Liturgia
Diária Comentada 29/04/2013
5ª
Semana da Páscoa - 1ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício da Memória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Esta é uma virgem sábia, uma das jovens prudentes, que foi ao
encontro Cristo com sua lâmpada acesa, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que inflamastes de amor Santa Catarina de Sena na
contemplação da paixão do Senhor e no serviço da Igreja, concedei-nos, por sua
intercessão, participar do mistério de Cristo e exultar em sua glória. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 14,5-18
Anunciamos que vos convertais desses ídolos inúteis para o Deus vivo.
Naqueles dias, em Icônio, pagãos e judeus, tendo à frente seus chefes,
estavam dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. Ao saberem disso,
Paulo e Barnabé fugiram e foram para Listra e Derbe, cidades de Licaônia, e
seus arredores. Aí começaram a anunciar o Evangelho.
Em Listra, havia um homem paralítico das pernas, que era coxo de
nascença e nunca fora capaz de andar. Ele escutava o discurso de Paulo. E este,
fixando nele o olhar e notando que tinha fé para ser curado, disse em alta voz:
“Levanta-te direito sobre os teus pés”. O homem deu um salto e começou a
caminhar.
Vendo o que Paulo acabara de fazer, a multidão exclamou em dialeto
licaônico: “Os deuses desceram entre nós em forma de gente!” Chamavam a Barnabé
Júpiter e a Paulo Mercúrio, porque era Paulo quem falava. Os sacerdotes de
Júpiter, cujo templo ficava defronte à cidade, levaram à porta touros ornados
de grinaldas e queriam, com a multidão, oferecer sacrifícios.
Ao saberem disso, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as vestes e
foram para o meio da multidão, gritando: “Homens, que estais fazendo? Nós
também somos homens mortais como vós, e vos estamos anunciando que precisais
deixar esses ídolos inúteis para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu,
a terra, o mar e tudo o que neles existe.
Nas gerações passadas, Deus permitiu que todas as nações seguissem o
próprio caminho. No entanto, ele não deixou de dar testemunho de si mesmo
através de seus benefícios, mandando do céu chuvas e colheitas, dando alimento
e alegrando vossos corações”. E assim falando, com muito custo, conseguiram que
a multidão desistisse de lhes oferecer um sacrifício. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Paulo e Barnabé são considerados como duas
divindades, e Paulo aproveita o incidente para fazer seu primeiro sermão aos
pagãos. Orienta-os para o único e verdadeira Deus, criador do universo e Pai de
todos os homens. Envia os pagãos à leitura dos sinais da presença de Deus na
natureza.
Bem diverso é o discurso que se há de fazer ante o ateísmo do mundo
moderno. Como falariam hoje os apóstolos a um auditório ateu, para quem os
sinais criados já não falam de Deus? Descobrir os sinais que possam falar de Deus
ao ateu de hoje é o grande problema da evangelização.
Num mundo secularizado, o sinal será talvez o de uma Igreja despojada,
pobre, a inteiro serviço do homem, purificada de todo conceito demasiado
materialista de Deus. - Palavra do Senhor.
Salmo: 113 B, 1-2. 3-4. 15-16
(R. 1)
Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
Não a nós, ó Senhor, não a nós, / ao vosso nome, porém, seja a glória, /
porque sois todo amor e verdade! / Por que hão de dizer os pagãos: / 'Onde está
o seu Deus, onde está?'
É nos céus que está o nosso Deus, / ele faz tudo aquilo que quer. / São
os deuses pagãos ouro e prata, / todos eles são obras humanas.
Abençoados sejais do Senhor, / do Senhor que criou céu e terra! / Os
céus são os céus do Senhor, / mas a terra ele deu para os homens.
Evangelho: Jo 14,21-26
O Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará ele vos ensinará tudo.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Quem acolheu os meus
mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai,
e eu o amarei e me manifestarei a ele”.
Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te
manifestarás a nós e não ao mundo?” Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama,
guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a
nossa morada.
Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não
é minha, mas do Pai que me enviou. Isso é o que vos disse enquanto estava
convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele
vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova
Aliança
Deus se comunica com seu povo através de sua Palavra. Afinal, Jesus
Cristo – a revelação plena de Deus ao mundo – e exatamente o VERBO, isto e, a
Palavra do Pai. Sua Palavra dirigida ao mundo e um dom divino, um presente
imerecido, pura graça, que Deus nos faz. Desprezar um presente é desprezar
(depreciar) o Autor do dom.
Mesmo em nossas famílias, quando os pais falam aos filhos, estes devem
prestar atenção, ouvir e obedecer. Do contrario, não seriam filhos. E não
cumpririam o mandamento que diz: “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que teus
dias se prolonguem sobre a terra que o Senhor, teu Deus, te dá.” (Ex 20,12).
Em suma, a prova de que o filho ama o pai está em acolher e praticar as
suas ordens. E isto que a Bíblia chama de “guardar” a Palavra. Não apenas
arquiva-la, fixá-la na memória, mas tornar-se um “portador da Palavra” por meio
do comportamento, gestos e escolhas e cada dia.
Temos, pois, um critério para avaliar nossa filiação divina: se oriento
minha vida pela Palavra de Deus, pelos ensinamentos de Jesus Cristo – e o faço
de modo amoroso e incondicional –, então sou filho.
Deste modo, livramo-nos de uma noção romântica a respeito do amor,
tecida de emoções, sentimentos e impressões. Em seu lugar, adotamos uma
compreensão cristã do amor, quando o amor se manifesta como ato da vontade
iluminada pela inteligência dos desígnios de Deus.
Isto pode ser avaliado nos fatos cotidianos. Por que dedico meu tempo a
esta atividade, e não a outra? Por que gasto meu dinheiro desta maneira, e não
de outra? Por que escolhi esta profissão, e não outra? A Palavra de Deus esta
na raiz destas opções? Ou estou agindo como qualquer pagão, movido apenas por
necessidades e pela propaganda, pela moda e pelas conveniências?
E ainda: que recusas e renúncias tenho feito “por causa da Palavra de
Deus?” Que prejuízos e sacrifícios eu tenho aceitado “por causa da Palavra de
Deus?”
A jovem que abre mão de ter uma família para servir a Deus na vida
consagrada dá provas de amar a Deus. O advogado que não aceita causas de
divórcio, mesmo perdendo um rico filão de ganhos e lucros, também demonstra que
ama, acima do dinheiro, ao Senhor e sua Palavra.
E nós? Amamos a Jesus, de modo a receber também o amor do Pai?
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo