JESUS
ENTRA TRIUNFALMENTE EM JERUSALÉM
Naquele
tempo, Jesus aproximou-se de Jerusalém e disse a dois dos seus
discípulos: “Ide à aldeia que está a vossa frente e logo
encontrareis uma jumenta e o seu jumentinho com ela. Desamarrai-os e
me tragam. Se vos disserem alguma coisa, respondei que o Senhor
precisa deles e logo os deixarão trazer”.
Os
discípulos fizeram como Jesus lhes ordenou. Trouxeram a jumenta e o
jumentinho, estenderam suas vestes sobre eles e montaram Jesus.
Muita
gente estendia no caminho suas vestes; outros cortavam ramos de
árvores e punham sobre a estrada. E toda a multidão aclamava Jesus,
dizendo: “Bendito o que vem em nome do Senhor”.
JESUS
CHORA SOBRE JERUSALÉM
À
vista da cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: “Ai! Se ao menos
neste dia soubesses reconhecer aquele que seria a tua salvação!
Dias virão em que os teus inimigos hão de te cercar por todos os
lados, te destruirão completamente junto com os que se abrigam
dentro de teus muros e não deixarão pedra sobre pedra porque não
soubeste aproveitar o tempo da salvação”.
No
dia seguinte, mostrando o templo e suas construções aos discípulos,
disse-lhes: “Vedes este grandioso edifício? Em verdade vos digo:
não ficará pedra sobre pedra”.
JESUS
CELEBRA A ÚLTIMA PÁSCOA
Na
véspera da sua paixão, à tarde, Jesus pôs-se à mesa com os
discípulos para comer o cordeiro pascal. A certo momento,
levantou-se, colocou água numa bacia e começou a lavar os pés dos
discípulos e a enxugá-los com uma toalha. Chegando a vez de Simão
Pedro, este disse-lhe: “Senhor, vós irás lavar os meus pés?”.
Jesus
respondeu: “O que eu faço tu não o sabes agora, mas irás saber
depois”. Disse-lhe Pedro: “Não permitirei que o faças”. Jesus
respondeu: “Neste caso, não terás parte comigo”. Disse-lhe
Simão Pedro: “Senhor, se é assim, então não me laveis só os
pés, mas também as mãos e a cabeça”.
JESUS
ENTRA TRIUNFALMENTE EM JERUSALÉM
Naquele
tempo, Jesus aproximou-se de Jerusalém e disse a dois dos seus
discípulos: “Ide à aldeia que está a vossa frente e logo
encontrareis uma jumenta e o seu jumentinho com ela. Desamarrai-os e
me tragam. Se vos disserem alguma coisa, respondei que o Senhor
precisa deles e logo os deixarão trazer”.
Os
discípulos fizeram como Jesus lhes ordenou. Trouxeram a jumenta e o
jumentinho, estenderam suas vestes sobre eles e montaram Jesus.
Muita
gente estendia no caminho suas vestes; outros cortavam ramos de
árvores e punham sobre a estrada. E toda a multidão aclamava Jesus,
dizendo: “Bendito o que vem em nome do Senhor”.
JESUS
INSTITUI A SAGRADA EUCARISTIA
Depois
da refeição, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos
discípulos, dizendo: “Tomai e comei. Isto é o meu Corpo que é
dado por vós”.
Da
mesma forma, tomou o cálice, deu graças e o entregou aos
discípulos, dizendo: “Tomai e bebei todos vós. Isto é o meu
Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança que será derramado por
vós e por todos os homens para a remissão dos pecados. Fazei isto
em minha memória”.
Jesus
cumpriu assim a promessa que fizera, quando disse: “Eu sou o pão
vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O
pão que vos darei é a minha própria carne para a vida do mundo. A
minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue está em mim e eu nele”.
JESUS
DECLARA A TRAIÇÃO DE JUDAS
Durante
a ceia, Jesus disse: “Em verdade vos digo: um de vós há de
entregar-me”. Os discípulos começaram a olhar uns para os outros,
perguntando entre si qual deles faria tal coisa. João, o discípulo
predileto, estava encostado sobre o lado de Jesus.
Simão
Pedro perguntou-lhe por sinais: “De quem ele fala?”. João
reclinou-se sobre o peito de Jesus e perguntou-lhe: “Senhor, quem
será?”. Jesus respondeu: “Será aquele a quem eu der um pedaço
de pão molhado”. E, molhando o pão, entregou-o a Judas
Iscariotes. Este disse: “Por ventura serei ei, Mestre?”. Jesus
respondeu-lhe: “Tu o disseste! O que tiverdes que fazer, faça-o
depressa”.
Como
Juda tinha uma bolsa, alguns julgaram que Jesus lhe dissera: “Compra
o que for preciso para o dia da festa” ou “Dá algo aos pobres”.
Judas engoliu o pedaço de pão e Satanás tomou posse dele. Saiu
imediatamente. Já era noite.
O
apóstolo Judas foi encontrar-se com os príncipes dos judeus e
disse-lhes: “O que me dais se vos entregar Jesus”. Ofereceram-lhe
trinta moedas e ele aceitou.
JESUS
NO JARDIM DAS OLIVEIRAS
Saindo
do Cenáculo, Jesus atravessou a torrente do Cedron e dirigiu-se, com
seus discípulos, para o monte das Oliveiras.
Chegando
a um lugar chamado Getsêmani, onde havia um jardim, entrou nele com
os discípulos e disse-lhes: “Sentai-vos aqui enquanto eu vou
orar”.
Levou
consigo Pedro, Tiago e João e disse-lhes: “A minha alma está
triste até à morte. Ficai aqui e vigiai comigo”. Depois, andou um
pouco, pôs-se de joelhos e orou, dizendo: “Pai, se for possível,
afasta de mim este cálice! Mas seja feita a vossa vontade e não a
minha”.
Depois
de orar assim por três vezes, apareceu-lhe um anjo do céu para o
consolar. Jesus, prolongando a sua oração, caiu em agonia e começou
a suar sangue que escorria até o chão.
Depois
voltou para junto dos três apóstolos, que estavam dormindo. Jesus
disse-lhes: “Vamos, levantai-vos! Já está perto aquele que me
traiu”.
A
PRISÃO DE JESUS
Jesus
ainda estava falando quando chegou Judas com um grupo de soldados e
servos. Todos traziam lanternas e archotes, espadas e varapaus. O
traidor tinha-lhes dito: “Será aquele que eu beijar. Prendei-o”.
Judas
aproximou-se logo de Jesus e disse: “Mestre, eu vos saúdo”. E
deu-lhe um beijo na face. Jesus disse-lhe: “Meu amigo, que vieste
fazer? Judas, é com um beijo que entregas o Filho do Homem?”.
Então
Jesus disse aos que acompanhavam Judas: “A quem procurais?”. Eles
responderam: “A Jesus de Nazaré”. Jesus disse-lhes: “Sou eu”.
E logo caíram por terra. Jesus perguntou-lhe outra vez: “A quem
procurais?”. Eles repetiram: “A Jesus de Nazaré”. Jesus
respondeu: “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que buscais,
deixai que estes se vão”. Então puseram as mãos em Jesus e o
prenderam.
JESUS
PROÍBE A RESISTÊNCIA
Vendo
isto, os discípulos perguntaram: “Senhor, e se os feríssimos à
espada?”. Sem esperar a resposta, Simão puxou a espada, feriu
Malco, servo do sumo-sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita.Jesus
disse: “Basta!”. E, dirigindo-se a Pedro, disse: “Coloca a
espada na bainha porque quem com o ferro mata, com o ferro será
morto. Julgas que eu não poderia pedir a meu Pai e ele não me
enviaria mais de doze legiões de anjos? Mas como se cumpririam as
Escrituras, que anunciam que assim deve acontecer? Não hei de beber
o cálice que o Pai me deu?”.
E,
tocando a orelha de Malco, a curou.
Depois
Jesus disse aos príncipes dos sacerdotes, aos magistrados do templo
e aos anciãos: “Viestes armados de espadas e varapaus para me
prender, como se faz a um ladrão. Todos os dias eu estava sentado
entre vós, ensinando no templo e não me prendestes. Mas é esta a
vossa hora, a hora do poder das trevas. Tudo isto aconteceu para que
se cumprissem as palavras dos profetas”.
Então
os discípulos o abandonaram e fugiram. Só Pedro e João o seguiram
de longe.
O
SINÉDRIO CONDENA JESUS À MORTE
Os
soldados levaram Jesus preso ao palácio do sumo-sacerdote Caifás,
onde estava reunido o Sinédrio.
Os
príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum falso
testemunho contra Jesus, para o entregarem à morte, mas nada
encontravam, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por
fim, apareceram duas que declararam: “Ouvimos ele dizer: ‘Posso
destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias. Destruirei
este templo, feito pela mão do homem e em três dias edificarei
outro que não será feito pela mão do homem”. Mas as testemunhas
não eram concordes.
Então
o sumo-sacerdote levantou-se e, em pé, no meio do Sinédrio, disse a Jesus: “Nada respondes aos que depõem contra ti?”. Mas Jesus
permaneceu em silêncio e nada respondeu.
Então o sumo-sacerdote
disse: “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se és o Cristo,
o Filho do Deus Altíssimo”.
Jesus respondeu: “Sou eu”. Então
o sumo-sacerdote rasgou as vestes, dizendo:“Blasfemou! Que
necessidade temos de mais testemunhas? Acabais de ouvir a blasfêmia!
Que vos parece?”. Responderam: “É réu de morte!”.
PEDRO
NEGA O SENHOR TRÊS VEZES
Simão
Pedro, que tinha seguido Jesus de longe, entrou no átrio do palácio
e sentou-se com outros perto de uma fogueira, a aquecer-se. Então a
criada que abriu-lhe a porta aproximou-se dele e disse: “Tu também
andavas com Jesus da Galiléia”. Pedro negou diante de todos,
dizendo: “Não era eu, mulher. Eu não o conheço, nem sei do que
falas”. No mesmo instante o galo cantou.
Pouco
depois, enquanto se dirigia para a porta, outra criada reparou ele e
disse aos que o cercavam: “Este também estava com Jesus de
Nazaré”. Pedro protestou pela segunda vez, jurando: “Não! Eu
não conheço esse homem!”.
Passada
quase uma hora, outro veio confirmar as suspeitas, afirmando:
“Certamente este estava com ele pois é galileu!”. Os assistentes
se aproximaram e disseram-lhe: “Não há dúvidas! Também
pertenceis a eles! Até se percebe pela fala!”.
Um
dos servos do sumo-sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a
orelha, disse-lhe: “Então eu não te vi com ele no jardim?”.
Ainda desta vez Pedro negou, protestou e jurou: “Não conheço esse
homem de quem falais”.
Ele
ainda falava quando o galo cantou pela segunda vez. Nesse instante,
Jesus virou-se e bateu o olhar em Pedro. Então o apóstolo
lembrou-se da palavra que o Mestre lhe dissera: “Antes que o galo
cante duas vezes, tu me negarás três vezes!”. Pedro saiu do
palácio e chorou amargamente.
JESUS
É RIDICULARIZADO E MALTRATADO
Os
criados que estavam guardando Jesus começaram a ridicularizá-lo e a
maltratá-lo. Uns cuspiam-lhe no rosto e o feriam a punhaladas;
outros vendavam-lhe os olhos e davam-lhe bofetadas, dizendo:
“Profetiza agora, Cristo: quem te bateu?”. E acrescentavam muitos
outros ultrajes.Logo ao raiar do dia, os anciãos do povo, os
príncipes dos sacerdotes e os doutores da Lei se reuniram e
decidiram entregar Jesus à morte.
Então
Judas sentiu o remorso de o haver traído e foi devolver as trinta
moedas de prata ao Sinédrio, dizendo: “Pequei ao entregar sangue
inocente”. Eles responderam: “E o que isso nos importa?. Judas
arremessou o dinheiro no templo e, retirando-se, enforcou-se numa
árvore.
JESUS
NA PRESENÇA DE PILATOS
Os
judeus levaram Jesus da casa de Caifás ao Pretório para o
entregarem a Pôncio Pilatos, governador romano da Judéia.
Pilatos
saiu do Pretório e perguntou aos judeus: “Que acusação
apresentais contra este homem?”. Eles responderam: “Estava
sublevando a nossa nação, proibindo de pagar o tributo a César e
dizendo que ele é o Cristo Rei”.
Pilatos
tornou a entrar no Pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: “És tu
o rei dos judeus?”. Jesus respondeu: “Dizes isto por ti mesmo ou
foram os outros que te falaram sobre mim?”. Pilatos respondeu:
“Acaso eu sou judeu? A tua nação e os príncipes dos sacerdotes é
que te entregaram nas minhas mãos. O que fizeste?”. Jesus
respondeu:
“O
meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo,
certamente os meus soldados se esforçariam para que eu não fosse
entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
Então
Pilatos disse-lhe: “Logo, tu és rei”.
Respondeu
Jesus: “Tu o dizes: eu sou rei”. Então Pilatos foi ter com os
judeus e disse-lhes: “Não encontro nele crime algum”. Os
príncipes dos sacerdotes e os anciãos apresentavam toda espécie de
acusações contra ele, mas Jesus não respondeu nada.
PILATOS
QUER LIBERTAR JESUS
Tendo
chamado os príncipes dos sacerdotes, os magistrados e o povo,
Pilatos disse-lhes: “Apresentaste-me este homem como perturbador.
Interroguei-o na vossa presença e não encontrei nenhuma das culpa
de que o acusais. Vou soltá-lo depois de o castigar”.
Havia um
preso famoso chamado Barrabás. Era um ladrão e assassino, preso por
ter cometido homicídio num motim.
Quando a multidão se juntou,
Pilatos perguntou: “A quem quereis que eu solte: Barrabás ou Jesus
chamado o Cristo”.
Os
príncipes dos sacerdotes incitaram o povo a pedir a libertação de
Barrabás e pedir a morte de Jesus. O governador, falando outra vez,
disse: “Qual dos dois quereis que eu solte?”.
O povo gritou:
“Queremos Barrabás”. Pilatos, que desejava libertar Jesus,
disse: “O que farei com Jesus, chamado o Cristo?”. Gritaram:
“Crucifica-o! Crucifica-o!”.
Pilatos
disse-lhes ainda: “Mas que mal ele fez? Não encontro nele causa
alguma de morte”. Mas os judeus gritavam cada vez mais:
“Crucifica-o! Crucifica-o!”.
JESUS
É FLAGELADO E COROADO DE ESPINHOS
Pilatos,
vendo que nada conseguia, mandou vir água e lavou as mãos diante da
multidão, dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo! A vós
pertence toda a responsabilidade!”.
O povo gritou: “Que caia o
seu sangue sobre nós e nossos filhos”. Cedendo às exigências,
Pilatos soltou Barrabás e mandou flagelar Jesus.
Em
seguida, os soldados levaram Jesus para o Pretório, despojaram-no de
suas vestes e puseram-lhe sobre os ombros um manto escarlate; teceram
uma coroa de espinhos e enterraram-na em sua cabeça; colocaram-lhe
uma cana na mão direita e, dobrando o joelho, ridicularizavam-no,
dizendo: “Salve, ó rei dos judeus”.
Cuspiam-lhe na face e,
tirando-lhe a cana da mão, batiam-lhe com ela na cabeça. Depois,
davam-lhe bofetadas.
JESUS
É CONDENADO À MORTE
Então
Pilatos mandou levar Jesus à presença do povo, com a coroa de
espinhos e o manto púrpura.
E disse aos judeus: “Eis aqui o
homem”. Mas logo que o viram, os judeus gritaram: “Crucifica-o!
Crucifica-o”. Disse-lhes Pilatos: “Tomai-o vós e crucifiquem-no
porque eu não encontro nele crime algum”.
Responderam-lhe os
judeus: “Se o soltas, não és amigo de César”.Aterrado, Pilatos
pronunciou a sentença de morte e entregou Jesus aos judeus, para que
o crucificassem.
JESUS
É CRUCIFICADO
Depois
de tornarem a vesti-lo com suas vestes, os soldados levaram Jesus
para ser crucificado. Carregando a sua cruz, Jesus saiu da cidade a
caminho do monte Calvário, também chamado Gólgota.
Com ele
seguiam outros dois condenados, dois malfeitores, destinados ao
suplício.
Pelo
caminho, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, que voltava
do campo e o obrigaram a levar a cruz atrás de Jesus.
No
Calvário, Jesus foi crucificado, entre os dois ladrões, um à sua
direita e o outro à sua esquerda. E Jesus orava: “Pai, perdoai-os
pois não sabem o que fazem”.
Os
soldados dividiram entre si as vestes de Jesus, tirando a sorte. Como
a túnica era uma peça única, lançaram a sorte para ver a quem
cabia.
Junto
à cruz do Senhor estava Maria, sua Mãe, e o apóstolo João. Jesus
disse à Mãe: “Mulher, eis aí o teu filho”. Depois disse ao
discípulo: “Eis aí a tua Mãe”. E a partir daquele momento o
discípulo tomou Maria consigo.
Depois
Jesus disse: “Tenho sede!”. Um dos soldados molhou a esponja em
vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e chegou-a aos lábios de
Jesus. Após provar o vinagre, Jesus disse: “Tudo está
consumado!”.
Em seguida, exclamou em alta voz: “Pai! Nas
vossas mãos entrego o meu espírito”.
Depois
destas palavras, inclinou a cabeça e expirou.
Imediatamente a
terra tremeu, os rochedos racharam, os túmulos se abriram e muitos
mortos ressuscitaram.
O
centurião e os soldados que estavam de guarda disseram:
“Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus!”.
Ao
anoitecer, um dos soldados traspassou com a lança o lado de Jesus. E
logo saiu sangue e água.Pouco depois, dois homens piedosos e
estimados, José de Arimateia e Nicodemos, desprenderam da cruz o
corpo do Senhor.
Envolveram-no em um lençol de linho fino e o
colocaram em um sepulcro novo, aberto no rochedo.
Rolaram uma grande
pedra sobre a entrada do sepulcro.
Os judeus selaram a pedra e
puseram soldados a guardar o sepulcro.
Na
aurora do terceiro dia, Jesus ressuscitou dentre os mortos e saiu
glorioso do túmulo.De repente, sentiu-se um grande tremor de terra.
Do céu desceu um anjo que rolou a pedra do túmulo para o lado e se
sentou em cima dela.
O seu rosto brilhava como um relâmpago e os
seus vestidos eram brancos como a neve. À vista do anjo, os guardas
foram tomados pelo medo e caíram como mortos.
JESUS
APARECE ÀS SANTAS MULHERES
Ao
raiar do sol, algumas mulheres piedosas foram ao sepulcro para
embalsamar o corpo de Jesus. Quando lá chegaram, viram a pedra que o
fechava afastada para o lado.
O anjo disse-lhes: “Procurais a Jesus
de Nazaré que foi crucificado? Ressuscitou! Não está mais aqui!
Ide dizer aos discípulos”.
Quando
regressavam, apareceu-lhes Jesus e disse: “Eu vos saúdo!”.
Cheias de alegria, prostraram-se para o adorar.
JESUS
APARECE AOS DISCÍPULOS DE EMAÚS
Nesse
mesmo dia, dois discípulos seguiam para uma aldeia chamada Emaús e
iam falando sobre os acontecimentos dos três últimos dias.
Jesus
aproximou-se deles, mas não o reconheceram. Perguntou Jesus: “Que
conversas são essas e por que estais tão tristes?”.
E eles
contaram-lhe. Então Jesus começou a instruí-los nestas palavras:
“Não era preciso que o Cristo sofresse tais coisas para entrar na
sua glória?”. E explicou-lhes o que dele havia sido dito em todas
as Escrituras.
Quando
chegaram a Emaús, pareceu-lhes que Jesus ia para mais longe. Por
isso disseram-lhe: “Ficai conosco porque já é tarde e o dia se
encerra”.
Jesus entrou com eles na hospedaria e, estando com eles à
mesa, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu. Então seus olhos se
abriram e puderam reconhecê-lo. Mas Jesus desapareceu imediatamente.
JESUS
APARECE AOS APÓSTOLOS NO CENÁCULO
Estando
os apóstolos e os discípulos reunidos em Jerusalém, numa sala à
portas fechadas, Jesus entrou de repente e disse-lhes: “A paz
esteja convosco! Assim como o Pai me enviou também eu vos
envio”.
Depois destas palavras, soprou sobre eles, dizendo: “Recebam
o Espírito Santo! Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão
perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos”.
JESUS
DESIGNA PEDRO PARA CHEFE DA IGREJA
Um
dia, Jesus manifestou-se a sete discípulos junto do lago de
Genesaré. E disse a Pedro: “Simão, filho de Jonas, tu me amas
mais do que estes?”.
Pedro respondeu: “Sim, Senhor, vós sabeis
que eu vos amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta os meus
cordeiros”.
Jesus perguntou pela segunda vez: “Simão, filho
de Jonas, tu me amas?”. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, vós
sabeis que eu vos amo”.
Jesus disse-lhe: “Apascenta os meus
cordeiros”.
Perguntou ainda pela terceira vez: “Simão, filho de
Jonas, tu me amas?”. Pedro ficou triste porque Jesus perguntara-lhe
pela terceira vez: “Tu me amas?”.
E respondeu: “Senhor, vós
sabeis tudo, bem sabes que eu te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta
as minhas ovelhas”.
ASCENÇÃO
DE JESUS
Quarenta
dias depois da ressurreição, Jesus apareceu mais uma vez aos
apóstolos no Cenáculo, em Jerusalém. E disse-lhes: “Ide pelo
mundo inteiro e ensinai todas as nações.
Batizai-as em nome do Pai
e do Filho e do Espírito Santo”.
Depois
levou-os ao monte das Oliveiras e, erguendo as mãos, abençoou-os.
Enquanto os abençoava, subiu ao céu.
Os apóstolos estavam a vê-lo
subir quando dois anjos vestidos de branco apareceram e lhes
disseram: “Este Jesus tornará a descer do céu da mesma forma como
o vistes subir”.
Os
apóstolos voltaram para Jerusalém repletos de alegria.
O
ESPÍRITO SANTO DESCE SOBRE OS DISCÍPULOS
Reunidos
no Cenáculo, em Jerusalém, os discípulos de Jesus passaram nove
dias inteiros em oração. O décimo dia era o Pentecostes dos
judeus.De repente, ouviu-se do céu um ruído semelhante ao de uma
tempestade, que encheu toda a casa.
Ao mesmo tempo, apareceram umas
línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles. E todos começaram
a falar em línguas estrangeiras.
Ouvindo
o ruído, muita gente acorreu até aquela casa. Pedro começou a
falar: “Homens de Israel, ouvi! Este Jesus de Nazaré, que vós
crucificastes, ressuscitou dos mortos. E eis que nos enviou o
Espírito Santo”.
Muitos
dos judeus pediram então o batismo. Eram quase três mil.
A
IGREJA ESPALHA-SE POR TODO O MUNDO
Depois
do Pentecostes, os apóstolos pregaram o Evangelho, primeiro aos
judeus, depois aos pagãos. Muitos acolheram a doutrina de Jesus e
passaram a se chamar cristãos.
A
Igreja de Jesus Cristo foi se espalhando diariamente pelo mundo. É
assim que a Igreja Católica existe há vinte séculos. Aumentará
cada vez mais e não terminará nunca. Esta foi a promessa feita por
Jesus Cristo, seu divino fundador, aos apóstolos:“Eu
estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos!”.
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