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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

HOMILIA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP


                 “Convertei-vos e crede no Evangelho”

Leituras: Joel 2, 12-18; Salmo 50 (51), 3-4.5-6a.12-13.14 e 17; Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5, 20-6,2; Mateus 6, 1-6.16-18.

COR LITÚRGICA: ROXA
Durante o canto, entra a cruz, sem a Imagem do Crucificado. Se ela for muito grande já poderá estar ao lado da Mesa da Palavra. Todos os atos penitenciais, durante a Quaresma, serão feitos diante deste sinal. Nas comunidades onde não tem esta missa de cinzas, a cruz poderá entrar no refrão orante do 1º Domingo da Quaresma.


Misericordioso é Deus! Sempre, sempre o cantarei!
Animador: Com esta celebração das Cinzas, iniciamos o Tempo da Quaresma. É um tempo de conversão. Conversão autêntica implica o cumprimento de todas aquelas obras que são próprias do Tempo da Quaresma: a esmola, a oração, o jejum. Contudo, elas não devem ser vividas apenas como cumprimento exterior, mas como expressão de encontro íntimo com Deus e com o próximo.

Todos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta a Campanha da Fraternidade como caminho de conversão quaresmal, como itinerário do cultivo e do cuidado comunitário e social.

O Tema da CF deste ano de 2017 é: “Fraternidade: Biomas Brasileiros e defesa da vida”, com o lema: “Cultivar e guardar a criação” (Gênesis 2,15). Que Deus derrame o seu Espírito sobre nós para que possamos viver esta conversão que o Senhor espera de nós.

1. Situando-nos brevemente
Quaresma é o tempo que nos encaminha para a Páscoa. “A liturgia quaresmal prepara para a celebração do mistério pascal tanto dos catecúmenos, fazendo-os passar por diversos degraus da iniciação cristã, como os fiéis que recordam o próprio Batismo e fazem penitência” (Normas universais do Ano Litúrgico e do Calendário Romano Geral, n.27). É um tempo em que fazemos caminhos para a Páscoa, motivados pela Palavra e unidos aos sentimentos de Jesus Cristo, cultivando a oração, o amor a Deus e a solidariedade fraterna” (CNBB. Campanha da Fraternidade 2017: Texto-Base. Brasília: Edições CNBB, 2016, n.11)

A Quaresma como caminhada rumo à celebração pascal, da morte e ressurreição de Jesus Cristo, é marcada pelo espírito penitencial e de conversão. Por esta razão, o início da caminhada quaresmal é marcada pelo rito da imposição das cinzas sobre a cabeça dos fiéis. Um antigo ritual com o qual os pecadores arrependidos de seus pecados manifestavam seu arrependimento e penitência. O gesto do cobrir-se de cinzas expressa o reconhecimento da própria condição humana (Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar), que necessita ser redimida pela misericórdia de Deus. Longe de ser um gesto meramente exterior, a Igreja o conservou como símbolo da atitude do coração penitente que cada pessoa é chamada a assumir no itinerário quaresmal (Diretório sobre piedade Popular e Liturgia, .125)

Receber as cinzas, neste dia, significa confirmar nossa fé na Páscoa de Cristo, na reconciliação, na esperança de um dia estar na comunhão do Ressuscitado. Participar do rito da imposição das cinzas expressa o compromisso com a prática das virtudes cristãs.

Nesse dia, a Igreja Católica no Brasil abre a Campanha da Fraternidade: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como lema: “Cuidar e guardar a criação” (Gn 2, 15). A CF 2017 tem como objetivo: “Cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho” (CNBB. Campanha da Fraternidade 2017: Texto-Base. Brasília: Edições CNBB, 2016. Objetivo geral, p.16).

O que suplicamos ao Pai pela Oração da CF 2017, aconteça em nossas comunidades e em terras do Brasil: “Deus, nosso Pai e Senhor, nós vos louvamos e bendizemos, por vossa infinita bondade. Criastes o universo com sabedoria e o entregastes. Criastes o universo com sabedoria e o entregastes em nossas frágeis mãos para que dele cuidemos com carinho e amor. Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum. Cresça, em nosso imenso Brasil, o desejo e o empenho de cuidar mais e mais da vida das pessoas, e da beleza e riqueza da criação. Alimentando o sonho do novo céu e da nova terra que prometestes. Amém!” (Oração da Campanha da Fraternidade 2017. In CNBB Campanha da Fraternidade 2017: Texto-Base. Brasília: Edições CNNN, 2016, p.135).

2. Recordando a Palavra
No começo da caminhada quaresmal, Jesus nos dirige sua palavra convidando-nos a seguir com ele o caminho em direção à Páscoa. Sua Palavra, que chega até nós pelo Evangelho de Mateus, situa-se no centro do “discurso da montanha” (cap. 5-7), o primeiro dos cinco grandes discursos de Jesus, assinalados por este evangelista. Esta passagem tem como conteúdo o anúncio inicial da proclamação do novo povo de Deus, da nova aliança que se cumpre em Jesus, o Salvador.

Pela escuta da palavra do Mestre e pela acolhida da misericórdia divina revelada em Jesus, superam-se a falsidade e a infidelidade, constitui-se o novo povo de Deus. É nesta perspectiva que podemos compreender a palavra do Evangelho proposto para a celebração da Quarta-feira de Cinzas: os cristãos são chamados pelo Mestre a assumirem, com fidelidade, as obras de justiça no relacionamento com o próximo: a esmola; para com Deus: a oração; para consigo mesmo: o jejum.

A esmola, a oração e o jejum são antigos exercícios da ascese espiritual. Eles sempre foram retomados e recomendados pelos mestres a seus seguidores. Contudo, ao longo dos tempos, estas prescrições foram perpassadas pelo formalismo exterior, ou se transformaram em um sinal de superioridade social (Lc 18, 9-14). Jesus também retoma tais exercícios e, para que responsam à sua finalidade essencial, os enquadra na relação de intimidade com o Pai e com os discípulos.

O evangelista ressalta o contraste entre a prática sugerida por Jesus a dos fariseus e escribas. Para estes, tuas práticas eram expressão da observância da Lei em vista da recompensa, mesmo que não correspondem a uma atitude interior. Para Jesus, a esmola, a oração e o jejum simbolizam a fidelidade e a comunhão do novo povo com Deus, torna-se fonte de conflitos entre as pessoas. A recompensa anunciada por Jesus não é a correspondência entre prestação de serviço e pagamento. Ela é dom divino, salvação. Ela é o reino prometido e oferecido a quem, na obediência, abre-se às exigências de sua novidade.

O profeta Joel, diante das plantações devastadas pela praga dos gafanhotos, reflete com o povo sobre a exigência de uma nova vida. A devastação era um sinal da proximidade do dia do Senhor. O profeta incentiva o povo ao cuidado da terra devastada e convoca todos à conversão, à penitência e à mudança de vida. Isto não pode ser algo apenas exterior, aparente e sem consequências práticas, mas deve significar uma transformação radical rumo a Deus.

O Salmo 50 (51) constitui uma grande súplica pela libertação da desgraça pessoal e social causada pelos pecados. O canto desse salmo reflete a consciência contrita do pecador e sua confiança na ação misericordiosa de Deus. É ela quem gera um coração novo e imprime o espírito de santidade.

Na segunda leitura de hoje, o apóstolo Paulo interpela a comunidade: “Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus” (2Cor 5,20). Este esforço de conversão não é somente uma obra humana, é deixar-se reconciliar pela graça. A reconciliação entre nós e Deus é possível graças à misericórdia do Pai que, por nosso amor, não hesitou em sacrificar o seu Filho unigênito” (FRANCISCO. Homilia da Quarta-feira d, 18 de fevereiro de 2105).

Uma pessoa de fé em sua caminhada quaresmal rumo à Páscoa, ao tomar consciência da realidade de como são tratados os biomas brasileiros, não poderá ficar indiferente. A Campanha da Fraternidade é uma verdadeira iniciação à fé e à sua prática. “A conversão quaresmal é, ao mesmo tempo, um voltar-se para Deus, para o próximo e para a vida da criação que os cerca (CNBB Campanha da Fraternidade 2017: Texto-Base. Brasília: Edições CNNN, 2016, p.21).

3. Atualizando a Palavra
Deus não se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir perdão!” Esta afirmação, repetida tantas vezes pelo Papa Francisco em suas catequeses ao longo destes meses, acabou escandalizando muitas pessoas devotas e pias, sendo paradoxo ainda maior! – não poucas pessoas que não acreditam em Deus e não praticam a religião, mas que vêem na ideia de um Deus que “faz justiça”, punindo quem infringe a lei, um baluarte para garantir a boa ordem na sociedade.

Mas este é o âmago da Boa-Nova proclamada por Jesus, concretizada em todos os seus gestos para com os pecadores e os marginalizados da sociedade e da estrutura religiosa. Acreditar nesta Boa-Nova e entregar-se com confiança ao Pai exige a coragem ingênua das crianças e dos simples de coração. É o próprio Jesus a sublinhar isso: “Se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no reino dos Céus” (Mt 18,3).

Precisamos de coragem para nos reconhecermos pecadores na situação concreta, específica que estamos vivendo em determinado momento, e não somente em maneira genérica. Esta coragem nasce da humildade que reconhece e aceita lidar com a verdade profunda de nós mesmo sem fingimentos. Esta coragem e esta humildade são dons do Espírito Santo. Precisamos ter confiança de pedi-los. Deixar cair as máscaras, viver a verdade: este é o convite libertador de Jesus. Pois é quando acolhemos a verdade que se curam as feridas, se libertam as energias escondidas, se constrói a casa sobre a rocha e, sobre tudo, se constrói aquela relação autêntica com Deus, que se torna a verdadeira recompensa e a alegria da existência.

Quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a direita, de modo que tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa” (Mt 6, 3-4). A mesma indicação de discrição e silêncio, aberta somente ao diálogo interior com o Pai, Jesus repete em relação à oração e ao jejum.

Que contraste com nossa mentalidade corrente, segundo a qual tudo há de ser mostrado em público, tudo enfatizado. Quem não aparece na mídia não existe. Se você, pessoa ou comunidade, não tem seu site, a conta pessoal no facebook e no twitter, não vale, não existe. Todo mundo corre atrás desta justificativa. Mesmo nossas comunidades paroquiais e religiosas vivem a urgência de se adequar, sem muita discrição.

É tudo expressão de zelo missionário e do compromisso para testemunhar Cristo, evangelizar a Boa-Nova da misericórdia de Deus, que está presente em toda situação, e pretende curar, com carinho, cada pessoa como filho e filha? Acho que deveríamos fazer a nós mesmos muitas perguntas e aceitar responder com igual honestidade. A Quaresma nos ajuda a abrir este diálogo conosco mesmo. Exige morrer aos enganos e renascer à verdade de nós mesmos que é fazer Páscoa na vida.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Com a celebração da imposição das cinzas, iniciamos o tempo quaresmal, ouvindo o convite do Senhor: “Convertei-vos! O Reino de Deus está no meio de vós”. A proclamação e escuta da Palavra de Deus, as orações, as ações simbólicas nos possibilitam experimentar a bondade infinita de Deus, como reza a antífona de entrada: “Ó Deus, vós tendes compaixão de todos e nada do que criastes desprezais: perdoais nossos pecados pela penitência porque sois o Senhor, nosso Deus” (Missal Romanos. Antífona de entrada da Quarta-feira de Cinzas, p.175)

Na caminhada quaresmal, somos convidados a experienciar o Deus que acolhe nossa penitência, corrige nossos vícios, cuida de nós incansavelmente, fortifica nosso espírito fraterno, nos dá a graça de sermos nós também misericordiosos.

Hoje, na celebração da Eucaristia, nós nos oferecemos com Cristo ao Pai, pelo Espírito Santo. Que o sacramento pascal recebido na mesa da Palavra e na mesa da Eucaristia nos ajude a fazermos de nossa vida uma oferta agradável a Deus, especialmente pela vivência do jejum, do amor fraterno e da oração. “Ó Deus, assisti com vossa bondade a penitência que iniciamos, para que vivamos interiormente as práticas externas da Quaresma” (Missal Romano. Oração do dia da sexta-feira depois das cinzas, p. 179)

Nos passos de Jesus, caminhando rumo à Páscoa, revivemos a experiência daquele que a partir do batismo do Jordão caminha para o “batismo da sua morte” (Mc 10, 38; Lc 12,50). Contemplamos o mistério do Coração traspassado e aberto do Redentor do qual nasce a Igreja e provém toda a eficácia dos sacramentos; e de onde procede sangue e água (Jo 19,34), símbolos da Eucaristia e do Batismo. No Mistério Pascal, o testemunho concorde do Espírito, da água e do sangue (1Jo 5, 5-8) manifesta o “renascer da água e do Espírito” para entrar no Reino de Deus (Jo 3,5).

A Quaresma é o período forte da Campanha da Fraternidade. “Nesse tempo litúrgico a prática da escola, da oração, do jejum, a conversão e a Campanha da Fraternidade tornam-se oportunidades de experimentar a espiritualidade pascal capaz de gerar, ao mesmo tempo, a conversão pessoal, comunitária e social (CNBB. Campanha da Fraternidade 2017: Texto-Base. Brasília: Edições CNBB, 2016, n.20).

Oração dos fiéis:
Presidente: A beleza e a riqueza de nossas matas representadas nos vários biomas nos chamam a assumirmos um compromisso na defesa da vida. Devemos defender a natureza e a vida contra todas as formas de devastação, para que não estejam sob o domínio de pessoas e grupos gananciosos.

Vamos rezar a oração da CF – 2017. (Todos juntos)
1. Deus, nosso Pai e Senhor, nós vos louvamos e bendizemos, por vossa infinita bondade.
2. Criastes o universo com sabedoria e o entregastes em nossas frágeis mãos para que dele cuidemos com carinho e amor.

1. Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum.
2. Cresça, em nosso imenso Brasil, desejo e o empenho de cuidar mais e mais da vida das pessoas,
e da beleza e riqueza da criação, alimentando o sonho do novo céu e da nova terra que prometestes.
Todos: Amém

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Oferecendo-vos este sacrifício no começo da Quaresma, nós vos suplicamos, ó Deus, a graça de dominar nossos maus desejos pelas obras de penitência e caridade, para que, purificados de nossas faltas, celebremos com fervor a paixão do vosso Filho. Que vive e reina para sempre.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Ó Deus, fazei que sejamos ajudados pelo sacramento que acabamos de receber, para que o jejum de hoje vos seja agradável e nos sirva de remédio. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

COMUNICADOS:
Dia 01 de março – quarta-feira: Missa Quarta Feira de Cinzas – na Igreja Catedral – Limeira – 19h30min.

Dia 02 de março – quinta-feira: Missa –posse Padre Nathan – 19h30min – Nossa Senhora do Brasil – Americana, SP.

Dia 03 de março – sexta-feira: Visita no Gabinete do Vereador Marcos Xavier – 10h00; Abertura da Campanha da Fraternidade - 15h00 na Catedral – Limeira; Missa – posse – Padre Marcos Theodoro – Sagrado Coração de Jesus – Conchal – 19h30min

Dia 04 de março – sábado: Missa na Assembleia da RCC do Sul 1, no Cest Santa Teresinha. 08h30.

Dia 05 de março – domingo: Missa e posse de Pároco do Pe. Fábio Trajano Ribeiro, e Crisma Paroquial – Santa Cruz da Conceição, 08h30; Missa – posse de Administrador Paroquial do Pe. José Antônio Alves – 19h30min – Quase-Paróquia N. Sra. Aparecida, Redenção, cidade de Pirassununga, SP.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Deus, Pai de misericórdia, conceda a todos vocês como concedeu ao filho pródigo, a alegria do retorno à casa.
Todos: Amém.

Presidente: O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, os guie nesta caminhada quaresmal a uma verdadeira conversão
Todos: Amém.

Presidente: O Espírito de sabedoria e fortaleza os sustente na luta contra o mal para poderem com Cristo celebrar a vitória da Páscoa.
Todos: Amém.

Presidente: (Dá a bênção e despede a assembléia com carinho.)

Todos: Amém.

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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