"Seja Bem vindo" - "Este é um espaço a serviço do Reino de Deus. Queremos fazer deste espaço um ponto de encontro com a Fé.” Encontros Catequéticos domingo, as 08h30. “Vida sim, aborto não!” "Este site usa cookies para ajudar a fornecer serviços. Ao usar o site, você concorda com o uso de cookies."

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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Homilia do 26º Domingo do Tempo Comum

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP



Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem”!

Leituras: Amós 6, 1a.4-7; Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. 1); Primeira Carta de São Paulo a Timóteo 6, 11-16; Lucas 16, 19-31.

COR LITÚRGICA: VERDE

Animador: A liturgia de hoje, nos faz refletir sobre a nossa relação com os bens deste mundo e nos convida a vê-los, não como algo que nos pertence exclusivamente, mas como dons que Deus colocou em nossas mãos, para que os administremos e partilhemos, com gratuidade e amor, com nossos irmãos necessitados.
Negar-nos a isso acarretaria nosso isolamento de Deus e do próximo. Neste “Dia da Bíblia”, o Senhor quer abrir nossos ouvidos e nosso coração para acolher a “Palavra VIVA e eficaz” que brota da situação sofrida dos empobrecidos, nos desperta da alienação e da indiferença e nos indica a solidariedade como verdadeiro caminho da SALVAÇÃO.

1. Situando-nos
Continuamos na mesma temática do domingo passado: a relação do ser humano com as riquezas, à luz do ensinamento de Jesus com vistas à salvação. Se Jesus volta a esse assunto e Lucas lhe dá tanto destaque, significa que temos dificuldades de nos situar bem diante desta questão. Jesus fala desse assunto porque conhece profundamente o ser humano. Ele conhece o poder de fascínio que o dinheiro tem sobre nós.

Concluindo o Mês da Bíblia, a Igreja no Brasil considera este domingo como o dia especialmente dedicado a Bíblia em homenagem a São Jerônimo, grande estudioso da Palavra de Deus, cuja memória se celebra nesta semana, no dia 30/09. Que isto ajude a todos a se manter sempre mais atentos à Palavra de Deus e na ação de graças, tenhamos presente os grupos de famílias e a Animação Bíblica de nossas palavras.

2. Recordando a Palavra
O profeta Amós, na Primeira Leitura de hoje continua a descrever a situação do povo de seu tempo: na Samaria, alguns de seus habitantes enriquecem à custa de outros, que permanecem pobres. O profeta denuncia o luxo de alguns: o que sobra para estes, falta para outros. Tocam harpa como Davi: mas com finalidade diversa – divertir-se. As taças destinadas aio cubo, bem como os instrumentos musicais não estão servindo para louvar a Deus, mas para celebrar a própria riqueza. A ruina de José remete às calamidades que padecem os pobres de Israel. Sempre há alguém que paga o luxo da classe dominante. O “por isso” do versículo 7 introduz o oráculo de condenação: a iminência de um juízo divino cairá como um balde de água fria sobre as ilusões alienantes.

A parábola evangélica é dirigida aos fariseus, preocupados com a pureza cultual e a observância rigorista da Lei. A parábola tem dois pontos altos. O primeiro (v.19-23) tem por objetivo a inversão da sorte no além; o segundo (v.24-31) mostra a rejeição dos dois pedidos do rico para que Abraão envie Lázaro a seus cinco irmãos. A parábola é afirmação de que o dinheiro pode alienar o ser humano, romper a possibilidade de comunicação com Deus. Lázaro não está na parábola como tipo de mendigo sofredor, mas como pessoa a quem o rico deveria ter ajudado a sair da miséria e da dor.

Não há um juízo moral por parte de Jesus sobre os personagens: Ele não diz que o rico é mau, ladrão, desonesto, injusto, nem faz elogios ao pobre Lázaro como bom. Eles são apresentados simplesmente com os qualificadores rico e pobre, com a diferença de o segundo ter nome, Lázaro, que significa: Deus ajuda. Lázaro vive à porta da casa do rico, à espera de comida, uma vez que aí se davam festas esplêndidas diariamente. Além de pobre, Lázaro é doente, tem feridas que cobrem seu corpo.

A morte iguala os dois personagens: rico e pobre morrem. Mas seus destinos são diversos: Lázaro vai para junto de Abraão e o rico para um lugar de tormentos. Esses tormentos são tão atrozes que aponta do dedo de Lázaro, molhada em água, seria um alívio! Vale notar que o rico chama Abraão de pai e este chama o rico de filho. O rico apela para a pertença ao povo de Abraão, chamando-o de pai, mas Abraão mostra que não basta a filiação, é preciso viver a lei de Moisés e dar ouvidos aos profetas.

Temos, então, o segundo pedido, também negado: o envio de Lázaro aos irmãos do homem rico. Que escutem Moisés e os Profetas! (Assim era chamada a Bíblia naquele tempo). ´´E o que responde Abraão. Traduzido significa: que escutem a Palavra de Deus que está na Bíblia! O último argumento do rico: em um ressuscitado eles crerão! Abraão, porém, não arreda pé, insiste que é a Moisés e os Profetas, ou seja, a Palavra de Deus que eles precisam ouvir.

3. Atualizando a Palavra
O juízo de Deus não é arbitrário. É a fidelidade de Deus a si mesmo, à Palavra que Ele deu aos homens Deus nos ensina que a história é maior que o tempo presente, de onde deriva a necessidade de vivermos com dimensões de eternidade. Todos corremos o risco de deixar-nos dominar pelo dinheiro. O pecado em questão não é a riqueza, mas a indiferença para com o próximo e o esquecimento de Deus, decorrência do envolvimento com o dinheiro. O mundo capitalista fomente em nós a ambição, a avareza, o poder, o orgulho de dominarmos pelo dinheiro; da idolatria ao dinheiro, nascem a vaidade e o orgulho que oprimem as nações.

O ideal cristão para este mundo é superar o abismo entre ricos e pobres. Este abismo não está alicerçado apenas sobre um problema econômico, mas sobre o egoísmo. Esse é o maior abismo a superar. Nele se forma o abismo econômico. Pôr-se a serviço do dinheiro não dá outro resultado que, ao morrer, encontrar-se sem dinheiro e só consigo mesmo, na penosa tristeza da distância da comunhão com Deus. Este Evangelho faz uma severa admoestação a quantos buscam a felicidade nas riquezas e creem que estas podem salvar. A eternidade é um dom, em duplo sentido: sabe ver os bens como procedentes de Deus e saber partilhar com os mais necessitados os bens que recebemos.

A conclusão do Evangelho é para nos acordar: não basta conhecer Moisés e os Profetas (a Bíblia). É preciso viver o que Deus nela nos ensina. A fé não provém da contemplação de nenhum prodígio sobrenatural –a aparecer alguém de entre os mortos para nos falar - , mas da aceitação humilde da revelação de Deus. Há um pecado que é muito atual: a negação da eternidade, da ressurreição, da necessidade de Cristo para a nossa salvação. Somos talvez nós os cinco irmãos do rico que não acreditamos? O que nos fala para crer e viver conforme nossa fé?

Paulo nos fala, na segunda leitura, do testemunho que devemos dar, a exemplo de Cristo, que deu testemunho da Verdade. Hoje não somos chamados normalmente ao testemunho máximo do martírio, como no período da Igreja nascente, mas há também outro testemunho, talvez até mais difícil: a fidelidade na prática cotidiana das virtudes em relação a Deus – fé, esperança, amor – e em relação a próximo – justiça, misericórdia, paciência, atenção, delicadeza, cuidado.

O essencial do cristianismo é o amor; quem ama, conhece a Deus. Como Amós, precisamos gritar para uma sociedade que se refugia numa falsa tranquilidade. É urgente abrirmos os olhos para José e sua ruína, para Lázaro e sua feridas. O desterro é o ponto de chegada de quem vive como se Deus não existisse. Afastar-se de Deus é afastar-se de si mesmo. Não ver o pobre é não crer em Deus.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
É difícil não sentir certo estremecimento ao considerar a última frase de parábola, à luz da celebração da Eucaristia. Nós, que a celebramos, escutamos Moisés, os Profetas, Jesus Cristo e temos entre nós a presença do Ressuscitado. Isto nos leva a aderir de fato ao projeto de Deus? Celebrar a Eucaristia é algo comprometedor, é realmente um juízo de Deus sobre nós.

O discípulo missionário é consciente que o distanciamento em relação a Jesus Cristo e ao Reino de Deus traz graves consequências para toda a humanidade. Essas consequências são sentidas principalmente nas inúmeras formas de desrespeito e destruição da vida. O cristão sabe que não lhe cabe a exclusividade na construção da nova época que está para surgir. Esta consciência, no entanto, não o exime da responsabilidade por testemunhar e anunciar, oportuna ou inoportunamente (2Tm 4,2), Jesus Cristo e o Reino de Deus, que é vida, paz, justiça, concórdia e reconciliação (Gl 5,22ss)” (Ibidem, n.39)

Por fim, o grande dom, a maior riqueza que temos e poder nos alimentar da Palavra e do Corpo do Senhor. Se Ele escolheu uma refeição como modo de perpetuar sua presença entre nós e esta ceia é sacrifício de Cristo por nós na Cruz, há de que brotar da Eucaristia um novo jeito de viver, em que não consideremos normal uma pessoa passar fome à nossa porta.

Preces dos fiéis
Presidente: Diante de Deus, que tem predileção e cuidado especial para com os pobres, com espírito de pobreza e desapego façamos nossos pedidos.
1. Senhor, neste dia da Bíblia, ajude a tua Igreja a cumprir sua missão de anunciar o Evangelho, levando todos os povos ao conhecimento da tua palavra. Peçamos:
Todos: Senhor, rico em misericórdia, atendei a nossa prece.
2. Senhor, neste dia da Bíblia, desperte os nossos governantes, para que possam atuar sempre com integridade, honra e amor à verdade e à justiça. Peçamos:
3. Senhor, neste dia da Bíblia, faça com que nossa comunidade se comprometa com a leitura assídua e a vivência coerente de tua Palavra. Peçamos:
4. Senhor, neste dia da Bíblia, nos ensine a aprender que a presença dos pobres nos evangeliza e nos desperta da alienação e da indiferença. Peçamos:
5. Senhor, neste dia da Bíblia, acolha com carinho os nossos dizimistas que fazem suas ofertas com alegria. Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente: Senhor, que nos faz conhecer a tua vontade através da Bíblia, acolhe com carinho a nossa prece. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Oração das oferendas:
Presidente: Ó Deus de misericórdia, que esta oferenda vos seja agradável e possa abrir para nós a fonte de toda bênção. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Oração após a comunhão:
Presidente: Ó Deus, que a comunhão nesta Eucaristia renove a nossa vida para que, participando da paixão de Cristo neste mistério, e anunciando a sua morte, sejamos herdeiros da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

AGENDA DO BISPO DIOCESANO:
Dia 24 de setembro (sábado): Missa – 08h00 – Paróquia Santa Rita de Cássia – Limeira – Padre Edson Pianca – Encontro de Formação Pastoral da Comunicação com Padre Marcos Regional Sul 1.

Dia 25 de setembro (sábado): Missa – 4º. Dia da Novena de Santa Terezinha do Menino Jesus – Padre Israel – Limeira – 18h00.

Dia 28 de setembro (quarta-feira): Atendimento residência episcopal – 10h30min; Missa na Comunidade de Vida – “Cristo te Chama” – Limeira – Padre Deivison – 19h30min.

Dia 29 de setembro (quinta-feira): Gravar mensagem Pastoral da Comunicação Santa Luzia – 09h00 – Residência Episcopal de Limeira.

Dia 30 de setembro (sexta-feira): Reunião Pastoral da Comunicação Regional Sul 1 – residência episcopal; e Crisma – na Paróquia São João Bosco – Americana – 19h30min.

Dia 01 de outubro (sábado): Crisma – São Judas Tadeu – Araras – Padre João Bosco – presidente da celebração vigário episcopal Padre João Luiz – 18h00; Instalação – Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus – Araras – 19h00 – Padre Marcos Vieira das Neves – presidente da celebração dom Vilson.

Dia 02 de outubro (domingo): Eleição Municipal; e Crisma – Sagrada Família – 18h30min – Padre Reginaldo Schivo.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.

P: Deus todo-poderoso, os abençoe com sua bondade e infunda em vocês a sabedoria da salvação que está presente no Livro Sagrado da Bíblia.
T. Amém.

Presidente: Sempre os alimente com os ensinamentos da fé, contidos na Bíblia Sagrada, e os faça perseverar nas boas obras que valoriza a pessoa humana.
T. Amém.

Presidente: Oriente para Ele os seus passos, e os mostre o caminho da caridade e da paz, através da sensibilidade fraterna. Deus derrame suas bênçãos e faça de cada um de vocês vigilantes, hábeis na prática do bem e os abençoe hoje e sempre.
T. Amém.

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo poderoso: Pai, + Filho e Espírito Santo.
T. Amém.

Pres. ou Diácono: Ide em paz e o Senhor dos acompanhe para sempre.

T. Graças a Deus.

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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*Catequese com Adultos/ Paróquia Nossa Senhora do Rosário - Vila Tesouro - São José dos Campos - SP. * "Vida sim, aborto não!

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