Dom Vilson Dias de Oliveira
DIOCESE
DE LIMEIRA
18
de fevereiro de 2018
“O
Filho do Homem tem na terra poder de perdoar pecados”
Leituras:
Livro do Profeta Isaias, 43, 18-19.21-22.24b.25; Salmo 40; Segunda
Carta de São Paulo aos Coríntios 1, 18-22; Marcos 2, 1-12.
COR
LITÚRGICA: ROXO
Animador:
A
liturgia deste domingo nos leva a refletir acerca de nossos pecados e
da necessidade de recorrermos à misericórdia de Deus. É o domingo
do amor. Celebrando a páscoa semanal de Jesus, nós também
recebemos o perdão de nossos pecados e a cura de todo tipo de
paralisia que nos aflige e conseqüentemente perdemos a paz, que é
recuperada quando vamos ao encontro do perdão.
1.
Situando-nos brevemente
Neste
domingo, o Senhor convida-nos a refletir sobre o perdão dos pecados,
que se obtém através do Sacramento da Penitência ou Reconciliação.
Como
estimamos este Sacramento? Com que frequência procuramos o perdão
de nossos pecados? Que vamos fazer para que o Sacramento da Confissão
seja encarado como dom maravilhoso da misericórdia divina? Quando
todos se confessarem com frequência, o mundo será diferente e
diremos como está escrito no Evangelho de hoje: “Nunca vimos coisa
assim”.
]2.
Recordando a Palavra
O
oráculo de salvação da primeira parte (vs18-19. 21) começa por
recorda a libertação da escravidão do Egito. Contudo, essa
realidade não pode ser uma fuga nostálgica para o passado, um
repousar inerte na saudade, um refúgio contra o medo do presente.
Pois se assim for, o passado tornaria difícil a compreensão do Povo
acerca dos sinais anunciam um futuro de liberdade e de vida nova.
A
lembrança do passado é válida quando alimenta a esperança e
prepara para um futuro novo. O que é importante é que o israelita
crente que olha para o passado descubra, na ação libertadora de
Deus em favor do Povo oprimido pelo faraó, um padrão: o Deus que
assim agiu é o Deus que não tolera a opressão e que está sempre
do lado dos oprimidos; por isso, não deixará de se manifestar em
circunstâncias análogas, operando a salvação do Povo escravizado.
De
fato – diz o profeta – o Deus libertador em quem acreditamos e em
quem esperamos não demorará a atuar. Aproxima-se o dia de um novo
êxodo, de uma nova libertação. Esse novo êxodo será, até, algo
de grandioso, que eclipsará o antigo êxodo: o Povo libertado
percorrerá um caminho fácil no regresso à sua Terra e não
conhecerá o desespero da sede e da falta de comida, porque Iahwéh
vai fazer brotar rios na paisagem desolada do deserto. A atuação de
Deus manifestará, de forma clara, o seu amor e a sua solicitude pelo
Povo. Diante da ação de Iahwéh, o Povo tomará consciência de que
é o Povo eleito e dará a resposta adequada: louvará o seu Deus
pelos dons recebidos.
Na
segunda parte (vers. 22. 24b-25), temos um convite de Deus a que
Israel reconheça as suas transgressões e iniquidades. É um dos
poucos textos do Deutero-Isaías onde Deus assume uma atitude
decididamente crítica para com o seu Povo.
O
sentido global do texto não é totalmente claro (aliás, o texto que
nos é proposto apresenta-se incompleto, truncado, com versículos
tirados aqui e ali, o que aumenta ainda mais a dificuldade de
compreensão). Provavelmente, deve ser entendido como resposta às
críticas que os exilados faziam a Iahwéh. Porquê o Exílio? Iahwéh
não estava a ser injusto? Se Israel tinha cumprido sempre com as
suas obrigações cultuais, em que é que Iahwéh Se fundamentava
para castigar tão duramente o seu Povo?
Na
verdade, Israel cumpria as suas obrigações oferecendo a Iahwéh
abundantes sacrifícios de animais, mas continuava a multiplicar os
seus pecados e as suas iniquidades. Convicto de que com abundantes
ofertas cultuais podia “acalmar” e “comprar” Deus, o Povo
vivia comodamente instalado na infidelidade, sentindo que não
haveria problema porque Iahwéh era “obrigado” a fazer uso da sua
misericórdia e a apagar as faltas do Povo. Na verdade, Deus não
pode ser manipulado dessa forma. Por isso Ele não aceita ser um
para-raios atrás do qual o Povo se esconde para não cumprir os seus
compromissos.
A
verdade é que Israel foi castigado porque assumiu e percorreu um
caminho de rebeldia e de infidelidade (vvs27-28). O Exílio foi o
resultado lógico dessa opção. Ao abordar desta forma a questão, o
profeta está claramente a dizer aos exilados que o Exílio não é
culpa de Deus, mas do próprio Povo. Provavelmente, estará também a
sugerir ao Povo que é preciso reconhecer as suas faltas e iniciar um
caminho de conversão e de renovação, antes de poder acolher a
salvação/libertação que está para chegar.
3.
Atualizando a Palavra
A
leitura mostra-nos, antes de mais, a atitude de Deus em relação aos
homens. Fala-nos de um Deus atento, solícito, interveniente, a quem
os homens e os seus dramas não são indiferentes e que Se preocupa,
a todos os instantes, em indicar ao seu Povo o caminho da vida
verdadeira e definitiva.
Numa
leitura atenta do texto, impressiona, especialmente, o amor e a
ternura com que Deus Se dirige a esse Povo desanimado e frustrado e
lhe dá os seus conselhos, como se fosse um pai a preparar o filho
para as duras batalhas da vida (“não vos lembreis…”; “não
presteis atenção…”).
É
preciso que descubramos, também nós, este Deus cheio de solicitude
e de amor que caminha ao nosso lado; é preciso que aprendamos a
detectar as suas indicações e os seus sinais – esses sinais quase
sempre discretos, através dos quais Ele revela a sua presença ao
nosso lado e através dos quais Ele nos indica os caminhos a
percorrer.
A
vida cristã é uma caminhada permanente rumo a essa “coisa nova
que já começa a aparecer” e que é o mundo novo do Homem Novo. É
preciso, no entanto, que os crentes tenham a coragem de deixar o seu
pequeno mundo de instalação e de comodismo, para aceitar o desafio
de Deus e para ir mais além. O que é que, na minha vida, necessita
de ser transformado? O que é que ainda me mantém alienado,
prisioneiro e escravo? O que é que me impede de imprimir à minha
vida um novo dinamismo, de forma a que o Homem Novo se manifeste em
mim?
4.
Ligando a Palavra e a Eucaristia
A
Oração do Dia neste domingo abre a assembléia à vontade Deus,
para que alcance o mundo e a história por meio da Palavra e das
ações dos fiéis. Articulam-se, mais uma vez, palavra e sinal
sensível. Assim como em Cristo se cumprem as promessas de Deus, em
nós também elas devem realizar-se, e a celebração litúrgica é o
testemunho mais eloquente disto. É por meio dela que a assembléia
contempla explicitamente a união entre palavra e sinal.
Desde
os ritos iniciais até a despedida, os fiéis vão sendo conduzidos
pelo Espírito para que se configurem às promessas de Deus através
de um “Amém”. A retumbante conclusão doxológica da Oração
Eucarística – “Por Cristo, com Cristo e em Cristo” coroada
pelo amém da assembléia, poderá ser reconhecida no sinal sensível
que são os próprios fiéis que nutrem sua ligação com ele ao
tomar parte da mesa do Pão e Vinho consagrados.
Muito
acertada, então, a expressão de Cláudio Pastro ao definir a
liturgia: “Liturgia é a encarnação do Mistério Pascal em nosso
corpo” (PASTRO, Claudio. O Deus da beleza. A educação através da
beleza. São Paulo: Paulinas, 2008, p.32). E se este Mistério é
também acontecimento reconciliador não sé entre Deus e os seres
humanos, mas destes entre si, a comunidade dos fiéis, pela sagrada
liturgia, vai tornando-se o espaço privilegiado para que a
reconciliação aconteça e se estenda ao mundo inteiro os seus
frutos de paz (Cf. Oração Eucarística III: “Que este sacrifício
da nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo
inteiro”).
Oração
dos fiéis:
Presidente:
Deus nos ama e cuida de nós, elevemos a Ele, com carinho, nossas
preces.
1.
Senhor, que tua Igreja seja misericordiosa, neste mundo que vive
marcado por tantas formas do pecado social. Peçamos
Todos:
Senhor, concedei-nos tua misericórdia.
2.
Senhor, que nossas comunidades sejam presença da misericórdia
divina junto a todos os que sofrem. Peçamos:
3.
Senhor, por todos aqueles que não aceitam Jesus Cristo e seu
evangelho, como o grande "sim" de Deus em favor de nossa
salvação. Peçamos:
4.
Senhor, por todos nós aqui reunidos, para que possamos ajudar as
pessoas que se encontram longe de Deus, a encontrarem o caminho da
paz, indicando-lhes o perdão de Deus para suas vidas. Peçamos:
5.
Senhor, pelos os sacerdotes da nossa Igreja, a fim de que seguindo o
exemplo de Jesus estejam sempre disponíveis ao serviço do
sacramento da reconciliação, que é o sinal do amor de Deus por
nós. Peçamos:
(Outras
intenções)
Presidente:
Senhor, faça de nós pessoas capazes de viver plenamente a
reconciliação e o perdão e atenda nossas preces. Por Cristo, nosso
Senhor.
Todos:
Amém.
III.
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO
SOBRE AS OFERENDAS
Presidente:
Ao
celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó
Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa
salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
ORAÇÃO
APÓS A COMUNHÃO
Presidente:
Ó
Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo
penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
BÊNÇÃO
E DESPEDIDA:
Presidente:
O Senhor esteja convosco.
Todos:
Ele está no meio de nós.
Presidente:
Ó Deus, fazei que o vosso povo se volte para vós de todo coração,
pois, se o protegeis mesmo quando erra, com mais amor o protegeis
quando vos serve. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Presidente:
Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Todos:
Amém.
Presidente:
Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
Todos:
Graças a Deus.
Agenda
de Dom Vilson para Fevereiro/2018
Dia
09/02 – Sexta-feira: Missa
e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Nossa Senhora
de Guadalupe, Pe. Isael de Brito, às 19h30, em Americana, SP.
Dia
10/02 – Sábado: Missa
e Posse de Pároco na Paróquia São Benedito, Pe. Luís Fabiano
Canatta, às 18h00, em Americana, SP.
Dia
11/02 – Domingo: Missa
e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Santa Eulália,
Pe. Bruno Gabriel Steim, às 08h30, em Limeira, SP.
Dia
11/02 – Domingo: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora do Brasil, Pe. Paulo
Sérgio Lopes Gonçalves, às 18h30, em Americana, SP.
Dia
16/02 – Sexta-feira: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Santa Ana, Pe. Jefferson Luís Leme da
Silva, às 19h00, em Limeira, SP.
Dia
17/02 – Sábado: Missa
e Posse de Pároco Paróquia São Camilo de Léllis, Pe. Antônio
Carlos de Almeida, às 19h30, em Americana, SP.
Dia
18/02 – Sábado: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora das Graças, Pe. Alex
Turek, às 09h00, em Araras, SP.
Dia
18/02 – Sábado: Missa
e Posse de Pároco e reitor no Santuário São Sebastião, Pe.
Antônio Carlos de Almeida, às 19h30, em Americana, SP.
Dia
22/02 – Quinta-feira: Missa
e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Nossa Senhora
de Lourdes, Pe. José Valter Rossini, às 19h30, em Araras, SP.
Dia
23/02 – Sexta-feira: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Pe.
Gilmarcos da Silva Teixeira, às 19h30, em Americana, SP.
Dia
24/02 – Sábado: Missa
e Posse de Pároco Paróquia Jesus Crucificado, Pe. Rodrigo Alves, às
18h00, em Iracemápolis, SP.
Dia
25/02 – Domingo: Missa
e Posse de Pároco Paróquia São Paulo Apóstolo, Pe. Vitor Tomé
Minutti, às 08h00, em Limeira, SP.
Dia
25/02 – Domingo: Missa
e Crisma na Paróquia São Francisco de Assis, Pe. Ismael Vanderlei
Avi, as 16h00, em Araras, SP.