Liturgia
Diária Comentada 24/06/2013
12ª
Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio
próprio - Ofício da Solenidade - Glória e Creio
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Jo
1,6-7; Lc1,17 - Houve um homem enviado por Deus: o seu nome era João.
Veio dar testemunho da luz e preparar para o Senhor um povo bem
disposto a recebê-lo.
Oração
do Dia: Ó Deus, que suscitastes são João batista a fim de
preparar para o Senhor um povo perfeito, concedei à vossa Igreja as
alegrias espirituais e dirigi nossos passos no caminho da salvação
e da paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Is 49,1-6
Eu
te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos
confins da terra.
Nações
marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor
chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha
na mente o meu nome; fez de minha palavra uma espada afiada,
protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim flecha aguçada,
escondida em sua aljava, e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel,
em quem serei glorificado”. E eu disse: “Trabalhei em vão,
gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me
fará justiça e o meu Deus me dará recompensa”.
E
agora diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para
ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel
unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. Disse
ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó
e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações,
para que minha salvação chegue até aos confins da terra”. -
Palavra do Senhor.
Salmo: 138(139),1-3.13-14ab.14c-15
(R. 14a)
Eu
vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me
formastes!
Senhor,
vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de
longe penetrais meus pensamentos; percebeis quando me deito e quando
eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.
Fostes
vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me
tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo
admirável me formastes!
Até
o mais íntimo, Senhor, me conheceis; nenhuma sequer de minhas fibras
ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era formado nas
entranhas subterrâneas
Segunda
Leitura: At 13,22-26
Antes
que Jesus chegasse, João pregou um batismo de conversão.
Naqueles
dias, Paulo disse: “Deus fez surgir Davi como rei e assim
testemunhou a seu respeito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem
segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade’.
Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para
Israel um Salvador, que é Jesus.
Antes
que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o
povo de Israel. Estando para terminar sua missão, João declarou:
‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de
mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias’.
Irmãos, descendentes de Abraão, e todos vós que temeis a Deus, a
nós foi enviada esta mensagem de salvação”. - Palavra do
Senhor.
Evangelho: Lc
1,57-66
Nascimento
de João Batista.
Completou-se
o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. Os vizinhos
e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para
com Isabel, e alegraram-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar
o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias.
A
mãe, porém disse: “Não! Ele vai chamar-se João”. Os outros
disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!” Então
fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se
chamasse.
Zacarias
pediu uma tabuinha, e escreveu: “João é o seu nome”. E todos
ficaram admirados. No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu,
sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os
vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região
montanhosa da Judéia.
E
todos os que ouviam a notícia ficavam pensando: “Quem virá a ser
este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. E o menino
crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos,
até o dia em que se apresentou publicamente a Israel. -
Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova
Aliança: É claro que eles
tinham bons motivos para ficarem admirados! Engravida e dá à luz
uma mulher idosa e estéril. O pai fica mudo, depois de visitado por
um anjo. A mãe escolhe o nome do filho, quando tal tarefa cabia ao
pai. Estamos diante de uma autêntica revolução! Que menino seria
aquele?!
A
admiração só iria crescer com o passar do tempo, quando o jovem
João se retirasse para o deserto, vestido com o cinturão de couro
dos profetas, e acabasse acompanhado por numerosos discípulos e
procurado por incontável multidão, atenta ao anúncio de um Reino
que se aproximava. (Mt 3, 4ss.) A admiração, mesclada a uma dose de
medo, chegaria ao palácio de Herodes, para quem os brados do Batista
soavam como chicotadas. Seria ele o Messias?
Não.
Não era ele o Messias, mas a voz que clama no deserto (cf. Is 40,
3). Sua missão era aguardar que surgisse ali, na margem do Jordão,
Aquele que iria batizar no fogo e no Espírito. Então, João
apontaria um longo indicador – como na tela de Matthias Grünewald
– e bradaria bem alto, para todos ouvirem: “Eis o Cordeiro de
Deus, a vítima que tira o pecado do mundo!”
Cumprida
esta missão, já podia ser preso e degolado. Importava que Jesus
crescesse e ele fosse diminuído. Se até aqui admirávamos o perfil
ascético e a extrema ousadia de João, agora devemos admirar a sua
humildade.
Pena
que tenhamos perdido a capacidade de nos admirar das obras que Deus
realiza em nossa vida. Assim como o povo judeu, cuja história
registrava notáveis intervenções de Deus em seu favor, também nós
ficamos “vacinados” diante da ação divina... Como se Deus
tivesse obrigação de gerar vidas, mandar mais chuvas, manter os
astros em suas órbitas. Como se tudo fosse... “natural”...
Cada
criança que nasce deveria levar-nos a mirar, remirar e admirar a
obra do Deus da vida, que insiste em nos dar filhos e filhas. Cada
nova estação, cada nova sementeira e cada nova colheita
despertariam nosso louvor e nossa ação de graças. Deus permanece
fiel. Seus dons não se esgotam. Dá-nos força para a missão. A
vida faz sentido.
Ao
celebrar a natividade de João Batista (o único natalício celebrado
pela Liturgia, além dos de Jesus e Maria), deveríamos fazer uma
pausa para contemplar as maravilhas de Deus em nossa própria vida. E
nos perguntar sobre a missão que o Senhor reservou para nós.
Estamos
sendo fiéis à nossa missão?
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JUNHO:
Geral
– Cultura do Diálogo: Que prevaleça entre os povos uma
cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Missionária
– Nova Evangelização: Que nos ambientes onde mais se
percebe a influência do secularismo, as comunidades cristãs possam
promover com eficácia uma nova evangelização.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Adaptação:
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia