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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

5º Domingo do Tempo Comum – 08 de fevereiro de 2015

DIOCESE DE LIMEIRA
5º Domingo do Tempo Comum – 08 de fevereiro de 2015
Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP
 

 
“Curou muitas pessoas de diversas doenças”

Leituras: Jó 7, 1-4.6-7; Salmo 146 (147), 1-2.3-4.5-6 (R/ Cf. 3); Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 9, 16-19.22-23; Marcos 1, 29-39 (Curas na Galileia).

LITÚRGICA: VERDE
Animador: Nesta páscoa semanal tem na ação libertadora de Jesus sua centralidade. Todos vivemos sobrecarregados, pela vida moderna, de numerosas atividades. Nossas jornadas assemelham-se muitas vezes à primeira jornada de Jesus, totalmente ocupada. Para manter o equilíbrio, precisamos de momentos de oração, como os de Jesus no início de sua vida pública. Além disso, é preciso trabalhar com vontade de servir. Jesus está a serviço dos doentes. O que fez a sogra de Pedro, após sua cura, pode valer como palavra de ordem: “Ela os servia”.

1. Situando-nos brevemente
Domingo da cura da sogra de Pedro. Vamos com Jesus à casa de Pedro e vemos como a sogra de Pedro é curada e se põe a servir. Contemplamos Jesus anunciando o Reinado de Deus mediante palavras e sinais de salvação. A Liturgia relaciona, então, sua Páscoa com o pleno desenvolvimento humano, ao qual Jesus ordena seu ministério. Para ele, a glória de Deus é, de fato, “o ser humano vivo e a serviço”.

Numa breve retrospectiva destes três domingos, somos testemunhas do trabalho de Jesus em três ambientes diferentes: à beira do mar da Galileia (lugar de trabalho). Na sinagoga de Cafarnaum (lugar de culto e estudo da Palavra de Deus); na casa da sogra de Pedro (lugar de convivência familiar). Salta à vista o fato de estes dados sobre a abrangência da atividade de Jesus serem apresentados em um único capitulo do Evangelho de Marcos, lido de maneira contínua nestes três domingos. Num único capitulo, portanto, já reconhecemos a intensidade e a amplitude de seu ministério: ele entra na Galileia, vindo da região do Jordão, vai a Cafarnaum, sai em segredo e percorre “toda” a Galileia.

A Liturgia da Palavra e a eucologia deste domingo conduzem o nosso olhar para reconhecer em Jesus auxílio do Pai. É emblemático, neste sentido, o prefácio da Oração Eucarística para as diversas circunstâncias VI-D: “com a vida e a palavra anunciou ao mundo que sois Pai e cuidai de todos como filhos e filhas”.

2. Recordando a Palavra
No livro de Jó percebemos como Deus se preocupa com nossos sofrimentos. Jó é uma pessoa sofrida por vários motivos: a desgraça se abateu sobre a vida familiar, a falta de solidariedade da esposa e dos amigos; a impressão de que Deus está calado e ausente de tudo. E se aparece algum sinal da presença de Deus na dor, é para amedrontar e aterrorizar com pesadelos. Dia e noite o sofrimento não tem fim. E Deus onde está?

Jó se pergunta: que sentido tem a vida dos sofredores? Para ele, a vida é um “trabalho pesado”, uma espécie de serviço forçado no qual outros desfrutam seus resultados. É como trabalho de um mercenário que põe em risco a própria vida para salvar apele dos outros. Como por fim ao sofrimento? Se não há esperança de felicidade, melhor e desejar a morte.

Diante do sofrimento, ou descobrimos o rosto do Deus verdadeiro, ou fazemos dele um monstro que nos devora. E a melhor maneira de descobri-lo é solidarizar-nos com os sofredores que vivem no meio de nós e ao nosso redor.

No Salmo 146 (147) cantamos um hino e louvor de, proclamando a fidelidade de Deus que age na história, fazendo justiça aos oprimidos e libertando os necessitados.

A carta relata que na comunidade de Corinto havia “fortes” e “fracos” na fé; Os “fortes” afirmavam que podiam comer as carnes sacrificadas aos ídolos sem incorrer na idolatria. Paulo concorda com eles, mas a sua preocupação é com os “fracos” que, diante disso, poderiam perder a fé. Os “fortes” não perdem sua liberdade se, em vista dos “fracos”, se abstêm de fazer o que prezam.

É muito bonita a trajetória de Paulo evangelizador. Sua vida se inspira em Jesus, que assumiu plenamente a realidade humana. “Com os fracos me fiz fraco, para ganhar os fracos. Para todos eu me fiz, para certamente salvar alguns. Por causa do Evangelho eu faço tudo, para dele me tornar participante” (1Cor 9,22.23).

No Evangelho de hoje, Jesus se desloca da sinagoga à casa de Simão e André. A casa se opõe à sinagoga. Jesus sempre vai sentir-se muito bem em casa, ao passo que, a sinagoga irá suscitar conflitos, culminando na decretação da morte de Jesus por parte dos fariseus e alguns do partido de Herodes.

A sogra de Pedro está de cama e com febre. No tempo, acreditava-se que a febre tinha origem demoníaca. Marcos mostra Jesus pegando a mão da mulher, ajudando-a a se levantar. Com essa cena, o evangelho nos mostra quem é Jesus: é aquele que ajuda as pessoas a caminhar com as próprias pernas e ser sujeitos do próprio agir. “A febre a deixou, e ela se pôs a servi-los” (1,31). Jesus liberta, e as pessoas, como resposta, se põem a serviço do libertador.

O modo como Jesus age é simples, mas ao mesmo tempo profundo: ele liberta tocando, pegando pela mão, ajudando a pessoa a se libertar.

Jesus ajudou a sogra de Pedro a se levantar. Lendo com atenção o Evangelho, percebemos o sentido do Batismo e sua função na sociedade: é um levantar-se para pôr-se a serviço do projeto de Deus.

Toda a cidade está reunida em frente da casa de Simão. Aí estão todos os doentes e todos os possuídos pelo demônio.

Ao dizer que “Ele curou muitos que sofriam de diversas enfermidades; expulsou também muitos demônios” (Mc 1,34), Marcos está retomando um tema que apareceu no Batismo de Jesus, o do servo sofredor que carrega as enfermidades da humanidade. Aparece também silêncio imposto aos demônios. A descoberta de quem é Jesus é resultado de longo aprendizado na fé e na adesão à boa notícia por Ele trazida, e isso só se concretiza depois que o discípulo acompanhou o Mestre até a cruz.

3. Atualizando a Palavra
Evangelizar é tarefa de todo cristão. Mas o anúncio do Evangelho não confere títulos de glória nem privilégios. Os que se decidem pelo Evangelho optam, ao mesmo tempo, pela gratuidade e serviço desinteressado, à semelhança de Jesus e Paulo, que se fizeram servos de todos.

E o ministério de Jesus é a resposta fiel e confortadora de Deus à dimensão mais sofrida da existência. Por meio de palavras e sinais, se ocupa de expandir o Reinado daquele que o enviou. Assim, Jesus não se contenta nem com o ambiente sinagogal ou familiar, mas dilata seus cuidados, assumindo-os sob o aspecto da missionariedade: “Vamos a outros lugares, nas aldeias da redondeza, afim de que, lá também, eu nas sinagogas por toda a Galileia...” (Mc 1,38-39). Aonde houver “Jós”, é para lá que Jesus se dirigirá, proporcionando-lhes entoar a benignidade e o conforto que vem de seu Pai, do qual é sinal eficaz.

E a Igreja conhece profundamente o coração de seu Senhor e assume seu fardo. Por isso, vemos Paulo assumir com liberdade a “imposição” de anunciar o Evangelho. Parece contraditório, mas não é. Sua liberdade consta em abraçar o encargo sem pretender honras, porque, como ele próprio afirma, “por causa do Evangelho eu faço tudo, para dele me tornar participante” (1 Cor 9,23).

A comunidade cristã existe para dilatar o trabalho de Cristo Jesus. Como ele, não mede distâncias para transmitir a Boa-Nova. Quem vive num país de dimensões continentais como o nosso, consegue compreender o esforço e a dedicação de milhares de homens e mulheres em favor notável a Páscoa de Cristo, mediante seu apostolado pastoral. Gente anônima, oculta da mídia, mas que – ao exemplo do Senhor – carrega sobre si as dores dos irmãos, para que respirem aliviados.

A Igreja preconizada pelo Concílio Vaticano II entende desta forma sua atuação no mundo contemporâneo: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração” (GS, n.1 – Constituição Pastoral “Gaudim et Spes”: sobre a Igreja no mundo atual).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Celebrar a Eucaristia a partir dos sofrimentos do nosso povo: este é o desafio que a liturgia deste domingo nos apresenta.

Ao redor de nós, os olhos de milhões de brasileiros não vêem a felicidade, cabendo-lhes dias e noites, semanas, meses e anos de sofrimentos e decepções. Jesus nos ensina a celebrar e a viver a partir das dores do povo. Tomando os doentes pela mão e ajudando-os a se levantar, estaremos libertando as pessoas e possibilitando-lhes servir, na liberdade, à causa do Reino.

A oração com a qual a Igreja abre a celebração deste domingo diz o seguinte: “Velai, ó Deus, sobre vossa família, com incansável amor, e, como só confiamos, sob ao aspecto de proteção”.

A comunidade reunida, presidida por Cristo, está sob seu olhar, sob sua vigilância. Não está sozinha e desamparada, mas sente-se beneficiária da mercê de Deus.

Afinal, foi Jesus quem percorreu longas distâncias para pregar nas sinagogas e expulsar os demônios. Mas não só por toda Galileia, sobretudo superou a distancia entre o céu e a terra, a fim de promover sua comunhão.

O fiel que toma parte na celebração, passa da condição de Jó, para a condição do Salmista, que reconhece nele (Jesus) a ação maravilhosa de quem “conforta os corações despedaçados (...) e chama a cada um por seu nome”. Noutras palavras, faz experiência da Páscoa.

Oração dos fiéis:
Presidente: Que o Senhor nos dê a sua graça para que possamos ser uma sociedade sadia e não adoentada.
1. Senhor, que a Igreja, que é fonte de salvação, possa ser sempre sinal da tua graça diante daqueles que sofrem. Peçamos:
Todos: Ouvi nossa prece, Senhor!

2. Senhor, que os governantes possam olhar com mais responsabilidade para todo o povo sofredor. Peçamos:

3. Senhor, que os que sofrem, tanto na carne como no espírito, possam sempre encontrar em Ti a mão que acolhe e salva. Peçamos:

4. Senhor, suplicamos por todos aqueles que se dedicam a trabalhar com os doentes, para que o cansaço e a impaciência não sejam causas de desânimo. Peçamos:

5. Diante do drama da seca em muitas regiões do Brasil, peçamos a Deus Pai a graça da chuva abundante em nossa terra, para que não falta a água e o pão ao nosso povo, peçamos:
(Outras Intenções)

Presidente: Fortalecei nossos corações, Senhor, com a vossa bondade e a vossa paz para que, diante do sofrimento de irmãos e irmãs, tenhamos paciência e compreensão. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Senhor nosso Deus, que criastes o pão e o vinho para alimento da nossa fraqueza, concedei que se tornem para nós sacramento da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Ó Deus que quisestes que vosso Filho Jesus, o Cristo, participasse das alegrias, esperanças, trabalhos e angústias de seus filhos e filhas, ensine-os a praticarem a justiça e a misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

IV. RITOS FINAIS
Bênção para os doentes
Presidente: Ó Deus, enviastes Jesus ao mundo para carregar as nossas enfermidades e levar sobre si as nossas dores. Por Ele, nós vos pedimos, dai a estes nossos irmãos e irmãs, a força do corpo, a firmeza do espírito, a resistência à dor para que, voltando a gozar de saúde, sintam a alegria de viver e louvem o vosso nome, agora e sempre.
Todos: Amém.

Presidente: Deus Pai vos dê a sua bênção. Deus Filho vos conceda a saúde. Deus Espírito Santo vos ilumine e console.
Todos: Amém.

Presidente: Que o Deus da Vida e de toda consolação, guarde vossa vida e encha de paz e alegria os vossos corações, derramando sobre todos aqui presentes, a sua bênção e a sua paz.
Todos: Amém.

Bênção Final

AGENDA DO BISPO DIOCESANO:
Dia 06 de fevereiro – sexta-feira: Missa do Jubileu de Ouro de Dom Demétrio Valentini, Catedral de Jales, SP, às 20h00.

Dia 07 de fevereiro – sábado: Aula inaugural da escola de teologia – teatro vitória – horário das 14h00 até 17h00 – Limeira;

Dia 08 de fevereiro – domingo: Posse do Padre Valdinei – Paróquia Santo Antonio de Pádua – 09h30min – Cordeirópolis; Posse do Administrador Paroquial do Diácono Luís Casimiro F. Júnior – Paróquia São Francisco de Assis – 19h30min – Pirassununga.

Dia 09 de fevereiro – segunda-feira: Colação de grau – filosofia em Campinas – 19h30min.

Dia 10 de fevereiro – terça-feira: Coletiva de Imprensa sobre a Campanha da Fraternidade – 09h30min – residência episcopal; Missa – abertura da Campanha da Fraternidade 2015 – Catedral – 19h30min – Limeira.

Dia 11 de fevereiro – quarta-feira: Posse – Padre Alexander – Nossa Senhora da Assunção (Cascalho) – 19h30min – Cordeirópolis.

Dias 12 de fevereiro – quinta-feira: Missa – padroeira da Comunidade Santa Eulália – Padre Eduardo – 20h – Limeira, SP.

Dia 13 de fevereiro – sexta-feira: Posse do Administrador Paroquial do padre Anderson – Quase Paróquia Santa Luzia – 19h00 – Cordeirópolis, SP.


Dia 15 de fevereiro – domingo: Missa – Jubileu de Diamante e ouro das Irmãs de Santa Madalena Postel – Convento – 10h00 – Leme, SP. 

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP

 

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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