18º
Domingo do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
dos domingos comum - Ofício dominical comum
Glória
e Creio - Cor: Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona:
Salmo 69,2.6 - Meus Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor,
em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor,
não tardeis mais.
Oração
do Dia: Manifestais, ó Deus, vossa inesgotável bondade para
com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como
criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e
conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Eclo 1,2; 2,21-23
Que
resta ao homem de todos os seus trabalhos?
“Vaidade
das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é
vaidade". Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência,
competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a
outro que em nada colaborou. Também isso é vaidade e grande
desgraça. De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e
preocupações que o desgastam debaixo do sol? Toda a sua vida é
sofrimento, sua ocupação, um tormento. Nem mesmo de noite repousa
o seu coração. Também isso é vaidade. -
Palavra do Senhor.
Salmo: 89,3-4.5-6.12-13.14.17
(R.1)
Vós
fostes ó Senhor, um refúgio para nós.
Vós
fazeis voltar ao pó todo mortal,/ quando dizeis: "Voltai ao
pó, filhos de Adão!"/ Pois mil anos para vós são como
ontem,/ qual vigília de uma noite que passou.
Eles
passam como o sono da manhã,/ são iguais à erva verde pelos
campos:/ de manhã ela floresce vicejante,/ mas à tarde é cortada
e logo seca.
Ensinai-nos
a contar os nossos dias,/ e dai ao nosso coração sabedoria!/
Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?/ Tende piedade e
compaixão de vossos servos!
Saciai-nos
de manhã com vosso amor,/ e exultaremos de alegria todo o dia!/ Que
a bondade do Senhor e nosso Deus/ repouse sobre nós e nos conduza!/
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
Segunda
Leitura: Cl 3,1-5.9-11
Esforçai-vos
por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.
Irmãos:
Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas
do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às
coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e
a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo,
vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também
com ele, revestidos de glória.
Portanto,
fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza,
paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria. Não mintais
uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira
de agir e vos revestistes do homem novo, que se renova segundo a
imagem do seu Criador, em ordem ao conhecimento. Aí não se faz
distinção entre judeu e grego, circunciso e incircunciso, inculto,
selvagem, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos. -
Palavra do Senhor.
Evangelho:
Lc 12,13-21
E
para quem ficará o que tu acumulaste?
Naquele
tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: "Mestre,
dize ao meu irmão que reparta a herança comigo". Jesus
respondeu: "Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir
vossos bens?" E disse-lhes: "Atenção! Tomai cuidado
contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha
muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de
bens".
E
contou-lhes uma parábola: "A terra de um homem rico deu uma
grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: 'O que vou fazer? Não
tenho onde guardar minha colheita'. Então resolveu: 'Já sei o que
fazer! Vou derrubar meus celeiros e fazer maiores; neles vou guardar
todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim
mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa,
come, bebe, aproveita!' Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda esta
noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu
acumulaste?' Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo,
mas não é rico diante de Deus”. - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): O
Evangelho é toda uma lição de desapego e de liberdade diante dos
bens deste mundo, como também de partilha fraterna do que se
possui. Esta postura decorre da maneira como se considera o Reino na
vida do discípulo. O apego exagerado às riquezas denota uma forma
de idolatria, que redunda no menosprezo de Deus e na opção por
valores contrários aos dele. Portanto, a opção evangélica vai na
contramão da cobiça e da avareza.
Com
este pano de fundo, entende-se a estranheza de Jesus diante da
solicitação do indivíduo, que o pedia para intervir numa questão
de divisão de herança. A missão do Mestre não comportava ser
mediador neste tipo de problema. Antes, sua preocupação consistia
em precaver as pessoas da busca desenfreada de bens, iludidos de
poderem chegar a ser felizes, à custa da abundância de riqueza. A
posse de bens não é, necessariamente, fator de realização para o
ser humano!
A
parábola contada por Jesus pode ter-se baseado num fato conhecido
de seus ouvintes. O Mestre enriqueceu-o com elementos que ajudam a
interpretá-lo. O homem rico gastou toda a sua vida acumulando bens.
Sua ambição não tinha limites. Quando pensou ter ajuntado o
suficiente, imaginou que tinha chegado a hora de beneficiar-se de
sua fortuna. Enganou-se! Foi colhido pela morte, tendo de prestar
contas a Deus. É impossível enganar-se quanto à sorte eterna de
quem jamais pensou em partilhar. Sendo rico para si mesmo, o homem
era paupérrimo diante de Deus.
O
discípulo do Reino deve precaver-se desta loucura!
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE AGOSTO:
Geral
– Pais e Educadores: Que os pais e educadores ajudem às
novas gerações a crescer com uma consciência reta e vida
coerente.
Missionária
– Igrejas locais na África: Que as Igrejas locais na
África promovam a construção da paz e da justiça na fidelidade
ao Evangelho.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo
do Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Adaptação:
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia