DIOCESE
DE LIMEIRA
18
de junho de 2017
“Povo
chamado a ser sacerdote no serviço”
Leituras:
Êxodo 19,2-6ª; Salmo 99; Carta de São Paulos aos Romanos 5, 6-11;
Mateus 9, 36-10, 8
COR
LITÚRGICA: VERDE
Animador:
Irmãos e irmãs, a intervenção de Deus em nossa história
concretiza-se por meio daqueles que Ele chama e envia, para serem
sinais vivos do seu amor e testemunhas de sua misericórdia.
1.
Situando-nos brevemente:
É
muito difícil a compreensão das nossas assembleias eucarísticas
com relação ao tema do sacerdócio comum dos fiéis. Isto porque as
nossas catequeses não são bem preparadas também porque a grande
massa celebrativa parece não estar muito voltada à sua essência de
povo sacerdotal.
A
convicção de que somos um povo eleito (Sl 99,3) foge à compreensão
de muitos por motivos vários da experiência humana.
Ser
povo sacerdotal é estar em contínua cooperação com o sacerdócio
de Cristo. Ele dá sentido ao sacerdócio dos batizados, cada um com
suas capacidades de cooperação na Igreja. Ser povo sacerdotal é
ser povo que intercede uns pelos outros, serve à maneira de Cristo e
concelebra com Ele.
Com
diferenças especificas entre o sacerdócio ministerial, isto é, os
que são constituídos para serem diáconos, padres e bispos, o povo
de Deus – (as) leigos (as) – não estão distante na colaboração
da mediação de Cristo.
A
mesa da Palavra que a liturgia nos apresenta hoje é recheada de
“pratos” fartos de ingredientes salutares a fim de que a
comunidade celebrativa possa provar e se revigorar. É um “reino
sacerdotal” (Ex 19,6a), “um rebanho do Senhor” (Sl 99), “que
estamos justificados pelo sangue de Cristo” (Rm 5,9). A escolha
para o discipulado de Cristo, não foi e não é uma escolha dos
melhores da sociedade, mas ser discípulos de Jesus é crescer nele,
por Ele e para Ele.
Com
a coragem e o entusiasmo de conhecer Jesus Cristo, sua proposta de
viver o Reino já aqui na terra, dar testemunho dele é acolher os
que desejam experimentar seu amor, e sermos autênticos sacerdotes do
reino almejado pelo Senhor.
2.
Recordando a Palavra
A
fidelidade de Deus é eterna e imutável, e a narração do Livro do
Êxodo na primeira leitura nos garante esta presença fiel. Contudo,
sua fidelidade exige uma correspondência. Ele relembra o seu operar
na história de Israel com a libertação do Egito, convidando o povo
à fidelidade. Garante uma aliança, pois se a cumprirem tornar-se-ão
uma “propriedade”, uma pertença particular e por isso
tornar-se-ão “um reino sacerdotal” e “Nação santa”.
Dizendo isto, Deus, indica que o povo tornar-se-á um reino de
colaboradores, mediadores, consagrados ao seu serviço em prol de
muitos que estão longe de conhecê-lo, e por consequência, uma
“nação santa”, não uma nação qualquer, voltados à
perfeição.
Neste
prisma e, em vista do Ano Mariano que estamos celebrando, Maria é a
referência para a Igreja de como Deus atuou em sua vida.
Mãe
e Serva, ela é por excelência a síntese do povo fiel, “reino
sacerdotal”, “nação santa”. Pela sua maternidade divina, a
Virgem Maria foi constituída como “sacerdotisa do Senhor”, isto
é, aquela que participando de modo exemplar do único sacerdócio de
Cristo, como todos os cristãos o são, ela se coloca a serviço do
Reino Novo instaurado por seu Filho Jesus Cristo. É a medianeira,
intercessora sempre obediente a “tudo o que Ele disser” (Jo
2,11). Nela se resume a “nação santa”, a nova Jerusalém
restaurada e agraciada por Deus.
3.
Atualizando a Palavra
Reconciliado
com Deus pelo sangue de Cristo derramado por amor. Paulo nos recorda
a condição anterior de pecado, mas hoje livres, graças à
fidelidade de Deus, em Cristo a nosso favor. Esta reconciliação em
Cristo é imutável, cabendo a nós dar continuidade a esta ação
salvífica. Paulo nos questiona mediante a coragem de Cristo que por
amor se entregou à morte, e nós somos dispostos a fazer o mesmo
pelos irmãos.
O
risco do modismo ou de que a Igreja se torne uma ONG é grande, pois
à diferença de muitas entidades filantrópicas laicas, a Igreja de
Cristo se destaca pela coragem na restauração dos (as) irmãos
(as). É uma instituição divina e não humana, e, portanto, o seu
carisma é dar a vida pelo outro, seja santo ou pecador. Mais anda
pelos pecadores e por aqueles que não conhecem a graça de Cristo
Salvador.
Interessante
que no livro Missas de Nossa Senhora, n.14, para o Tempo da Quaresma
há uma liturgia com o título da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe
da Reconciliação. Nesta encontramos nos textos sagrados e, em
particular, o de 2Cor 5, 17-21, a súplica de Paulo à comunidade
cristã de deixar-se reconciliar com Deus. O Evangelho desta liturgia
é Maria aos pés da Cruz (Jo 19, 25-27). Tal liturgia mariana é
propícia à nossa reflexão, pois Maria é deixada por Cristo em seu
derradeiro testamento como a Mãe da Reconciliação, nela não se
encontra divisão, discórdia, é fiel do início ao fim da missão,
embora tenha passado por todos os percalços humanos, exceto o
pecado.
4.
Ligando a Palavra com ação litúrgica
A
Eucaristia é envio como indica o Evangelho de hoje no chamado dos
doze discípulos ao apostolado, pois devem ser compassivos, como o
próprio Jesus “vendo a multidão cansada e sem força”. Eis a
característica da Igreja: ser compassiva não com os fortes, mas com
aqueles – e não poucos – desfalecidos ao longo do caminho.
Na
missão dos discípulos há uma tarefa, um mandato do Senhor a ser
cumprido, um mandato do Senhor. Não é criar ao longo do caminho
novos mandatos, os abismos pessoais, mas o que Senhor determinou. E
o que Ele determinou? “Pregai que o reino dos céus está próximo.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sanai os leprosos, libertai
dos demônios”. O Reino de Deus se caracteriza pela cura! Cura da
alma e do corpo. Mas atentos, isto se faz não na onde do
curandeirismo, mas no amor. Este, por sua vez, evidencia pelo perdão,
reconciliação, acolhimento, oportunidade a qualquer um, embora o
evangelista Mateus tenha enfatizado o seu nacionalismo judaico.
Com
o Ano Mariano, o texto Maria, Rainha dos Apóstolos do livro Missas
de Nossa Senhora, n.17 e 18 nos educa a sermos comunidade de serviço
ao outro e não a nós mesmos.
Com
a Mãe do Senhor somos educados a pensar que o Reino já está no
nosso meio, não de coisas fantásticas e extraordinárias, mas nas
necessidades dos (as) irmãos (as) que precisam da tão almejada cura
nos mais variados gestos de solidariedade.
PRECES
Presidente:
Salvos por Cristo e reconciliados com o Pai, ao mesmo Pai podemos
dirigir nossos pedidos de filhos.
1.
Senhor que a Igreja, por meio da proclamação do Evangelho, saiba
oferecer às novas gerações razões sempre novas de vida e
esperança. Peçamos:
Todos:
Senhor,
faça-nos operários de tua messe.
2.
Senhor que as autoridades públicas de nosso país busquem o bem
comum do nosso povo, favorecendo o combate à corrupção e à
violência. Peçamos:
3.
Senhor que os missionários, especialmente aqueles que sofrem
perseguições por causa do anúncio do Evangelho, não percam a
coragem e a perseverança. Peçamos:
4.
Senhor, que nossa comunidade encontre na Eucaristia a força e a
coragem necessárias para o pleno cumprimento da tua vontade.
Peçamos:
(Outras
intenções)
Presidente:
Senhor, que poderia realizar diretamente a tua obra redentora no
mundo, mas quis necessitar de discípulos e discípulas que
proclamassem com fé tua Palavra, enviai cada vez mais operários à
tua messe para que em todo lugar Teu nome seja conhecido e
santificado. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
III.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Oração
sobre as oferendas:
Presidente:
Ó
Deus, que pelo pão e o vinho alimentais a vida dos seres humanos e
os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao
nosso corpo e à nossa alma. Por Cristo, nosso Senhor.
T.:
Amém.
Oração
depois da comunhão
Presidente:
Ó
Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos fiéis em
vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja.
Por Cristo, nosso Senhor.
T.:
Amém.
Agenda
do Bispo Diocesano:
Dia
17 de junho – sábado: Missa
– São Manoel – Leme – 10h00 – Padre Eduardo da Silva; Crisma
– Nossa Senhora de Guadalupe – 18h00 – Padre José Avelino,
Americana, SP.
Dia
18 de junho – domingo: Crisma
–Santa Teresinha do Menino Jesus – 10h00 – padre Marcos Neves,
Araras, SP.
Dia
20 de junho – terça-feira: Reunião
do Conselho Episcopal – 09h00min, na
Paróquia São Francisco de Assis, Rua Pirassununga, 675, Parque Novo
Mundo, em Americana, SP.
Dia
22 de junho – quinta-feira: Missa
no Seminário Maior São João Maria Vianney, às 18h00 em Campinas,
encerramento do semestre.
Dia
23 de junho – sexta-feira: Missa
com os restos mortais do Mons. Alberto Veloni, na Par. Sagrado
Coração de Jesus, às 09h30, e colocação em novo local na Igreja
matriz, Conchal, SP.
Dia
24 de junho – sábado: Crisma
– Nossa Senhora Aparecida, Pe. Antônio Ramildo, às 19h30, na
cidade de Cosmópolis, SP.
Dia
25 de junho – domingo: Missa
dos 50 anos das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, às 10h00, Matriz
Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, SP; e Missa de
Encerramento da 3ª. Etapa da Escólica no Centro Diocesano de
Limeira (CDL), às 16h00, Limeira, SP.
BÊNÇÃO
—
O Senhor esteja convosco!
—
Ele
está no meio de nós.
—
Ó
Deus, que vossa família sempre se alegre pela celebração dos
vossos mistérios e colha os frutos de sua redenção. Por Cristo,
nosso Senhor.
—
Amém.
—
Abençoe-vos
Deus todo-poderoso, Pai e Filho † e Espírito Santo.
—
Amém.
—
Ide
em paz, e o Senhor vos acompanhe.
—
Graças
a Deus!