22ª
Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
Comum - Ofício do dia
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona:
Salmo 85,3.5 - Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia
inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para
aqueles que vos invocam.
Oração
do Dia: Deus
do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o
vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para
alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos
destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Ts 4,13-18 Deus trará de volta, com Cristo, os que
através dele entraram no sono da morte.
Irmãos,
não queremos deixar-vos na incerteza a respeito dos mortos, para
que não fiqueis tristes como os outros, que não têm esperança.
Se Jesus morreu e ressuscitou - e esta é nossa fé -, de modo
semelhante Deus trará de volta, com Cristo, os que através dele
entraram no sono da morte. Isto vos declaramos, segundo a palavra do
Senhor: nós que fomos deixados com vida para a vinda do Senhor não
levaremos vantagem em relação aos que morreram. Pois o Senhor
mesmo, quando for dada a ordem, à voz do arcanjo e ao som da
trombeta, descerá do céu e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro. Em seguida, nós que formos deixados com vida seremos
arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor, nos
ares. E assim estaremos sempre com o Senhor. Exortai-vos, pois, uns
aos outros, com estas palavras. - Palavra do Senhor.
Salmo: 95,1.3.
4-5. 11-12. 13 (R. 13b) O Senhor vem julgar nossa terra.
Cantai
ao Senhor Deus um canto novo, manifestai a sua glória entre as
nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
Pois
Deus é grande e muito digno de louvor, é mais terrível e maior
que os outros deuses; porque um nada são os deuses dos pagãos. Foi
o Senhor e nosso Deus quem fez os céus.
O
céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em
suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as
florestas e as matas.
Na
presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra
inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará
com lealdade.
Evangelho:
Lc 4,16-30 Ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova
aos pobres. Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.
Naquele
tempo, veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado.
Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se
para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo
o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: “O Espírito
do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção
para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a
libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para
libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
Depois
fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que
estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a
dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que
acabastes de ouvir”. Todos davam testemunho a seu respeito,
admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca.
E diziam: “Não é este o filho de José?”
Jesus,
porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio:
Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o
que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. E acrescentou: “Em
verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua
pátria.
De
fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu
durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a
região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas
foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na
Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em
Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o Sírio”.
Quando
ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos.
Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do
monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de
lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles,
continuou o seu caminho. - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): O
texto de Isaías, lido por Jesus numa assembleia litúrgica na
sinagoga de Nazaré, possibilitou-lhe explicitar o sentido de sua
presença e de sua missão, na Terra. O profeta falava de um Ungido
do Senhor, enviado com uma missão bem precisa junto aos
marginalizados deste mundo. Por meio deles, os pobres ouviriam a Boa
Nova da libertação, os angustiados seriam consolados, os presos
anistiados, os cegos voltariam a enxergar e os oprimidos ver-se-iam
livres da opressão. Estas categorias de pessoas são a síntese da
humanidade sofredora, carente de misericórdia.
Ao
anunciar que a profecia estava se cumprindo naquele momento, Jesus
proclamava que, mediante o seu ministério, iniciava-se, para os
pobres, aflitos, presos, cegos e oprimidos, o Reino da definitiva
libertação. Sua missão consistia em ser a presença libertadora
do Pai junto às vítimas do egoísmo humano. Doravante,
descortinou-se para elas a possibilidade de reconquistar a dignidade
de seres humanos, e de superar a situação a que estavam relegadas.
Efetivamente,
ao longo de seu ministério, os pobres receberam de Jesus mostras de
benevolência: sentiam-se acolhidos e amados por ele. Assim, a
profecia tornava-se realidade, mas também deve continuar a ser
realizada na vida dos discípulos de Jesus. Também estes, como o
Mestre, devem ser, para os pobres, mediação da misericórdia
divina.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE SETEMBRO:
Geral
– Nossos contemporâneos e contemporâneas: Que os homens
e mulheres do nosso tempo, tantas vezes mergulhados no barulho,
redescubram o valor do silêncio e saibam escutar a Deus e aos
irmãos.
Missionária
– Cristãos perseguidos: Que os cristãos perseguidos
possam testemunhar o amor de Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo
do Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano