Tempo
do Natal - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
da Epifania - Ofício solene próprio - Glória - Creio
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona: Malaquias
3,1; 1º Crônicas 19,12 - Eis que veio o Senhor dos senhores; em
suas mãos, o poder e a realeza.
Oração
do Dia: Ó Deus, que hoje revelastes o vosso filho às nações,
guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos e servas, que já
vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Is 60, 1-6 Apareceu sobre ti a gloria do
Senhor.
Levanta-te,
acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre
ti a glória do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e
nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e
sua glória já se manifesta sobre ti. Os povos caminham à tua luz
e os reis ao clarão de tua aurora.
Levanta
os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus
filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos
braços. Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e
batendo forte, pois com eles virão às riquezas de além-mar e
mostrarão o poderio de suas nações; será uma inundação de
camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os
de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do
Senhor -
Palavra do Senhor.
Salmo: 71,
1-2.7-8.10-11.12-13 (R. Cf.11) As nações de toda a terra, hão
de adorar-vos ó Senhor!
Dai
ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da
realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele
julgue os vossos pobres.
Nos
seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o
brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até
os confins de toda a terra!
Os
reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus
presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de
trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de
adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo.
Libertará
o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.
Segunda
Leitura: Ef 3,2-3a.5-6 Agora foi-nos revelado que os
pagãos são coerdeiros das promessas.
Irmãos:
Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar
o seu plano a vosso respeito, e como, por revelação, tive
conhecimento do mistério.
Este
mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações
passadas mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus
santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma
herança, são membros do corpo, são associados à mesma promessa
em Jesus Cristo, por meio do Evangelho - Palavra do Senhor.
Evangelho:
Mt 2,1-12 Viemos do Oriente adorar o Rei.
Tendo
nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei
Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém,
perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer?
Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
Ao
saber disso, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade
de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da
Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. Eles
responderam: “Em Belém, na Judéia, pois assim foi escrito pelo
profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor
entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe
que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”.
Então
Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles
cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a
Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre
o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu
vá adorá-lo”.
Depois
que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no
Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o
menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria
muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua
mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus
cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
Avisados
em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra,
seguindo outro caminho - Palavra da Salvação.
Comentário: A
simplicidade dos magos na sua busca do Messias é desconcertante.
Bastou uma estrela, identificada como sendo dele, para que se
pusessem a caminho. As dificuldades e os empecilhos foram todos
relativizados. A falta de pistas consistentes não os amedrontou,
nem o fato de terem de se dirigir a um país estrangeiro.
No
entanto, revelaram-se tão sinceros quanto ingênuos, pois,
dirigiram-se, precisamente, ao terrível rei Herodes, para
informar-se sobre o rei dos judeus que acabara de nascer. Este,
intuindo tratar-se de um concorrente, poupou a vida dos magos, para
garantir uma pista que o levasse ao rei recém-nascido, seu
adversário.
Mas
os magos, absorvidos no seu projeto de encontrar o rei dos judeus,
não perceberem a trama de Herodes. Por isso, seguiram fielmente as
informações recebidas. Não importava.
A
chegada ao lugar onde estava o Menino Jesus foi o resultado de uma
busca sincera. A alegria, que lhes encheu o coração, brotava da
consciência de terem seguido a voz interior. Depois de longa
caminhada, encontraram, finalmente, o rei dos judeus, pobrezinho e
desprovido de sinais exteriores de dignidade. Mesmo assim,
prostraram-se para adorá-lo. -
(Padre Jaldemir Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral
– Desenvolvimento econômico: Para que seja promovido um
autêntico desenvolvimento económico, respeitoso da dignidade de
todas as pessoas e de todos os povos.
Missionária
– Unidade dos cristãos: Para que os cristãos das
diversas confissões caminhem em direção à unidade desejada por
Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em
suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade
concreta na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito
homem, é a mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele
que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação,
que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de
fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que
vão do Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a
descobrir em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade
de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à
alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos
constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz
participantes do amor infinito de Deus, que se manifestou em Jesus,
a celebração do Natal abre-nos à solidariedade profunda com todos
os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa
a 30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e
evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal)
tem formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo
de leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a
"coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano