Tempo do Natal depois da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Epifania ou do Natal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Isaías 9,2 O povo que andava nas trevas viu uma grande
luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.
Oração do Dia: Ó Deus, luz de todas as nações, concedei aos povos da terra viver
em perene paz e fazei resplandecer em nossos corações aquela luz admirável que
vimos despontar no povo da antiga aliança. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.Amém.
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Jo 4,11-18
Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos
outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece
conosco e seu amor é plenamente realizado em nós. A prova de que permanecemos
com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito. E nós vimos e damos
testemunho, que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo.
Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com
ele, e ele com Deus. E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e
acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e
Deus permanece com ele. Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em
nós termos plena confiança no dia do julgamento, porque, tal como Jesus, nós
somos neste mundo. No amor não há temor. Ao contrário, o perfeito amor lança
fora o temor, pois o temor implica castigo, e aquele que teme não chegou à
perfeição do amor. - Palavra do Senhor.
Salmo: 71 (72), 1-2. 10-11.
12-13 (R. Cf. 11)
As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!
descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com
equidade ele julgue os vossos pobres.
Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e
seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e
tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo e de todas as nações hão de
servi-lo.
Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer
ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.
Evangelho: Mc 6,45-52
Viram Jesus andando sobre as águas.
Depois de saciar os cinco mil homens, Jesus obrigou os discípulos a
entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele
despedia a multidão. Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para
rezar.
Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra.
Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então,
pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria
passar na frente deles. Quando os discípulos o viram andando sobre o mar,
pensaram que era um fantasma e começaram a gritar.
Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo
falou: "Coragem, sou eu! Não tenhais medo!" Então subiu com eles na
barca, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados,
porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava
endurecido - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório /
Jesuíta): A missão entre os pagãos gerou insegurança no coração dos
discípulos. Jesus os enviou a Betsaida, fora dos limites de Israel, às margens
do lago de Genesaré. Eles se viram às voltas com a missão de dar um impulso
universalista ao anúncio do Reino, superando a dependência da religião judaica.
Esta missão exigiu dos discípulos abandonar a mentalidade na qual foram
educados, e esforçar-se para proclamar o Reino numa linguagem compreensível às
pessoas de origem e cultura diferentes. O desafio de sair da própria pátria e
dirigir-se a terras estranhas constituiu para eles um dos muitos desafios que
deveriam superar no desempenho da missão.
A fragilidade da barca em meio às águas revoltas é imagem da insegurança
dos discípulos. Era como se estivessem imobilizados, incapazes de atingir a
meta prefixada. Aliás, tinham sido obrigados a entrar na barca e partir.
Poderiam até tê-lo feito de má vontade. Teriam preferido uma missão na própria
terra, onde tudo lhes parecia mais fácil Mas, Jesus foi ao encontro deles,
caminhando sobre o mar, “com a intenção de passar-lhes à frente”. Era preciso
motivá-los a não ter medo e não deixá-los cair na tentação de voltar atrás.
A presença do Mestre, inicialmente confundido com um fantasma, ainda não
fora suficiente para levá-los a acreditar. É que lhes restava ainda um longo
caminho, se, deveras, quisessem fazer-se servidores do Reino.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso
nascimento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para
que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de
nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano
de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal
à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo
a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos
deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina.
Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos,
que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a
festa de santo Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o
dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro
celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias
facultativas;
· no dia 1º de janeiro,
oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também
se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal.
Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de
janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto,
omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para
cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e
31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a
coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de
janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três
textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo
natalino;
· o da Epifania diz-se
nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do
Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo