Oitava do
Natal - 4ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal - Ofício do dia - Glória
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “C” – São Lucas
Antífona: João 3,16 - Deus amou
tanto o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho: quem nele crê não perece, mas
possui a vida eterna.
Oração do
Dia: Ó Deus invisível e
todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo com a vinda da vossa luz,
volvei para nós o vosso olhar, a fim de que proclamemos dignamente a
maravilhosa natividade do vosso Filho unigênito. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 2,3-11
Quem ama
o seu irmão permanece na luz.
Caríssimos,
para saber que conhecemos Jesus, vejamos se guardamos os seus mandamentos. Quem
diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a
verdade não está nele. Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus
é plenamente realizado. O critério para sabermos se estamos com Jesus é este:
quem diz que permanece nele, deve também proceder como ele procedeu.
Caríssimos,
não vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes
desde o início; este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. No entanto, o
que vos escrevo é um mandamento novo – que é verdadeiro nele e em vós – pois
que as trevas passam e já brilha a luz verdadeira.
Aquele
que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas. O que ama o
seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. Mas o que odeia o
seu irmão está nas trevas, caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as
trevas ofuscaram os seus olhos. - Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: O
verdadeiro conhecimento de Deus está na prática de seus mandamentos, no esforço
generoso em proceder como Jesus, perfeito modelo de todo cristão. Quem diz
conhecê-lo, mas não observa sua lei, mente, tem um conhecimento errado de Deus.
A
palavra de Deus não é tanto uma mensagem cultural quanto uma proposta vital. O
conhecimento de um dever que não se torna esforço coerente de vida nos torna
culpados. O mandamento por excelência, resumo de todos os demais, é o amor.
Preceito antigo e sempre novo que devemos “redescobrir” todo dia, para viver na
luz, lutando contra as trevas do “desamor”, que impede ver no irmão um filho de
Deus, o próprio rosto de Cristo, “luz do mundo” (Jo 8, 12).
Amar
quer dizer dar-se, esquecer-se de si, buscar o bem dos outros com o sacrifício
do nosso tempo, de nossos interesses, gostos, da própria vida, como Jesus, que
morreu pela salvação de todos. “Quem diz permanecer em Cristo, deve
comportar-se como ele se comportou”
Salmo: 95
(96), 1-2a. 2b-3. 5b-6 (R. 11a)
O céu se
rejubile e exulte a terra!
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó
terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre
as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a
glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!
Evangelho: Lc 2,22-35
Luz para
iluminar as nações.
Quando se
completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de
Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao
Senhor. Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo
masculino deve ser consagrado ao Senhor”. Foram também oferecer o sacrifício –
um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor.
Em
Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e
esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe
havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino
Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão recebeu-o nos braços e bendisse
a Deus: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir
em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos
os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
O pai e a
mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão os
abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de
queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de
contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a
ti uma espada te traspassará a alma”. - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre
Jaldemir Vitório / Jesuíta): A
cena da apresentação do menino Jesus no templo e o rito de purificação de Maria
são ricos em detalhes que evidenciam a identidade do Salvador. Revestem-se de
um conjunto de elementos proféticos, pelos quais a existência de Jesus se
pautará.
Ele foi
apresentado como pobre. Seus pais ofereceram um casal de rolinhas ou dois
pombinhos, como era previsto para as famílias mais pobres Aliás, toda a vida de
Jesus transcorrerá na pobreza.
Com o rito de oferta, o Messias tornava-se uma pessoa consagrada ao Pai. Esta
será uma marca característica de sua existência. Não se pertencerá a si mesmo;
todo seu ser estará posto nas mãos do Pai, por cuja vontade se deixará guiar.
O velho
Simeão definiu a missão do Messias Jesus: ser luz para iluminar as nações e
manifestar a glória de Israel para todos os povos. Por meio de Jesus, a
humanidade poderia caminhar segura, sem tropeçar no pecado e na injustiça, e,
assim, chegar ao Pai.
Por
outro lado, o Messias Jesus estava destinado a ser sinal de contradição. Quem
tivesse a coragem de acolhê-lo, seria libertado de seus pecados. Mas para quem
se recusasse aderir a ele, seria motivo de queda. Portanto, Jesus seria
escândalo para uns, e ressurreição para outros.
Esta
cena evangélica retrata, assim, o que Jesus encontraria pela frente.
Comentando
o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova Aliança):
INTENÇÕES PARA O MÊS DE DEZEMBRO:
Geral –
Os Migrantes: Para que
os migrantes sejam acolhidos por todo o mundo com generosidade e amor
autênticos, em especial pelas comunidades cristãs.
Missionária
– Cristo, Luz da humanidade: Para que
Cristo se revele a toda a humanidade com a luz que se irradia desde Belém e se
reflete no rosto da Igreja.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor
Litúrgica: BRANCO -
Simboliza a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa,
etc... Nas grandes solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Tempo do
Natal: A
salvação prometida por Deus aos homens em suas mensagens aos patriarcas e
profetas, torna-se realidade concreta na vinda de Jesus o salvador. O eterno
Filho de Deus, feito homem, é a mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é
aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso nascimento
à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para que os homens se
pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação,
que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo do Natal
já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal à Epifania e ao
Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo a divindade de
nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo
convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos
constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos
da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor infinito de
Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a
celebração
Tempo de
Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no domingo depois da
Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três Missas
natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, que são
indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo imediatamente após o
Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em que falta esse
domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a festa de santo
Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o dia da festa
de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro celebra-se a festa
dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31 de dezembro
são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias facultativas;
· no dia 1º de janeiro, oitava de
Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também se
comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas
acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à celebração do
domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias
de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo
depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal. Entre 2 e 5 de
janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de janeiro
celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a
festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o Tempo
natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto,
omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a
celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31 de dezembro
(que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para cada dia
(Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e 31) no
calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta
dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de janeiro ao sábado
que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional próprio (Missal),
disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um
ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a
"coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o
Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá início à Oração
eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três textos à
escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo natalino;
· o da Epifania diz-se nos dias que
vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das
vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a branca.
SANTO DO DIA: (Clik no
link)
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e
Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo