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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Homilia do 1º da Quaresma

Dom Vilson Dias de Oliveira
DIOCESE DE LIMEIRA


18 de fevereiro de 2018



O Filho do Homem tem na terra poder de perdoar pecados”

Leituras: Livro do Profeta Isaias, 43, 18-19.21-22.24b.25; Salmo 40; Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 1, 18-22; Marcos 2, 1-12.

COR LITÚRGICA: ROXO

Animador: A liturgia deste domingo nos leva a refletir acerca de nossos pecados e da necessidade de recorrermos à misericórdia de Deus. É o domingo do amor. Celebrando a páscoa semanal de Jesus, nós também recebemos o perdão de nossos pecados e a cura de todo tipo de paralisia que nos aflige e conseqüentemente perdemos a paz, que é recuperada quando vamos ao encontro do perdão.

1. Situando-nos brevemente
Neste domingo, o Senhor convida-nos a refletir sobre o perdão dos pecados, que se obtém através do Sacramento da Penitência ou Reconciliação.

Como estimamos este Sacramento? Com que frequência procuramos o perdão de nossos pecados? Que vamos fazer para que o Sacramento da Confissão seja encarado como dom maravilhoso da misericórdia divina? Quando todos se confessarem com frequência, o mundo será diferente e diremos como está escrito no Evangelho de hoje: “Nunca vimos coisa assim”.

]2. Recordando a Palavra
O oráculo de salvação da primeira parte (vs18-19. 21) começa por recorda a libertação da escravidão do Egito. Contudo, essa realidade não pode ser uma fuga nostálgica para o passado, um repousar inerte na saudade, um refúgio contra o medo do presente. Pois se assim for, o passado tornaria difícil a compreensão do Povo acerca dos sinais anunciam um futuro de liberdade e de vida nova.

A lembrança do passado é válida quando alimenta a esperança e prepara para um futuro novo. O que é importante é que o israelita crente que olha para o passado descubra, na ação libertadora de Deus em favor do Povo oprimido pelo faraó, um padrão: o Deus que assim agiu é o Deus que não tolera a opressão e que está sempre do lado dos oprimidos; por isso, não deixará de se manifestar em circunstâncias análogas, operando a salvação do Povo escravizado.

De fato – diz o profeta – o Deus libertador em quem acreditamos e em quem esperamos não demorará a atuar. Aproxima-se o dia de um novo êxodo, de uma nova libertação. Esse novo êxodo será, até, algo de grandioso, que eclipsará o antigo êxodo: o Povo libertado percorrerá um caminho fácil no regresso à sua Terra e não conhecerá o desespero da sede e da falta de comida, porque Iahwéh vai fazer brotar rios na paisagem desolada do deserto. A atuação de Deus manifestará, de forma clara, o seu amor e a sua solicitude pelo Povo. Diante da ação de Iahwéh, o Povo tomará consciência de que é o Povo eleito e dará a resposta adequada: louvará o seu Deus pelos dons recebidos.

Na segunda parte (vers. 22. 24b-25), temos um convite de Deus a que Israel reconheça as suas transgressões e iniquidades. É um dos poucos textos do Deutero-Isaías onde Deus assume uma atitude decididamente crítica para com o seu Povo.

O sentido global do texto não é totalmente claro (aliás, o texto que nos é proposto apresenta-se incompleto, truncado, com versículos tirados aqui e ali, o que aumenta ainda mais a dificuldade de compreensão). Provavelmente, deve ser entendido como resposta às críticas que os exilados faziam a Iahwéh. Porquê o Exílio? Iahwéh não estava a ser injusto? Se Israel tinha cumprido sempre com as suas obrigações cultuais, em que é que Iahwéh Se fundamentava para castigar tão duramente o seu Povo?

Na verdade, Israel cumpria as suas obrigações oferecendo a Iahwéh abundantes sacrifícios de animais, mas continuava a multiplicar os seus pecados e as suas iniquidades. Convicto de que com abundantes ofertas cultuais podia “acalmar” e “comprar” Deus, o Povo vivia comodamente instalado na infidelidade, sentindo que não haveria problema porque Iahwéh era “obrigado” a fazer uso da sua misericórdia e a apagar as faltas do Povo. Na verdade, Deus não pode ser manipulado dessa forma. Por isso Ele não aceita ser um para-raios atrás do qual o Povo se esconde para não cumprir os seus compromissos.

A verdade é que Israel foi castigado porque assumiu e percorreu um caminho de rebeldia e de infidelidade (vvs27-28). O Exílio foi o resultado lógico dessa opção. Ao abordar desta forma a questão, o profeta está claramente a dizer aos exilados que o Exílio não é culpa de Deus, mas do próprio Povo. Provavelmente, estará também a sugerir ao Povo que é preciso reconhecer as suas faltas e iniciar um caminho de conversão e de renovação, antes de poder acolher a salvação/libertação que está para chegar.

3. Atualizando a Palavra
A leitura mostra-nos, antes de mais, a atitude de Deus em relação aos homens. Fala-nos de um Deus atento, solícito, interveniente, a quem os homens e os seus dramas não são indiferentes e que Se preocupa, a todos os instantes, em indicar ao seu Povo o caminho da vida verdadeira e definitiva.

Numa leitura atenta do texto, impressiona, especialmente, o amor e a ternura com que Deus Se dirige a esse Povo desanimado e frustrado e lhe dá os seus conselhos, como se fosse um pai a preparar o filho para as duras batalhas da vida (“não vos lembreis…”; “não presteis atenção…”).

É preciso que descubramos, também nós, este Deus cheio de solicitude e de amor que caminha ao nosso lado; é preciso que aprendamos a detectar as suas indicações e os seus sinais – esses sinais quase sempre discretos, através dos quais Ele revela a sua presença ao nosso lado e através dos quais Ele nos indica os caminhos a percorrer.

A vida cristã é uma caminhada permanente rumo a essa “coisa nova que já começa a aparecer” e que é o mundo novo do Homem Novo. É preciso, no entanto, que os crentes tenham a coragem de deixar o seu pequeno mundo de instalação e de comodismo, para aceitar o desafio de Deus e para ir mais além. O que é que, na minha vida, necessita de ser transformado? O que é que ainda me mantém alienado, prisioneiro e escravo? O que é que me impede de imprimir à minha vida um novo dinamismo, de forma a que o Homem Novo se manifeste em mim?

4. Ligando a Palavra e a Eucaristia
A Oração do Dia neste domingo abre a assembléia à vontade Deus, para que alcance o mundo e a história por meio da Palavra e das ações dos fiéis. Articulam-se, mais uma vez, palavra e sinal sensível. Assim como em Cristo se cumprem as promessas de Deus, em nós também elas devem realizar-se, e a celebração litúrgica é o testemunho mais eloquente disto. É por meio dela que a assembléia contempla explicitamente a união entre palavra e sinal.

Desde os ritos iniciais até a despedida, os fiéis vão sendo conduzidos pelo Espírito para que se configurem às promessas de Deus através de um “Amém”. A retumbante conclusão doxológica da Oração Eucarística – “Por Cristo, com Cristo e em Cristo” coroada pelo amém da assembléia, poderá ser reconhecida no sinal sensível que são os próprios fiéis que nutrem sua ligação com ele ao tomar parte da mesa do Pão e Vinho consagrados.

Muito acertada, então, a expressão de Cláudio Pastro ao definir a liturgia: “Liturgia é a encarnação do Mistério Pascal em nosso corpo” (PASTRO, Claudio. O Deus da beleza. A educação através da beleza. São Paulo: Paulinas, 2008, p.32). E se este Mistério é também acontecimento reconciliador não sé entre Deus e os seres humanos, mas destes entre si, a comunidade dos fiéis, pela sagrada liturgia, vai tornando-se o espaço privilegiado para que a reconciliação aconteça e se estenda ao mundo inteiro os seus frutos de paz (Cf. Oração Eucarística III: “Que este sacrifício da nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro”).

