Liturgia Diária
Comentada 09/05/2013
6ª Semana da Páscoa - 2ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 67,8-9.20 Ó Deus, quando saístes à frente do vosso
povo, abrindo-lhe o caminho e habitando entre eles, a terra estremeceu,
fundiram-se os céus, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que fizestes o vosso povo participar da vossa redenção,
concedei que nos alegremos constantemente com a ressurreição do Senhor. Que
convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 18,1-8
Paulo passou a morar com eles; trabalhava e discutia na sinagoga.
Naqueles dias, Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. Ai encontrou um
judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabava de chegar da Itália, e sua
esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem
de Roma. Paulo entrou em contato com eles. E, como tinham a mesma profissão,
eram fabricantes de tendas, Paulo passou a morar com eles e trabalhavam juntos.
Todos os sábados, Paulo discutia na sinagoga, procurando convencer judeus e
gregos.
Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se
inteiramente à palavra, testemunhando diante dos judeus que Jesus era o
messias. Mas, por causa da resistência e blasfêmias deles, Paulo sacudiu as
vestes e disse: "Vós sois responsáveis pelo que acontecer. Eu não tenho
culpa; de agora em diante, vou dirigir-me aos pagãos".
Então, saindo dali, Paulo foi para a casa de um pagão, um certo Tício
Justo, adorador do Deus único, que morava ao lado da sinagoga. Crispo, o chefe
da sinagoga, acreditou no Senhor com toda a sua família; e muitos coríntios,
que escutavam Paulo, acreditavam e recebiam o batismo. - Palavra do
Senhor.
Comentando a Liturgia: O ministério da Palavra é sina
da gratuidade do dom de Deus. Todo o comportamento do missionário deve
refleti-lo e testemunhá-lo (Mt 10, 8). Não fará como os levitas, cuja principal
ocupação parecia ser recolher o dízimo. Por outro lado, porém, o dom
“oferecido” pelo apóstolo deve normalmente suscitar um “dom” igualmente
gratuito, igualmente revelador da gratuidade divina, por parte dos ouvintes.
Para ser mais livre e não dar motivo a suspeitas, Paulo, em geral, não
aceita a ajuda ou o dom das comunidades. Trabalha com suas mãos; o que importa
acima de tudo é salvaguardar a gratuidade do dom de Deus.
Em situação de missão, as Igrejas redescobriram o valor de um testemunho
como o trabalho manual dos sacerdotes, solidários com os mais pobres e, por
outro lado, o contratestemunho do “ruído de dinheiro em torno do altar”, por
ocasião dos sacramentos.
Salmo: 97, 1. 2-3ab. 3cd-4 (R.
Cf. 2b)
O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e
o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o
seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o
Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
Evangelho: Jo 16,16-20
Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Pouco tempo ainda, e já
não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”.
Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: “O que significa o
que ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco
tempo, e me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai?’”. Diziam, pois: “O
que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”.
Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: ‘Estais
discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra
vez pouco tempo e me vereis?’ Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e
vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa
tristeza se transformará em alegria”. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
A linguagem enigmática de Jesus deixava confusos os discípulos. Estando
para concluir seu ministério, referia-se a um tempo de separação, seguido de um
tempo de reencontro. Falava em ir para o Pai. No ar, pairava algo de abandono,
de ruptura. Os discípulos não se sentiam preparados para enfrentar esta
realidade. Também não estavam em condições de compreender o que se passava com
Jesus.
O pano de fundo das palavras de Jesus tem a ver com o destino de morte e
de ressurreição que o esperava. O tempo da não-visão corresponderia à
experiência de morte a ser enfrentada por ele. Sem o apoio de sua presença, a
comunidade ficaria exposta à tristeza, à confusão, e à zombaria do mundo.
Julgando ter alcançado seu objetivo de eliminar o Filho de Deus, seus
inimigos teriam motivos para se alegrar com o desespero dos discípulos.
O tempo da visão correspondia à Páscoa. Momento de reencontro do Senhor
com sua comunidade, sem as limitações do tempo e do espaço. E, por isso, motivo
de alegria para os discípulos. Pelo contrário, tempo de tristeza para o mundo,
que verá frustrados todos seus intentos de eliminar o Filho de Deus. Ver-se-á
derrotado, quando pensava ter sido vitorioso.
A alegria sucede à tristeza. Ela é o ponto de chegada para o discípulo
que sabe compreender o sentido da morte de Jesus, e se prepara para acolhê-lo
na Ressurreição.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Geral – Responsáveis pela Justiça: Que os responsáveis por
administrar a justiça ajam sempre com integridade e consciência reta.
Missionária – Seminários: Que os Seminários, em particular
os que se encontram em Igreja de missão, formem pastores segundo o Coração de
Cristo, inteiramente dedicados ao anúncio do Evangelho.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo