Liturgia Diária Comentada 01/03/2013
2ª Semana da Quaresma - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Quaresma - Ofício do dia do Tempo da Quaresma
Cor: Roxo - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 90,15-16 - Quando meu servo chamar, hei de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação. Hei de livrá-lo e glorificá-lo e lhe darei
longos dias.
Oração do Dia: Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma,
possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor
por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: Gn 37, 3-4.12-13a.17b-28
Aí vem o sonhador! Vamos matá-lo!
Israel amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o
filho de sua velhice; e mandara-lhe fazer uma túnica de várias cores. Seus
irmãos, vendo que seu pai o preferia a eles, conceberam ódio contra ele e não
podiam mais tratá-lo com bons modos. Os irmãos de José foram apascentar os
rebanhos de seu pai em Siquém. Israel disse a José: “Teus irmãos guardam os
rebanhos em Siquém. Vem: vou mandar-te a eles.” “Eis-me aqui”, respondeu José.
E o homem respondeu: “Partiram daqui e ouvi-os dizer: Vamos a Dotain.”
Partiu então José em busca dos seus irmãos e encontrou-os em Dotain. Eles o
viram de longe. Antes que José se aproximasse, combinaram entre si como o
haveriam de matar; e disseram: “Eis o sonhador que chega. Vamos, matemo-lo e
atiremo-lo numa cisterna; diremos depois que uma fera o devorou; e então
veremos de que lhe aproveitaram os seus sonhos.”
Ouvindo-o, porém, Rubem, quis livrá-lo de suas mãos: “Não lhe tiremos a
vida, disse ele. Não derrameis sangue. Jogai-o naquela cisterna, no deserto,
mas não levanteis vossa mão contra ele.” Pois Rubem pensava livrá-lo de suas
mãos para reconduzi-lo ao pai.
Quando José se aproximou de seus irmãos, eles o despojaram de sua
túnica, daquela bela túnica de várias cores que trazia, e jogaram-no numa
cisterna velha, que não tinha água. E, sentando-se para comer, eis que,
levantando os olhos, viram surgir no horizonte uma caravana de ismaelitas vinda
de Galaad. Seus camelos estavam carregados de resina, de bálsamo e de ládano,
que transportavam para o Egito.
Então Judá disse aos seus irmãos: “Que nos aproveita matar nosso irmão e
ocultar o seu sangue? Vinde e vendamo-lo aos ismaelitas. Não levantemos nossas
mãos contra ele, pois, afinal, é nosso irmão, nossa carne.” Seus irmãos
concordaram. E, quando passaram os negociantes madianitas, tiraram José da
cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram
para o Egito. - Palavra do Senhor.
Salmo: 104, 16-17.18-19.20-21
(R. 5a)
Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
Mandou vir, então, a fome sobre a terra / e os privou de todo pão que os
sustentava; / um homem enviara à sua frente, / José que foi vendido como
escravo.
Apertaram os seus pés entre grilhões / e amarraram seu pescoço com
correntes, / até que se cumprisse o que previra, / e a palavra do Senhor lhe
deu razão.
Ordenou, então, o rei que o libertassem, / o soberano das nações mandou
soltá-lo; / fez dele o senhor de sua casa, / e de todos os seus bens o
despenseiro.
Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos
anciãos do povo, disse-lhes: "Escutai esta outra parábola:
Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela
um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois
arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro. Quando chegou o tempo da
colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber
seus frutos. Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um,
mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram.
O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que
os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. Finalmente, o proprietário,
enviou-lhes o seu filho, pensando: Ao meu filho eles vão respeitar. Os
vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro.
Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança! Então agarraram o filho,
jogaram-no para fora da vinha e o mataram.
Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses
vinhateiros?" Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam:
"Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a
vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo".
Então Jesus lhes disse: "Vós nunca lestes nas Escrituras: A pedra
que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo
Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?" Por isso eu vos digo: o Reino de
Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos. Os sumos
sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus, e compreenderam que estava
falando deles. Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois
elas consideravam Jesus um profeta. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): A história de
Israel, que se desenrolou como uma espécie de luta entre Deus e o povo eleito,
é como que a parábola de toda história humana. Enquanto Deus se empenha em salvar
a humanidade, esta insiste em caminhar para a condenação. Ele vai lhe
apresentando os meios necessários para que se salve, mas o ser humano continua
destruindo a obra divina. Deus confia na conversão do coração humano; este, no
entanto, frustra, continuamente, a confiança divina.
Apesar disto, o Pai mostra-se sobremaneira paciente. O primeiro gesto de
rebeldia do ser humano seria suficiente para merecer a punição. Afinal, ele é
quem tem uma dívida de gratidão para com Deus. Criado com todo o carinho,
fora-lhe dadas as condições para viver em comunhão com o Criador e com os
demais seres humanos. Dele se esperava frutos de amor e de justiça. No entanto,
seu coração perverteu-se, levando-a a se rebelar contra Deus. Até mesmo Jesus,
que representa o gesto supremo da boa-vontade divina de salvar o ser humano,
acabou sendo crucificado.
Ao ressuscitar seu Filho, o Pai estabeleceu-o como sinal de seu amor
pela humanidade. Sempre que o ser humano quiser voltar-se para Deus, pode
contar com Jesus. Aquele que fora rejeitado pelo ser humano, o Pai constituiu-o
como "pedra angular" da salvação.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MARÇO:
Geral – Respeito à natureza: Que cresça, o respeito à
natureza, obra de Deus confiada a nossa responsabilidade.
Missionária – Bispos, Sacerdotes e Diáconos: que os Bispos,
Padres e Diáconos sejam incansáveis anunciadores do Evangelho até os confins da
Terra.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo da Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da quarta-feira de Cinzas até
a missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo para preparar a celebração da
Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a
dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou
preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais
frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração
do mistério pascal” (SC 109).
· Durante este tempo, é
proibido ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é
permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º
Domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
· A cor do tempo é
roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa. (IGMR nº308f)
· Em todas as Missas e
Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
· Nas solenidades e
festas somente, como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te Deum e
o Glória.
· As memórias
obrigatórias que ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias
facultativas. Não são permitidas missas votivas (devoção particular).
· Na celebração do
Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial;
mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasia pompa.
Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou
conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo