Tempo do Natal depois da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Epifania ou do Natal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 111,4 Para os retos de coração
surgiu nas trevas uma luz: o Senhor cheio de compaixão, justo e misericordioso.
Oração do Dia: Ó Deus todo-poderoso, que o Natal do Salvador do mundo,
manifestado pela luz da estrela, sempre refulja e cresça em nossas vidas. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Jo 5,5-13
O Espírito, a água e o sangue.
Caríssimos, quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é
o Filho de Deus? Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não
veio somente com a água, mas com a água e o sangue.) E o Espírito é que dá
testemunho, porque o Espírito é a Verdade. Assim, são três que dão testemunho:
o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes.
Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior. Este
é o testemunho de Deus, pois ele deu testemunho a respeito de seu Filho. Aquele
que crê no Filho de Deus tem este testemunho dentro de si. Aquele que não crê
em Deus faz dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a
respeito de seu Filho. E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e
esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho
não tem a vida.
Eu vos escrevo estas coisas a vós que acreditastes no nome do Filho de
Deus, para que saibais que possuís a vida eterna. - Palavra do Senhor.
Salmo: 147, 12-13. 14-15. 19-20
(R. 12a)
Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois
reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo.
Ele envia suas ordens para a terra e a palavra que ele diz corre veloz.
Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum
povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.
Evangelho: Lc 5,12-16
E, imediatamente, a lepra o deixou.
Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso.
Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: "Senhor, se queres, tu tens
o poder de me purificar". Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse:
"Eu quero, fica purificado". E imediatamente, a lepra o deixou. E
Jesus recomendou-lhe: "Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao
sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua
cura".
Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para
ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. Ele, porém, se retirava para
lugares solitários e se entregava à oração - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório /
Jesuíta): As curas realizadas por Jesus atraíam sobre ele a atenção
das pessoas. Sua fama difundia-se cada vez mais, fazendo com que grandes
multidões se reunissem a seu redor para ouvi-lo e serem curadas por ele.
A cura do homem vítima de uma terrível e contagiosa doença de pele deu
margem para que sua fama se espalhasse ainda mais.
Na sua humildade, e cumprindo uma lei religiosa que proibia aos leprosos
aproximarem-se das pessoas sadias, o homem simplesmente prostrou-se com face em
terra, assim que viu Jesus. A seguir, dirigiu-lhe uma súplica. No seu pedido,
ao mesmo tempo em que reconhecia o poder taumatúrgico do Mestre, o enfermo
submetia-se totalmente à vontade dele, colocando sua sorte nas mãos de quem
podia restituir-lhe a saúde.
Então, movido de compaixão, Jesus desconsiderou as leis religiosas que
segregavam os leprosos. Estendendo a mão, tocou o homem doente, declarando seu
desejo de vê-lo curado. E o milagre aconteceu!
O entusiasmo do povo levava o Mestre a se voltar, com toda intensidade,
para Deus. Também desta vez, retirou-se para um lugar deserto a fim de orar.
Pela oração buscava desprender-se de toda atenção concentrada sobre si,
recordando que só o Pai era merecedor de glória e louvor. Assim, procurava
manter-se distante do orgulho e da soberba, que poderiam desvirtuar toda a sua
ação.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso
nascimento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para
que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de
nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano
de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal
à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo
a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos
deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina.
Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos,
que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a
festa de santo Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o
dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro
celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias
facultativas;
· no dia 1º de janeiro,
oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também
se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal.
Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de
janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana);
portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para
cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e
31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a
coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de
janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três
textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo
natalino;
· o da Epifania diz-se
nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do
Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo