Tempo do Natal depois da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Epifania - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 117,26-27 Bendito o que vem em nome do Senhor:
Deus é o Senhor, ele nos ilumina.
Oração do Dia: Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade da nossa
carne, concedei que, reconhecendo sua humanidade semelhante à nossa, sejamos
interiormente transformados por ele. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.Amém.
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Jo 4,7-10
Deus é amor.
Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo
aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. Quem não ama não chegou a
conhecer Deus, pois Deus é amor. Foi assim que o amor de Deus se manifestou
entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por
meio dele.
Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que
nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. -
Palavra do Senhor.
Salmo: 71 (72), 1-2. 3-4ab. 7-8
(R. Cf. 11)
Os reis de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da
realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os
vossos pobres.
Das montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça!
Este Rei defenderá os que são pobres, os filhos dos humildes salvará.
Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o
brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de
toda a terra.
Evangelho: Mc 6,34-44
Multiplicando os pães, Jesus se manifesta como profeta.
Naquele tempo, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque
eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram:
"Este lugar é deserto e já é tarde. Despede o povo para que possa ir aos
campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer". Mas, Jesus
respondeu: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Os discípulos perguntaram:
"Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de
comer?"
Jesus perguntou: "Quantos pães tendes? Ide ver". Eles foram e
responderam: "Cinco pães e dois peixes". Então Jesus mandou que todos
se sentassem na grama verde, formando grupos. E todos se sentaram, formando
grupos de cem e de cinquenta pessoas. Depois Jesus pegou os cinco pães e dois
peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia
dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os
dois peixes.
Todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos cheios de
pedaços de pão e também dos peixes. O número dos que comeram os pães era de
cinco mil homens. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório /
Jesuíta): A Galiléia tinha, desde há muito tempo, uma péssima
tradição de desequilíbrios sociais. O episódio da vinha de Nabot, sucedido num
passado longínquo, estava ainda bem vivo na mente do povo. Mudaram-se os
tempos, porém, a ganância de concentrar os bens nas mãos de poucos permaneceu
inalterada.
O milagre da partilha dos pães foi na contramão desta mentalidade,
visando incentivar a criação de uma sociedade diferente, na qual os bens deste
mundo fossem partilhados entre todos.
Fato notável é que a lição da partilha teve como ponto de partida a
pobreza e não a abundância de bens. Poderia ter acontecido assim: uma pessoa
rica, possuidora de muitos recursos, ter-se servido deles para alimentar a
multidão faminta. Ou mesmo Jesus, recorrendo ao poder recebido do Pai, ter
milagrosamente feito aparecer uma montanha de pães com os quais todos se
pudessem saciar.
Nada disto! Tratava-se, sim, de cada um repartir com o próximo o pouco
que lhe cabia, a começar com aquele jovem que possuía “cinco pães e dois
peixes”. Quem não acreditava na força do Reino, perguntou-se o que seria isto
para “cinco mil pessoas?” Mas aqueles em cujos corações o Reino lançou raízes,
tudo se passou de maneira diferente.
A partilha começa no pouco, pois, quem tem muito (fruto da cobiça e da ganância)
dificilmente se disporá a repartir e a mostrar-se misericordioso com o próximo.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso
nascimento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para
que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de
nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano
de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal
à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo
a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos
deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina.
Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos,
que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a
festa de santo Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o
dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro
celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias
facultativas;
· no dia 1º de janeiro,
oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também
se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal.
Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de
janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana);
portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para
cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e
31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a
coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de
janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três
textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo
natalino;
· o da Epifania diz-se
nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do
Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo