Liturgia Diária Comentada 01/02/2013
3ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do
dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 95,1.6 - Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor,
ó terra inteira; esplendor, majestade e beleza brilham no seu templo santo.
Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso
amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: Hb 10,32-39
Suportastes longas e dolorosas lutas. Não abandoneis, pois, a vossa
coragem.
Irmãos, lembrai-vos dos primeiros dias, quando, apenas iluminados,
suportastes longas e dolorosas lutas. Às vezes, éreis apresentados como
espetáculo, debaixo de injúrias e tribulações; outras vezes, vos tornáveis
solidários dos que assim eram tratados.
Com efeito, participastes dos sofrimentos dos prisioneiros e aceitastes
com alegria o confisco dos vossos bens, na certeza de possuir uma riqueza
melhor e mais durável. Não abandoneis, pois, a vossa coragem, que merece grande recompensa.
De fato, precisais de perseverança para cumprir a vontade de Deus e alcançar o
que ele prometeu. Porque ainda bem pouco tempo, e aquele que deve vir virá e
não tardará.
O meu justo viverá por causa de sua fidelidade, mas, se esmorecer, não
encontrarei mais satisfação nele”. Nós não somos desertores, para a perdição.
Somos homens da fé, para a salvação da alma. - Palavra do Senhor.
Salmo: 36, 3-4. 5-6. 23-24.
39-40 (R. 39a)
A salvação de quem é justo, vem de Deus!
Confia no Senhor e faze o bem, e sobre a terra habitarás em segurança.
Coloca no Senhor tua alegria, e ele dará o que pedir teu coração.
Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino; confia nele, e com certeza
ele agirá. Fará brilhar tua inocência como a luz, e o teu direito, como o sol
do meio-dia.
É o Senhor quem firma os passos dos mortais e dirige o caminhar dos que
lhe agradam; mesmo se caem, não irão ficar prostrados, pois é o Senhor quem os
sustenta pela mão.
A salvação dos piedosos vem de Deus; ele os protege nos momentos de
aflição. O Senhor lhes dá ajuda e os liberta, defende-os e protege-os contra os
ímpios, e os guarda porque nele confiaram.
Evangelho: Mc 4,26-34
É a menor de todas as sementes e se torna maior do que todas as
hortaliças.
Naquele tempo, Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando
alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a
semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas,
depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas
estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.
E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que
parábola usaremos para representá-lo? O Reino de Deus é como um grão de
mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra.
Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende
ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme
eles podiam compreender. E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando
estava sozinho com os discípulos, explicava tudo. - Palavra da
Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com Católica
Nova Aliança): O Reino de Deus é um espaço de acolhida. Foi de
início minúscula semente. Lançada à terra, germinou e cresceu. Tempos depois
(nunca sabemos quanto!), desenvolveu-se o suficiente para ter galhos fortes,
capazes de sustentar os ninhos das aves do céu, que ali encontram segurança e
proteção. Sim, é uma imagem dinâmica: fala de um Reino sempre em transformação,
em crescimento, nunca pronto. Mas a imagem também aponta para uma finalidade:
existem, ao longe, aves do céu (isto é, povos estrangeiros, que não conhecem
ainda a Boa Nova do Evangelho) que irão precisar de pouso e acolhida. E isto é
nossa missão...
A Igreja – como parte do Reino de Deus – não existe para si mesma. Ela
existe para a Humanidade inteira. Que nos ensina o Concílio Vaticano II? “As
alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje,
sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as
esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não se
encontra nada verdadeiramente humano que não lhes ressoe no coração.” (Gaudium
et Spes, 1.)
O arbusto da mostarda - que chega a uns 3m de altura na Palestina –
serve de inspiração para as famílias. Precisamos crescer para acolher os
outros. Se ficamos raquíticos, não nos sentimos capazes de acolher a ninguém.
Nem mesmo os próprios filhos! Aliás, é esse raquitismo espiritual (e não a
conjuntura econômica!) que leva a evitar filhos. Logo o verbo “evitar”, que se
aplica a pragas, doenças e desastres...
Nossa família sempre foi uma “casa aberta”. Além dos dois filhos,
moraram conosco, em épocas diferentes, vários jovens e crianças: Paulinho,
Antônio Celso, Marília, Bete (hoje pós-doutorada em Genética Molecular), Abílio
(hoje médico), Celso e Luís Alberto (professores), Lelena, Patrícia, Elisa e uma
jovem universitária que engravidara e, a pedido do sacerdote amigo, acolhemos
até o fim da gravidez.
Não só as famílias... A paróquia, comunidades novas, Institutos
religiosos – todos são chamados a crescer como o grão de mostarda e abrir
espaço para os outros. O mundo precisa de nós, hoje mais do que nunca! “As
presentes condições do mundo tornam ainda mais urgente este dever da Igreja, a
fim de que os homens, hoje mais intimamente unidos por vários vínculos sociais,
técnicos e culturais, alcancem também total unidade em Cristo.” (Lumen Gentium,
1.)
INTENÇÕES PARA O MÊS DE FEVEREIRO:
Geral – Famílias migrantes: Que as famílias de migrantes
sejam amparadas e acompanhadas em suas dificuldades, sobretudo as mães.
Missionária – Vitimas das guerras e conflitos: Que os que
sofrem por causa das guerras e conflitos sejam protagonistas de um futuro de
paz.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras
Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo