Liturgia Diária
Comentada 14/05/2013
7ª
Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio
dos Apóstolos - Ofício da festa
Cor:
Vermelho - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: João 15,16 Não fostes vós que me escolhestes. Fui eu que vos
escolhi e vos enviarei para produzirdes fruto e o vosso fruto permanecerá,
aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que associastes São Matias ao colégio apostólico,
concedei, por sua intercessão, que, fruindo da alegria do vosso amor, mereçamos
ser contados entre os eleitos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 1,15-17.20-26
A sorte caiu em Matias, o qual foi juntado ao número dos onze apóstolos.
Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse: “Irmãos,
era preciso que se cumprisse o que o Espírito Santo, por meio de Davi, anunciou
na Escritura sobre Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam Jesus.
Judas era um dos nossos e participava do mesmo ministério.
De fato, no livro dos Salmos está escrito: ‘Fique deserta a sua morada,
nem haja quem nela habite!’ E ainda: ‘Que outro ocupe o seu lugar!’ Há homens
que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus vivia no meio
de nós, a começar pelo batismo de João até o dia em que foi elevado ao céu.
Agora, é preciso que um deles se junte a nós para ser testemunha da sua
ressurreição.”
Então eles apresentaram dois homens: José, chamado Barsabás, que tinha o
apelido de Justo, e Matias. Em seguida, fizeram esta oração: “Senhor, tu
conheces os corações de todos. Mostra-nos qual destes dois escolheste para
ocupar, neste ministério e apostolado, o lugar que Judas abandonou para seguir
o seu destino!”. Então tiraram a sorte entre os dois. A sorte caiu em Matias, o
qual foi juntado ao número dos onze apóstolos. - Palavra do Senhor.
Salmo: 112(113),1-2.3-4.5-6.7-8
(R. cf.8)
O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor!
Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!
Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor
está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus.
Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o
seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra?
Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para
fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com os nobres do seu povo.
Evangelho: Jo 15,9-17
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Como meu Pai me amou,
assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do
meu Pai e permaneço no seu amor. E eu vos disse isto, para que a minha alegria
esteja em vós e a vossa alegria seja plena. Este é o meu mandamento: amai-vos
uns aos outros, assim como eu vos amei.
Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós
sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, pois
o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a
conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui
eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o
vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo
concederá. Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros. - Palavra
da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
A
situação de uma mulher em trabalho de parto serviu para ilustrar a situação dos
discípulos às voltas com o mistério pascal. Esta imagem, simples de ser
entendida, devia levá-los a intuir o sentido das palavras enigmáticas de Jesus.
Era mister compreender devidamente as exortações do Mestre, para evitar futuras
decepções.
Todo
o processo do parto transcorre em meio a dores e sofrimentos. Hoje, a medicina
procura aliviar, ao máximo, esses sofrimentos, realizando partos indolores.
Isto não significa negar que o parto seja, por si, doloroso. O grau de
suportação da mãe torna-se quase infinito, quando ela pensa no desfecho do seu
sofrimento: a vinda de um ser humano ao mundo. A expectativa do filho, que está
para nascer, leva-a a relativizar sua dor.
Os
discípulos passariam por uma experiência parecida com essa. O mistério pascal
teria seu componente necessário de sofrimento e de tristeza. Não seria possível
prescindir deles, nem abrandá-los. Uma dor cruel esperava-os, ao contemplar o
próprio Mestre pendendo de uma cruz. Entretanto, algo de sumamente importante
aconteceria no final de tudo isto: o Pai haveria de restituir-lhe a vida. Para
os discípulos, a esperança da ressurreição não lhes suavizou a dor de ver o
amigo crucificado, mas devolveu-lhes a alegria, e uma alegria tal, que dela
ninguém jamais poderá privá-los.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Geral – Responsáveis pela Justiça: Que os responsáveis por
administrar a justiça ajam sempre com integridade e consciência reta.
Missionária – Seminários: Que os Seminários, em particular
os que se encontram em Igreja de missão, formem pastores segundo o Coração de
Cristo, inteiramente dedicados ao anúncio do Evangelho.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: VERMELHO - Simboliza o fogo purificador, o
sangue e o martírio. Usada nas missas de Pentecostes e santos mártires.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo