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segunda-feira, 4 de março de 2013

Liturgia Diária Comentada 05/03/2013


3ª Semana da Quaresma - 3ª Semana do Saltério
Prefácio da Quaresma - Ofício do dia do Tempo da Quaresma
Cor: Roxo - Ano Litúrgico “C” - São Lucas

Antífona: Salmo 16,6.8 Eu vos chamo, meu Deus, porque me atendeis; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos à sombra das vossas asas abrigai-me.

Oração do Dia: Ó Deus, que a vossa graça não nos abandone, mas nos faça dedicados ao vosso serviço e aumente sempre em nós os vossos dons. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

LEITURAS:

Primeira Leitura: 1ª Leitura - Dn 3,25.34-43
De alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos.
Naqueles dias: Azarias parou e, de pé, começou a rezar; abrindo a boca no meio do fogo, disse: Oh! não nos desampares nunca, nós te pedimos, por teu nome, não desfaças tua aliança nem retires de nós tua benevolência, por Abraão, teu amigo, por Isaac, teu servo, e por Israel, teu Santo, aos quais prometeste multiplicar a descendência como estrelas do céu e como areia que está na beira do mar.

Senhor, estamos hoje reduzidos ao menor de todos os povos, somos hoje o mais humilde em toda a terra, por causa de nossos pecados; neste tempo estamos sem chefes, sem profetas, sem guia, não há holocausto nem sacrifício, não há oblação nem incenso, não há um lugar para oferecermos em tua presença as primícias, e encontrarmos benevolência; mas, de alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos, e como nos holocaustos de carneiros e touros e como nos sacrifícios de milhares de cordeiros gordos, assim se efetue hoje nosso sacrifício em tua presença, e tu faças com que te sigamos até o fim; não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança.

De agora em diante, queremos, de todo o coração, seguir-te, temer-te, buscar tua face; não nos deixes confundidos, mas trata-nos segundo a tua clemência e segundo a tua imensa misericórdia; liberta-nos com o poder de tuas maravilhas e torna teu nome glorificado, Senhor. - Palavra do Senhor.


Comentando a Liturgia: Deus educou progressivamente seu povo para passar dos sacrifícios cruentos e materiais ao sacrifício de oblação espiritual que envolve o orante.

O tempo do exílio favorece uma expressão mais marcada dos sentimentos de humildade e de pobreza e a consciência de que o sentimento pessoal constitui o essencial do sacrifício. O sacrifício do Servo sofredor torna-se o tipo do sacrifício futuro, a oração do perseguido vale tanto quanto os sacrifícios de cabritos e cordeiros.

Cristo inseri-se nesta visão. Sua obediência, sua pobreza e total disponibilidade constituem a matéria de Seu sacrifício. Por sua vez o sacrifício cristão se insere no sacrifício de Cristo: uma vida de obediência e de amor que adquire seu valor litúrgico por sua associação a Cristo.

Salmo: 24, 4bc-5ab. 6-7. 8-9 (R. 6a)
Recordai, Senhor, a vossa compaixão!
Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,/ e fazei-me conhecer a vossa estrada! / Vossa verdade me oriente e me conduza, / porque sois o Deus da minha salvação.

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura / e a vossa compaixão que são eternas! / De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia / e sois bondade sem limites, ó Senhor!

O Senhor é piedade e retidão, / e reconduz ao bom caminho os pecadores. / Ele dirige os humildes na justiça, / e aos pobres ele ensina o seu caminho.

Evangelho: Mt 18,21-35
Não te digo perdoar até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Naquele tempo: Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”

Jesus respondeu: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e seus filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.

Ao sair dali, aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Servo perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança): Não é mera questão de aritmética! Na mentalidade semítica típica dos hebreus, 70 x 7 é igual a “sempre”! Jesus se serve da expressão numérica para responder a uma pergunta a respeito do número de oportunidades que devemos dar a quem nos ofende, ainda que seja um reincidente nas ofensas.

Podemos entender sua resposta no sentido de que o perdão, para o discípulo de Jesus, não deve ser considerado uma questão pontual, ligada a certo número de situações e acontecimentos, gestos e atitudes, algo que se pudesse “contabilizar”. Assim como acontece quando alguém diz: “Veja lá... É a terceira vez que vou desculpar você... Mas não me caia noutra!”

70 x 7 – mais que uma operação contábil – aponta para uma característica (devo dizer “exclusividade” ?) do fiel cristão: para nós, que tentamos viver na prática o Evangelho de Jesus, o perdão é acima de tudo um estado de espírito, um estilo de vida, um critério de agir que antecede as situações em que deverá ser atualizado. Em outros termos, nós decidimos antecipadamente que, quando vier a ocasião de uma ferida recebida, uma injúria sofrida, iremos perdoar seja lá a quem for...

Alguém dirá que nossa sociedade não é assim. Antes, nossa tendência é exatamente contabilizar as coisas naquele livro preto com três colunas (deve / haver / saldo) e, dia a dia, fazer “acertos de conta”. Alguém dirá que esse ideal do perdão incondicional está além de nossas forças. Alguém dirá que esse critério acaba por formar irresponsáveis e até estimular novas ofensas.

Se essas pessoas têm razão em sua filosofia, então Jesus Cristo morreu em vão... Naquela áspera cruz – onde ele pedia ao Pai que perdoasse aos seus algozes... – Jesus pagou todas as nossas contas, aboliu o documento de acusação que era erguido contra nós (Cl 2,13-14), apagou nossos crimes e pecados. Devedores perdoados, com que direito iríamos nós cobrar de nossos irmãos? (Mt 18,33)

Quanto sofrimento será evitado à nossa volta se, apoiados na graça de Deus, decidirmos perdoar aqueles que nos ofenderam! Quantas reconciliações, quantas feridas curadas, quantas mortes evitadas!

E mais! Se exercitamos continuadamente o perdão, até podemos rezar a belíssima oração que Jesus nos ensinou: “Pai, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido...”

Que tal levar a sério a Oração do Senhor?

INTENÇÕES PARA O MÊS DE MARÇO:

Geral – Respeito à natureza: Que cresça, o respeito à natureza, obra de Deus confiada a nossa responsabilidade.

Missionária – Bispos, Sacerdotes e Diáconos: que os Bispos, Padres e Diáconos sejam incansáveis anunciadores do Evangelho até os confins da Terra.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo da Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da quarta-feira de Cinzas até a missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo para preparar a celebração da Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração do mistério pascal” (SC 109).
·         Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º Domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
·         A cor do tempo é roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa. (IGMR nº308f)
·         Em todas as Missas e Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
·         Nas solenidades e festas somente, como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te Deum e o Glória.
·         As memórias obrigatórias que ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias facultativas. Não são permitidas missas votivas (devoção particular).
·         Na celebração do Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial; mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasia pompa.

Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.

Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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