DIOCESE
DE LIMEIRA
Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP
“Isto é o meu Corpo. Isto é o meu
Sangue”
Leituras: Êxodo 24, 3-8;
Salmo 115 (116B), 12-13.15-16bc.17-18 (R/ 13); Cartas aos Hebreus 9, 11-15; Marcos
14, 12-16.22-26
COR
LITÚRGICA: BRANCA OU
DOURADA
Animador: Hoje, celebramos a solenidade do Corpo
e Sangue do Senhor, recordamos, como fazemos na quinta-feira santa, a Santa
Ceia do Senhor. É a ceia da despedida. Jesus quis celebrá-la com seus
discípulos. No pão partido e no cálice com vinho, Jesus nos assegurou que Ele
nos dava a si mesmo: "Tomai e comei, isto é o meu corpo"; "Tomai
e bebei, isto é o meu sangue". Queremos afirmar nesta celebração, com
todas as forças: hoje é dia de ação de graças e de louvor pelo dom que deu
Cristo na Eucaristia.
1. Situando-nos
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é uma
celebração que tem raízes profundas na piedade do povo cristão. Surgiu como
resultado da devoção eucarística, iniciada na França e na Bélgica, e que, do
século XII em diante, se desenvolveu, acentuando particularmente a presença
real de Cristo no sacramento e, portanto sua adoração. Certamente foram as
visões de Juliana de Cornillon, monja agostiniana de Liège (Bélgica), que
tiveram influencia decisiva na instituição da festa. Ela foi instituída pelo
Papa Urbano IV, pela bula Transiturus de hoc mundo de 11 de agosto de 1264,
devendo ser celebrada na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, a
qual acontece no domingo depois de Pentecostes.
O Concilio Vaticano II deu novo significado a esta celebração, a
ligando à Páscoa do Senhor, o mistério eucarístico por excelência.
São Tomás de Aquino diz, sobre este mistério: “O unigênito Filho
de Deus, querendo fazer-nos participantes da sua divindade, assumiu nossa
natureza, para que, feito homens dos homens fizesse deuses. Assim, tudo quanto
assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa salvação. Seu corpo,
por exemplo, Ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no altar da cruz, para
nossa reconciliação; sem sangue, Ele o derramou ao mesmo tempo como preço do
nosso sangue e purificação de todos os nossos pecados (...) É oferecido na
Igreja pelos vivos e pelos mortos, para que aproveite a todos o que foi
instituído para a salvação de todos” (Cf. Das Obras de Santo Tomás de Aquino,
presbítero. Opusculum 57, In festa Corporis Christi, lect. 1-4. (Sec. XIII).
In. Liturgia das Horas, vol. III. Ofício das Leituras, na solenidade do
Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo).
2. Recordando a Palavra
O Evangelho de Marcos está situado na parte inicial da narrativa
da paixão (14,1-31). Após o reconhecimento de Jesus como o Ungido/ Messias pelo
gesto da mulher anônima (14,1-11), sua entrega aparece no contexto da Páscoa
judaica (Mc 14,12-16) e a última Ceia está ligada à realização plena do
banquete messiânico no Reino de Deus (Mc 14,17-31). Enviado para “servir e dar
a vida em resgate por muitos” (10,45), Jesus trilha o caminho de fidelidade ao
Pai até a entrega total na cruz.
Jesus e os discípulos estão em Jerusalém para a festa da Páscoa,
memorial da libertação do Egito que reavivava a esperança da salvação
definitiva a realizar-se por meio do Messias. A festa da Páscoa era celebrada
durante oito dias. No primeiro dia, imolava-se o cordeiro pascal. A Páscoa que
os discípulos celebrarão é a da morte de Jesus, o Messias crucificado. Por
isso, os preparativos da ceia pascal sublinham a iniciativa de Jesus. Os
discípulos “encontram uma grande sala
arrumada com almofadas por Jesus” (Cf. Mc 14,15), que prepara a sua Páscoa.
Ele se oferece como o verdadeiro cordeiro pascal, realizando plenamente a
esperança profética (Cf. Is 52, 13-53,12).
Jesus durante a ceia pascal, dá um sentido novo aos gestos
rituais que eram realizados por ocasião das refeições judaicas solenes. Ao
tomar o pão, Jesus pronunciou a benção, partiu-o e entregou a eles, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo
“ (Mc 14,22). Depois tomou o cálice, deu
graças, entregou a eles e todos beberam. Jesus desse-lhes: “Este é o meu sangue
da nova aliança, que é derramado por muitos” (14,23-24). Os discípulos, ao
compartilhar do pão e do vinho associados à morte de Jesus, alimentam-se de seu
corpo e sangue oferecidos para a vida nova e definitiva de todos.
A expressão “sangue da aliança” remete a Êxodo 24,8, à aliança
no Sinai selada com o sangue de animais. O profeta Jeremias anunciou a nova
aliança (Cf. Jr 31,31-34), que foi selada definitivamente em Cristo “pela oferenda do corpo de Jesus Cristo,
perfeita realizada uma vez por todas” (Cf. Hb 10,10). O “sangue derramado
em favor de muitos” alude, de modo especial a Isaías 53,12 e indica que Jesus é
o Servo sofredor por excelência, que entrega a vida pela salvação da
humanidade. A Eucaristia torna-se o memorial da nova aliança, plenificada na
morte redentora de Cristo.
Jesus, por meio da paixão, morte e ressurreição, “beberá o vinho novo no Reino de Deus” (Mc 14,25). Sua última ceia
realizada a esperança messiânica, a festa do Reino anunciada pelo profeta (Cf.
Is 25,6) e manifestada na abundancia do alimento (6,30-44; 8,1-10). Na ceia de
entrega da vida, que Jesus celebra com seus discípulos, culminam as refeições
celebradas com os publicanos e pecadores (2,16), com os excluídos.
Manifestam-se a realidade do banquete escatológico, a esperança na realização
plena do Reino. Antes de ir para o monte das Oliveira, Jesus canta o hino, isto
é, os salmos de louvor (113-118) (Os Salmos 113-118 formam a coleção do Halle
ou “Aleluia“. Eles eram cantados nas grandes festas de romaria e na ceia pascal
(Cf. Mc 14,26)).
A Leitura do livro do Êxodo descreve a conclusão da aliança no
Sinai entre Deus e o povo. Moisés, depois de fazer a experiência do encontro
com o Senhor (19,3;24,1-2), reúne o povo e comunica “todas as palavras e todos
os decretos do Senhor” (24,3a). Trata-se especialmente dos dez mandamentos
(20,1-21) e do código da aliança (20,22-23,33). O povo compromete-se a seguir o
caminho da aliança, que proporciona a comunhão com Deus e entre si: “faremos
tudo o que o Senhor nos disse!” (24,3b).
Moisés construir um altar e criou um espaço digno para a
comunidade celebrar e oferecer um sacrifício de comunhão (24,4-5). As doze
colunas sagradas sublinham o sentido da aliança para todo o Israel. Após a
leitura solene do “livro da aliança”, aspergiu o altar e o povo com o sangue do
sacrifício, o “sangue da aliança”. Assim, os dois contraentes da aliança: Deus,
representado no altar (24,6) e o povo (24,8) que renova o compromisso de
obediência à Palavra (24,7), estão unidos na comunhão de vida.
O Salmo 115 (116B) é uma oração de louvor e ação de graças ao
Senhor, pois foram quebradas as cadeias da opressão. O salmista ergue o cálice
da salvação e invoca o nome do Senhor, como sinal de compromisso.
A leitura da Carta aos Hebreus acentua que Cristo ressuscitado é
o novo sumo sacerdote, que entrou no santuário através da tenda maior e mais
perfeita. Com a única oferenda de si meso, levou à perfeição para sempre os que
Ele santifica (Cf. 10,14), superando os sacrifícios antigos. O sumo sacerdote
entrava no santuário, nos Santos dos Santos, para oferecer o sacrifício anual
de expiação (Cf. Lv 16). Cristo ofereceu a vida por nossa libertação
definitiva. Seu caminho, plenificado no mistério pascal, conduz à comunhão
plena com Deus.
“Cristo, em virtude do Espírito eterno se ofereceu a si mesmo a
Deus como vítima sem mancha. Ele purificará a nossa consciência das obras
mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (9,14). Como a conclusão da aliança
realizava-se mediante a efusão de sangue (Cf. Ex 24,6-8), a nova aliança
revela-se plenamente na morte redentora de Cristo em favor de toda a
humanidade. Assim, Cristo é ressaltado como “Mediador da nova aliança” (9,15).
3.Atualizando a Palavra
A Eucaristia é o memorial do mistério pascal de Cristo, sua
paixão, morte e ressurreição. Deus sela a aliança eterna e definitiva com a
humanidade através da oferenda única e perfeita de Jesus (Hb 10,10-18), que é
atualizada na liturgia por meio da ação do Espírito Santo. Ao comungarmos do
corpo e sangue, em cada celebração, “estarei
proclamando a morte do Senhor até que ele venha” (1 Cor 11,26),
comprometidos a formar o autentico corpo eclesial.
O texto do Êxodo apresenta elementos litúrgicos essenciais,
relacionados com a celebração eucarística cristã, tai como a comunidade
reunida, a Palavra, o altar, o sacrifício de comunhão, o sangue da aliança.
Como discípulos e discípulas, celebramos a Eucaristia, motivados pela entrega
de Jesus: “Fazei isto em memória de mim”
(Cf. Lc 22,19). Rendemos graças ao Pai com Cristo, “pão vivo (...) entregue
pela vida do mundo” (Jo 6,51). A identificação com Jesus, no caminho do
seguimento, leva a ser pão partilhado através da doação, do amor oblativo.
Santo Tomás de Aquino sublinha que, na Eucaristia, torna-se
presente a memória daquele imenso e inefável amor que Cristo, em sua Paixão,
demonstrou para conosco. Para que a imensidade deste amor ficasse mais
profundamente gravada nos corações dos fieis, Cristo institui este sacramento
durante a última Ceia, quando, ao celebrar a Páscoa com seus discípulos, estava
prestes a passar deste mundo para o Pai. A Eucaristia é o memorial perene de
sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de
todos os milagres de Cristo (Cf. Das
Obras de Santo Tomás de Aquino, presbítero. Ofício das Leituras, na solenidade
do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo).
Como os discípulos, que seguiram o apelo do Mestre e encontraram
o espaço adequado para celebrar a ceia pascal e partilhar “aquele pão e aquele vinho que Jesus lhes ofereceu”, somos chamados
a entregar, nas mãos do Senhor, toda a preparação para o XVII Congresso
Eucarístico Nacional, que será realizado em Belém do Pará de 15 a 21 de agosto
de 2016. O tema será “Eucaristia e
Partilha na Amazônia Missionária” e o lema “Eles o reconheceram no partir do Pão”.
4. Ligando a Palavra com
ação litúrgica
A solenidade de hoje, eco da celebração da Quinta-feira Santa,
nos faz experimentar, de forma mística e concreta o mistério da entrega do
Senhor Jesus. Já na antífona de entrada somos agraciados com os sinais da
abundância divina. “O Senhor alimentou
seu povo com a flor o trigo e com o mel do rochedo o saciou”.
De fato, somos saciados fartamente pelas mesas da Palavra e da
Eucaristia. No admirável sacramento, memorial da paixão do Senhor, não somente veneramos
o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo (Cf. oração do dia), mas comemos e bebemos
com Ele, n’Ele e por Ele.
Os prefácios da Santíssima Eucaristia (I e II) rezam os grandes
temas eucarísticos das leituras bíblicas: “(...)
Ele, verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-se a vós pela nossa salvação,
institui o Sacrifício da nova Aliança e mandou que o celebrássemos em sua
memória. Sua carne, imolada por nós, é o alimento que nos fortalece. Seu Sangue
por nós derramado, é a bebida que nos purifica...” E ainda o prefácio II: “(...) Reunidos os apóstolos na última ceia,
para que a memória da cruz salvadora permanecesse para sempre, Ele se ofereceu
a vós como cordeiro sem mancha e foi aceito como sacrifício de perfeito louvor.
Pela comunhão neste sublime sacramento, a todos nutris e santificais. Fazeis de
todos um só coração, iluminais os povos com a luz a mesma fé e congregais os
cristãos na mesma caridade. Aproximamo-nos da mesa de tão grande mistério, para
encontrar por vossa graça a garantia da vida eterna”.
A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo nos coloca em sintonia
profunda com o mistério da Páscoa o Senhor. Jesus Cristo, o Filho de Deus, se
faz corpo, carne, humano. Ele assume a nossa realidade (menos o pecado), nossa
história, nossas lutas. Ele se faz corpo entregue e sangue derramado. Por isso,
participar da Eucaristia, memorial e anúncio da morte e ressurreição de Jesus,
de sua entrega por amor, deve provocar também em nós, seus discípulos/as, ações
de amor solidário. Celebrar em memória de Jesus significa fazer o que Ele fez, ser
alimento para vida do mundo.
Oração da Assembléia
Presidente: Depois de sermos alimentados pela
Palavra de Deus, dirijamos nossas preces ao Pai agradecendo a graça de
participar da Eucaristia.
1. Senhor, que a Igreja possa sempre celebrar a
eucaristia com zelo e amor. Peçamos:
Todos: (Cantado): Senhor, vinde em nosso
auxílio!
2.
Senhor, que os governantes façam crescer o respeito à Eucaristia, para que
nosso louvor e nossas súplicas sejam sinceros e cheguem diante de vós. Peçamos:
3.
Senhor, agradecemos a Palavra divina que nos alimenta, e que possamos viver a
religião de modo sereno e equilibrado. Peçamos:
4.
Senhor, torne-nos autênticos em viver o compromisso da Eucaristia para tornar
nossas comunidades mais cristãs. Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente: Obrigado Senhor, pelo alimento que
recebemos na eucaristia e que ela possa modelar a nossa vida de acordo com o
projeto divino. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
III. LITURGIA
EUCARÍSTICA
Preparação dos dons
Oração sobre as
oferendas:
Concedei, ó Deus, à vossa Igreja os dons da unidade e da paz,
simbolizados pelo pão e vinho
que oferecemos na sagrada Eucaristia. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém
Oração depois da
comunhão.
Dai-nos, Senhor Jesus, possuir o gozo eterno da vossa divindade,
que já começamos a saborear na terra, pela comunhão do vosso Corpo e do vosso
Sangue. Vós que viveis e reinais para sempre Todos: Amém.
Procissão do Santíssimo
Sacramento
Animador:
Vamos
dar início à Procissão do Santíssimo Sacramento. A comunidade organiza a
procissão e sai pelas ruas e estradas, levando o Santíssimo Sacramento, para
dizer para si mesma e para o mundo que, por Cristo, com Cristo e em Cristo, é
solidária com todo o sofrimento humano e para proclamar que, na vitória de
Jesus sobre a morte, repousa sua esperança.
Canto:
Senhor,
quando Te vejo no sacramento da comunhão,
Sinto o céu
se abrir e uma luz a me atingir,
Esfriando
minha cabeça e esquentando meu coração.
Senhor,
graças e louvores sejam dadas a todo momento.
Quero te
louvar na dor, na alegria e no sofrimento,
E se em meio
à tribulação, eu me esquecer de Ti,
Ilumina
minhas trevas com Tua luz.
Jesus, fonte
de misericórdia que jorra no templo.
Jesus, o
Filho da rainha.
Jesus, rosto
divino do homem.
Jesus, rosto
humano de Deus.
Chego muitas
vezes em Tua casa, meu Senhor,
Triste,
abatido, precisando de amor,
Mas depois
da comunhão Tua casa é meu coração,
Então sinto
o céu dentro de mim.
Não comungo
porque mereço, isso eu sei, oh meu Senhor.
Comungo pois
preciso de Ti.
Quando
faltei à missa, eu fugia de mim e de Ti,
Mas agora eu
voltei, por favor aceita-me.
Jesus, fonte
de misericórdia que jorra no templo.
Jesus, o
Filho da rainha.
Jesus, rosto
divino do homem.
Jesus, rosto
humano de Deus.
Chegada da Procissão
1. Tão
sublime sacramento
Adoremos
neste altar,
Pois o
Antigo Testamento,
Deu ao Novo
seu lugar.
Venha a fé,
por suplemento,
Os sentidos
completar.
2. Ao Eterno
Pai cantemos
E a Jesus, o
Salvador.
Ao Espírito
exaltemos,
Na Trindade
eterno Amor.
Ao Deus uno
e trino demos,
A alegria do
louvor. Amém
Amém. Amém.
Presidente: Do céu lhes destes o Pão.
Todos: Que contém em si todo sabor.
Presidente: (Oremos)
Ó Deus, que
pelo mistério pascal do Cristo, remistes todos os seres humanos, conservai em
nós a obra do vosso amor, para que comemorando o mistério da nossa salvação,
mereçamos participar dos seus frutos. Por Cristo, nosso Senhor
Todos: Amém.
Presidente: (Faz genuflexão, toma o ostensório e
com ele traça, em silêncio, o sinal da cruz sobre o povo).
Reposição: (Enquanto
o Sacramento é reposto, pode-se cantar um canto apropriado)
Avisos e
agradecimentos
Pode-se despedir o povo com o abraço da paz.
AGENDA DO BISPO DIOCESANO:
DIA 04 de junho –
quinta-feira: Missa –
Corpus Christi – às 08h30min – Catedral – Limeira; Missa – Corpus Christi – às 16h00
– Basílica Santo Antônio – Americana.
DIA 06 de junho – Sábado: Missa e Crisma às 18h00 na Paróquia são
Francisco de Assis, Pirassununga, Pe. Luís Casimiro.
DIA 07 de junho – Domingo: Missa e Crisma às 09h00 na Par. Senhor
Bom Jesus Pirapora, Araras, Pe. Bryan; e às 19h00 – Crisma na Paróquia Santa
Isabel, Limeira, SP, Pe. Marcos Theodoro.