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sexta-feira, 6 de maio de 2016

ASCENSÃO DO SENHOR 08 de maio de 2016

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP


“Com sua ascensão o ressuscitado nos garante a Glória da Imortalidade”

Leituras: Atos 1, 1-11; Salmo 46 (47), 2-3. 6-7. 8-9 (R/6); Carta de São Paulo aos Efésios 1, 17-23; Lucas 24, 46-53.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

Animador: O Senhor ressuscitou! Aleluia! Nesta Eucaristia, damos graças a Deus pela ascensão do Senhor ao céu, por esta elevação de todo o universo com Jesus e por esta certeza de que todas as pessoas são com Ele, elevadas e introduzidas na intimidade plena e definitiva de Deus. Lembremos com carinho de todas as mães que são para nós a personificação do amor carinhoso de Deus para com o seu povo.

Neste Dia Mundial das Comunicações o Papa Francisco convida: “todas as pessoas de boa vontade a redescobrirem o poder que a misericórdia tem de curar as relações dilaceradas e restaurar a paz e a harmonia entre as famílias e nas comunidades. Todos nós sabemos como velhas feridas e prolongados ressentimentos podem aprisionar as pessoas, impedindo-as de comunicar e reconciliar-se. E isto aplica-se também às relações entre os povos. Em todos estes casos, a misericórdia é capaz de implementar um novo modo de falar e dialogar, como se exprimiu muito eloquentemente Shakespeare: ‘A misericórdia não é uma obrigação. Desce do céu como o refrigério da chuva sobre a terra. É uma dupla bênção: abençoa quem a dá e quem a recebe’”.

Que esta celebração nos ajude a experimentar a misericórdia de Deus e que sejamos comunicadores da Verdade que liberta.

1. Situando-nos brevemente
Neste domingo fazemos memória da subida de Jesus aos céus, vivendo o sentido mais profundo da sua ressurreição e da missão que Ele nos confiou. Nele todo o universo encontra seu sentido e sua referência.

Damos graças a Deus por esse “erguimento”, por esta divina elevação de todo o universo com Jesus e por esta certeza de que todas as pessoas são, com Ele, elevadas na intimidade plena e definitiva de Deus.

Prossigamos nosso itinerário de fé nesta certeza: Ele estará conosco todos os dias, até o fim dos tempos. Enquanto aguardamos sua vinda final, na força do seu Espírito, assumimos nossa missão, começando da Galileia.

2. Recordando a Palavra
No Evangelho, ouvimos que Jesus mandou os discípulos, como suas testemunhas, pregar a todos as nações a conversão para a remissão dos pecados. E Ele ordenou que ficassem em Jerusalém até serem revestidos da força do Alto, o Espírito Santo. Jesus levou os discípulos até Betânia onde foi elevado ao céu. Os discípulos voltaram a Jerusalém onde frequentavam o Tempo louvando a Deus.


A narrativa dos Atos dos Apóstolos nos traz a questão apresentada pelos discípulos: “Senhor, será agora que vais restaurar a realeza em Israel? ”. Para entender melhor esta questão, precisamos saber que os primeiros cristãos esperavam a volta do Senhor Ressuscitado para breve. Entretanto, Jesus lhes diz: “Não lhes compete conhecer a hora do Senhor”. Isso porque agora começa o tempo da Igreja em que os discípulos terão de dar testemunho de Jesus.

O primeiro tempo de seu trabalho junto aos discípulos e suas discípulas está concluído. Com a ascensão de Jesus aos céus, inicia o tempo de Igreja, no qual os discípulos continuarão com a mesma missão de Jesus. “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu, vira do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.

Isto não quer dizer somente que os discípulos não devem ficar olhando para cima, entretanto, devem por mãos à obra na certeza de que Jesus subiu aos céus. Mais que isso: recordar que, por meio da ação da Igreja no mundo, vivificada pelo Espírito, o Senhor poderá ser visto regressar de junto de Deus. Promessa garantida de cumprimento por duas testemunhas celestes. O tempo da Igreja começou e por meio dela, sacramentalmente, o Senhor sempre se faz presente.

Na segunda leitura de hoje, ouvimos as palavras de São Paulo falando sobre as grandezas que o Pai fez em Cristo, ressuscitando-o de entre os mortos e fazendo-o assentar a sua direita nos céus.

A ascensão do Senhor significa a elevação de Cristo à glória eterna, assim como dizemos no Credo: “Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os mortos”. Pela ressurreição, Jesus foi estabelecido Senhor do Universo. Ele participa do poder de Deus.

São Paulo diz que, no fim dos tempos, Cristo entregará o Reino a seu Pai, para que Deus seja tudo em todos. Aquele julgamento, a volta de Cristo, nós chamamos de “parusia”.O Ressuscitado está com o Pai, mas está também conosco, na sua Igreja. Assim como ele foi visto subir aos céus, será visto também ao retornar ao seio dos seus – não somente no fim dos tempos – mas como antecipação por meio de cada gesto dele que a Igreja realizar.

3. Atualizando a Palavra
A Ascensão do Senhor é a festa que marca o fim do tempo de Jesus. Ele cumpriu tudo o que o Pai lhe determinou. Jesus passa para os discípulos a missão que Ele encerrou. Essa missão continua conosco, hoje: testemunhar sua palavra. A Ascensão não indica a ausência de Jesus, mas diz-nos que Ele está vivo no meio de nós de um modo novo.

De agora em diante, começa a missão de testemunharmos aquilo que Jesus veio revelar: o projeto do Pai (Lc. 24,48; At 1,8). O conteúdo central do testemunho dos seguidores é o anúncio, em nome de Cristo, da conversão para a remissão dos pecados a todas as nações (Lc 24,47).

Este evangelho da graça de Deus foi anunciado e vivido por Jesus, em toda a vida. Agora deve ser assumido igualmente por seus seguidores. Este anúncio, contudo, significa também enfrentamento com as estruturas de morte. “Isso produz o julgamento, a manifestação da verdade e, consequentemente, a possibilidade da conversão e do perdão que abrem as portas para participar do novo mundo e da nova história. O cerne de toda missão será sempre o anúncio e a prática da passagem pascal que leva da morte à vida, da escravidão à liberdade”. Eis nossa missão.

O alerta dos homens vestidos de branco, em Atos dos Apóstolos, torna-se um permanente desafio para o cristão: não ficar parado olhando para o céu. Com a vinda de Jesus já se inaugura o tempo da realização das promessas (cf. Mc 1,15). Cumpriu-se o tempo, já não se pode mais esperar. Deve-se agir. Esse alerta é retomado na ascensão de Jesus, mostrando que o cristão não pode esperar. Deve-se agir. Esse alerta é retomado na Ascensão de Jesus, mostrando que o cristão não pode esperar passivamente a vinda do Reino. Ele deve tornar-se sujeito dela.

Apesar de a missão cristã ser marcada pela cruz (Mt 16,24), ela deve ser encarada e assumida com alegria (Lc 24,52). Isso porque, além de ser uma causa nobre, conta com a garantia da força e ação do Espírito Santo, que nos acompanha e advoga em nosso favor. Proclamamos no prefácio: “Ele, após a Ressurreição, apareceu aos discípulos e, à vista deles, subiu ao céu, afim de nos tornar participantes da sua divindade”.

Ascensão de Jesus ao céu leva-nos a conhecer esta realidade tão consoladora, para o nosso caminho: em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a nossa humanidade foi levada e elevada, para junto de Deus. Ele abriu-nos a passagem! Ele é como um chefe de grupo, quando se escala uma montanha, que chega ao cimo, e nos puxa a atrai para junto de si, conduzindo-nos para o alto, para Deus. Se lhe confiarmos a nossa vida, se nos deixarmos guiar por Ele, temos a certeza de estar em mãos seguras, nas mãos do nosso Salvador, do nosso advogado!

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Na ação litúrgica damos graças ao Pai, porque seu Filho Jesus se fez um de nós e se constituiu como cabeça da sua Igreja. Damos graças a Deus, porque somos chamados a continuar sua obra de salvação no mundo, como sinais de libertação. Nossa voz profética procura denunciar as injustiças a anunciar Jesus Cristo como vida para todos, como Senhor que nos une como irmãos, como Salvador que nos conduz à vida plena.

A liturgia nos torna participantes da verdade, da vida, do Espírito de Cristo. Abre também nossos horizontes para dirigir nossos passos na direção do Cristo ressuscitado que nos aguarda. A ascensão de Jesus e, sobretudo, as palavras finais de Jesus, que convocam os discípulos para a missão, sugerem nossa responsabilidade na construção desse mundo novo em que habita a justiça e a paz.

Sugerem que a proposta libertadora que Jesus fez a todos os homens está agora em nossas mãos; que é nossa responsabilidade torná-la realidade; sugerem que nós, os seguidores de Jesus, temos de construir, com nosso esforço diário, o novo céu e a nova terra.

Na celebração da festa da Ascensão somos convidados a não ficar com o olhar perdido no alto, porque o Senhor voltará (antífona de entrada) a ficará conosco todos os dias, até o final dos tempos (antífona de comunhão). A vitória de Cristo é também nossa Vitória, pois nós também participamos em Cristo das realidades do céu (oração depois da comunhão). Pela ascensão, Jesus torna-se para nós mediador, juiz do mundo, Senhor do universo, cabeça e princípio. Com sua ascensão ele nos garante a glória da imortalidade.                                                                                                                                                                                                                                                                                                          

Preces dos fiéis:
Presidente: Ficamos admirados com a glória divina que aconteceu na Ascensão do Senhor. Entreguemos nossas preces ao Pai pedindo que nos revista com a força do alto.

1. Senhor, purificai a vida dos nossos governantes, para que possam levar a esperança para tantos irmãos sofredores. Peçamos:
Todos: (cantado) Ó Senhor, Senhor neste, neste dia, escutai nossa prece!

2. Senhor, abençoai as nossas comunidades com a criatividade para evangelizar melhor aqueles que fazem parte dela, e também os afastados. Peçamos:

3. Senhor, ajudai-nos a viver esta semana de oração pela unidade dos cristãos, num sincero desejo de lutar para que haja um só rebanho e um só Pastor. Peçamos:

4. Senhor, infundi em nossas mães a coragem de continuar esta missão tão bela que é educar sua família na fé e na esperança da vida eterna. Peçamos:

5. O Ano Santo da Misericórdia convida-nos a refletir sobre a relação entre a comunicação e a misericórdia. Com efeito a Igreja unida a Cristo, encarnação viva de Deus Misericordioso, é chamada a viver a misericórdia como traço característico de todo o seu ser e agir. Para que cada palavra e cada gesto possa expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para todos, peçamos.
(Outras intenções)

6. O amor, é comunicação: leva a abrir-se, não se isolando. E, se o nosso coração e os nossos gestos forem animados pela caridade, pelo amor divino, a nossa comunicação será portadora da força de Deus, que é mais forte do que nossos pecados e suas consequências. Que possamos proclamar o amor misericordioso do Pai, que nos reúne para nos comunicar sua vida, peçamos.

Presidente: Senhor, enviai o teu Espírito Santo e nos transforme em testemunhas do Evangelho do teu Filho Jesus, para que a mensagem da Boa-nova possa chegar a todos os homens e mulheres. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Ó Deus, nós vos apresentamos este sacrifício para celebrar a admirável ascensão do vosso Filho. Concedei, por esta comunhão de dons entre o céu e a terra, que nos elevemos com ele até a pátria celeste. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis conviver na terra com as realidades do céu, fazei que nossos corações se voltem para o alto, onde está junto de vós a nossa humanidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

AVISOS:
1.      Dia 06 de Maio, Sexta-feira, Crisma na Paróquia São Benedito, Araras, SP, às 19h30, Pe. João Luís Vieira das Neves.

2.      Dia 07 de Maio Sábado: Ordenação Episcopal do Mons. Luís Carlos Dias, em Caconde, SP, às 10h00; e Crisma na Paróquia São Cristóvão, Limeira, SP, às 19h00, Pe. Osmar Mendes Athayde.

3.      Dia 08 de Maio, Dia Mundial das Comunicações: 10h00 missa na Catedral Nossa Senhora das Dores, Limeira, SP, Pe. Benedito Tadeu Rosa; e Missa e Jubileu de Ouro, Paróquia Santa Rita de Cássia, às 18h30, Pirassununga, SP, Pe. Mauro F. Ferreira, MSC.

4.      Dia 11 de Maio, quarta-feira, Missa na Rede Vida de Televisão a partir das 18h00 (São José do Rio Preto, SP).

5.      Dia 12 de Maio, quinta-feira, Reunião do Conselho de Presbíteros, às 08h30, local: Santuário São Sebastião de Porto Ferreira – SP; e Crisma na Quase-Paróquia São Benedito, Leme, SP, 19h30, Pe. Paulo Henrique Manhe.

6.      Dia 13 de Maio, sexta-feira, na Comunidade N. Sra. de Fátima, Americana, SP, às 19h00, Pe. Cássio R. Rossette.

7.      Dia 14 de Maio, sábado, Crisma na Basílica Santuário Santo Antônio, Americana, SP, às 17h00, Pe. Pedro Leandro Ricardo.

8.      Dia 15 de Maio, domingo, Crisma na Basílica Nossa Senhora do Patrocínio, Araras, SP, às 10h00, cidade de Limeira, às 19h30, Pe. Carlos A. da Rocha; e Crisma na Paróquia São José Operário, Leme, SP, às 19h00, Pe. Arlindo José Vicente Júnior.

Benção Final:
Presidente: O Senhor esteja convosco. Aleluia. Aleluia.
Todos: Ele está no meio de nós. Aleluia. Aleluia.

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.

Presidente: Vamos em paz e que o Senhor vos acompanhe.

Todos: Graças a Deus, Aleluia, Aleluia!

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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