Oitava
do Natal - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal - Ofício do dia - Glória
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” – São Mateus
Antífona: Isaías
9,6 - Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder
repousa nos seus ombros. Ele será chamado “mensageiro do conselho
de Deus”
Oração
do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, que estabelecestes o
princípio e a plenitude de toda a religião na encarnação do
vosso Filho, concedei que sejamos contados entre os discípulos,
daquele que é toda a salvação da humanidade. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 2,18-21 Vós já recebestes a unção do Santo, e todos
tendes conhecimento
Filhinhos,
esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com
efeito, muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que
chegou a última hora. Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos
nossos, pois se fossem realmente dos nossos, teriam permanecido
conosco. Mas era necessário ficar claro que nem todos são dos
nossos. Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes
conhecimento. Se eu vos escrevi, não é porque ignorais a verdade,
mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira provém da
verdade. -
Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: O apóstolo
adverte os discípulos contra os falsos doutores, por ele comparados
aos 'anticristos". Jesus admoestara a que fugíssemos dos
"falsos profetas" (Mt 24,23-24), opostos à mensagem de
Cristo, que a Igreja encontraria através dos séculos. O aspecto
mais doloroso é que muitos de tais adversários saem das fileiras
dos crentes (versículo 19); algum era talvez sacerdote, religioso,
teólogo, e tornou-se estranho ou abertamente inimigo.
A
pertença à Igreja é um mistério que nenhum laço externo pode
garantir, mas só a fidelidade a Deus na humildade e constante
procura da verdade. Quem recusa a Igreja, recusa a Cristo, vive nas
trevas e na mentira. O cristão, consagrado pela unção recebida do
Santo" (versículo 20) no batismo e na crisma, deixa-se, porém,
guiar suavemente pelo "Espírito de verdade", que vive e
age nele por meio de Jesus Cristo.
Salmo: 95
(96), 1-2. 11-12. 13 (R. 11a) O céu se rejubile e exulte a terra!
Cantai
ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra
inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai
sua salvação.
O
céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em
suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as
florestas e as matas.
Na
presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra
inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará
com lealdade.
Evangelho:
Jo 1,1-18 A Palavra se fez carne e habitou entre nós
No
princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra
era Deus. No princípio, estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela
e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a
vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas
não conseguiram dominá-la.
Surgiu
um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como
testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à
fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho
da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo,
ilumina todo ser humano.
A
Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela –
mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os
seus não a acolheram. Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes
capacidade de se tornar filhos de Deus, isto é, aos que acreditam
em seu nome, pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da
carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. E a Palavra se
fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória,
glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e
de verdade.
Dele,
João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse:
O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia
antes de mim”. De sua plenitude todos nós recebemos graça por
graça. Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a
verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém
jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do
Pai, ele no-lo deu a conhecer. - Palavra da Salvação.
Comentário: Pouco
a pouco, a comunidade cristã foi compreendendo a verdadeira
identidade de Jesus. Até então, na história da salvação,
ninguém havia se apresentado como Messias Filho de Deus. Na
verdade, os reis de Israel eram considerados filhos de Deus.
Entretanto, jamais alguém havia manifestado tal proximidade com
Deus, no falar e no agir, como acontecia com Jesus. Ninguém havia
chamado Deus de Pai, servindo-se de um termo familiar, Abba, usado
pelas crianças para se referirem a seus genitores. Ninguém se
apresentara com o poder de perdoar pecados, restituir a vida aos
mortos e enfermos, libertar as pessoas da opressão do demônio.
Ninguém, como Jesus, mostrava-se livre diante da Lei e das
tradições religiosas.
Na
raiz da ação de Jesus, estava sua condição divina. Esta
conferia-lhe a liberdade para não se submeter ao legalismo
religioso da época, muitas vezes incapaz de levar as pessoas a uma
real experiência de Deus; levava-o a desbaratar as forças do
anti-Reino, por cuja ação os indivíduos se tornavam cativos do
mal e do pecado; dava-lhe um coração misericordioso, como o de
Deus, para amar os pecadores e abrir-lhes os caminhos da salvação;
tornava-o sensível e solícito aos sofrimentos da humanidade.
Nestas
ações humanas de Jesus, resplandecia sua glória de Filho de
Deus. - (Padre Jaldemir
Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE DEZEMBRO:
Geral
– Crianças abandonadas: Que as crianças abandonadas ou
vítimas de qualquer forma de violência encontrem o amor e a
proteção de que necessitam.
Missionária
– Preparação da vinda do Salvador: Que nós, cristãos,
iluminados pela luz do Verbo Encarnado, preparemos a vinda do
Salvador.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em
suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade
concreta na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito
homem, é a mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele
que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação,
que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de
fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que
vão do Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a
descobrir em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade
de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à
alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos
constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz
participantes do amor infinito de Deus, que se manifestou em Jesus,
a celebração do Natal abre-nos à solidariedade profunda com todos
os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa
a 30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e
evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal)
tem formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo
de leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a
"coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano