Tempo do Natal depois da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Epifania - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Raiou para nós um dia de bênção: vinde, nações,
adorai o Senhor; grande luz desceu sobre a terra!
Oração do Dia: Nós vos pedimos, ó Deus, que o esplendor da vossa glória ilumine
os nossos corações para que, passando pelas trevas deste mundo, cheguemos à
pátria da luz que não se extingue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Jo 3,22 - 4,6
Examinai os espíritos para ver se são de Deus.
Caríssimos, qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos
os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado. Este é o seu mandamento:
que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros,
de acordo com o mandamento que ele nos deu. Quem guarda os seus mandamentos
permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco,
sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu.
Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os
espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo.
Este é o critério para saber se uma inspiração vem de Deus: todo espírito que
leva a professar que Jesus Cristo veio na carne é de Deus; e todo espírito que
não professa a fé em Jesus não é de Deus; é o espírito do Anticristo. Ouvistes
dizer que o Anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo.
Filhinhos, vós sois de Deus e vós vencestes o Anticristo. Pois convosco
está quem é maior do que aquele que está no mundo. Os vossos adversários são do
mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta ouvidos. Nós
somos de Deus. Quem conhece a Deus, escuta-nos; quem não é de Deus não nos
escuta. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro. -
Palavra do Senhor.
Salmo: 2, 7-8. 10-11 (R.8a)
Eu te darei por tua herança os povos todos.
O decreto do Senhor promulgarei, foi assim que me falou o Senhor Deus:
“Tu és o meu Filho, e eu hoje te gerei”!
Podes pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos
e as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio.
E agora, poderosos, entendei; soberanos, aprendei esta lição: Com temor
servi a Deus, rendei-lhe glória e prestai-lhe homenagem com respeito!
Evangelho: Mt 4,12-17.23-25
O Reino dos Céus está próximo.
Naquele tempo, ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a
Galiléia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da
Galiléia, no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito
pelo profeta Isaías: "Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar,
região do outro lado do rio Jordão, Galiléia dos pagãos! O povo que vivia nas
trevas viu uma grande luz; e para os que viviam na região escura da morte
brilhou uma luz".
Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: "Convertei-vos,
porque o Reino dos Céus está próximo". Jesus andava por toda a Galiléia,
ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo
de doença e enfermidade do povo. E sua fama espalhou-se por toda a Síria.
Levaram-lhe todos os doentes, que sofriam diversas enfermidades e tormentos:
endemoninhados, epilépticos e paralíticos. E Jesus os curava. Numerosas
multidões o seguiam, vindas da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia,
e da região além do Jordão. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com Católica
Nova Aliança): Este Evangelho costuma dar espaço a um equívoco
muito comum. Quando se ouve Jesus anunciar que o Reino está “próximo”, quase
sempre este adjetivo é traduzido como “próximo no tempo”, isto é, o Reino “não
tarda a chegar”.
Ora, o Reino já chegou. O Reino de Deus – ou seja, aquele espaço onde a
vontade do Pai é plenamente obedecida e realizada – é uma Pessoa: trata-se do
próprio Jesus. Assim, dizer que o Reino “está próximo” significa declarar que
Jesus está no meio de nós e, por isso mesmo, bem ao nosso alcance. Trata-se de
uma proximidade geográfica. Basta estender a mão para o tocar...
Sim, Aquele com quem os patriarcas sonharam pelas noites estreladas,
Aquele que os profetas do passado anunciaram – ei-lo agora em nossas estradas,
em nossas praças, em nossas esquinas. Nicodemos pode falar com ele na escuridão
da noite. A samaritana pode vê-lo, suado e faminto, à beira do poço de Jacó. A
hemorroíssa pode aproximar-se e tocar seu manto para ser curada. A pecadora
pode lavar-lhe os pés com suas lágrimas abençoadas. Sim, Ele está no meio de
nós...
Os teólogos gostam de dizer que, em Jesus Cristo, o Deus transcendente
(isto é, fora de nosso alcance) se fez imanente (entrou na história e no espaço
dos homens). Em outros termos, Deus “baixou”! Era Deus e, descendo, fez-se
homem. Desce mais e se faz servo, lavando os pés dos discípulos. Desce mais e
aceita ser tratado como escravo ao morrer na cruz (suplício proibido a um
cidadão romano, como o apóstolo Paulo, morto pela espada). Jesus continua sua
descida, baixando da cruz ao túmulo, como qualquer mortal.
Pois o Senhor não acaba de descer. Após sua morte, desce à mansão dos
mortos (cf. 1Pd 3,19; 4,6) para anunciar-lhes a Boa Nova e permitir a sua
adesão. Enfim, como se não bastasse todo esse rebaixamento – sua kênosis ou
despojamento (cf. Fl 2,6-8) –, Jesus Cristo ainda desce em cada Eucaristia: ali
no altar, na forma humilde de massa de pão, faz-se nosso alimento de caminhada.
Depois de tudo isso, é hora de abandonar a visão de um cristianismo em
forma de subida ou escalada, galgando heroicamente os cumes da santidade. Não
somos super-heróis! Não somos atletas de Cristo! Deus desceu. Está próximo.
Identifica-se com todo aquele que sofre em sua humana condição: o faminto e o
sedento, o presidiário e o enfermo, o que não tem roupa nem casa.
Esta é de fato uma Boa Nova. Deus se faz próximo. Não se oculta além das
galáxias. Basta estender a mão e o encontraremos.
Você estenderá a sua?
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso
nascimento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para
que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de
nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano
de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal
à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo
a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos
deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina.
Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos,
que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a
festa de santo Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o
dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro
celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias
facultativas;
· no dia 1º de janeiro,
oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também
se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal.
Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de
janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana);
portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para
cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e
31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a
coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de
janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três
textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo
natalino;
· o da Epifania diz-se
nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do
Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo