Liturgia Diária Comentada 02/03/2013
2ª Semana da Quaresma - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Quaresma - Ofício do dia do Tempo da Quaresma
Cor: Roxo - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 144,8-9 O Senhor é misericórdia e clemência,
indulgente e cheio de amor. O Senhor é bom para com todos, misericordioso para
todas as criaturas.
Oração do Dia: Ó Deus, que pelos exercícios da Quaresma já nos dais na terra
participar dos bens do céu, guiai-nos de tal modo nesta vida, que possamos
chegar à luz em que habitais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: Mq 7,14-15.18-20
Lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados.
Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua
propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados. E, como
nos dias em que nos fizeste sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios. Qual
Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que
são resto de tua propriedade?
Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. Voltará a
compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar
todos os nossos pecados. Tu manterás fidelidade a Jacó e terás compaixão de
Abraão, como juraste a nossos pais, desde tempos remotos. - Palavra do
Senhor.
Salmo: 102, 1-2. 3-4. 9-10.
11-12 (R. 8a)
O Senhor é indulgente e favorável.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda sua enfermidade; da sepultura
ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão;
Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda eternamente o seu
rancor. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às
nossas culpas.
Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor
aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe
nossos crimes.
Evangelho: Lc 15,1-3.11-32
Este teu irmão estava morto e tornou a viver.
Naquele tempo: Os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o
escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem
acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Então Jesus contou-lhes esta
parábola:
Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me
a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos
dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar
distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto
tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a
passar necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou
para seu campo cuidar dos porcos. O rapaz queira matar a fome com a comida que
os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.
Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com
fartura, e eu aqui, morrendo de fome’. Vou-me embora, vou voltar para meu pai e
dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu
filho. Trata-me como a um dos teus empregados’. Então ele partiu e voltou para
seu pai.
Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão.
Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. O filho, então, lhe
disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu
filho’. Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para
vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um
novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava
morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu
música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava
acontecendo. O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o
novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. Mas ele ficou com raiva e não
queria entrar.
O pai, saindo, insistia com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu
trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu
nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse
teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho
cevado’. Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o
que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão
estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”’. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): A consciência
do pecado vem acompanhada do sentimento de vergonha em relação a Deus. A
revolta contra o seu amor misericordioso parece não se justificar. Junto com a
vergonha vem o sentimento de ingratidão. E o pecador reconhece ser uma loucura
o ter-se afastado do Pai.
Sua reação costumeira: duvidar de que possa ser perdoado. Em outros
termos, duvidar que Deus esteja disposto a perdoar, devido à magnitude do
pecado cometido.
O Evangelho aconselha, firmemente, o pecador a voltar para o Pai, cujo
rosto, revelado por Jesus, é um incentivo à essa volta confiante. Deus quer ter
junto de si todos os seus filhos. E está sempre disposto a esquecer o passado,
pois confia que, no futuro, tudo será melhor. Não coloca limites para o perdão,
nem faz distinção entre faltas perdoáveis e faltas imperdoáveis. Tudo pode ser
perdoado, quando o pecador se predispõe a voltar. Alegra-se, sobremaneira, com
a volta de um filho pecador, pois é como se este estivesse ressuscitando,
depois de experimentar a morte. Não considera o pecador como pessoa de segunda
categoria, só porque se desviou do bom caminho.
Vale a pena confiar no amor misericordioso de Deus Pai.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MARÇO:
Geral – Respeito à natureza: Que cresça, o respeito à
natureza, obra de Deus confiada a nossa responsabilidade.
Missionária – Bispos, Sacerdotes e Diáconos: que os Bispos,
Padres e Diáconos sejam incansáveis anunciadores do Evangelho até os confins da
Terra.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo da Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da quarta-feira de Cinzas até
a missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo para preparar a celebração da
Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a
dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou
preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais
frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração
do mistério pascal” (SC 109).
· Durante este tempo, é
proibido ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é
permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º
Domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
· A cor do tempo é
roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa. (IGMR nº308f)
· Em todas as Missas e
Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
· Nas solenidades e
festas somente, como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te Deum e
o Glória.
· As memórias
obrigatórias que ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias
facultativas. Não são permitidas missas votivas (devoção particular).
· Na celebração do
Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial;
mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasia pompa.
Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou
conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo