Liturgia
Diária Comentada 06/01/2014
Semana
da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
da Epifania ou do Natal - Ofício da II Semana
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona: Raiou
para nós um dia de bênção: vinde, nações, adorai o Senhor;
grande luz desceu sobre a terra!
Oração
do Dia: Nós vos pedimos, ó Deus, que o esplendor da vossa
glória ilumine os nossos corações para que, passando pelas trevas
deste mundo, cheguemos à pátria da luz que não se extingue. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 3,22-4,6 Examinai os espíritos para ver se são de Deus
Caríssimos:
qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus
mandamentos e fazemos o que é do seu agrado. Este é o seu
mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos
amemos uns aos outros, de acordo com o andamento que ele nos deu.
Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece
com ele. Que ele permanece conosco, sabemo-lo pelo Espírito que ele
nos deu.
Caríssimos,
não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos
para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao
mundo. Este é o critério para saber se uma inspiração vem de
Deus: todo espírito que leva a professar que Jesus Cristo veio na
carne é de Deus; e todo espírito que não professa a fé em Jesus
não é de Deus; é o espírito do Anticristo. Ouvistes dizer que o
Anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo.
Filhinhos,
vós sois de Deus e vós vencestes o Anticristo. Pois convosco está
quem é maior do que aquele que está no mundo. Os vossos adversários
são do mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta
ouvidos. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus, escuta-nos; quem
não é de Deus não nos escuta. Nisto reconhecemos o espírito da
verdade e o espírito do erro. -
Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: As características
de uma comunidade cristã são a fé em Jesus Cristo, o amor
recíproco dos irmãos e a fidelidade aos preceitos de Deus. Por
isso, sugere o apóstolo algumas atitudes fundamentais. Antes de tudo
a oração, entendida não tanto como pedido de graças, quanto como
empenho pessoal de realizar o que é ordenado; depois, um propósito
de fé autêntica em Cristo Jesus e de operosa caridade para com os
irmãos.
São
João reduz a atitude de fé a seu núcleo essencial: aceitar Jesus.
"O centro vivo da fé é Jesus Cristo; só por meio dele podem
os homens salvar-se, dele recebem o fundamento e a síntese de toda
verdade". Ele é verdadeiramente "a chave, o centro, o fim
do homem e também de toda a história humana".
Crer
em Jesus quer dizer confiar nele, abrir-se a ele até deixar-se
transformar nele, aceitando-o por modelo de comportamento: "Dei-vos
o exemplo, a fim de que, como eu vos fiz, também vós o façais"
(Jo 13,15). Esta fé nele torna-se força dinâmica e criativa, capaz
de testemunhar e de fazer Cristo e sua mensagem conhecidos e aceitos
pelos homens. (Missal Cotidiano)
Salmo:
2 Eu te darei por tua herança os povos todos
O
decreto do Senhor promulgarei, foi assim que me falou o Senhor Deus:
“Tu és o meu Filho, e eu hoje te gerei”!
Podes
pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos e
as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio.
E
agora, poderosos, entendei; soberanos, aprendei esta lição:
Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória e prestai-lhe homenagem
com respeito!
Evangelho:
Mt 4,12-17.23-25 O Reino dos Céus está próximo
Naquele
tempo, ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a
Galiléia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às
margens do mar da Galiléia, no território de Zabulon e Neftali,
para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de
Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do
rio Jordão, Galiléia dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu
uma grande luz; e para os que viviam na região escura da morte
brilhou uma luz.
Daí
em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: Convertei-vos, porque o
Reino dos Céus está próximo. Jesus andava por toda a Galiléia,
ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando
todo tipo de doença e enfermidade do povo. E sua fama espalhou-se
por toda a Síria. Levaram-lhe todos os doentes, que sofriam diversas
enfermidades e tormentos: endemoninhados, epilépticos e paralíticos.
E Jesus os curava. Numerosas multidões o seguiam, vindas da
Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia, e da região além
do Jordão. - Palavra da Salvação.
Comentário: O
ministério de Jesus descortinou, para a humanidade, um horizonte
novo. O Reino dos Céus, irrompendo na História por meio de Jesus e
de sua ação, reavivou a esperança do povo de Deus. Iniciou-se um
tempo novo, na história do relacionamento da humanidade com Deus.
A
presença do Messias Jesus, na visão da comunidade cristã
primitiva, levou a cumprimento antigas esperanças do povo de Israel.
Um texto do profeta Isaías foi particularmente importante neste
processo de compreensão da pessoa de Jesus. O profeta, olhando para
o futuro, prelibava a alegria que haveria de tomar conta da Galiléia,
região tradicionalmente considerada como reduto da infidelidade.
Olhada com desprezo e apelidada como terra de pagãos, tudo quanto
havia de pior lhe era atribuído. Pois bem, Isaías anteviu a
superação das trevas e da morte em que se encontravam os galileus
ao se levantar uma grande luz. Essa luz seria o Messias.
Jesus
iniciou sua pregação exatamente na Galiléia, símbolo da
humanidade jazendo nas trevas da morte, carente de luz. Sua
convocação - "Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está
próximo" - soou como um apelo dirigido a toda a humanidade para
romper com a escravidão do egoísmo e deixar-se guiar por Deus. A
profecia estava sendo realizada! - (Padre Jaldemir Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral
– Desenvolvimento econômico: Para que seja promovido um
autêntico desenvolvimento económico, respeitoso da dignidade de
todas as pessoas e de todos os povos.
Missionária
– Unidade dos cristãos: Para que os cristãos das
diversas confissões caminhem em direção à unidade desejada por
Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas
mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na
vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a
mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que
se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo
do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do
Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir
em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso
Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas
apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a
dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da
vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal
abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a
30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem
formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de
leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta"
muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano