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sábado, 18 de maio de 2019

Homilia do 5º. DOMINGO DA PÁSCOA - 19 de maio de 2019

DIOCESE DE LIMEIRA
  5º. DOMINGO DA PÁSCOA - 19 de maio de 2019






“VÓS DEVEIS AMAR-VOS UNS AOS OUTROS”   Jo 13,34


LEITURAS:
1ª Leitura: At 14,21b-27
Salmo Responsorial: Sl 144 (145),8-9.10-11.12-13ab (R/. cf.1)
2ª Leitura: Ap 21,1-5a
Evangelho: Jo 13,31-33a.34-35

COR LITÚRGICA: Branco ou Dourado.

Durante o Tempo Pascal o Círio, símbolo do Cristo ressuscitado, deve ser destacado no espaço celebrativo. Ele que nos amou aos extremos, ilumina-nos e fortalece-nos pela Palavra e pela Eucaristia a que nos doemos uns aos outros. 


ANIMADOR
O Ressuscitado nos exorta que amemos uns aos outros, Aleluia!
Neste dia do Senhor, a Comunidade reúne-se para a Ceia do Ressuscitado. Ele, que doou sua vida em favor dos seus, deixa-nos o exemplo a que também nos amemos uns aos outros. É o amor entre os irmãos que revela a presença do Senhor Ressuscitado na Comunidade, e a conduz a perseverança mediante a oração, a escuta da Palavra e comunhão fraterna. Que também em nosso meio seja manifestado o amor do Senhor!

CONTEXTUALIZANDO A PALAVRA
Sendo o tempo pascal como um só dia de festa, nos é dada a oportunidade de compreender e experimentar melhor o amor de Deus que Jesus revela por meio dos ritos litúrgicos e que devem alcançar a totalidade da vida de seus discípulos.

Neste período, oportunamente, a Igreja é convidada a portar-se como o Cristo Ressuscitado, porque está imbuída do seu Espírito. Com razão, Tertuliano chamava atenção para o fato de que estes cinqüenta dias que se estendem, desde a Vigília Pascal, chama-se “Pentecostes”, pois seu Espírito, que é amor, foi derramado no coração dos fiéis. E para estes, durante este tempo, não cabe nenhuma atitude ou gesto de tristeza.

Este texto situa-se no contexto do Último Discurso de Jesus, na Ceia Pascal.  Começa logo após a saída de Judas para trair Jesus, depois que Jesus lhe disse “o que você pretende fazer, faça-o logo” (Jo 13, 27).  Com a licença oficial dada ao agente de Satanás para iniciar o processo que iria matá-lo, Jesus começa o processo da sua glorificação.  A sua fidelidade ao projeto do Pai vai levá-lo à Cruz, que, no Quarto Evangelho, não é um sinal de derrota, mas da vitória última e permanente de Deus. Por isso, a morte de Jesus, aparente vitória do mal, será a glorificação de Jesus, e nele, do Pai.

O anúncio da sua partida, para os judeus uma ameaça, é para a comunidade dos seus discípulos um momento de emoção e carinho.  A sua última dádiva a eles é um novo mandamento: “eu dou a vocês um novo mandamento: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros” (v 34).

RECORDANDO A PALAVRA
A Liturgia da Palavra se abre com um breve relato das viagens paulinas retirado dos Atos dos Apóstolos. Lucas narra sucintamente uma assembleia, provavelmente litúrgica, da comunidade de Antioquia, ponto de partida do itinerário missionário de Paulo e Barnabé. Nela, os dois apóstolos do Evangelho têm a ocasião de contar “tudo o que Deus fizera por meio deles” (At 14,27).

O Salmo Responsorial repropõe este evento, fazendo-nos a ele contemporâneo: “Bendirei o vosso nome, ó meu Deus (...) que vossas obras, ó Senhor vos glorifiquem (...) narrem a glória e o esplendor do vosso reino” (Sl 144, 1.10-11).

A perícope evangélica, por sua vez, nos diz que esta glória se deu no Filho do Homem, isto é, em Jesus e termina repropondo o mandamento do amor, uma vez que é mediante este amor que os discípulos se dão a conhecer e também anunciam o próprio Jesus.

A glória de Deus em Jesus e a experiência do amor de Cristo entre os irmãos parece ser o fim do evangelho deste domingo. Tanto em grego quanto em hebraico, a palavra “glória”, circunscrita ao ambiente da Escritura, refere-se ao esplendor de alguém, cujo valor se deixa notar –se torna sensível, tangível – e envolve aqueles que a contemplam (Saliente-se o fato que “doxa”, fora do contexto bíblico significa também opinião. Esta acepção não aparece nos escritos do Novo Testamento onde o termo grego é empregado. Já o conceito fundamental de glória, honra e poder tributado não é comum fora das Escrituras. Isto se explica pelo fato da palavra grega (“doxa”) ser a tradução do hebraico bíblico kabod na versão dos Setenta {Bíblia Grega, também, chamada Septuaginta}).

É um termo muito recorrente no Novo Testamento e recebe um tratamento especial na obra joanina, uma vez que Jesus é sempre apresentado como aquele que manifesta ao mundo a glória do Pai e por este é glorificado.

Suas ações, suas opções, as envergaduras de seu ministério são vistas sempre a partir de seu caráter revelador de Deus. Aqui entra em cena o amor que Jesus confere aos seus, como herança e condição, para que sejam reconhecidos como pertencentes ao seu grupo de seguidores: “Nisto, todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Cf. Jo 13,35).

Por sua morte e ressurreição, Jesus condiciona a experiência de amor a seu caráter epifânico – revelador – do amor que Deus nos dedica.

ATUALIZANDO A PALAVRA
A segunda leitura nos apresenta um trecho do livro do Apocalipse de São João em que se anuncia a superação de toda tristeza, porque há um novo céu e uma nova terra como “chão” e “tenda” sobre os quais repousará a humanidade descansada e feliz (Cf. Ap 21, 1.4).

Este desejo de felicidade, tranquilidade e paz habita o nosso mundo. Quantos e quantas não se esforçam por criar condições reais de segurança para que seus filhos e filhas possam brincar e ser felizes! Desde os mais pobres até os mais abastados, a busca por uma vida boa é uma constante na vida. Os meios para que se realize tal desejo, no entanto, nem sempre são os mais condizentes com o Evangelho.

Há os que se corrompem aquilo que não lhes pertence, e está designado para o sustento e promoção do povo, como o fizeram aqueles do famoso caso do mensalão ou aqueles políticos tidos como “ficha-suja”. Homens e mulheres desta categoria pertencem a um mundo que já não existe segundo a Páscoa do Senhor, pois por meio desta não há lugar para sofrimento e dor: “o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar (lugar de tribulações) já não existe [...] a morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes [...]. Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 1.4-5).

O que existe é uma nova cidade que desposou com Deus e participa de seu beneplácito, porque promove a justiça e a fidelidade à aliança. Há quem faça objetos a esta verdade de fé, apontando os sinais de morte que se espalham ao redor. Mas, sabemos que esta verdade se cumpre à medida que o amor de Cristo habita os cristãos e dá contorno à sua existência.

É preciso que este amor tenha a proporção do amor de Cristo, (Cf. Aclamação ao Evangelho (Jo 13,34)), pois toda injustiça surge quando o amor é nossa medida (Cf. Evangelho da Quarta-Feira de Cinzas: “Cuidado para não praticar a vossa justiça diante dos homens”).

Este amor e tão fundamental para a comunidade dos discípulos de Jesus que deve ser tornar o seu sinal característico: “assim todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (v. 35).  Mais do que uma lista de doutrinas, mais do que práticas litúrgicas ou rituais, embora essas tenham o seu lugar e a sua importância, é o amor mútuo e concreto que deve distinguir os discípulos de Jesus. 

O livro dos Atos dos Apóstolos nos lembra que “foi em Antioquia que os discípulos receberam, pela primeira vez, o nome de “cristãos” (At 11,26). Receberam uma nova designação, da parte dos outros, porque a sua maneira de viver era marcadamente diferente das outras comunidades religiosas da cidade – era marcada pelo amor mútuo. O Evangelho de hoje nos convida para que honestamente nos examinemos a nós mesmos, para verificar se este amor-serviço ainda é a marca característica de nós, discípulos e discípulas de Jesus, na nossa vida individual e comunitária.

LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO LITÚRGICA   
A Oração do Dia calca no coração da assembleia a liberdade e a herança que provém do Senhor por meio de uma súplica a Deus, que nos configurou como homens e mulheres novos ao nos tratar como filhos e filhas.

Esta liberdade e herança, com a qual somos impelidos a progredir na vida, tem sua síntese no amor de Cristo que nos une e reúne (Cf. Aclamação da Assembleia à saudação apostólica (“Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo) e no Rito do abraço da Paz (“O amor de Cristo nos uniu”). A Eucaristia é celebrada para que os fiéis abracem a nova vida.

Na verdade, para que façam a páscoa da antiga à nova, conforme a oração depois da comunhão (Cf. Oração depois da comunhão em que se diz: “fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a comunhão com os vossos mistérios”). Porém esta vida nova se dá em Cristo, quer dizer, à medida que Deus permanece em nós e sua glória se faz notar como ocorreu em Jesus, quando da sua paixão e cruz. Por essa razão, a oração que fecha o rito da comunhão começa suplicando: “Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo”.

Segundo o testemunho patrístico, a reunião eucarística era precedida da experiência do amor fraterno e este era o fruto mais genuíno da celebração. Por isso, muito nos alenta a fala do Papa Clemente Romano, no final do século primeiro:

“Todos alimentáveis sentimentos de humildade, sem arrogância, mais dispostos a obedecer do que a mandar, mais felizes em dar do que em receber. Satisfeitos com as provisões que Cristo vos dava e atentos às suas palavras, vós as guardáveis cuidadosamente em seu coração, trazendo os seus sentimentos diante dos vossos olhos. Deste modo, a todos era concedida uma paz profunda e esplendia e um desejo insaciável de fazer o bem, pela abundante efusão do Espírito Santo. Cheios de um santo desejo, e com alegria, estendíeis as vossas mãos para Deus todo-poderoso, implorando a sua misericórdia, quando involuntariamente cometíeis algum pecado. Combatíeis, dia e noite, pela comunidade dos irmãos, a fim de conseguir, graças a essa misericórdia e sentir comuns, a salvação de todos os eleitos. Éreis sinceros, simples e sem malícia para com os outros. Abomináveis toda revolta e todo cisma, choráveis os pecados do próximo, consideráveis vossas as suas necessidades. Éreis incansáveis em toda espécie de bem-fazer, sempre prontos para toda boa obra. Adornados por uma vida cheia de virtude e digna de veneração, tudo fazíeis no temor de Deus. Os mandamentos e preceitos do Senhor estavam inscritos no vosso coração” (Clemente Romano - Carta aos Coríntios).

Talvez pela importância dos cristãos, de todos os tempos, trazerem consigo, impregnado em sua corporeidade, a herança eterna do amor de Cristo, o rito da Paz (ósculo/abraço) sempre foi muito querido dentro das celebrações eucarísticas e, mesmo com as turbulências históricas, nunca desapareceu completamente.

ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA

PRESIDENTE: Irmãos e irmãs, Jesus convida-nos a que amemos uns aos outros, a semelhança do amor com que amou toda a humanidade. Em prece, supliquemos para que os cristãos sejam sempre reconhecidos por imitarem o exemplo de Jesus, o Ressuscitado:

R/. Senhor, que vosso amor nos santifique!

01.  Pela Igreja de Deus, dispersa em toda a terra, para que anuncie no testemunho de seus pastores e fiéis o amor com que o Senhor a amou, rezemos.

02.  Por nossos Pastores, continuadores diretos do apostolado de Cristo, para que permanecendo firmes aos desígnios do Senhor, inspirem muitos jovens a também se unirem-se a Ele, mediante uma autêntica resposta vocacional, rezemos.

03.  Pelas autoridades de nosso País, para que se dediquem na promoção da caridade, sobretudo entre os mais necessitados, afim de que seja testemunhado o Cristo frente as muitas realidades sociais, rezemos.

04.  Pelos cristãos perseguidos por causa do Evangelho, para que não se sintam desamparados, mas intimamente ligados por seus sofrimentos ao sofrimento de Cristo, rezemos.

05.  Por nós, que nos congregamos hoje para a Ceia do Senhor, para que em torno desta Mesa de irmãos e a partir dela, jamais nos façamos indiferentes as dores e aos sofrimentos alheios, mas lutemos para que todos sintam-se acolhidos e fortalecidos pelo amor de Jesus, rezemos.

PRESIDENTE: Senhor, nosso Deus, amparai em vosso amor os vossos filhas e filhas que vos dirigem em assembleia suas preces e intenções. Dai-nos a graça de Vos servir em todo tempo e lugar, permanecendo firmes no amor de Vosso Filho. Ele que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo.

ASSEMBLEIA: Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

PRESIDENTE: Ó Deus, que, pelo sublime diálogo deste sacrifício, nos fazeis participar de vossa única e suprema divindade, concedei que, conhecendo vossa verdade lhe sejamos fiéis por toda a vida. Por Cristo, nosso Senhor.

ASSEMBLEIA: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO

PRESIDENTE: Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.

ASSEMBLEIA: Amém.

AVISOS

BENÇÃO SOLENE: TEMPO PASCAL, p. 523 do Missal Romano.

PRESIDENTE: Deus, que pela ressurreição do seu Filho único vos deu a graça da redenção e vos adotou como filhos e filhas, vos conceda a alegria de sua benção.

ASSEMBLEIA: Amém.

PRESIDENTE: Aquele que, por sua morte, vos deu a eterna liberdade, vos conceda, por sua graça, a herança eterna.

ASSEMBLEIA: Amém.

PRESIDENTE: E, vivendo agora retamente, possais no céu unir-vos a Deus, para o qual, pela fé, já ressuscitastes no batismo.

ASSEMBLEIA: Amém.

PRESIDENTE: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.

ASSEMBLEIA: Amém.

PRESIDENTE: Ide, em paz e o Senhor vos acompanhe.

ASSEMBLEIA: Graças a Deus.

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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