No primeiro período do Sínodo, cada Bispo tem cinco minutos para apresentar um assunto relacionado com o tema geral, devendo tomar em consideração, de modo especial, o Instrumentum Laboris que, conforme a expressão latina, é o "instrumento de trabalho" enviado a cada Padre Sinodal alguns meses antes do Sínodo para preparar-se. No período inicial do Sínodo, temos um tempo precioso de partilha da realidade da Igreja de cada país e dos temas considerados mais importantes. Como é grande o número dos Padres Sinodais, exige-se, obviamente, bastante esforço para estar atento a cada fala. No final de cada dia, há uma hora de palavra livre, permitindo uma participação ainda maior, com a partilha de experiências pastorais e observações sobre o andamento do Sínodo.
Outros convidados tem oportunidade também de dirigir a palavra. Na Assembleia Sinodal, estão presentes padres, religiosos(as), diácono permanente e leigos(as). Representantes de outras Igrejas cristãs também tem oportunidade de falar, expressando bem a dimensão ecumênica. Alguns deles participam o tempo todo do Sínodo. É admirável a presença do Papa Bento XVI presidindo a maior parte do Sínodo, ouvindo atentamente as intervenções dos Padres Sinodais.
Terminado o período dos pronunciamentos de cada participante, neste Sínodo, após o dia 17 de outubro, intensifica-se o trabalho em grupos para apresentar as "proposições" que deverão ser votadas e aprovadas pela Assembleia Sinodal para servir de base à "Exortação Pós-Sinodal", documento elaborado pelo Papa, recolhendo as proposições do Sínodo. No final, há também a publicação de uma "Mensagem" elaborada por uma Comissão e aprovada pelos participantes. Tal Mensagem recebe especial atenção, pois em geral ela se torna uma espécie de documento de referência do Sínodo, enquanto se aguarda a publicação da Exortação Pós-Sinodal. Mas, como está o atual Sínodo e qual tem sido a participação do Brasil? Veja no próximo relato! Reze pelo Sínodo!