Liturgia Diária
Comentada 13/05/2013
7ª Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio da Ascensão - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Atos dos Apóstolos 1,8 - Recebeis a força do Espírito Santo,
que descerá em vós, e dareis testemunho de mim até os confins da terra,
aleluia!
Oração do Dia: Nós o pedimos, ó Deus, que venha a nós a força do Espírito Santo,
para que realizemos fielmente a vossa vontade e manifestemos por uma vida
santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 19,1-8
Vós recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?
Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões
montanhosas e chegou a Éfeso. Aí encontrou alguns discípulos e perguntou-lhes:
Vós recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé? Eles responderam: Nem
sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo! Então Paulo perguntou: Que
batismo vós recebestes? Eles responderam: O batismo de João.
Paulo disse-lhes: João administrava um batismo de conversão, dizendo ao
povo que acreditasse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus. Tendo
ouvido isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus.
Paulo impôs-lhes as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo. Começaram
então a falar em línguas e a profetizar. Ao todo, eram uns doze homens. Paulo
foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda convicção,
discutindo e procurando convencer os ouvintes sobre o reino de Deus. - Palavra
do Senhor.
Comentando a Liturgia: Este fato dirige e orienta
nossa reflexão sobre a presença maciça e o papel de agente que tem o Espírito
Santo na Igreja apostólica, e na extraordinária e mesmo sensível experiência
que tem os primeiros cristãos de sua presença e atuação. Não é a toa que se
definem os Atos como o Evangelho do Espírito Santo.
Salmo: 67, 2-3. 4-5ac. 6-7ab
(R. 33a)
Reinos da terra, cantai ao Senhor.
Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de
sua face os que odeiam o Senhor! Como a fumaça se dissipa, assim também os
dissipais, como a cera se derrete, ao contato com o fogo, assim pereçam os
iníquos ante a face do Senhor!
Mas os justos se alegram na presença do Senhor; rejubilam satisfeitos e
exultam de alegria! Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome! O
seu nome é Senhor: exultai diante dele!
Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor; é assim o nosso Deus em sua
santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem
liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
Evangelho: Jo 16,29-33
Tende coragem! Eu venci o mundo!
Naquele tempo, os discípulos disseram a Jesus: Eis, agora falas claramente
e não usas mais figuras. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que
alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus.
Jesus respondeu: Credes agora? Eis que vem a hora – e já chegou – em que
vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou
só; o Pai está comigo.
Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis
tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!” - Palavra da
Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
Os discípulos, nem de longe, podiam imaginar o futuro que teriam pela
frente. Intelectualmente, deram mostras de ter entendido os ensinamentos de
Jesus, chegando mesmo a proclamar sua condição de enviado de Deus. E depois,
quando se apresentasse a ocasião de dar testemunho público desta verdade,
estariam preparados para tal desafio?
O Mestre não tinha nenhuma dúvida a este respeito. Ao chegar a hora de
se declararem discípulos seus, haveriam de debandar e deixá-lo sozinho. Triste
constatação para quem se julgava sintonizado com Jesus!
O realismo do Mestre não lhe permite desesperar, por causa disto. Embora
sabendo que seria vítima do abandono do grupo escolhido e preparado por levar
adiante sua missão, exorta-o à confiança.
Seguros quanto ao poder de Jesus sobre o mundo, os discípulos se
julgavam em condições de enfrentá-lo, sem temer suas investidas e ameaças de
morte. O gesto mesquinho da fuga poderá ser irrelevante, se forem capazes de
retomar o projeto do Senhor e levá-lo destemidamente adiante.
A morte e a ressurreição de Jesus significam sua vitória sobre o mundo,
e a desarticulação dos esquemas mundanos. Quem se confia ao Ressuscitado,
apesar da ferocidade do inimigo, pode estar certo de que irá vencê-lo. A
vitória de Jesus sobre o mundo foi definitiva.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Geral – Responsáveis pela Justiça: Que os responsáveis por
administrar a justiça ajam sempre com integridade e consciência reta.
Missionária – Seminários: Que os Seminários, em particular
os que se encontram em Igreja de missão, formem pastores segundo o Coração de
Cristo, inteiramente dedicados ao anúncio do Evangelho.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo