Liturgia
Diária Comentada 05/08/2013
18ª
Semana do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
Comum - Ofício do dia
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona:
Salmo 69,2.6 - Meus Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em
socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não
tardeis mais.
Oração
do Dia: Manifestais, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com
os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como
criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e
conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Nm 11,4b-15
Não
posso suportar sozinho o peso de todo este povo.
Naqueles
dias, os filhos de Israel começaram a lamentar-se, dizendo: “Quem
nos dará carne para comer? Vêm-nos à memória os peixes que
comíamos de graça no Egito, os pepinos e os melões, as verduras,
as cebolas e os alhos. Aqui nada tem gosto ao nosso paladar, não
vemos outra coisa a não ser o maná”. O maná era parecido com a
semente do coentro e amarelado como certa resina. O povo se
dispersava para o recolher e o moía num moinho, ou socava num pilão.
Depois o cozinhavam numa panela e faziam broas com gosto de pão
amassado com azeite.
À
noite, quando o orvalho caía no acampamento, caía também o maná.
Moisés ouviu, pois, o povo lamentar-se em cada família, cada um à
entrada de sua tenda. Então o Senhor tomou-se de uma cólera
violenta, e Moisés, achando também tal coisa intolerável, disse ao
Senhor: “Por que maltrataste assim o teu povo? Por que gozo tão
pouco do teu favor, a ponto de descarregares sobre mim o peso de todo
este povo? Acaso fui eu quem concebeu e deu à luz todo este povo,
para que me digas: ‘Carrega-o ao colo, como a ama costuma fazer com
a criança; e leva-o à terra que juraste dar a seus pais!’ Onde
conseguirei carne para dar a toda esta gente? Pois se lamentam contra
mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer!’ Já não posso suportar
sozinho o peso de todo este povo: é grande demais para mim. Se
queres continuar a tratar-me assim, peço-te que me tires a vida, se
achei graça a teus olhos, para que eu não veja mais tamanha
desgraça” - Palavra do Senhor.
Salmo: 80,12-13.
14-15. 16-17 (R. 2a)
Exultai
no Senhor nossa força.
Mas
meu povo não ouviu a minha voz, Israel não quis saber de
obedecer-me. Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos,
abandonei-os a seu duro coração.
Quem
me dera que meu povo me escutasse! Que Israel andasse sempre em meus
caminhos! Seus inimigos, sem demora, humilharia e voltaria minha mão
contra o opressor.
Os
que odeiam o Senhor o adulariam, seria este seu destino para sempre;
eu lhe daria de comer a flor do trigo, e com o mel que sai da rocha o
fartaria.
Evangelho:
Mt 14,13-21
Ergueu
os olhos para o céu e pronunciou a bênção.
Naquele
tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de
barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões
souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair
do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por
eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos
aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora
já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos
povoados comprar comida!” Jesus, porém, lhes disse: “Eles não
precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!”
Os
discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois
peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui”. Jesus mandou que as
multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os
dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em
seguida, partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os
distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e,
dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os
que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar
mulheres e crianças”. - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Antônio Carlos
Santini / Comunidade Católica Nova Aliança): A multidão sofre as
penúrias do deserto. Longe de qualquer povoação, não existe
alimento disponível. É bem mais cômodo despedi-la para suas casas.
Voltariam com fome, é claro; que se há de fazer? Não é
interessante como nós nos acostumamos com a fome... dos outros? Mas
Jesus vê as coisas por outro ângulo.
Muito
mais que resolver um problema social, Jesus de Nazaré se deixa mover
por uma profunda compaixão. Ele se “condói”, “tem pena” da
turba. O verbo aqui empregado no texto grego (esplagnísthe) do
Evangelho denota um movimento das suas “entranhas”, um retorcer
das “vísceras abdominais”. Um frio na barriga, diríamos nós.
Uma forte reação somática diante das necessidades do povo. E
jamais chegaremos a explorar plenamente este lado “humano” de
Jesus Cristo.
Jesus,
porém, logo devolve a seus discípulos a responsabilidade pela
situação. Eles já tinham visto o Mestre em ação: foram
autênticas testemunhas oculares quando ele curara o servo do
centurião, quando acalmara a tempestade no lago, quando expulsara
demônios, quando fizera andar o paralítico, quando ressuscitara a
filha de Jairo. Depois de tudo, pode ser que seus discípulos
esperassem do Mestre mais uma ação sobrenatural. Milagres a
granel... E, surpresos, ouvem a ordem: “Vós mesmos, dai-lhes de
comer!”
Os
discípulos contabilizavam apenas seus parcos recursos humanos: cinco
pães e dois peixinhos. Parece pouco, muito pouco, mas basta para o
Senhor. “Trazei-os aqui!” E com aqueles gestos que fazem pensar
na futura ceia da Quinta-feira Santa, Jesus abençoa e multiplica
aqueles dons.
É
milagre, sim! Nada mais vão e artificial que o esforço de certos
teólogos ao afirmar que foi a “partilha” que alimentou a
multidão. Precisam dar asas à imaginação e contar com outros
farnéis que o Evangelho jamais registrou. A desproporção entre os
dons e o número dos convivas, tudo somado às sobras (doze cestos
repletos!), apenas sinaliza para o poder e a misericórdia sem
limites de nosso Deus.
Mas
permanece válido em nossos dias o imperativo de Jesus: “Vós
mesmos dai-lhes de comer!” Isto é: nada de ficar esperando pelas
“mágicas” de Deus, quando nós mesmos devemos nos comprometer
pessoalmente com as necessidades de nossos irmãos. Deus prefere agir
costumeiramente através de mediações humanas: servidores que lhe
emprestam as mãos, os pés, a voz e... o sangue...
Diante
da miséria do mundo – material e espiritual -, será que a minha
barriga vai permanecer sossegada?
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE AGOSTO:
Geral
– Pais e Educadores: Que os pais e educadores ajudem às
novas gerações a crescer com uma consciência reta e vida coerente.
Missionária
– Igrejas locais na África: Que as Igrejas locais na
África promovam a construção da paz e da justiça na fidelidade ao
Evangelho.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia - catolicoscomjesus@gmail.com