“Não me deem tudo o que peço-lhes, às vezes só peço para ver o quanto consigo. Não gritem comigo, os respeito menos quando gritam comigo e me ensinam a gritar também, e eu não quero gritar.
Não me deem sempre ordens, se às vezes me pedissem as coisas eu as faria mais rápido e com mais gosto. Cumpram suas promessas, boas ou más. Se me prometem um prêmio, quero recebê-lo e também se é um castigo.
Não me comparem com ninguém (especialmente com meu irmão) se me apresentam com melhor que os demais alguém vai sofrer e se pior, serei eu quem sofrerei.
Não mudem de opinião tão rápido sobre o que devo fazer, decidam-se e mantenham essa decisão. Deixem-me valer por mim mesmo. Se fazem tudo por mim nunca poderei aprender.
Corrijam-me com ternura.
Não digam mentiras na minha frente, nem me peçam que as diga por vocês, mesmo que seja para tirá-los de um apuro. Isto é mau.
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Faz com que me sinta mal e perco a fé no que vocês dizem.
Quando faço alguma coisa errada não me exijam que lhes diga “por que o fiz” às vezes nem mesmo eu sei. Se alguma vez se equivocarem em algo, admita-o, assim se fortalece a opinião que tenho de vocês e me ensinarão a admitir meus próprios equívocos. Tratem-me com a mesmo amabilidade e cordialidade com que vejo que tratam a seus amigos, é que por ser família não significa que não possamos também ser amigos.
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Não me peçam que faça uma coisa e que vocês não a fazem, eu aprenderei a fazer tudo o que vocês fazem embora não me digam, mas, dificilmente farei o que dizem e não fazem.
Para mim é muito necessário que vocês me amem e o digam, o que eu mais gosto é escutá-los dizendo: “Te amamos” .
Abracem-se, preciso senti-los próximos de mim. Que vocês não se esqueçam que eu sou, nem mais nem menos que um filho”.
Retirado do livro: 100 Mensagens para a alma. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2016/06/20/carta-de-um-filho-a-todos-os-pais-do-mundo/