Liturgia
Diária Comentada 30/12/2013
Oitava
do Natal - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal - Ofício do dia - Glória
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” – São Mateus
Antífona: Sabedoria
18,14-15 - Enquanto um profundo silêncio envolvia o universo e a
noite ia no meio do seu curso, desceu do céu, ó Deus, do seu trono
real, a vossa palavra onipotente.
Oração
do Dia: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que o novo nascimento de
vosso Filho como homem nos liberte da antiga escravidão do pecado.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 2,12-17 Aquele que faz a vontade de Deus permanece para
sempre
Eu
vos escrevo, filhinhos: os vossos pecados foram perdoados por meio do
seu nome. Eu vos escrevo, pais: vós conheceis aquele que é desde o
princípio. Eu vos escrevo, jovens: vós vencestes o maligno. Já vos
escrevi, filhinhos: vós conheceis o Pai. Já vos escrevi, jovens:
vós sois fortes, a Palavra de Deus permanece em vós e vencestes o
Maligno.
Não
ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não
está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - as paixões
da natureza, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza
- não vem do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa, e também a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para
sempre. - Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: A leitura é uma
exortação afetuosa à comunidade cristã a ser coerente, nas opções
feitas sob o olhar de Deus e do mundo. Dos pais exige-se uma fé
madura, dos jovens uma fé que vença as facilidades do mundo. O
cristão vive no mundo, mas sabe que o mundo é passageiro.
Nossa
geração descobriu o valor da criação e o empenho moral pela
salvaguarda das criaturas e a libertação do homem. Todo cristão é,
pois, obrigado a viver no mundo, a serviço do homem, a fim de
testemunhar Cristo e levar aos irmãos sua mensagem de salvação,
sem, porém, se confundir com o mundo, sem aceitar seus compromissos
e seus modelos de comportamento, negação do espírito de humildade,
pobreza, caridade, que deve animar a vida do fiel.
Só
esvaziando o coração do amor do mundo, do desejo de posse dos bens
caducos, poderemos encher o coração do amor de Deus e dos irmãos.
"Não se pode servir a dois senhores" (Mt 6,24), diz Jesus.
O cristão deve fazer continuamente uma escolha: Deus ou o mundo, a
luz ou as trevas, a liberdade ou a escravidão. Nossa tristeza, as
muitas desilusões que experimentamos, tem quase sempre sua origem na
absurda tentativa de conciliar Deus com o mundo, esquecidos de que
"se alguém ama o mundo, nele não está o amor do Pai".
Salmo:
95 (96) O céu se rejubile e exulte a terra!
Ó
família das nações, dai ao Senhor, ó nações, dai ao Senhor
poder e glória, dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!
Oferecei
um sacrifício nos seus átrios, adorai-o no esplendor da santidade,
terra inteira, estremecei diante dele!
Publicai
entre as nações: Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável,
e os povos ele julga com justiça.
Evangelho:
Lc 2,36-40 Pôs-se a falar do menino a todos que esperavam a
libertação de Jerusalém.
Naquele
tempo, havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da
tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido
casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora
já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e
noite servindo a Deus com jejuns e orações.
Ana
chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a
todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de
cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para
Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de
sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. - Palavra da
Salvação.
Comentário: A
profetisa Ana completa a plêiade dos justos envolvidos nos eventos
em torno do nascimento do Messias Jesus. De Zacarias e Isabel
afirmou-se que eram “justos diante de Deus e caminhavam
irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor”.
Isabel, “cheia do Espírito Santo”, proclamou as glórias da mãe
do Salvador. João Batista, “desde o ventre materno”, esteve
cheio do Espírito Santo, destinado a ser “profeta do Altíssimo”,
cujos caminhos haveria de preparar. Maria reconheceu-se “humilde
serva do Senhor”, disposta a cumprir em tudo a sua santa palavra.
Fala-se pouco de José, sendo sublinhada somente sua prontidão em
cumprir as leis civis (vai com Maria até Belém para alistar-se no
recenseamento), bem como, as leis religiosas (no prazo previsto, vai
com sua esposa e seu filho ao templo de Jerusalém realizar os ritos
da purificação). Simeão é apresentado como um homem “justo e
piedoso”, que esperava a realização das promessas divinas feitas
a Israel. O Espírito revelou-lhe que não haveria de morrer “sem
ver o Cristo do Senhor”. O mesmo Espírito conduziu-o ao templo
para o encontro com o Messias.
Ana,
por sua vez, é apresentada como uma mulher fiel e temente a Deus. A
maior parte de sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor, no
templo, com jejuns e orações. Sua piedade foi recompensada com a
graça de reconhecer no menino Jesus a realização das esperanças
de Israel. - (Padre Jaldemir
Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE DEZEMBRO:
Geral
– Crianças abandonadas: Que as crianças abandonadas ou
vítimas de qualquer forma de violência encontrem o amor e a
proteção de que necessitam.
Missionária
– Preparação da vinda do Salvador: Que nós, cristãos,
iluminados pela luz do Verbo Encarnado, preparemos a vinda do
Salvador.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas
mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na
vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a
mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que
se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo
do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do
Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir
em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso
Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas
apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a
dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da
vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal
abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a
30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem
formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de
leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta"
muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano