Liturgia Diária
Comentada 15/04/2013
3ª Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida por suas ovelhas e quis
morrer pelo rebanho, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, vós que mostrais a luz da verdade aos que erram para que
possam voltar ao bom caminho, concedei a todos os que gloriam da vocação cristã
rejeitem o que se opõe a este nome e abracem quanto possa honrá-lo. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 6,8-15
Não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e
grandes sinais entre o povo. Mas alguns membros da chamada Sinagoga de
Libertos, junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia,
começaram a discutir com Estêvão. Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e
ao Espírito com que ele falava. Então subornaram alguns indivíduos, que
disseram: “Ouvimos este homem dizendo blasfêmias contra Moisés e contra Deus”.
Desse modo, incitaram o povo, os anciãos e os doutores da Lei, que
prenderam Estêvão e o conduziram ao Sinédrio. Aí apresentaram falsas
testemunhas, que diziam: “Este homem não cessa de falar contra este lugar santo
e contra a Lei. E nós o ouvimos afirmar que Jesus Nazareno ia destruir este
lugar e ia mudar os costumes que Moisés nos transmitiu”. Todos os que estavam
sentados no Sinédrio tinham os olhos fixos sobre Estêvão, e viram seu rosto
como o rosto de um anjo. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Estêvão anuncia que a plenitude e que
o novo e definitivo templo de Deus é Cristo. Cumpre ser aberto ao sopro do
Espírito para fazer da religião um verdadeiro relacionamento com Deus vivo em
Cristo, e não a adoração de ídolos mortos.
Salmo: 118, 23-24. 26-27. 29-30
(R. 1b)
Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo.
Que os poderosos reunidos me condenem; o que me importa é o vosso
julgamento!
Minha alegria é a vossa Aliança, meus conselheiros são os vossos
mandamentos.
Eu vos narrei a minha sorte e me atendestes, ensinai-me, ó Senhor, vossa
vontade!
Fazei-me conhecer vossos caminhos, e então meditarei vossos prodígios!
Afastai-me do caminho da mentira e dai-me a vossa lei como um presente!
Escolhi seguir a trilha da verdade, diante de mim eu coloquei vossos
preceitos.
Evangelho: Jo 6,22-29
Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que
permanece até a vida eterna.
Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram
andando sobre o mar. No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado
do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela
com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos. Entretanto, tinham
chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão
depois de o Senhor ter dado graças.
Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos,
subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. Quando o
encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui?
Jesus respondeu: Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me
procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes
satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que
permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem
o Pai marcou com seu selo.
Então perguntaram: Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?
Jesus respondeu: A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou. -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
Não foi fácil para Jesus levar o povo a estabelecer com ele um
relacionamento correto. Muitas vezes, seus gestos poderosos despertavam
sentimentos inoportunos, com os quais não ele estava de acordo. Jamais o Mestre
se deixava aliciar!
A multiplicação dos pães prestou-se para mal-entendidos. Depois de ter
sido alimentada, a multidão foi, novamente, ao encalço de Jesus. Não por
reconhecer sua qualidade de enviado do Pai, mas por ter comido e se saciado,
interessada na repetição do milagre.
No entanto, não interessava a Jesus ser procurado na qualidade de
milagreiro. Ele esperava ser reconhecido como Filho do Homem, portador de um
alimento especial para a humanidade, penhor de vida divina. O seu era um pão
diferente: ele próprio.
A apropriação deste pão dar-se-ia por meio da fé, ou seja, da adesão a
Jesus. Ao aderir a ele, o discípulo afasta de si tudo quanto gera morte, e
assimila o dinamismo vital que o animava, cuja fonte era o próprio Pai.
Jesus estava interessado em saciar, em primeiro lugar, não a fome
física, mas uma outra muito mais fundamental. Saciado com o pão do céu, o
discípulo estaria apto para promover a partilha do pão material que sacia a
fome do povo.
A fé em Jesus não se expressa num intimismo estéril. Pelo contrário, ela
deve ser expressa através de gestos, à semelhança daqueles realizados por
Jesus. Também o discípulo é chamado a multiplicar os pães.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo