Liturgia Diária
Comentada 16/04/2013
3ª Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Apocalipse 19,5; 12,10 - Louvai o nosso Deus, todos vós que o temeis,
pequenos e grandes; pois manifestou-se a salvação a vitória e o poder do seu
Cristo, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que abris as portas do reino dos céus aos que renasceram
pela água e pelo Espírito Santo, aumentai em vossos filhos e filhas a graça que
lhes destes para que, purificados de todo pecado, obtenham os bens que
prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 7,51-8,1a
Senhor Jesus, acolhe o meu espírito.
Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei:
“Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido! Vós
sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis
vós! A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram aqueles que
anunciavam a vinda do Justo, do qual, agora, vós vos tornastes traidores e
assassinos. Vós recebestes a Lei, por meio de anjos, e não a observastes!”
Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes
contra Estêvão. Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a
glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. E disse: “Estou vendo o céu
aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.
Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos
juntos contra Estêvão; arrastaram-no para fora da cidade e começaram a
apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado
Saulo.
Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o
meu espírito”. Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: “Senhor, não os
condenes por este pecado”. E, ao dizer isto, morreu. Saulo era um dos que
aprovavam a execução de Estêvão. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Estêvão não morre apenas por
Cristo, morre como Cristo, com ele, e tal participação no próprio mistério da
Paixão de Jesus está na base da fé do mártir. Com essa morte ele afirma, a seu
modo, que a morte não foi a última palavra de vida de Jesus. Este não cessa de
viver além da morte, como o prova o comportamento de seus fiéis.
Salmo: 30, 3cd-4. 6ab.7b.8a.
17.21ab (R. 6a)
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve!
Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e
conduzi-me!
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis,
ó Deus fiel! Quanto a mim, é ao Senhor que me confio, vosso amor me faz saltar
de alegria.
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa
compaixão! Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais.
Evangelho: Jo 6,30-35
Não foi Moisés, mas meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do céu.
Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: “Que sinal realizas, para
que possamos ver e crer em ti? Que obras fazes? Nossos pais comeram o maná no
deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.
Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem
vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu.
Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. Então
pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da
vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá
sede”. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova
Aliança
Jesus está diante de um grupo de ouvintes incrédulos. Na verdade, judeus
muito “mal acostumados” por uma longa história de intervenções divinas em favor
do Povo Escolhido: a travessia do Mar Vermelho, 40 anos de maná caindo do céu,
muralhas de Jericó derrubadas a golpes de... trombetas!
É este povo mimado que pede sinais. Exige milagres. “Que milagre então
fazes Tu, para nós vermos e acreditarmos em Ti?” E chegam ao extremo de dar um
exemplo, a título de comparação: “Nossos pais comeram o maná, conforme está
escrito: Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu”.
Jesus se recusa a fazer o jogo deles. E se apresenta como o verdadeiro
Pão, o alimento substancial, este, sim, enviado pelo Pai. E fecha seu discurso
com uma promessa que deveria fazer nosso coração pulsar mais forte: “Quem vem a
mim nunca terá fome. Quem crê em mim jamais terá sede!” (Jo 6, 35.)
Em nossos dias, o rádio e a TV anunciam “milagres” todos os dias: curas
físicas e expulsão de demônios. A maior ou menor cota de “milagres” é anunciada
como critério de valorização das seitas e Igrejas. Muitos fiéis fazem de sua
relação com Deus uma permanente peregrinação em busca de milagres e sinais.
Mas Jesus Cristo negou-se a “negociar” desta maneira. Disse que só daria
um sinal àquela geração: o “sinal do profeta Jonas”. Assim como Jonas ficara
três dias no ventre do peixe e voltara à vida, assim Jesus anuncia que após
três dias no ventre da terra (o sepulcro) voltaria à luz do sol. A Ressurreição
de Cristo é o verdadeiro sinal de sua divindade.
Na Itália, há poucos anos, uma jovem chamada Chiara Luce, ligada ao
Movimentos dos Focolares, foi tomada por um câncer incurável. Antes de morrer
aos 18 anos, sofrendo com os efeitos de uma terapia agressiva, ela foi sempre
alegre, feliz e bondosa. E declarou que não pretendia “usar Deus” em seu
proveito próprio. Rezava pelos outros, oferecia-se pelos sofrimentos do mundo.
E Jesus saciava sua sede de amor. Ela não pedia sinais... Chiara preferiu ser
um sinal!
Minha “religião” manifesta minha sede de Deus? Minha vida é dedicada ao
projeto de salvação que Jesus nos oferece? Ou tento usar Deus para “quebrar
meus galhos”?
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo