Liturgia
Diária Comentada 21/04/2014
Segunda-feira
– Oitava da Páscoa
Tempo
da Páscoa - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
pascal I - Ofício solene próprio - Glória
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona:
Êxodo 13,5.9 O Senhor vos introduziu na terra onde correm leite e
mel; que sua lei esteja sempre em vossos lábios, aleluia!
Oração
do Dia: Ó Deus, que fazei crescer a vossa Igreja, dando-lhe
sempre novos filhos e filhas, concedei que, por toda a sua vida,
estes vossos servos e servas sejam fieis ao sacramento do batismo que
receberam professando a fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: At 2,14.22-33 Não era possível que a morte o
dominasse.
No
dia de Pentecostes, Pedro de pé, junto com os onze apóstolos,
levantou a voz e falou à multidão: “Homens de Israel, escutai
estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus,
junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou,
por meio dele, entre vós. Tudo isto vós bem o sabeis. Deus, em seu
desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos
dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. Mas Deus
ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não
era possível que ela o dominasse.
Pois
Davi dele diz: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à
minha direita para eu não vacilar. Alegrou-se por isso meu coração
e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança.
Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás
que teu Santo experimente corrupção. Deste-me a conhecer os
caminhos da vida e a tua presença me encherá de alegria’.
Irmãos,
seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e
foi sepultado e seu sepulcro está entre nós até hoje. Mas, sendo
profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus
descendentes ocuparia o trono. É, portanto, a ressurreição de
Cristo que previu e anunciou com as palavras: ‘Ele não foi
abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a
corrupção’. Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto
todos nós somos testemunhas”. -
Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: O
trecho litúrgico oferece-nos uma parte do sermão de Pedro no dia de
Pentecostes. A interpretação teológica que ele dá do fato
pentecostal tem uma parte central que é decididamente cristológica.
Por
que o Pentecostes? Porque Cristo ressuscitou! O homem Jesus que todos
viram e conheceram, sua vida miraculosa e sua morte ignominiosa
(vergonhosa), não foram tragadas pela história. A morte e
ressurreição de Jesus é o acontecimento definitivo que completou
os tempos. Para o homem a salvação é a proposta de Deus no Senhor
ressuscitado. Não há que procurar em outra parte, nem que esperar
do futuro.
O
Cristo ressuscitado é a salvação do homem. Na origem da Igreja
está, pois, a experiência do Ressuscitado. Sem ressurreição, os
discípulos teriam sido absorvidos pelas vicissitudes da vida,
fechando às pessoas o parêntese do convívio com o rabi de Nazaré.
Sem ressurreição, nada teriam os apóstolos para anunciar. O
apóstolo define-se como testemunha da ressurreição.
Salmo: 15,
1-2a.5. 7-8. 9-10. 11 (R. 1) Guardai-me, ó Deus, porque em vós
me refugio!
Guardai-me,
ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós
sois meu Senhor; Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu
destino está seguro em vossas mãos!
Eu
bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o
coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a
meu lado não vacilo.
Eis
por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria,
e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me
deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
Vós
me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem
limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Evangelho:
Mt 28,8-15 Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam
para a Galiléia. Lá eles me verão.
Naquele
tempo, as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo,
mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos.
De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!”
As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus,
abraçando seus pés. Então Jesus disse a elas: “Não tenhais
medo. Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá
eles me verão”.
Quando
as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e
comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. Os
sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma
de dinheiro aos soldados, dizendo-lhes: “Dizei que os discípulos
dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós
dormíeis. Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos.
Não vos preocupeis”. Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de
acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se
entre os judeus, até o dia de hoje. - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): A
ressurreição do Senhor foi uma surpresa para os discípulos. Embora
tivessem sido alertados, ela os pegou desprevenidos. Daí a sensação
desencontrada de temor e alegria. Temor, porque se tratava de
avizinhar-se do mundo dos mortos, e as Escrituras proibiam,
terminantemente, qualquer prática deste tipo. Alegria, porque
renascia a esperança de reencontrar-se com o amigo querido, que
havia sido crucificado.
Quando
as mulheres, que tinham ido ao túmulo de Jesus, foram alertadas a
respeito da ressurreição, saíram, às pressas, para comunicar esta
notícia extraordinária aos discípulos. Este foi o início de uma
missão que haveria de varar os séculos e se espalhar pelo mundo
inteiro. A ressurreição constitui o âmago do anúncio evangélico,
que seria confiado como missão aos discípulos. De fato, estes se
caracterizam por sua condição de anunciadores da ressurreição.
Por
outro lado, independentemente de uma missão específica, quem se
encontra com o Ressuscitado não consegue conservar apenas para si
esta experiência que provoca uma reviravolta na existência
humana. A ressurreição do Senhor oferece ao discípulo uma nova
perspectiva de vida. Porque Jesus ressuscitou, vale a pena viver,
apesar das derrotas e dos fracassos, uma vez que ele se tornou penhor
de vida e esperança. É preciso sempre anunciar isto ao mundo!
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE ABRIL:
Intenção
Universal: Ecologia e justiça - Para que os
governantes promovam o respeito pela criação e uma justa
distribuição dos bens e dos recursos naturais.
Intenção
para a Evangelização: Esperança
para quem sofre - Para
que o Senhor Ressuscitado encha de esperança o coração daqueles
que experimentam a dor e a doença.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição
e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação,
como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande
Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC 22).
Os
Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois
do Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º
e 7º Domingos da Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal
formam a Oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do
Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído pelo domingo seguinte
a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre quaisquer
outras celebrações.
Qualquer
solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a
oitava da Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se
seguir a oitava. As festas celebram-se segundo a data do calendário;
quando ocorrerem em domingo do Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se
o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar
por todo o Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de
Pentecostes, e acende-se em todas as Missas dominicais.
O
Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e
solenidade daAscensão do Senhor.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
www.catolicoscomjesus.com
– catolicoscomjesus@gmail.com
Crendo
e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano