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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Homilia-2ºDomingo-Advento-B-2014

Irmãos e irmãs de caminhada: segue reflexão para o 2ºDomingo-Advento-B-2014. Bom final de semana a todos. Motivem bem para a "Campanha da Evangelização". Um ótimo final de semana a todos/as. Com estima,
Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP


DIOCESE DE LIMEIRA –2º DOMINGO DO ADVENTO
07 de Dezembro de 2014



Eis que eu tenho o mensageiro à tua frente para 

preparar o teu caminho”

Leituras: Isaías 40, 1-5.9-11; Salmo 84 (85), 9ab-10-11-12.13-14 (R/ 8); Segunda Carta de Pedro 3, 8-14; Marcos 1, 1-8

COR LITÚRGICA: ROXA
Animador: Nesta páscoa semanal de Jesus somos convidados a preparar os caminhos do Senhor, o que significa criar condições para encontro com o Senhor na sociedade onde vivem as nossas comunidades. Deus mesmo vem e caminha à nossa frente, para nos tirar da escravidão e nos conduzir à terra prometida. Desta forma somos chamados à conversão, a fim de que refeitos pela misericórdia de Deus possamos ajudar neste trabalho da implantação de seu Reino.
1. Situando-nos
A dinâmica que perpassa as leituras deste domingo é a do caminhar de libertação e volta à pátria para os exilados, da conversão para o encontro com o Messias (Evangelho), de esperança no “Dia de Deus” para que seja apressado o dia em que haverá “novos céus e nova terra, onde habitará a justiça” (segunda leitura). O Advento não deixa de ser um caminho que fazemos em busca do Senhor, ouvindo a sua voz.

Por isso, cantamos no início da celebração: “uma voz clama no deserto com vigor, preparai hoje os caminhos do Senhor. Tirai do mundo a violência e a ambição, que não nos deixam ver no outro o nosso irmão”.

Com a mensagem de João Batista, precursor do Messias, Deus vem para refazer conosco a sua aliança e nos convida a preparar no deserto os seus caminhos pela conversão pessoal e comunitária. O Advento passa a ser um caminho para chegarmos a Deus e mergulharmos na salvação que Jesus nos conquistou.

2. Recordando a Palavra
Na primeira leitura, é lembrado o exílio da Babilônia. O profeta anuncia o retorno, já próximo, ao povo de Israel, desolado pela perda de sua autonomia e pela destruição de sua identidade. O texto traz uma mensagem de alegria que o Senhor pronuncia pelos lábios de Isaías. A citação do profeta é recolhida no Evangelho de Marcos na aclamação do Evangelho: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele” (1,2).

Este mesmo versículo é aproveitado na aclamação ao Evangelho, mas com a versão de Lucas: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele”. (...). É chave de leitura do Evangelho deste domingo. Não se trata apenas da iminência do Reinado de Deus na pessoa de Cristo, num momento histórico preciso, mas na percepção de sua chegada por parte dos que o aguardam e estão atentos à sua palavra permanentemente, sintonizada, assim, com a espiritualidade típica do Advento. Isso é confirmado pelo Salmo Responsorial que nos traz como refrão: “Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade e a vossa salvação nos concedei”, coincidindo com o teor do versículo aleluiático.

O Salmo 84 (85) é a oração dos israelitas que voltam do exílio, mas não encontram Jerusalém tão gloriosa como tinham imaginado enquanto se encontravam longe dela: a cidade em ruínas, os campos devastados e sofrendo uma terrível seca, os inimigos vizinhos dificultando a reedificação do Templo. O lamento sobre esta situação constitui a parte principal do salmo, precedida de um pedido de restauração plena.

A segunda carta de Pedro é uma mensagem aos que esperam com anseio a vinda do dia de Deus. A eles cabe uma vida reta e não tortuosa. O caminho aplainado e anunciado pelo profeta é a própria existência no mundo.

À medida que Deus vem no Cristo, a vigilância nos insere numa maneira diferente de se portar diante da vida. Ouvidos e olhos – os sentidos de recepção e acolhida – tornam-se mais atentos que façamos a experiência do cumprimento de suas promessas e sejam inaugurados “novos céus e uma nova terra” (3,13).

No Evangelho encontramos o prólogo de Marcos: “Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (1,1). Temos assim as bases fundamentais para compreender com maior profundidade o anúncio da Boa-Nova do Reinado de Deus que se desenvolverá ao longo da narrativa de Marcos. É um começo que abarca o livro inteiro, pois, todo o Evangelho segundo Marcos deve ser ouvido como boa notícia sobre Jesus Cristo.

Marcos não relata nada sobre a infância de Jesus, mas, por intermédio de João, apresenta Jesus adulto, em seu ministério, marcado por conflitos e muita esperança para o povo. Nem todos entendem a missão de Jesus. Muitos a rejeitam violentamente. Um drama começa logo no início e se manifestará no mistério final da sua morte e ressurreição.

Marcos deixa claro que tudo o que vamos encontrar nesse livro é apenas o começo. O evangelista diz que percorrer o caminho que leva a Jesus é estar disposto a começar, a repreender. Os discípulos precisam de muita iniciação e abertura de coração. Por isso, Jesus, após a Ressurreição, os manda para a Galileia, lugar onde iniciou a sua atividade libertadora. É aí que poderão encontrá-lo.

Galileia é onde estão os marginalizados. Com isso, Marcos nos garante que se quisermos encontrar Jesus e degustar a boa notícia que Ele é e traz, precisamos recomeçar sempre a partir dos empobrecidos e marginalizados da sociedade, aprendendo com suas esperanças e lutas.

Então, a boa notícia é a pessoa e ação de Jesus, chamado de Cristo, Messias, e Filho de Deus. Essa afirmação estrutura o Evangelho de Marcos e se encontra no início (1,1), no meio (8,29) e no final. Os que acolhem a proposta de Jesus são convidados a fazer a mesma constatação do evangelista, de Pedro e do oficial romano, declarando que Jesus é o Messias.

Os moradores da Judeia e da cidade de Jerusalém que procuravam João no deserto, para ouvir a sua mensagem e receber a motivação para o arrependimento, insatisfeitos com as liturgias penitenciais do Templo, ouvem agora aquela voz no deserto, que anuncia a Jerusalém é às cidades a Boa-Nova da chegada do Messias.

3. Atualizando a Palavra
João Batista é ícone desta personalidade vigilante que exige a conversão perante o Dia de Deus. Evidentemente, o cumprir-se das promessas de Deus não está limitado a uma ordem social e política que se possa conceber numa ou noutra época e neste ou naquele espaço geográfico.

Tem muito mais a ver com a nova condição existencial dos que são vigilantes quanto à vista de Deus em qualquer tempo e lugar. Assim, a conclusão do trecho do Evangelho deste domingo alude ao mergulho no Espírito de Cristo – o Batismo.

Os batizados em Cristo são novíssimas criaturas. Trazem consigo o seu Espírito, o que significa compartilhar de seu modo de vida, de sua palavra, de seus sentimentos e ações. Como discípulos e discípulas que são, têm os ouvidos abertos e os olhos atentos. Captam toda palavra de paz dita por Deus, fazendo-a reverberar, nos confins da terra, de modo que ela produza frutos que possam ser colhidos e degustados. São, também, filhos e filhas da glória de Deus, visibilidade de seu esplendor. Sentem-se manifestações do Cristo na fidelidade a seu Evangelho.

O Tempo do Advento, da expectativa pelo Dia de Deus, nos faz assumir um itinerário de conversão, de modo que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do seu Filho.

No mundo em que vivemos, o trabalho dos cristãos se insere no contexto de consolidação. De ambientes capazes de acolher e manifestar-se a presença do Senhor. Toda obra que coopera para a paz e para a justiça, portanto, se enquadra como manifestação da bondade de Deus aos olhos fiéis do Evangelho.

Soam ecos da Palavra do Senhor, vozes que se encontram em sinfonia no cumprimento das promessas messiânicas de “novos céus e nova terra” (2Pd 3,13).

4. Ligação a palavra com a ação litúrgica
Advento é tempo de proclamar e celebrar a chegada da libertação do povo. Preparar e celebrar o caminho do Senhor é ajudar o povo a conquistar a liberdade e a vida.

Os cristãos e as cristãs quando se reúnem para celebrar, experimenta aquela unidade e comunhão próprias de ser como ecos da única Palavra de Deus. São no mundo vozes precursoras, conforme a imagem do Batista e, na celebração, transformam-se em sacramento da própria Palavra que é Jesus, pois, na voz da Igreja habita o Cristo.

Assim, quando a assembléia se coloca a caminho do altar para participar de único pão e cálice, se estabelece aquela consonância entre a voz da Igreja e a Palavra encarnada que se dá em alimento espiritual e transforma vida, convertendo-a em ocasião e ambiente propício para a manifestação do Dia de Deus.

Depois de harmonizar sua voz com a Palavra de Deus, a Igreja é despedida para que volte à vida cotidiana, impregnada pela presença de Deus. A glorificação de Deus que ora foi vivida na forma cultual e será disseminada por meio da atuação dos cristãos e das cristãs no lugar onde residem, trabalham e convivem: “Glorificai a Deus com a vossa vida” é a palavra do ministro quando ocorre o envio da assembleia.

Somos reenviados ao mundo para continuar o trabalho de Jesus, dando-lhe voz e vez onde estivermos, para que se cumpra a promessa do Salmista “A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade e a justiça olhará dos altos céus” (Sl 84,11).

PRECES DOS FIÉIS
Presidente: Deus vem realizar entre as pessoas seu reino de justiça e paz. E faz isso por meio de seu Filho, com a mesma condição humana de cada um de nós. Por isso humildes e confiantes, façamos ao Pai, nossos pedidos.

1. Senhor, que a Igreja continue destacando a virtude da caridade e o sacramento da reconciliação. Peçamos:
Todos: (Cantado) Ó vem, Senhor, não tardes mais, vem saciar nossa sede de paz!

2. Senhor, que os governantes possam usar de justiça e paz para com todos, de um modo especial com os mais necessitados. Peçamos:

3. Senhor, que nossas comunidades possam criar neste advento um ambiente de esperança e conversão. Peçamos:

4. Senhor, que o espírito do Natal nos inspire a viver na gratuidade, do perdão, da justiça e do amor ao próximo. Peçamos:
(Outras intenções)

Presidente: Senhor, vossa vinda no meio de nós é um fato ao qual devemos dar uma resposta concreta. Concedei-nos tomar a decisão definitiva de vos acolher. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém
Oração da Campanha da Evangelização
Todos: Pai Santo, quisestes que a vossa Igreja/ fosse no mundo fonte de salvação/ para todas as nações,/a fim de que a obra do Cristo que vem/ continue até o fim dos tempos.
Aumentai em nós o ardor da evangelização, / derramando o Espírito prometido,/ e fazei brotar em nossos corações/ a resposta da fé./ Por Cristo, nosso Senhor./ Amém.
III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Alimentados pelo pão espiritual, nós vos suplicamos, ó Deus, que, pela participação nesta Eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Alimentados pelo pão espiritual, nós vos suplicamos, ó Deus, que, pela participação nesta Eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém

ATIVIDADES DO BISPO DIOCESANO:
DIA 06 DE DEZEMBRO – SÁBADO: Reunião do Regional CNBB/Sul 1 – Comissão de Catequese junto à Pessoa com Deficiência; Missa – na Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição – cidade de Franca –Monsenhor José Geraldo – 19h00.

DIA 07 DE DEZEMBRO – DOMINGO: Missa Imaculada Conceição – Padre João Bosco – 09h00 – Leme; Crisma na Paróquia Santa Gertrudes – Cosmópolis – Padre Marcos Radaelli – 19h00.

DIA 09 DE DEZEMBRO – TERÇA-FEIRA: Missa – novena de Santa Luzia – 20h00 – Limeira – Padre Danilo.

DIA 10 DE DEZEMBRO – QUARTA-FEIRA: Assinatura na ACIL – 10h00; Atendimento residência Episcopal – 11h00; Reunião do Conselho Econômico – 19h30min – Residência Episcopal

DIA 12 DE DEZEMBRO – SEXTA-FEIRA: Atendimento na residência episcopal – 09h00.

DIA 13 DE DEZEMBRO – SÁBADO: Missa de formatura teologia – 09h30min – Catedral – Limeira; Crisma na Comunidade Nossa Senhora das Graças – Paróquia Menino Jesus – 19h00 – Padre Eduardo S. Luiz.

DIA 14 DE DEZEMBRO – DOMINGO: Crisma na Santa Rita de Cássia – Leme – Padre Alexandre – 09h00; Crisma na Desatadora de Nós – Americana – Padre Manoá – 16h00.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:
Presidente: Que o Deus onipotente e misericordioso vos ilumine com o advento do seu Filho, em cuja vinda credes e cuja volta esperais, derrame sobre vós as suas bênçãos.
Todos: Amém.

Presidente: Que durante esta vida Ele vos torne firmes na fé, alegres na esperança, solícitos na caridade.
Todos: Amém.

Presidente: Alegrando-vos agora para a vinda do Salvador feito homem sejais recompensados com a vida eterna, quando vier de novo em sua glória.
Todos: Amém.


Presidente: (Dá a bênção e despede a todos)

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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