Liturgia Diária
Comentada 30/04/2013
5ª Semana da Páscoa - 1ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Apocalipse 19,5; 12,10 - Louvai o nosso Deus, todos vós que o
temeis, pequenos e grandes; pois manifestou-se a salvação, a vitória e o poder
do seu Cristo, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que, pela ressurreição do Cristo, nos renovais para a vida
eterna, daí ao vosso povo constância na fé e na esperança, para que jamais
duvide das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 14,19-28
Reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio
deles.
Naqueles dias, de Antioquia e Icônio chegaram judeus que convenceram as
multidões. Então apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade,
pensando que ele estivesse morto. Mas, enquanto os discípulos o rodeavam, Paulo
levantou-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu para Derbe com
Bar¬nabé. Depois de terem pregado o Evangelho naquela cidade e feito
muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia. Encorajando os
discípulos, eles os exortavam a permanecer firmes na fé, dizendo-lhes: “É
preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. Os
apóstolos designaram presbíteros para cada Comunidade. Com orações e jejuns,
eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. Em seguida,
atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. Anunciaram a palavra em Perge, e
depois desceram para Atália. Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham
saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado.
Chegando ali, reuniram a Comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por
meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos. E passaram então
algum tempo com os discípulos. - Palavra do Senhor.
Salmo: 144, 10-11. 12-13ab. 21
(R. Cf. 12a)
Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com
louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam
proclamar vosso poder!
Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino
esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em
geração.
Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu
nome santo desde agora, para sempre e pelos séculos.
Evangelho: Jo 14,27-31a
A minha paz vos dou.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha
paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o
vosso coração. Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me
amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que
eu. Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós
acrediteis.
Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem
poder sobre mim, mas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo
conforme o Pai me ordenou”. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova
Aliança
Dou-vos a minha paz... (Jo 14,27-31a)
O mundo sempre foi palco de violência. Na primeira família, Caim matou
Abel. Nossa História é um desfile de agressões e rapinas, destruição e fome.
Sempre foi assim. Mas hoje, com a rede de comunicações, temos uma compreensão
mais clara dessa realidade e, por isso mesmo, é cada vez mais agudo o nosso
anseio pela Paz.
E só Jesus Cristo, “nossa Paz” (Ef 2,14), pode responder ao nosso grito.
Por isso mesmo, em cada Eucaristia, nos dirigimos ao Cordeiro de Deus, a divina
Vítima do altar, para clamar: “Dai-nos a Paz!”
Na Exortação Apostólica “Reconciliação e Penitência” [1984], João Paulo
II juntava dados de nosso tempo, como cacos de cerâmica, para recompor o triste
mosaico que estamos vivendo: divergências tribais, discriminação de todo tipo,
tortura e repressão, corrida armamentista, iníqua distribuição dos bens do
planeta, direitos humanos espezinhados, multiplicação da miséria...
“Por mais impressionantes que se apresentem tais lacerações à primeira
vista – diz o Papa -, só observando-as em profundidade se consegue individuar a
sua raiz: esta se encontra numa ferida íntima do homem. À luz da fé, nós a
chamamos ‘pecado’, começando pelo pecado original, que cada um traz consigo
desde o nascimento, como uma herança recebida dos primeiros pais, até os
pecados que cada um comete, abusando da própria liberdade.” (RP, 2)
Ora, para que Jesus possa semear em nós a semente da paz, devemos começar
por uma profunda reconciliação. Reconciliação com Deus, com o próximo, com nós
mesmos. Enquanto pecamos - e, por isso mesmo, agredimos a Deus, ao próximo e a
nós mesmos – somos cúmplices do ódio e da guerra, atamos as mãos do Deus da
Paz.
Quanta violência dentro de nosso coração! Impaciências, asperezas,
silêncios e rancores, perdão negado, vinganças tramadas. Quanto impulso de
subir mais alto, superar o irmão, usar o outro! Nós somos a guerra! E acusamos
a sociedade de violenta, acusamos a Deus de omisso...
Os monges de Tibhirine, na Argélia, foram decapitados por ativistas
muçulmanos. Deram sua vida de graça. Viviam no silêncio e na oração em sua
montanha. Aceitaram ser vítimas pela paz.
E nós? Queremos estar do lado vencedor? Ou aceitamos ser cordeiros com o
Cordeiro de Deus?
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo