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terça-feira, 12 de outubro de 2021

História da devoção a Nossa Senhora Aparecida

 


A Mãe de Jesus merece dos cristãos um carinho especial e a devoção por ela se manifesta em todos os lugares, venerada sob os mais diferentes títulos e em muitas igrejas – desde modestas capelas a imponentes santuários.

Em nosso país, ela é venerada como Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A devoção popular que se iniciou em 1717, quando a imagem foi encontrada no Rio Paraíba do Sul, foi crescendo e atingindo todas as regiões brasileiras, tornando-se o maior movimento religioso do país.

Aquela imagem pequenina, despojada de tudo, foi aos poucos se tornando objeto de especial veneração do povo brasileiro. Os devotos logo a cobriram com um manto da cor do céu brasileiro e a cingiram com uma coroa, reconhecendo-a como rainha – a servidora do povo junto de Deus.

NOSSA PADROEIRA - Em 1930, o Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil, atendendo ao pedido de bispos brasileiros.

Logo após a realização do Congresso Mariano de 1929, por empenho do então arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, e do reitor do Santuário de Aparecida, Padre Antão Jorge Hechenblaickner, os bispos presentes no congresso pediram ao Papa Pio XI que proclamasse Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil. O pontífice acolheu o pedido e, no dia 16 de julho de 1930, assinou o decreto.

A proclamação oficial se deu no Rio de Janeiro, então capital federal, no dia 31 de maio de 1931. Cerca de um milhão de pessoas foram prestar suas homenagens à Padroeira naquele dia. De manhã, o ponto alto foi a Missa Campal celebrada diante da Igreja de São Francisco de Paula. Mais tarde, uma procissão conduziu a imagem para a Praça da Esplanada do Castelo.

Junto do altar da Padroeira, encontrava-se o Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masella, o Presidente da República, Getúlio Vargas, Ministros de Estado, outras autoridades civis, militares e eclesiásticas.

Notícias de jornais da época relatam que a imensa multidão repetiu com entusiasmo as palavras da consagração da nação e do povo a Nossa Senhora, proferidas por Dom Sebastião Leme: “Senhora Aparecida, o Brasil é vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente. Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pátria! Senhora Aparecida, o Brasil vos ama! O Brasil, em vós confia! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama: Salve, Rainha!”

Maria Santíssima, em suas manifestações, geralmente adota a fisionomia do povo do país ou do lugar onde ela se manifesta. No Brasil, seu nome é Nossa Senhora Aparecida; no México, de Guadalupe; na França, de Lurdes; em Portugal, de Fátima. Em cada nação toma o nome que a identifica com o seu povo e com cada uma das raças. Na África, é de feição negra; no Extremo Oriente, de cor amarela, e olhos rasgados. Os missionários europeus, quando de lá partiram, só conheciam a Madonna de seus renomados artistas com traços fisionômicos da mulher de sua gente. 

Como explicar esse extraordinário fenômeno de verdadeira inculturação da “imagem” da mãe de Jesus? Os filhos querem a Mãe parecida com eles. Ela pode ser de origem judia, mas, no Brasil, nós a sentimos mais próxima do nosso povo. Por isso nós a veneramos e invocamos como Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rainha e padroeira do Brasil. 

Assim nasceu a devoção

A história dessa devoção mariana iniciou-se na segunda quinzena de outubro de 1717 , quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida e Portugal, governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, chegaria à Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá. Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba do Sul para o banquete que seria oferecido ao ilustre visitante e sua comitiva.

Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem.

São escassos os documentos que registram o encontro da imagem. Oito anos após aquele acontecimento, o pároco de Guaratinguetá redigiu um relatório sobre ele, nomeando os três pescadores, Domingos, João e Felipe, que se envolveram no achado. Esse texto serviu de base para o que foi escrito no Livro Tombo da paróquia, em agosto de 1757, pelo vigário Padre João de Morais e Aguiar, sob o título "Notícia da Aparição da Imagem da Senhora".

No Livro Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, conservado no Arquivo da Cúria de Aparecida, encontra-se a narrativa feita pelo vigário. Ela registra que foi “achada” a imagem pelos três humildes pescadores: “João Alves, lançando a rede de arrasto, tirou o corpo da Senhora sem cabeça; e lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça da mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse”.

Os pescadores viram nesse fato um sinal de Deus, devido à pesca abundante que se seguiu. A narrativa diz: “Não tendo, até então, tomado peixe algum, dali por diante foi tão copiosa a pescaria em poucos lanços que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinha nas canoas, os pescadores se retiraram a suas vivendas admirados desse sucesso.”

Pequeno oratório: a primeira casa de Maria

No aconchego de um lar humilde, sobre um altar de paus, foi colocada a imagem de Nossa Senhora da Conceição que depois viria a ser conhecida com o acréscimo “Aparecida”, dada a maneira como “apareceu. Era a casa de Filipe Pedroso, o mais velho dos pescadores, que conservou a imagem em sua casa por 15 anos. Seu filho Atanásio construiu um pequeno oratório onde as famílias vizinhas se reuniam para rezar o terço e outras orações. Foi o início de uma devoção que depois se tornaria o maior movimento religioso do país.

Mais tarde, diante da crescente afluência do povo, a imagem foi transferida para uma capela primitiva, construída no Porto Itaguaçu, marcando o local onde ela foi encontrada. Depois de peregrinar por diversas casas, em 1745 foi levada para uma capela maior. O culto já recebe a aprovação oficial da Igreja.

O Padre José Alves Villela, vigário da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, decidiu construir essa nova igreja no alto do Morro dos Coqueiros. Iniciada em 1741, foi construída pelos escravos, com barro socado (taipa de pilão). No dia 25 de julho de 1745, o povo realizou uma grande procissão para levar a imagem da Senhora Aparecida para a nova igreja. No dia seguinte, o Padre Villela abençoava e inaugurava a primeira igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Com essa inauguração, nasciam o santuário e as bases do povoado de Aparecida. Em 1760, a capela foi reformada e recebeu a segunda torre.

Basílica antiga

Como era crescente o número de fiéis que visitava o local, Frei Joaquim do Monte Carmelo resolveu dar a Nossa Senhora uma igreja maior. Com as obras iniciadas em 1844, ampliou a capela, deu-lhe altares artísticos, mudou o estilo colonial para o barroco, com alguns elementos do neoclássico. Em 24 de junho de 1888, a nova igreja era solenemente entregue aos seus devotos. Em 1893, recebeu o título de Santuário Episcopal.

Em 1908, Dom Duarte Leopoldo e Silva, arcebispo de São Paulo, pediu à Santa Sé o título de Basílica Menor para o Santuário de Aparecida, a igreja que fica na parte alta e mais antiga da cidade, conhecida como basílica velha. Essa dignidade foi concedida pelo papa São Pio X, em 29 de abril de 1908.

Finalmente, em 1928, a vila que se formou ao redor da capela foi emancipada de Guaratinguetá, tornando-se uma nova cidade, Aparecida do Norte.

Maior santuário mariano

Aparecida torna-se a “capital mariana do Brasil”. A primeira basílica ficou pequena, por isso era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros.

O lançamento da pedra fundamental da nova basílica deu-se no dia 10 de setembro de 1946, mas o início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. Com projeto do arquiteto Benedito Calixto de Jesus Neto, a basílica tem a forma de uma cruz grega, com capacidade para abrigar 45 mil peregrinos.

Em 4 de julho de 1980, na primeira visita ao Brasil, o Papa João Paulo II celebrou a cerimônia de consagração da nova igreja, embora inacabada, que recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil declarou-a oficialmente Santuário Nacional.

As atividades religiosas no Santuário, em definitivo, passaram a ser realizadas a partir de 3 de outubro de 1982, quando aconteceu a transladação da imagem da antiga basílica para a nova.

O Santuário Nacional é considerado o centro da fé católica no Brasil, recebendo anualmente milhões de fiéis peregrinos, de distintos lugares e etnias, em um bela manifestação de nossas raízes culturais, de nossa "unidade na pluralidade" mantida e fortalecida pela fé.

É o maior centro de peregrinação religiosa da América Latina, o maior santuário mariano do mundo, imenso em sua pujante e bela arquitetura, que reflete a grandiosidade do amor e devoção dos brasileiros por sua rainha e padroeira.

A imagem encontrada

A imagem de Nossa Senhora encontrada era pequenina, de terracota, isto é, argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 39 centímetros de altura, incluindo o pedestal. Quando foi pescada, estava, muito provavelmente, sem as cores originais devido aos anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo do rio. Seu estilo é seiscentista, como atestam alguns especialistas. Ainda conforme estudos dos peritos, a imagem foi moldada com argila paulista da região de Santana do Parnaíba, situada na Grande São Paulo.

A cor acanelada com que hoje é conhecida deve-se ao fato de ter sido exposta, durante anos ao calor das chamas das velas e dos candeeiros. A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi coroada, a imagem passou a usar oficialmente a coroa e o manto azul-marinho, ofertados pela Princesa Isabel.

No dia 16 de maio de 1978, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi alvo de um atentado que a reduziu em 165 pedaços. Mas foi totalmente reconstituída graças ao trabalho competente da artista plástica Maria Helena Chartuni, na época restauradora do Museu de Arte de São Paulo.

Coroação de Nossa Senhora

Em 1901, os bispos da Província Eclesiástica Meridional do Brasil, acatando a ideia de Dom Joaquim Arcoverde, arcebispo do Rio de Janeiro, formalizaram pedido ao papa para a coroação da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Em fevereiro de 1904, o Papa Pio X, traduzindo o sentimento do povo e atendendo ao pedido de Dom Joaquim Arcoverde, feito em nome do episcopado brasileiro, autorizou, como era usual na Igreja para imagens e quadros insignes, a coroação solene da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Assim, no dia 8 de setembro, Dom José de Camargo Barros, bispo de São Paulo, coroou solenemente a imagem da Padroeira do Brasil, com a coroa doada pela Princesa Isabel, uma belíssima coroa de ouro, cravejada de brilhantes (24 maiores e 16 menores). Também foi doado pela princesa o riquíssimo manto azul-marinho, simbolizando o céu estrelado brasileiro, enfeitado com 21 brilhantes, representando as 20 províncias do império e a capital.

A cerimônia contou com a presença do Núncio Apostólico, Dom Júlio Tonti, numerosos sacerdotes, religiosos e milhares de romeiros. Em seguida, foi inaugurado o monumento à Imaculada Conceição em comemoração aos 50 anos do dogma da Imaculada Conceição (proclamado pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854). 

NOVA COROA - No dia 8 de setembro de 2004, o Santuário Nacional de Aparecida viveu uma grande celebração, comemorando os 150 anos de proclamação do dogma da Imaculada Conceição e os 100 anos da coroação de Nossa Senhora Aparecida. Nessa celebração, a imagem da Padroeira do Brasil recebeu uma nova coroa, confeccionada em ouro e pedras preciosas.

Ela foi desenvolvida pela “designer” mineira Lena Garrido, em parceria com Débora Camisasca, que venceram o “Concurso Nacional para o Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida”. Foi confeccionada em ouro e pedras preciosas, em projeto financiado pela Ajoresp – Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Noroeste Paulista.

A antiga coroa, doada pela Princesa Isabel, foi restaurada e é conservada no Museu do Santuário, sendo utilizada apenas em ocasiões especiais.

A nova coroa foi escolhida entre cinco por uma comissão formada por 12 jurados; também se levou em consideração um voto do júri popular, que expressou a preferência entre 63.870 fiéis. As cinco coroas que foram propostas à votação eram protótipos, apenas a vencedora foi feita de ouro e pedras preciosas. Mas os cinco protótipos, em prata, passaram a fazer parte do acervo do Museu Nossa Senhora Aparecida, onde podem ser vistos pelos devotos.

Rosa de Ouro

A Rosa de Ouro é um presente oferecido pelo papa para honrar e distinguir pessoas que contribuíram com ações que beneficiaram o bem comum, para condecorar cidades que se destacaram na manifestação da fé católica ou ainda para realçar santuários que se tornaram centro de peregrinação e irradiação de profunda espiritualidade.

O Brasil já foi agraciado com três Rosas de Ouro: em 1888, o Papa Leão XIII concedeu à Princesa Isabel, por ter abolido a escravatura no país; as outras duas foram ao Santuário de Aparecida.

Em 1967, o Papa Paulo VI concedeu Rosa de Ouro (foto) por ocasião dos 250 anos do encontro da imagem. Em 15 de agosto daquele ano, o Cardeal Amleto Giovanni Cicognani, como Legado Pontifício, entregava ao Santuário de Aparecida uma Rosa de Ouro, confeccionada pelo artista plástico Mário de Marchis, com um recado do Papa Paulo VI: “Dizei a todos os brasileiros, Senhor Cardeal, que esta flor é a expressão mais espontânea do afeto que temos por esse grande povo, que nasceu sob o signo da Cruz. No Santuário de Nossa Senhora Aparecida, ela dará testemunho de nossa constante oração à Virgem Santíssima para que interceda junto de seu Filho pelo progresso espiritual e material do Brasil”. O Legado Pontifício, no interior da nova basílica, entregou ao Cardeal Motta a oferta do papa. Era um presente de aniversário pelos 250 anos do encontro da imagem da Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul.

A terceira Rosa de Ouro foi oferecida também ao santuário pelo Papa Bento XVI, em sua viagem ao Brasil em maio de 2007. Numa plaquetinha está gravado que o papa, com muito amor, oferece a Rosa de Ouro à Virgem Maria de Aparecida, a padroeira da nação brasileira.

Os papas e a padroeira

Na história, sempre encontramos provas da predileção dos Santos Padres por Nossa Senhora Aparecida.

Leão XIII, em 1895, concede licença para que sua festa seja celebrada no primeiro domingo de maio.

Pio X assina o decreto da Coroação em 1904 e o da dignidade de Basílica Menor em 1908.

Pio XI declara Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil em 1930.

Pio XII, em 1958, eleva Aparecida a arquidiocese.

Paulo VI, em 1967, presenteia Nossa Senhora com a Rosa de Ouro.

João Paulo II, em 1980, consagra a nova basílica.

Bento XVI em 2007 também presenteia com a Rosa de Ouro.

Entre os devotos, a família real

A história em torno da devoção nacional a Nossa Senhora Aparecida inclui até a família real brasileira. No dia 20 de agosto de 1822, o príncipe Dom Pedro I foi rezar na antiga capela de Nossa Senhora Aparecida, para ter sucesso na solução de problemas políticos que, poucos dias depois, desaguariam na proclamação da Independência.

O imperador Dom Pedro II e a imperatriz D. Teresa Cristina estiveram em 1843 e em 1865 na capela de Aparecida, para rezar diante da imagem.

Também a Princesa Isabel lá esteve com seu marido, o Conde D’Eu, em 1868, para pedir a graça de um herdeiro para o trono. Naquela ocasião, doou à imagem de Nossa Senhora Aparecida um riquíssimo manto azul-marinho, simbolizando o céu estrelado brasileiro, enfeitado com 21 brilhantes, representando as 20 províncias do império e a capital.

Em 1884, a princesa voltou a Aparecida para agradecer a Nossa Senhora os benefícios recebidos, acompanhada do marido e de seus três filhos, os príncipes Pedro, Luís e Antônio. Desta vez, ela levou para a imagem uma belíssima coroa de ouro, cravejada de brilhantes (24 maiores e 16 menores) que serviu, em 1904, para a coroação solene da imagem.

Porto Itaguaçu

Os romeiros que vão a Aparecida, além de rezar no Santuário Nacional, costumam visitar outros pontos de peregrinação que a cidade oferece. Localizado próximo a uma curva do Rio Paraíba, o Porto Itaguaçu (em tupi-guarani significa “pedra grande”) pode ser considerado como o ponto inicial da devoção dos brasileiros a Nossa Senhora Aparecida. Foi ali que os três pescadores encontraram sua imagem.

Nas proximidades do porto existiu uma pequena capela, que por algum tempo abrigou a imagem de Maria. Hoje, no local, ergue-se uma moderna capela, perpetuando o histórico aparecimento.

Morro do Cruzeiro

É outro local de peregrinação, que oferece bela vista da cidade. Na década de 40, foi inaugurada uma Via Sacra com 14 capelinhas, localizadas ao longo do caminho que dá acesso ao topo do morro. Difícil é a romaria que depois de ter participado de celebrações na basílica não visite o “Morro do Cruzeiro”.

O local passou por uma reforma completa que começou em 1999. O piso recebeu asfalto, as encostas do morro foram arborizadas, o trajeto ganhou sinalização, som e iluminação novos. O projeto arquitetônico é de Cláudio Pastro, e o paisagismo de Gustaas Henricos Winters.

As estações da Via-Sacra também foram refeitas. O artista plástico Adélio Sarro Sobrinho, de São Bernardo do Campo (SP), reconhecido internacionalmente, construiu os painéis que narram a paixão e morte de Jesus Cristo.

A cidade de Aparecida está plantada em cima de um morro, antigamente chamado de “Morro dos Coqueiros”, e é cercada por muitas outras elevações. Uma delas, o “Morro do Cruzeiro”, exerce grande atração para os romeiros. Ali, na década de 40, foi inaugurada uma Via Sacra com 14 capelinhas, localizadas ao longo do caminho que dá acesso ao topo do morro. Difícil é a romaria que depois de ter participado de celebrações na Basílica Nova não visite o Morro do Cruzeiro.

Fonte:

https://diocesedepiracicaba.org.br/capa.asp?p=461

Espeço Celebrativo e Objetos Litúrgicos

 


INTRODUÇÃO

Lembramos que, para a melhor compreensão e, ao mesmo tempo, imersão no Mistério Celebrado, devemos obedecer as normas que nos pedem a Santa Igreja nas Celebrações, porque a Celebração não é algo que pode ou deve ser modificado ao gosto do Celebrante ou da Assembleia, ao contrário, ela deve expressar em primeiro lugar a centralidade do Mistério Celebrado, em seguida, a catolicidade (universalidade) do mesmo. Assim, este material não inventou regras ou entrou em processo “criativo” onde não nos é permitido, ao contrário, apresenta o cerimonial como pede a Santa Igreja dissecado passo a passo, de forma simples e ilustrativa, para evitar confusões ou más interpretações.

Foi usado como base uma bibliografia que inclui os livros litúrgicos, instruções do Magistério, bons livros rituais e livros de grandes liturgistas.

Celebrar digna e corretamente a Santa Missa não é apenas importante, mas é essencial se queremos desenvolver uma fé sólida e, da mesma forma, termos uma Santa Missa bem celebrada é um direito de cada fiel católico.

A Igreja sempre se preocupou pela bela e correta celebração da Santa Missa. A beleza vem de Deus e leva-nos a Deus. Se Deus é perfeito, e assim o cremos, Deus é infinitamente belo. Ter uma bela e correta celebração da Santa Missa nos facilita a entrar no Mistério celebrado e, assim, torna nossa participação “plena, ativa e consciente”, conforme pede o documento conciliar.

A Santa Missa, memorial da Paixão-Morte-Ressurreição de Nosso Senhor, é a mais perfeita Oração. É nela que nos encontramos com o Emmanuel, Deus-Conosco, que se faz presente, sacrificando-se, todos os dias em nossos altares. Assim, não devemos imaginar que a Santa Missa seja apenas uma ceia, uma parte da Missa sim é ceia, porém, a Missa antes de tudo é Sacrifício, o mesmo sacrifício de Nosso Senhor na Cruz, porém que acontece de modo incruento, ou seja, sem derramamento de sangue. E como o Cordeiro dos sacrifícios judaicos, também nós somos chamados a cearmos no Banquete do Cordeiro, assim, a Missa é Ceia Sacrifical, porque comungamos daquele que foi sacrificado pela nossa salvação.

Pensar na Santa Missa como uma Ceia de amigos, que se reúnem uma vez na semana pura e simplesmente para encontrarem-se e conversarem sobre as coisas boas e ruins que passaram, não é apenas insuficiente como errado. Encontramo-nos, sim, como Comunidade para louvar o Senhor e termos, com Ele, um encontro pessoal que se desdobra na Missão de batizados, de santificação nossa e do mundo, a que somos chamados.

Então, quando celebramos dignamente os Santos Mistérios nós entramos na Liturgia, deixando-a frutificar em nós. Quando a Missa é celebrada segundo as normas, não por rubricismo, mas por entendimento e fé madura, deixamos o Mistério falar por si e que Ele melhor se expresse. Para apreciarmos verdadeiramente a Liturgia é sempre importante deixá-la falar por si mesmo, sem invencionices. A participação ativa de cada um depende muito de uma interiorização do Mistério celebrado do que de gestos e ações físicas, por exemplo, as palmas ou acenos de mãos.

Perto das Liturgias Orientais, especialmente as de origem bizantina, o nosso Rito Romano é simples e humilde. Assim, dentro de nossa humildade e simplicidade, devemos deixar o Rito falar com si mesmo, com a sua Solenidade e Ritmo, e elevarmos até o Mistério Celebrado.

·        Na procissão de entrada, mantenha um passo lento e sério.

·        Mantenha certa distância com o que vai a frente de você, para que não ocorra atropelos.

·        Evite ir na procissão de entrada portando folhetos ou qualquer outro objeto estranho à liturgia. Vá com as mãos livres, unidas uma a outra em oração.

·        Mantenha a solenidade e a seriedade: Postura solene, coluna ereta, passo firme. Sem olhar para a assembleia, sem conversar com quem quer que seja, sem risinhos. Olhe para baixo ou olhe para o sacrário.

·        Ao chegar ao presbitério, faz-se genuflexão se o sacrário for no centro da Igreja. Caso contrário, reverência profunda ao altar, e vá direto para o seu lugar.

1 – Posturas na Missa

Ao entrar na igreja: genuflexão na direção do sacrário; se o Santíssimo não estiver reservado na igreja, reverencia-se o altar (abaixando-se a cabeça profundamente)

Em pé expressa atenção respeitosa e ativa. As mãos podem estar postas (juntas palma com palma, com os dedos esticados e o polegar direito sobre o polegar esquerdo, levantadas em um ângulo de cerca de 45 graus), elevadas ao céu (no caso do Pai nosso, sendo porém preferível que estejam postas) ou ao longo do corpo.

Reverência (de pé com a cabeça abaixada) expressa reverência, respeito.

De joelhos expressa adoração de pecadores indignos ao Senhor Deus. As mãos devem estar postas (juntas palma com palma, com os dedos esticados e o polegar direito sobre o polegar esquerdo, levantadas em um ângulo de cerca de 45 graus).

Sentados expressa atenção e concentração.

Genuflexão (um só joelho no chão) expressa humildade e reconhecimento de nossa inferioridade.

DURANTE OS Ritos INICIAIS

Saudação (“em nome do Pai…”) – de pé

Rito Penitencial (“Confesso a Deus…”) – bate-se no peito, expressando arrependimento, ao pronunciar as palavras “por minha culpa, minha tão grande culpa” – de pé

Kyrie (“Senhor, tende piedade de nós…”) – de pé

Glória (omitido na Quaresma e Advento) – de pé

Oração – Sempre que o padre diz “Oremos”, mantemo-nos de pé durante a oração, respondemos “amém’ depois e então nos sentamos

DURANTE A Liturgia da Palavra

Primeira leitura – sentados

Salmo responsorial – sentados

Segunda leitura – sentados

Aleluia ou Aclamação ao Evangelho – de pé

Evangelho – de pé

Homilia – sentados

Profissão de Fé (Credo) – de pé

Orações dos fiéis – de pé

DURANTE A Liturgia Eucarística

Preparação do Altar– sentados

Ofertório – de pé

Oração sobre as oferendas – de pé

Oração Eucarística

Prefácio – de pé

Aclamação (do Santo – “Santo, Santo, Santo…” até a Epiclese – “enviai o Vosso Espírito…”) de pé

Consagração (da epiclese até a anamnese – “eis o Mistério da Fé”) – de joelhos

Doxologia (“por Cristo, com Cristo…”) – de pé, cabeça baixa e em silêncio absoluto – após a doxologia canta-se ou diz-se o Grande Amém

Rito da Comunhão

Pai nosso – de pé, mãos levantadas

Doxologia (“livrai-nos, Senhor”) – de pé

Sinal da Paz (“Senhor Jesus Cristo, dissestes a Vossos Apóstolos…”) – de pé, em silêncio; responde-se “amém”

Cordeiro de Deus – de pé, cabeça baixa, ou de joelhos, segundo o uso local

Comunhão – de pé. Responde-se “amém” quando o Sacerdote diz “Corpo e Sangue de Cristo”, volta-se para o banco e coloca-se em ação de graças pessoal.

Oração após a Comunhão (“Oremos…”) – de pé

DURANTE OS Ritos de Despedida

Avisos – se houver algum, deve-se ouvir sentado

Bênção final – de pé.

Despedida – De pé; diz-se “graças a Deus”. Não se deve sair do lugar até que a equipe litúrgica tenha entrado na sacristia.

2 – ESPAÇO CELEBRATIVO

ALTAR Mesa fixa, podendo também ser móvel, destinada à celebração eucarística. É o espaço mais importante da Igreja. Lugar onde se renova o sacrifício redentor de Cristo.

AMBÃO Chama-se também Mesa da Palavra. É a estante de onde se proclama a palavra de Deus. Não deve ser confundida com a estante do comentador e do animador do canto. Esta não deve ter o mesmo destaque do ambão.

Estande Local de onde o animador faz a introdução à liturgia e os comentários que lhe são pertinentes.

CREDÊNCIA Pequena mesa onde se colocam os objetos litúrgicos, que serão utilizados na celebração. Geralmente, fica próxima do altar.

PRESBITÉRIO Espaço ao redor do altar, geralmente um pouco mais elevado, onde se realizam os principais ritos sagrados.

NAVE DA IGREJA ou Átrio Espaço do templo reservado aos fiéis.

CADEIRA PRESIDENCIAL É aquela onde o presidência da celebração, quando não está junto ao Altar se senta.

SACRÁRIO Chama-se também Tabernáculo. É uma pequena urna onde são guardadas as partículas consagradas e o Santíssimo Sacramento. Recomenda-se que fique num lugar apropriado, com dignidade, geralmente numa capela lateral.

OBJETOS LITÚRGICOS

Chamam-se alfaias, os pequenos panos e objetos encapados com tecido que se usa junto aos vasos sagrados:
CORPORAL Tecido em forma quadrangular sobre o qual se coloca o cálice com o vinho e a patena com o pão.

PALA Cartão quadrado, revestido de pano, para cobrir a patena e o cálice.

MANUSTÉRGIO Toalha com que o sacerdote enxuga as mãos no rito do Lavabo. Em tamanho menor, é usada pelos ministros da Eucaristia, para enxugarem os dedos.

SANGUINHO Chamado também purificatório. É um tecido retangular, com o qual o sacerdote, depois da comunhão, seca o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos.

VÉU DE ÂMBULA Pequeno tecido, branco, que cobre a âmbula, quando esta contém partículas consagradas. É recomendado o seu uso, dado o seu forte simbolismo. O véu vela (esconde) algo precioso, ao mesmo tempo que revela (mostra) possuir e trazer tal tesouro. (O véu da noiva, na liturgia do Matrimônio, tem também esta significação simbólica, embora, na prática, não seja assim percebido, muitas vezes passando como mero adorno de ostentação).

ÂMBULA (AMBULA GÊMEA), CIBÓRIO OU PÍXIDE É um recipiente para a conservação e distribuição das hóstias aos fiéis.

  

CÁLICE Recipiente onde se consagra o vinho durante a missa.

CALDEIRINHA E ASPERSÓRIO A caldeirinha é uma pequena vasilha, onde se coloca água benta para a aspersão. Já o aspersório é um pequeno instrumento com o qual se joga água benta sobre o povo ou sobre objetos. Na liturgia são inseparáveis.

CASTIÇAL Utensílio que se usa para suporte de uma vela.

CANDELABRO Grande castiçal, com várias ramificações, a cada uma das quais corresponde um foco de luz.

PATENA Pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstia durante a celebração da missa.

Foto: Holyart

 

TECA Pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a Eucaristia para os doentes. Usa-se também, em tamanho maior, na celebração eucarística, para conter as partículas.

PIA BATISMAL É um vaso ou tanque no interior de uma igreja para o qual se deita a água destinada ao batismo e na qual o candidato ao batismo é imerso ou sobre ela banhado. São geralmente construídas de pedra, metal, madeira ou resina.

BACIA E JARRA Em tamanho pequeno, contendo a jarra a água, para o rito do “Lavabo”, na preparação e apresentações dos dons.

CÍRIO PASCAL Vela grande, que é abençoada solenemente na Vigília Pascal do Sábado Santo e que permanece nas celebrações até o Domingo de Pentecostes. Acende-se também nas celebrações do Batismo.

VELAS As velas comuns, porém de bom gosto, que se colocam no altar, geralmente em número de duas, em dois castiçais.

CRUZ Não só a cruz processional, isto é, a que guia a procissão de entrada, mas também uma cruz menor, que pode ficar sobre o altar.

 

OSTENSÓRIO Objeto que serve para expor a hóstia consagrada, para adoração dos fiéis e para dar a bênção eucarística.

Custódia Parte central do Ostensório, onde se coloca a hóstia consagrada para exposição do Santíssimo. É parte fixa do Ostensório.

Luneta Peça circular do Ostensório, onde se coloca a hóstia consagrada, para a exposição do Santíssimo. É peça móvel.

GALHETAS São dois recipientes para a colocação da água e do vinho, para a celebração da missa.

cândula (COLHER PARA GALHETA) Utilizada para colocar água no cálice com o vinho. Sacerdote põe algumas gotas de água no vinho simbolizando a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele.

HÓSTIA Pão não fermentado (ázimo), usado na celebração eucarística. Aqui se entende a hóstia maior. É comum a forma circular.

PARTÍCULA O mesmo que hóstia, porém em tamanho pequeno e destinada geralmente à comunhão dos fiéis.

INCENSO É uma resina aromática, extraída de várias plantas, usada sobre brasas, nas celebrações solenes

NAVETA Pequeno vaso onde se transporta o incenso nas celebrações litúrgicas.

TURÍBULO Vaso utilizado nas incensações durante a celebração. Nele se colocam brasas e o incenso.

Carvão Litúrgico Este Carvão Vegetal, é utilizado em inúmeras defumações, principalmente em produtos que não são auto-combustíveis como é o caso das ervas, incenso em grão e outras misturas.

Sineta Sino único de mão, utilizado nas celebrações para marcar momentos importantes da missa, principalmente aquele correspondente à consagração do pão e do vinho, que se transformam no corpo e sangue de Jesus.

Carrilhão Conjunto de sinos em um mesmo objeto, utilizado nas celebrações para marcar momentos importantes da missa, principalmente aquele correspondente à consagração do pão e do vinho, que se transformam no corpo e sangue de Jesus.

PÁLIO Objeto constituído de um tecido decorado, sob o qual se transporta o Santíssimo de forma solene.

Genuflexório Banco com local próprio para ajoelhar-se.

Báculo Bastão episcopal; cajado, bordão que simboliza o serviço do “Pastor” e o Poder.

Toalha Deve cobrir toda a mesa do altar. Geralmente é bordada com símbolos Cristãos . As toalhas também são usados na credencia e no ambão.

COROA DO ADVENTO Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. A coroa do Advento deve ser redonda, feita de folhagem (algum tipo de cipreste verde) e ornamentada com fita vermelha.

MATRACA Objeto de maneira de produz um som menos estridente que os sinos e carrilhões e os substituem durante a quaresma, ou parte dela.

Andor Suporte de madeira, aço ou alumínio, enfeitado com flores. Utilizados para levar os santos nas procissões.

Esculturas Existem nas Igrejas desde os primeiros séculos. Sua única finalidade litúrgica é ajudar a mergulhar nos mistérios da vida de Cristo. O mesmo se pode dizer com relação às pinturas

Esquife Espécie de caixão, geralmente feito em madeira, utilizado para carregar a imagem do Senhor morto, na procissão da Sexta-feira Santa. Sinônimo de Caixão, caixa mortuária.

GAZOFILÁCIO Lugar em que, no templo, se recolhe as ofertas. Caixa onde os fiéis colocam suas ofertas voluntárias e ou seus dízimos segundo orientação bíblica

3 – Vestes e Paramentos Litúrgicos

Solidéu O solidéu é uma pequena calota que os clérigos usam na cabeça. Sendo preto para os padres, para todos os monsenhores é preto com frisos violáceos. Todo violeta para os bispos, vermelho para os cardeais e branco para o papa. Nas figuras abaixo temos as diferentes cores de solidéu. No detalhe os frisos violeta do solidéu dos monsenhores.

  

Anel Simboliza a união do bispo com os fieis de sua diocese e de maneira mais abrangente, a união do bispo com toda a Igreja.

Cruz Peitoral Cruz que os bispos levam sobre o peito.

Mitra Insígnia que os bispos, arcebispos e cardeais colocam na cabeça, simbolizando a dignidade episcopal.

Capa ou Pluvial Capa longa que o sacerdote usa ao dar a bênção do Santíssimo ou ao conduzi-lo nas procissões, e ao aspergir a assembleia.

Casula Veste própria do sacerdote que preside uma celebração. Espécie de manto, que se veste sobre a alva (túnica) e a estola, e deve obedecer a cor litúrgica do dia. É uma veste solene.

Cíngulo Cordão utilizado na cintura, com o qual se prende a túnica.

Estola Veste litúrgica do sacerdote em forma de tira, que é passada ao redor do pescoço e jogada à frente do corpo, acompanhando o comprimento da alva (túnica). Os diáconos a utilizam a tiracolo (transversalmente) sobre o ombro esquerdo, pendendo-a ao lado direito. Significa poder e autoridade para o sacerdote. Existem 4 cores: branca, verde, vermelha e roxa (rosa). Cada cor é utilizada de acordo com o tempo litúrgico.

 

Opa Veste utilizada pelos ministros extraordinários da Eucaristia e da Palavra

Véu Umeral ou Véu de Ombros Manto retangular que o sacerdote utiliza sobre os ombros para dar a bênção do Santíssimo Sacramento.

BATINA Hábito eclesiástico (do sacerdote).

Túnica ou Alva Veste longa, de cor quase sempre branca. É a veste utilizada pelo sacerdote para distinguir-se das demais pessoas, para identificá-lo como presidente da Celebração Eucarística.

Sobrepeliz Veste branca, com rendas ou sem elas, usada pelo sacerdote, sobre a batina, nas celebrações (pouco usada).

4 – LITÚRGICOS

Bíblia É o livro da palavra de Deus.

Missal Romano Livro utilizado pelo sacerdote na Celebração Eucarística.

Lecionário Livro que contém as leituras para a Celebração Eucarística. Divide-se em:

·        1. Evangeliário

·        2. Dominical A, B, C

·        3. Ferial (semanal) tempo comum anos impares, anos pares, tempo advento, natal, quaresma e Páscoa

·        Santoral, Missas rituais, votivas, defuntos e diversas circunstâncias.

Pontifical Livro que reúne os textos das celebrações presididas pelo bispo como crisma, ordenações, etc…

Liturgia das Horas Em quatro volumes é o livro oficial de orações da Igreja. Contém orações para serem rezadas pelos padres e pelos leigos.

Rituais É o livro utilizado para orientar os sacerdotes nos rituais de celebração dos sacramentos (batismo, crisma, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio). Chamamos de rituais, os livros que contém os rito de sacramentos e sacramentais, listados a seguir:

Ritual do Batismo de Crianças;

Ritual das Exéquias;

Ritual da Iniciação Cristã de Adultos;

Ritual da Unção dos Enfermos;

Ritual da Sagrada Comunhão e Culto Eucarístico Fora da Missa;

Ritual da Penitência;

Ritual de Bênçãos;

Ritual do Matrimônio;

Ritual do Exorcismo e outras súplicas.

5 – Missa Parte por Parte

A missa começa nos seus preparativos, onde toda equipe deveram estar presentes 1 hora antes do início da celebração.

Preparativos

Para o Presidente e concelebrantes

·        Turíbulo e naveta

·        Missal

·        Folheto

Ambão e Presbitério

·        Lecionário

·        Evangeliário

·        Cruz

·        Vela procesional ou Lanterna

·        Círio Pascal

·        Coroa do Advento

Altar

·        Toalha

·        Velas

Credência

·        Âmbulas

·        Cálice

·        Patena

·        Galhetas

·        Corporal

·        Sanguíneo

·        Jarro e Bacia

·        Manustérgio

Na missa da Crisma

·        Óleo do Crisma e sabão

Nas missas com Benção do Santíssimo

·        Capa

·        Véu Umeral

·        Ostensório

·        Hóstia para o ostensório

Atenção: Em algumas missas poderá ser utilizada água para aspersão, para estas ocasiões providenciar balde com água e aspersório.

Assim que o padre chegar à porta principal (no momento em que o comentarista estiver lendo a monição inicial), o turiferário e o naveteiro levam o turíbulo para o padre, para que o mesmo o abençoe. Após a monição inicial, inicia-se a procissão de entrada. Por esta ordem:

O naveteiro e o turiferário, ceriferários e, ao centro destes, o cruciferário, coroinhas, acólitos, leitores e ministros extraordinários da comunhão, cerimoniário e diácono ou Acólito com o Evangeliário/Lecionário e sacerdote.

Ao entrar com o Evangeliário o Acólito/diácono ao chegar o presbitério sobe e deposita o Evangeliário no centro do Altar, ele não espera o sacerdote fazer a genuflexão ou reverencia ao altar.

Chegando à escada do presbitério, o turiferário junto com o naveteiro ficam próximos ao altar para que o padre possa incensar o mesmo. O cruciferário, os ceriferários completam as suas funções (colocando a cruz e os castiçais nos locais apropriados) e dirigem-se aos seus respectivos lugares.

O restante dos acólitos se dirigem para as cadeiras que lhes estão reservadas. Após o beijo no altar (feito apenas pelo padre), o padre abençoa novamente o turíbulo e incensa o altar, e logo após o sacerdote ocupa a presidência.

Ritos Iniciais

Sinal da cruz “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo…” “A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai …”.

Ato penitencial “Irmãos, para celebrarmos dignamente…” exame de consciência e “confissão”- “Senhor, tende piedade de nós…” (pode ser cantado) absolvição sacerdotal.

Glória (nas festividades e solenidades) cantado ou recitado

Oração do Dia

Liturgia da Palavra

Leituras Primeira Leitura, feita por um leitor. Salmo Responsorial (canto de meditação) todos cantam. Segunda leitura, feita por um leitor (se houver)

Canto de aclamação ao Evangelho (aleluia ou outro) – todos cantam. No início do refrão Aleluia (ou outro cântico, conforme o tempo litúrgico), todos se levantam.

Evangelho e Homilia É feita e leitura do Evangelho e em seguida a homilia.

Durante a aclamação ao evangelho faz-se o sinal da cruz 3 vezes, na testa, na boca e no peito. O momento correto de se fazer estes sinais é quando o presidente inicia a aclamação: “Proclamação do Evangelho…”. Durante a homilia deve-se manter atenção ao que o padre está falando e principalmente não ficar conversando nem sair do seu lugar.

 

Profissão de fé

Preces dos fieis

Liturgia Eucarística

Ofertório

Oração Eucarística Quando o sacerdote proclamar «Orai irmãos…» todos se levantam. No momento do Santo que poder proclamado ou cantando.

Comunhão

A oração do pai-nosso inicia o rito da comunhão. A assembleia, com os braços erguidos ou dando-se as mãos, em sinal de súplica e agradecimento, manifesta ao Pai, com as mesmas palavras de Jesus, seus desejos e suas necessidades.

Finalmente, no solene momento da comunhão – que significa “comum união”, isto é, uma união intima com Deus – o, sacerdote mostra-nos a Eucaristia, que é o próprio Cristo Redentor. Com amor e respeito, estendemos a mão ou a colocamos no peito, próximo do coração, para receber o corpo de Cristo, o alimento de nossa vida.

Terminada a comunhão em geral reservam-se alguns momentos de silêncio para medição, oração, agradecimentos e pedidos particulares.

Ritos Finais

Os ritos de conclusão da missa são muito breves: após uma pequena oração, o sacerdote dá a benção final que, em algumas solenidades e festas, pode ser particularmente solene. “Benzer” quer dizer desejar coisas boas dizer as melhores palavras que somente Deus pode falar a seus filhos.

A benção não é dada somente na missa. Ela pode ser pedida e dada em qualquer circunstância, especialmente quando se tem necessidade particular da proteção da de Deus.

Na última frase da missa, o sacerdote diz: “Vamos em paz e que o Senhor vós acompanhe”. Essa é uma frase muito significativa, na qual nem sempre prestamos atenção, mas que quer dizer que Jesus não fica só na igreja, aguardando nossa volta. E lê acompanha-nos sempre em nossa vida: em casa, no estudo, no trabalho, na escola, na rua, quando estamos alegres ou tristes, quando somos bons e maus.

Depois dessa despedida o sacerdote e toda equipe de celebração reverenciam o altar e a cruz e retornam para a sacristia. O povo canta um canto de despedida e só então retira-se também da igreja.

Ao entrar na sacristia todos se viram para a cruz processional ou alguma fixa na sacristia, o padre pronuncia as seguintes palavras: “Bem digamos ao Senhor!” e todos respondem: “Demos Graças a Deus”. Em silêncio e calma as equipes se retiram da sacristia.

E assim termina a liturgia da missa ou Eucaristia, mas a tarefa e o compromisso do acólito não terminam ai. É bom que ele se comporte em casa como um bom filho e com irmão. Só assim viverá sempre sua intensa amizade com Jesus.

Respostas durante a Missa

SAUDAÇÃO

PR: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Resposta: Amém

PR: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo Estejam convosco.
Resposta: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

ATO PENITENCIAL

Após introdução do padre, podem ser usadas diversas formulas como descrito no MR (Missal Romano) as mais comuns são a oração e resposta que pode ser cantada ou rezada, como segue abaixo:

Todos: Confesso a Deus, Pai todo-poderoso, e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor! Amém

PR: Senhor, tende piedade de nós.
Resposta: Senhor, tende piedade de nós.

PR: Cristo, tende piedade de nós.
Resposta: Cristo, tende piedade de nós.

PR: Senhor, tende piedade de nós.
Resposta: Senhor, tende piedade de nós.

PR: Deus todo poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
Resposta: Amém.

GLÓRIA

Pode ser rezando ou cantado (todos participam)

ORAÇÃO DO DIA

O presidente conduz a oração e o povo responde:

Resposta: Amém!(Em algumas solenidades a resposta para oração do Dia é: Creio)

LITURGIADA PALAVRA

Ao final da 1ª e da 2ªleitura:

Leitor: Palavra do Senhor.

Resposta: Graças a Deus!

Salmo: Pode ser rezando ou cantado (todos cantam o refrão juntos)

Evangelho:

PR: O Senhor esteja convosco.

Resposta: Ele está no meio de nós.

PR: Leitura do evangelho segundo…

Resposta: Glória a Vós Senhor.

Ao final, todos respondem: Palavra da salvação!

CREDO

Pode ser rezando ou cantado (todos participam)

PRECES DOS FIEIS

A cada prece o povo responde conforme roteiro da missa, a resposta mais comum é:

Resposta: Senhor, escutai nossa prece.

LITURGIAEUCARÍSTICA

Convite à oração sobre as Oferendas

PR: Orai, irmãos, para que o meu e o vosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.

Resposta: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.

Oração Eucarística

PR: O Senhor esteja convosco.

Resposta: Ele está no meio de nós.

PR: Corações ao alto.

Resposta: O nosso coração está em Deus.

PR: Demos graças ao Senhor nosso Deus.

Resposta: É nosso dever, é nossa salvação.

Santo: Pode ser rezando ou cantado (todos participam)

Aclamação após a consagração

PR: Eis o Mistério da fé!

A resposta ocorre conforme roteiro da missa, a mais comum é:

Resposta: Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!

Conclusão da oração eucarística

PR: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espirito Santo, toda a honra e toda a glória agora e para sempre.

Resposta: Amém!

RITOS DA COMUNHÃO

Pai Nosso

Pode ser rezando ou cantado (todos participam)

PR: Livrai-nos de todo o mal, Senhor, e dai ao mundo a paz em nossos dias, para que, ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e de toda a perturbação, enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador.

Resposta: Vosso é o reino e o poder e a glória para sempre.

Oração da Paz

Conduzida pelo presidente.

Resposta: Amém.

PR: A paz do Senhor esteja sempre convosco.

Resposta: O amor de Cristo nos uniu.

Cordeiro

Pode ser rezando ou cantado (todos participam)

PR: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

Resposta: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

BENÇÃO FINAL

PR: O Senhor esteja convosco

Resposta:- Ele está no meio de nós.

PR: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

Resposta: Amém.

PR: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

Resposta: Graças a Deus.

NA SACRISTIA

Após a missa toda equipe de liturgia se dirige para a Sacristia. O sacerdote e toda equipe se viram para a Cruz, que pode ser a processional ou alguma fixada na sacristia, o celebrante diz: Bendigamos ao Senhor:

Resposta: Demos Graças a Deus!

FONTES DE CONSULTA

OGRM . Ordenação Geral do Missal Romano.

Manual de formação dos Acólitos da Paróquia São Geraldo Magela . 2018

https://paroquiasaogeraldo.com.br/noticia/formacao-para-ministros-da-palavra-e-comunhao-9/

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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