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente:
Alimentados
pelo pão espiritual, nós vos suplicamos, ó Deus, que, pela
participação nesta Eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria
os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos.
Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
ORAÇÃO
APÓS A COMUNHÃO:
Presidente:
Alimentados
pelo pão espiritual, nós vos suplicamos, ó Deus, que, pela
participação nesta Eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria
os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos.
Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém
ATIVIDADES
DO BISPO DIOCESANO:
DIA
06 DE DEZEMBRO – SÁBADO: Reunião
do Regional CNBB/Sul 1 – Comissão de Catequese junto à Pessoa com
Deficiência; Missa – na Catedral Nossa Senhora da Imaculada
Conceição – cidade de Franca –Monsenhor José Geraldo –
19h00.
DIA
07 DE DEZEMBRO – DOMINGO: Missa
Imaculada Conceição – Padre João Bosco – 09h00 – Leme;
Crisma na Paróquia Santa Gertrudes – Cosmópolis – Padre Marcos
Radaelli – 19h00.
DIA
09 DE DEZEMBRO – TERÇA-FEIRA: Missa
– novena de Santa Luzia – 20h00 – Limeira – Padre Danilo.
DIA
10 DE DEZEMBRO – QUARTA-FEIRA: Assinatura
na ACIL – 10h00; Atendimento residência Episcopal – 11h00;
Reunião do Conselho Econômico – 19h30min – Residência
Episcopal
DIA
12 DE DEZEMBRO – SEXTA-FEIRA: Atendimento
na residência episcopal – 09h00.
DIA
13 DE DEZEMBRO – SÁBADO: Missa
de formatura teologia – 09h30min – Catedral – Limeira; Crisma
na Comunidade Nossa Senhora das Graças – Paróquia Menino Jesus –
19h00 – Padre Eduardo S. Luiz.
DIA
14 DE DEZEMBRO – DOMINGO: Crisma
na Santa Rita de Cássia – Leme – Padre Alexandre – 09h00;
Crisma na Desatadora de Nós – Americana – Padre Manoá –
16h00.
BÊNÇÃO
E DESPEDIDA:
Presidente:
Que o Deus onipotente e misericordioso vos ilumine com o advento do
seu Filho, em cuja vinda
credes
e cuja volta esperais, derrame sobre vós as suas bênçãos.
Todos:
Amém.
Presidente:
Que durante esta vida Ele vos torne firmes na fé, alegres na
esperança, solícitos na caridade.
Todos:
Amém.
Presidente:
Alegrando-vos agora para a vinda do Salvador feito homem sejais
recompensados com a vida eterna, quando vier de novo em sua glória.
Todos:
Amém.
Presidente:
(Dá a bênção e despede a todos)