Oração dos fiéis:
Presidente: Deus nos ama e cuida de nós, elevemos a Ele, com carinho, nossas preces.
1. Senhor, que tua Igreja seja misericordiosa, neste mundo que vive marcado por tantas formas do pecado social. Peçamos
Todos: Senhor, concedei-nos tua misericórdia.
2. Senhor, que nossas comunidades sejam presença da misericórdia divina junto a todos os que sofrem. Peçamos:
3. Senhor, por todos aqueles que não aceitam Jesus Cristo e seu evangelho, como o grande "sim" de Deus em favor de nossa salvação. Peçamos:
4. Senhor, por todos nós aqui reunidos, para que possamos ajudar as pessoas que se encontram longe de Deus, a encontrarem o caminho da paz, indicando-lhes o perdão de Deus para suas vidas. Peçamos:
5. Senhor, pelos os sacerdotes da nossa Igreja, a fim de que seguindo o exemplo de Jesus estejam sempre disponíveis ao serviço do sacramento da reconciliação, que é o sinal do amor de Deus por nós. Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente: Senhor, faça de nós pessoas capazes de viver plenamente a reconciliação e o perdão e atenda nossas preces. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
Presidente: Ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
Presidente: Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Presidente: Ó Deus, fazei que o vosso povo se volte para vós de todo coração, pois, se o protegeis mesmo quando erra, com mais amor o protegeis quando vos serve. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.
Presidente: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus.

Agenda de Dom Vilson para Fevereiro/2018
Dia 09/02 – Sexta-feira: Missa e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Pe. Isael de Brito, às 19h30, em Americana, SP.
Dia 10/02 – Sábado: Missa e Posse de Pároco na Paróquia São Benedito, Pe. Luís Fabiano Canatta, às 18h00, em Americana, SP.
Dia 11/02 – Domingo: Missa e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Santa Eulália, Pe. Bruno Gabriel Steim, às 08h30, em Limeira, SP.
Dia 11/02 – Domingo: Missa e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora do Brasil, Pe. Paulo Sérgio Lopes Gonçalves, às 18h30, em Americana, SP.
Dia 16/02 – Sexta-feira: Missa e Posse de Pároco Paróquia Santa Ana, Pe. Jefferson Luís Leme da Silva, às 19h00, em Limeira, SP.
Dia 17/02 – Sábado: Missa e Posse de Pároco Paróquia São Camilo de Léllis, Pe. Antônio Carlos de Almeida, às 19h30, em Americana, SP.
Dia 18/02 – Sábado: Missa e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora das Graças, Pe. Alex Turek, às 09h00, em Araras, SP.
Dia 18/02 – Sábado: Missa e Posse de Pároco e reitor no Santuário São Sebastião, Pe. Antônio Carlos de Almeida, às 19h30, em Americana, SP.
Dia 22/02 – Quinta-feira: Missa e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Pe. José Valter Rossini, às 19h30, em Araras, SP.
Dia 23/02 – Sexta-feira: Missa e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Pe. Gilmarcos da Silva Teixeira, às 19h30, em Americana, SP.
Dia 24/02 – Sábado: Missa e Posse de Pároco Paróquia Jesus Crucificado, Pe. Rodrigo Alves, às 18h00, em Iracemápolis, SP.
Dia 25/02 – Domingo: Missa e Posse de Pároco Paróquia São Paulo Apóstolo, Pe. Vitor Tomé Minutti, às 08h00, em Limeira, SP.
Dia 25/02 – Domingo: Missa e Crisma na Paróquia São Francisco de Assis, Pe. Ismael Vanderlei Avi, as 16h00, em Araras, SP.

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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