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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Homilia do 29º Domingo do Tempo Comum - 16 de outubro de 2016

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP


“Deus fará justiça aos que gritam por Ele”

Leituras: Êxodo 17, 8-13; Salmo 120 (121), 1-2.3-4.5-6.7-8 (R. cf. 2); Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 2, 14-4,2; Lucas 18, 1-8.

COR LITÚRGICA: VERDE

Animador: Nesta páscoa semanal Jesus nos revela o cuidado que Deus tem com seus eleitos, e nos ensina que é necessário orar sempre, sem desanimar. Pois quem permanece em oração vive como discípulo, capaz de perceber no cotidiano da vida a presença misericordiosa da Deus. Deus não nos atende conforme pedimos, mas conforme necessitamos, pois Ele sabe a seu tempo o que é melhor para nós. Rezar sempre, sem desanimar, porque só é duradouro aquilo que se cultiva todos os dias. Que sejamos homens e mulheres orantes.


1. Situando-nos
Continuamos, com Jesus, nosso caminho rumo a Jerusalém. Lucas insiste muito no caminho: caminho para uma meta, caminho novo, caminho diferente. Vamos, há vários domingos, abrindo este caminho com Jesus. Este caminho tem seus riscos e perigos para a via de quem o trilha. Mas sustenta na caminhada uma certeza que hoje Jesus nos dá: a certeza da justiça divina para quem pedi-la insistentemente.

Lemos os textos deste domingo na ótica da oração, da perseverança na Palavra recebida do Senhor. Para o cristão, rezar deve ser tão habitual como para todas as pessoas é o falar. Contudo, a condição para a oração é a fé. Só quem acredita na justiça de Deus, na força de sua presença, ficará de mãos estendidas ao alto como Moisés durante a batalha.

2. Recordando a Palavra
O livro do Êxodo nos traz a batalha de Rafidim, em que os israelitas saem para conhecer os amalecitas que os vieram atacar. Trata-se de um povo descendente de Amalec, neto de Esaú (Gn 36, 12-16). Povo nômade que assaltava outros grupos no deserto. É de notar ainda que este texto contém a primeira menção ao nome de Josué, apresentado como chefe do exército israelita.

Moisés manda os guerreiros para a luta e diz que, na hora da batalha, estará de pé, na montanha, com o cajado, o bastão de Deus, na mão.

Assim, Deus age motivado pela oração de Moisés e faz Israel vencer. Quando, porém, Moisés baixa as mãos e deixa de rezar, a sombra da derrota atinge o povo. Ou seja, a força de Israel não está nos guerreiros que participam da batalha contra os amalecitas, mas na atividade orante de Moisés. Este bastão não é uma “varinha mágica” dos contos de fada, mas é o sinal de que Moisés é o líder, o chefe do povo. Sem a oração, sinalizada pelas mãos erguidas, o povo não obtém a vitória. Não basta somente a luta como não basta somente a oração. As duas coisas devem ser simultâneas: o lutar e o rezar. Quanto a luta do dia a dia acontece com a ajuda da oração, Deus favorece nossa vitória.

A Carta de Timóteo o exorta a ter sempre presente a Sagrada Escritura, que ele conhece desde sua infância. O autor, quando fala da Sagrada Escritura, está se referindo ao Antigo Testamento, que os judeus aprendiam desde os cinco anos de idade. Mas há algo novo: as Escrituras devem ser lidas com fé e desde a fé em Jesus Cristo. Assim elas se tornam sabedoria de Deus que conduz à salvação.

É bom lembrar que nós, cristãos, lemos o Antigo Testamento não sob a ótica judaica, mas desde Jesus Cristo, que lhe dá pleno sentido e cumprimento. Temos a Tradição da Igreja, que nos ajuda a fazer uma leitura correta e plena da Escritura revelada. O primeiro dever de Timóteo como o de todo o cristão, sobretudo dos que receberam a imposição das mãos, é pregar o Evangelho.

No Evangelho desse domingo Jesus toca num tema que então preocupava muito as pessoas: a vinda do Reinado de Deus. Jesus não procura empurrar a questão para o além, mas insiste em levarmos mais a sério o muno que temos, fazendo com que nele seja realidade o Reinado de Deus.

Lucas põe uma espécie de moldura na parábola: diz que ela foi contada por Jesus para mostrar a necessidade de rezar sempre, sem desistir. Desse modo, podemos ler a parábola com duas figuras centrais: a viúva (ótica de Lucas) ou o juiz (ênfase de Jesus).

As viúvas, no tempo de Jesus, eram pessoas que não tinham ninguém por elas. A viúva apresentada no Evangelho está sozinha. Por isso seu único meio de lutar pelo que é de seu direito (provavelmente alguma dívida a ser paga) é a insistência com o juiz. Pela insistência, que chega a aborrecer o juiz, ela recebe o que pedia: justiça. Olhando mais para a figura do juiz, que não temia a Deus e não respeitava homem algum, nos deparamos com o lado divino da oração.

Deus não é insensível. Se até um homem insensível a Deus e às pessoas atende um pedido feito com insistência, quanto mais Deus, que nos ama, é bom e nos escuta. E Jesus acrescenta: será que Deus vai fazer esperar a quem grita a Ele de dia e de noite? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa!

É preciso ampliar a compreensão de fazer justiça. Justiça é sinônimo de salvação. Receber a justiça de Deus para quem lhe foi fiel, significa receber a salvação de Deus. Vimos no texto que Deus é juiz, como Ele toma partido pelo que sofre perseguição e injustiça. Deus não é um juiz tal qual conhecemos, que analisa processos e dita sentenças pretendendo imparcialidade. Deus é juiz por ser parte interessada nos valores do Reino e porque toma partido por aquele que trabalha por esses valores e, por causa disso, é injustiçado pelo mundo.

Jesus dá uma lição clara - se até um juiz injusto atende os pedidos insistentes da viúva, quanto mais Deus vai atender os pedidos daqueles que Ele ama! Se a persistência da viúva alcança o seu objetivo, quanto mais a oração persistente do discípulo, diante de um Deus gracioso: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por Ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu lhes digo que Deus fará justiça para eles, e bem depressa” (v 7.

Aqui o texto nos faz lembrar um dos temas centrais de toda a Bíblia - o grito do oprimido e a resposta de Deus. É um tema constante, passando pelas páginas bíblicas desde Êxodo 3. Assim, a questão decisiva não é se Deus fará ou não justiça às comunidades oprimidas - é óbvio que vai! A pergunta a ser respondida se formula no versículo 8, que já foi citado: “O Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra?”

O problema não é Deus, mas os discípulos - será que os discípulos de Jesus ficarão fiéis a Ele durante a longa espera até a sua segunda vinda? Para que tenham forças para vencer, então é necessário que eles rezem constantemente e com fé. Essa mesma ideia se faz presente no fim da Oração do Senhor: “Não nos deixes cair em tentação” (Lc 11, 4). Lá também, Jesus ensinou que a comunidade deve pedir o dom da fé e da perseverança, para não desanimar diante dos problemas da vida.

É muito atual esse ensinamento de Jesus. Em uma época de tanto desânimo, tanta falta de perspectivas, quando se chega a falar no “fim das utopias”, devemos sempre rezar para que não sucumbamos à tentação do desânimo e do desespero, de não acreditar na força do “grão da mostarda”, de desacreditar na presença do Reino. O Evangelho de hoje, aplicado a nós, existe para mostrar-nos: “a necessidade de rezar sempre, sem nunca desistir” (v. 1). Cabe a nós praticá-lo!

Mais importante que ter nossas orações “atendidas”, é ter nossa fé viva. Não olhemos para a falta de fé dos outros, do mundo, da sociedade. Perguntemo-nos: tenho fé que me mantenha firme em meio às adversidades do caminho?  

3. Atualizando a Palavra
O texto do livro do êxodo e do Evangelho de Lucas têm grande relação. Através deles emerge a imagem de um Deus diferente daquele que às vezes imaginamos. O Deus da Bíblia não é ocioso ou desinteressado pelos seres humanos. É um Deus associado com a tarefa criativa e renovada da humanidade. Devemos ter a mesma consciência que o povo judaico retratado na primeira leitura: os triunfos e sucessos que temos na vida não se devem às nossas forças, mas à ajuda e ao poder do Senhor. Esta ajuda representa a ação de Deus em nossa vida cotidiana. No entanto, ela só acontece se, como Moisés, estivermos com as mãos erguidas para o alto.

Normalmente é nessa posição que rezamos a oração das orações: o Pai-Nosso. Colocar as mãos ao alto é confiar-se totalmente em Deus. Um exemplo: quando há um assalto ou a polícia aborda pessoas suspeitas, qual é a primeira ordem que se dá? “Mãos ao alto!”. Quem está com as mãos ao alto está indefeso, desarmado, frágil e vulnerável. É essa atitude da pessoa orante: ela se desarma, voluntariamente, de suas forças para confiar na força de Deus.


O modelo de oração que Jesus nos propõe é mais amplo: colocar a vida nas mãos de Deus, como a viúva colocou sua causa, que era para ela fundamental, nas mãos do juiz. Para que a oração recitada por nossos lábios seja autêntica, têm que ser a expressão de nossa maneira real de sermos cristãos. Essa maneira real de ser, que se expressa em nossa petição, é uma existência dependente de Deus.

Só quando o ser humano, vencidas todas as autossuficiências, sente-se existencial e realmente dependente de Deus, só então está em condições. De poder exteriorizar honestamente sua própria realidade, sua necessidade de Deus. Ao mesmo tempo, orar é aceitar-nos a nós mesmos, reconhecer e fazer tudo quanto podemos realizar com a graça de Deus. Por isso, rezamos na medida em que nos esforçamos para viver a vontade de Deus.

Por meio do Documento 100 da CNBB, os bispos nos alertam: “A verdadeira celebração e a oração exigem conversão e não criam fugas intimistas da realidade, ao contrário, remetem à solidariedade e à alteridade. Infelizmente, muitas experiências de oração se desenvolvem sem essa dimensão. Pela oração superam-se o desânimo e o cansaço diante da missão” (CNBB. DOC, 100, n.279). Santo Agostinho, em um de seus sermões, diz que se a fé fraqueja, a oração padece. A fé é a fonte da oração. Assim como não pode nascer o rio de uma fonte seca, não pode haver oração por parte de uma pessoa sem fé.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
A maior e mais perfeita oração que temos é a Eucaristia. Nela nos encontramos em comunhão com o Senhor da maneira mais perfeita que nossa condição humana permite: na Palavra ouvida e no Corpo e Sangue recebidos do Senhor. Muitas vezes as pessoas pensam não ter tempo para a celebração eucarística, porque têm muito a fazer. Colocar a Eucaristia em segundo plano é baixar os braços, é parar de insistir, é desistir de Deus.

É preciso que sintamos a força do mistério que celebramos, celebrando-o bem, de coração e celebrando-o sempre. O Documento de Aparecida, citando Bento XVI, afirma a centralidade eucarística na vida da Igreja e do mundo: “Só da Eucaristia brotará a civilização do amor que transformará a América Latina e o Caribe para que, além de ser o Continente da esperança, seja também o Continente do amor!” (DAp, n.128).

A Eucaristia tem uma dimensão fundamental na oração cristã: é ação litúrgica da comunidade e não de um indivíduo em particular. Somos uma assembleia convocada pelo Senhor: é Ele que nos constitui como seu povo. Somos os chamados que respondem ao apelo e reúnem-se para render graças ao Pai por seu Filho, Jesus Cristo.

Na celebração litúrgica, cantamos com o salmista que do Senhor é que vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e a terra. É de Deus que nos vem o socorro, a salvação. A Eucaristia é esse sacramento privilegiado, qual já experimentamos o socorro, a atuação de Deus em nossa vida.

Preces dos fiéis
Presidente: Bendigamos a Deus nosso Pai, que protege seus filhos e filhas e não despreza suas orações. Por isso, peçamos humildemente:
1. Senhor, pedimos por todo o clero, que firmes na fé, não deixe de anunciar a tua Palavra, mesmo quando perseguido.
Todos: Iluminai, Senhor, os nossos caminhos!
2. Senhor, pedimos por todos os governantes, que façam justiça em suas ações, priorizando os que mais necessitam.
3. Senhor, pedimos por aqueles e aquelas que sofrem, para que encontrem na oração a força para enfrentarem suas dores.
4. Senhor, pedimos por nossa comunidade, que pela oração constante seja firme na fé, na esperança e na caridade.
(Outras intenções)
Presidente: Senhor, que hoje nos ensinais a necessidade de rezar sempre, iluminai nossos caminhos através de nossas orações e conduzi nossas vidas nos teus caminhos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Dai-nos, ó Deus, usar os vossos dons servindo-vos com liberdade, para que, purificados pela vossa graça, sejamos renovados pelos mistérios que celebramos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Dai-nos, ó Deus, colher os frutos da nossa participação na Eucaristia para que, auxiliados pelos bens terrenos, possamos conhecer os valores eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

AGENDA DO BISPO DIOCESANO:
Dia 14 de outubro (sexta-feira): Visita e Almoço na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos – Pirassununga; Crisma – Santa Luzia – 19h30min – Padre Anderson – Cordeirópolis.

Dia 15/16 de outubro (sábado e domingo): Assembleia das Igrejas – Itaici, Indaiatuba, SP.

Dia 17/18/19 e 20 de outubro (quinta-feira): Atualização do Clero - São Pedro, SP.

Dia 21 de outubro (sexta-feira): Atendimento na residência episcopal 09h00 até 11h00; Crisma – Bom Jesus – Padre Antônio Marcos – Leme -19h30min.

Dia 22 de outubro (sábado): Crisma – Nossa Senhora das Dores – Padre Ocimar – Nova Odessa, SP – 19h00.

Dia 23 de outubro (domingo): Missa – 09h30min - DNJ –Basílica Santo Antônio de Pádua – Americana, SP.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.

Presidente: A paz de Deus, que supera todo entendimento, guarde seus corações e suas mentes no conhecimento do amor de Deus e de seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.
Todos: Amém.


Presidente: (Dá a benção despede a todos).

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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*Catequese com Adultos/ Paróquia Nossa Senhora do Rosário - Vila Tesouro - São José dos Campos - SP. * "Vida sim, aborto não!

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