Tempo do Natal depois da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Epifania ou do Natal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: João 1,1 - No princípio e antes dos séculos o Verbo era Deus, e
dignou-se nascer para salvar o mundo.
Oração do Dia: Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, a aurora do vosso dia
eterno despontou sobre todas as nações. Concedei ao vosso povo conhecer a
fulgurante glória do seu redentor e por ele chegar à luz que não se extingue.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Jo 4,19 - 5,4
Aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão.
Caríssimos, quanto a nós, amamos a Deus porque ele nos amou primeiro. Se
alguém disser: "Amo a Deus", mas entretanto odeia o seu irmão, é um
mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a
quem não vê. E este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus,
ame também o seu irmão.
Todo o que crê que Jesus é o Cristo nasceu de Deus, e quem ama aquele
que gerou alguém amará também aquele que dele nasceu. Podemos saber que amamos
os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Pois
isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são
pesados, pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que
venceu o mundo: a nossa fé - Palavra do Senhor.
Salmo: 71 (72), 1-2. 14.15bc.
17 (R. Cf 11)
Os reis de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da
realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os
vossos pobres.
Há de livrá-los da violência e opressão, pois vale muito o sangue deles
a seus olhos! Hão de rezar também por ele sem cessar, bendizê-lo e honrá-lo
cada dia.
Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória!
Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor!
Evangelho: Lc 4,14-22a
Hoje se cumpriu esta palavra da Escritura.
Naquele tempo, Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e
sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas suas sinagogas e
todos o elogiavam. E veio à cidade de Nazaré onde se tinha criado.
Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para
fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus
achou a passagem em que está escrito: "O Espírito do Senhor está sobre
mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres;
enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da
vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do
Senhor". Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos
os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
Então começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu esta passagem da
Escritura que acabastes de ouvir". Todos davam testemunho a seu respeito,
admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório /
Jesuíta): Um culto na sinagoga da cidade onde fora educado ofereceu
a Jesus a oportunidade de apresentar uma espécie de programa pelo qual pautaria
sua ação missionária.
O ponto de partida foi um texto do Antigo Testamento. Desta forma,
deixaria claro que sua ação se respaldava nas promessas feitas por Deus ao povo
de Israel. Sua intenção era a de se manter fiel à tradição religiosa do povo,
embora dando-lhe uma nova roupagem.
Tendo se servido de um oráculo profético, Jesus se incluía na lista dos
grandes profetas do passado. Como aqueles, não cederia aos caprichos e às
pressões dos adversários. Realizaria a sua missão, mesmo correndo o risco de
perder a própria vida.
A referência à unção do Espírito do Senhor tornava evidente de onde iria
haurir a força necessária para não esmorecer. Sob a proteção do Espírito,
estaria em condições para realizar a tarefa que lhe cabia. Daí sua atitude
humilde diante da sabedoria de suas palavras e do poder extraordinário
manifestado por seus gestos poderosos.
Enfim, o texto profético serviu para indicar a linha de ação de Jesus.
Tratava-se de colocar-se a serviço dos pobres e oprimidos, para restituir-lhes
a vida e a alegria de viver, apresentando-se como sinal da misericórdia divina
que consola os corações abatidos. Portanto, tudo quanto iria fazer teria como
objetivo restaurar a humanidade, segundo o projeto original de Deus. Com a
chegada de Jesus, “o ano da graça do Senhor” cumpria-se na história humana.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso
nascimento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para
que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de
nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano
de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal
à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo
a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos
deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina.
Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos,
que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a
festa de santo Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o
dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro
celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias
facultativas;
· no dia 1º de janeiro,
oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também
se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal.
Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de
janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana);
portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para
cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e
31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a
coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de
janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três
textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo
natalino;
· o da Epifania diz-se
nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do
Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo