DIOCESE
DE LIMEIRA
23º
DOMINGO DO TEMPO COMUM
07
de setembro de 2014 - Dia da Pátria: Grito dos Excluídos
“Se
teu irmão te ouvir, ganharás o teu
irmão”
Leituras:
Livro do Profeta Ezequiel 33, 7-9; Salmo 94 (95), 1-2,6-7,8-9; Carta
de São Paulo aos Romanos 13, 8-10; Mateus 18, 15-20.
COR
LITÚRGICA: VERDE
Animador:
Nesta
Eucaristia,
a Palavra nos diz que somos responsáveis uns pelos outros, dando
suporte aos mais fracos e indecisos. Poucos de nós têm a coragem de
advertir o próximo. É mais fácil condenar ou até ficar
indiferente. É preciso assumir nossa condição, porque seremos
julgados pelo amor. Com amor há reconciliação, há comunhão e
temos a certeza que Deus aí está. Queremos rezar de um modo
especial pela nossa Pátria, para que possamos construir um Brasil
onde haja sempre a opção pela vida.
Iniciando
o mês da Bíblia deixemos que a Palavra de Deus nos converta ao
amor, ao perdão e ao serviço dos irmãos e irmãs mais
necessitados.
1.
Situando-nos
Já
avançamos muito no caminho espiritual do Tempo Comum, chegando ao
seu 23º domingo. Este é um tempo propício para encontrarmo-nos com
o Ressuscitado no cotidiano da vida, no dia a dia, nos conflitos
diários, e aí testemunhá-lo. A referência para o nosso agir e
pensar no mundo é o próprio Jesus de Nazaré em seu mistério
salvífico proclamado e vivido em nossas celebrações.
Renunciar
a si mesmo para seguir a Jesus Cristo foi a exigência do Senhor para
todos nós cristãos no domingo passado. Esta exigência cristã tem
suas conseqüências concretas em nossas relações humanas
experimentadas na comunidade de fé, principalmente no cuidado e na
facilitação da participação da salvação do irmão e da irmã.
Estamos
ouvindo o quarto dos cinco discursos de Jesus no Evangelho de Mateus
(cap. 18). Jesus está em diálogo com os seus discípulos (Cf.
17,25b; 18,1), tendo Pedro como protagonista. Estes discípulos são
as diversas pessoas, homens e mulheres, que decidiram segui-lo. No
contexto do Evangelho de Mateus é a própria comunidade cristã, a
Igreja, que se torna a destinatária do ensinamento do mestre.
Para
Mateus Igreja – “ecclesia” – é chamada a ser sinal do reino
de Deus na história, até que esta chegue à sua plenitude. Isso
exige dos membros da Igreja atitudes concretas e diferenciadas no
cuidado do irmão e da irmã pela prática da Lei maior: a vivência
do mandamento do amor a si e ao próximo.
2.
Recordando a Palavra
Na
comunidade cristã, somos responsáveis uns pelos outros. Até mesmo
quando um irmão ou uma irmã se perde ou erra. O ensinamento de
Jesus, portanto, propõe uma pedagogia para corrigir este irmão ou
esta irmã. Esta pedagogia prevê três atitudes ou etapas a serem
seguidas.
A
primeira atitude é ir ao encontro do irmão e corrigi-lo em
particular (v.15). Se ele conseguir retornar ao caminho cristão,
cumpriremos a nossa missão de recuperá-lo. Caso contrário, teremos
ainda uma segunda atitude: chamar mais uma ou duas pessoas da
comunidade para ajudá-lo (v.16). Se ele ainda não conseguiu retomar
o caminho cristão, arrependendo-se do erro, temos ainda a terceira
atitude: dizer à Igreja (v.17a).
Os
demais versículos do discurso são a justificativa de Jesus para que
a comunidade eclesial assuma e seja suporte ao irmão que errou e se
afastou dela (vv.18-20), pois a Igreja deve ser lugar de laços de
unidade.
3.
Atualizando a Palavra
Jesus
é muito exigente quando se trata do seguimento a Ele e do
acolhimento de sua Palavra. Em um mundo onde tem reinado a exclusão
do outro, nos últimos anos, tendo como ícone os chamados Reality
shows, período de meses do ano quando muitos ficam fixos na
televisão e chegam a contribuir com altas somas, somente para
“eliminar” alguém da “casa”, num desejo de condená-lo e
destruí-lo, muitos não compreendem e, muitas vezes, vêem com
dificuldades as exigências do Evangelho.
Por
decorrência, deixando-nos guiar pelo “espírito do mundo”,
quando um irmão ou uma irmã de nossa comunidade cristã erra,
comete pecado ou se desvia dos mandamentos de Deus, renunciando a uma
vida condizente com o seu nome de cristão, a atitude mais comum
dentre nós pode ser aquela do julgamento ou até mesmo da exclusão
da pessoa do grupo ou da comunidade. O desejo, muitas vezes, é o de
querer “consertar o mundo”, “fazer justiça com as próprias
mãos”, condenando quem errou.
Decorrente
dessa postura cristã interna em nossas comunidades, temos hoje o
Grito dos Excluídos em todo o Brasil. Há precisamente 192 anos, no
dia 07 de setembro de 1822, após 322 anos de submissão à Coroa
Portuguesa, foi proclamada a Independência do Brasil, fato
imortalizado pela tela de Pedro Américo.
Para
marcar este dia, também enquanto união entre liturgia e vida, a
CNBB criou o Grito dos Excluídos. O evento nasceu de 2ª Semana
Social Brasileira, nos anos de 1993 e 1994.
Organizado
pelas Pastorais Sociais da CNBB, o “Grito” tem como objetivos:
denunciar a exclusão social, tornar público o rosto desfigurado dos
excluídos e propor caminhos cristãos de saída para um modelo
social, político e econômico mais justo (Para maiores detalhes da
história e objetivos do Grito do Excluídos, consultar sua página:
http://www.gritodosexcluidos.org/.
Acesso em 9/4/2014).
O
sistema sociopolítico e econômico implantado em nosso país ainda
tem gerado uma grande quantidade de pessoas excluídas das mais
básicas condições de vida. Nossa missão cristã exige a denúncia
dessas estruturas injustas, pois isso nos será cobrado. Deus nos
pedirá conta da advertência ou não que fizemos, até mesmo ao
“ímpio” (Cf. Ez 33,7b).
4.
Ligando a Palavra com ação litúrgica
“O
amor é o cumprimento perfeito da Lei” (Rm 13, 10b), nos diz o
Senhor neste dia, quando nos convida a uma atitude nova adiante do
irmão ou da irmã que erra. E ele é mais radical ainda quando diz:
“Não fiqueis devendo nada a ninguém... a não ser o amor, pois
quem ama o próximo esta cumprindo a Lei” (Rm 13,8).
O
amor cristão, portanto, se traduz no esforço constante de sermos os
“vigias” da comunidade cristã, missão estabelecida pelo próprio
Deus (Cf. Ez 33,7). E vigiar não significa ser fiscal, controlador,
mas sim, ter a atitude de velar sobre alguém, ser a sentinela do
irmão ou da irmã, não “fechando coração” (Sl 94,8) para
eles, mas advertindo-os e orientando-os, para que não se percam.
O
ímpio pode se perder e morrer por culpa própria, mas, caso não o
ajude, ele se perderá por minha culpa, pois seremos cobrados por sua
vida, para que a nossa diante de Deus, não ser peca (cf. Ez 33,9).
O
nosso referencial é sempre Cristo Jesus, presente em nosso meio
enquanto celebramos. É ele mesmo quem teve a atitude primeira de
assumir a missão recebida do Pai: “esta é a vontade daquele que
me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os
ressuscite no último dia” (Jo 6,39). Não podemos perder ninguém!
Na
Celebração Eucarística, por excelência, pela invocação do
Espírito Santo sobre a assembleia (Epiclese) e, consequentemente,
pela participação do único pão eucarístico, somos por Deus
constituídos e formamos um só corpo com Cristo. E a assembléia
celebrante confirma aclamando: “Fazei de nós um só corpo e um só
espírito”.
Esta
unidade sacramental deve ser traduzida no cotidiano da vida também
pelo cuidado, pela vigilância e pelo amor mútuo que deve reinar
entre os cristãos.
Oração
da Assembléia
Presid.:
A Palavra de Deus hoje evidencia a comunhão e o amor fraterno na
comunidade eclesial e também na oração, na correção amorosa e na
mútua amizade.
1.
Senhor, que a Igreja não desanime de ensinar e transmitir ao seu
povo a tua Palavra. Peçamos:
Todos:
Acolhe
nossa prece, Senhor e derrame sobre nós o teu amor.
2.
Senhor, que o nosso querido Brasil tenha governantes justos, que
olhem com mais cuidado o povo ao qual representam, para que nossa
sociedade se torne mais justa e fraterna. Peçamos:
3.
Senhor, por todos nossos irmãos e irmãs sofredores para que possam
sempre encontrar em tua Palavra o sustento necessário. Peçamos:
4.
Senhor, que nossa comunidade, através de tua Palavra, possa viver
conforme teus ensinamentos e exemplos. Peçamos:
(Outras
intenções)
Presid.:
Senhor, abri nossos olhos e ouvidos para que estejamos sempre de
coração aberto, para sermos capazes de ver e ouvir as obras que
realizais em nosso favor. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
III.
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO
SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente:
Ó
Deus, fonte da paz e da verdadeira piedade, concedei-nos por esta
oferenda render-vos a devida homenagem, e fazei que nossa
participação na Eucaristia reforce entre nós os laços da amizade.
Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
ORAÇÃO
APÓS A COMUNHÃO:
Presidente:
Ó Deus, que nutris e fortificais vossos fiéis com o alimento da
vossa palavra e do vosso pão, concedei-nos, por estes dons do vosso
Filho, viver com ele para sempre. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
ATIVIDADES
DA SEMANA
Dia
05 de setembro – sexta-feira: Atendimento
residência episcopal – 9h00 até 11h00.
Dia
06 e 07 de setembro – sábado: Matrimônio
da sobrinha de Dom Vilson em Guaíra.
Dia
09 de setembro – terça-feira: Missa
– Fórum da RCC - Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Americana –
19h30min
Dia
10 de setembro – quarta-feira: Missa
– Centenário da Paróquia Nossa Senhora das Dores – Sete Dores
de Maria – Nova Odessa – Padre Ocimar - 19h30min.
Dia
11 de setembro – quinta-feira: Programa
na TV Século 21 – com Padres Alexandre e Luís Fabiano – 09h00;
Atendimento Residência Episcopal – 16h00; Missa – Novena Nossa
Senhora das Dores – Padre Edson – Artur Nogueira – 19h30min.
Dia
13 de setembro – sábado: Missa
- inauguração do Memorial do Padre Sebastião Sérgio Cabral de
Vasconcelos – 09h30min – Padre Osmar; Crisma na paróquia São
Benedito – Padre João Luiz – Araras – 19h00.
Dia
14 de setembro – domingo: Crisma
Nossa Senhora Auxiliadora – Padre Jeferson – 09h00, cidade de
Americana; Crisma na Nossa Senhora Rosa Mística – Padre Anderson –
18h30min – Porto Ferreira.
Dia
15 de setembro – segunda-feira:
Missa Nossa Senhora das Dores – Limeira – 10h00 – almoço no
CDL
Dia
16 até 26 de setembro – Bispo em ROMA
BÊNÇÃO
E DESPEDIDA:
Presid.:
O Senhor esteja convosco.
T.:
Ele está no meio de nós.
Presid.:
Que o Senhor os abençoe e os dê forças na correção fraterna. Por
Cristo nosso Senhor.
T.:
Amém.
Presid.:
Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
T.:
Amém.
Presid.:
Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
T.:
Graças a Deus.