28ª
Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Solenidade:
NOSSA SENHORA APARECIDA – Padroeira do Brasil
Prefácio
próprio - Ofício da Solenidade – Glória e Creio
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Branco:
Simboliza a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de
Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades, pode ser substituída
pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Antífona: Com
grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu
Deus, pois me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada
de suas joias.
Oração
do Dia: Ó Deus, todo - poderoso, ao rendermos culto à Imaculada
Conceição de Maria, mãe de Deus e senhora nossa, concedei que o
povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça,
possa chegar um dia à pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro de Ester 5,1b-2; 7,2b-3
Ester
revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo
interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava
sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. Ao ver a
rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e
estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se
para tocar a ponta do cetro.
Então,
o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça?
Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”.
Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se
for de teu agrado, concede-me a vida - eis o meu pedido! - e a vida
do meu povo - eis o meu desejo!” - Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: Temos neste trecho
o desfecho de um episódio que por pouco não se transformou em
massacre do povo eleito, exilado e cativo na Pérsia. Ester
substituía a rainha Vasti, destronada por ter caído na desgraça do
Rei Xerxes. Aman, primeiro ministro do rei, odiava os judeus e
conseguiu que ele consentisse o extermínio do povo de Deus.
Ester
sendo judia e sabendo da trama, intercede em favor de seu povo e
alcança o beneplácito do rei. Ester é figura de Maria enquanto
intercede pela salvação do povo.
Salmo: 44(45),11-12a.12b-13.14-15a.15b-16
(R. 11.12a)
Escutai,
minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
Escutai,
minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa
paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe
homenagem: é vosso Senhor!
O
povo de Tiro vos traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem
favores. Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos
brocados de ouro.
Em
vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam
cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam,
então, no palácio real”.
Segunda
Leitura: Livro do Apocalipse de São João 12,1.5.13a.15-16a
Apareceu
no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua
debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. E ela
deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações
com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do
seu trono. Quando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão
começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. A
serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher, a
fim de a submergir. A terra, porém, veio em socorro da mulher. -
Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: A mulher adornada
de todo seu esplendor – o sol, a lua e as doze estrelas, imagens
tradicionais – simbolizam o povo de Deus: antes de tudo, o antigo
Israel, do qual nasceu Jesus segundo a carne; depois o novo Israel, a
Igreja, Corpo de Cristo. Um e outro são vitimas das perseguições
do dragão, isto é, de satanás, aqui descrito como os símbolos do
domínio. O menino, dado à luz pela mulher, é evidentemente o
messias, visto tanto em sua realidade histórica como misticamente
nos cristãos.
Evangelho
de Jesus Cristo segundo João 2,1-11
Naquele
tempo, houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus
estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido
convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de
Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus
respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda
não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o
que ele vos disser”.
Estavam
seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus
costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.
Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”.
Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao
mestre-sala”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água
que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas
os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a
água.
O
mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve
primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão
embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom
até agora!” Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou
em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e seus discípulos
creram nele. - Palavra da Salvação.
Comentário
(Vida Pastoral nº 250 ©Paulus 2006): Com
o episódio das bodas de Caná, João quer afirmar que Jesus é o
novo e verdadeiro esposo da humanidade. De fato, o simbolismo do
matrimônio foi amplamente empregado no Antigo Testamento para
conotar o relacionamento entre Deus e seu povo (Os 2,16-25; Is
1,21-23; 49,14-26 etc.). O próprio João Batista apresenta Jesus
como o esposo (1,15.27.30; cf. 3,29). O texto, portanto, deve ser
entendido simbolicamente. Partindo de uma festa de casamento num
povoado, o evangelista monta um texto no qual Jesus é apresentado
como esposo definitivo da humanidade, o único capaz de trazer vinho
novo e insuperável. O vinho é símbolo do amor (cf. Ct 1,2) e sua
abundância está associada à vinda do Messias. Outro detalhe
importante: seguindo a contagem dos dias mencionados em 1,19-51, o
episódio de Caná acontece no “sexto dia” da primeira semana
simbólica do Evangelho de João. Esse detalhe é importante pois, de
acordo com Gn 1,26ss, a humanidade surgiu no sexto dia da criação.
Em Caná, portanto, irá nascer “a nova humanidade”, esposa de
Jesus, “o novo e definitivo esposo” que traz o vinho do amor
insuperável. Todavia, a “hora” desse “vinho” ainda não
chegou. Chegará na cruz (19,30.34).
O
episódio está dividido em duas partes: vv. 1-5 e vv. 7-10. O v. 6,
que descreve as talhas vazias, funciona como eixo de todo o episódio
e separa as duas partes. Na primeira, temos uma introdução (vv.
1-2) e a intervenção da mãe de Jesus, nomeada três vezes (vv.
1.3.5). Na segunda (vv. 7-10), a figura central é o mestre-sala,
também ele nomeado três vezes (vv. 8-9). Jesus e os serventes são
como que o fio condutor de todo o episódio. Aparecem tanto na
primeira parte quanto na segunda. O v. 11 é a interpretação do
fato.
a)
Vv. 1-5: A mãe de Jesus é a personificação da fidelidade a Deus
Após
a indicação do tempo e lugar em que é celebrado o casamento (não
se trata de pura indicação cronológico-geográfica, mas
teológica), o evangelista acrescenta: “a mãe de Jesus estava lá”
(v. 1) Com isso João quer dizer que ela pertence à antiga Aliança.
E o seu papel será esclarecido nas ações que ela cumpre a seguir.
O
v. 2 põe em cena Jesus. O Messias é convidado a participar da
Aliança antiga. Entrando em cena, põe em ação um movimento
irreversível. O vinho, sinal da alegria e do amor conjugal (cf. Ct
1,2; 7,10) vem a faltar na festa de casamento (v. 3). Isso significa
que a alegria e o amor devem ser recriados pelo Messias, o novo
esposo da humanidade.
A
intervenção da mãe de Jesus tem dois aspectos: por um lado mostra
a Jesus que “eles não têm mais vinho” (v. 3; estava lá mas
toma distância) e, por outro, dá ordem aos serventes: “façam
tudo o que ele mandar” (v. 5; não apenas toma distância, mas
estimula a buscar o novo que vem a obediência a Jesus). A mãe de
Jesus personifica aqui todos os que conservaram a fidelidade a Deus e
a esperança em suas promessas. Ela constata que os que não aderem a
Jesus “não têm mais vinho”. Para superar esse impasse é
preciso aceitar Jesus como Messias, o esposo da comunidade e da
humanidade: “Façam tudo o que ele mandar”.
Estranho
é o fato de Jesus se dirigir a sua mãe com o apelativo “mulher”.
Essa forma de tratamento não se encontra no Antigo Testamento e nem
na literatura rabínica. Por isso somos levados a considerar essa
mulher como figura simbólica, que supera a individualidade. É a
mãe/israel. Jesus faz-lhe ver a necessidade de romper com o passado
(ela pertence à antiga Aliança). Jesus não é um a mais, e sim o
definitivo, o único, aquele que traz a novidade radical. Essa
novidade está ligada à “hora” de Jesus (v. 4; cf. 7,30; 8,20;
12,23.27; 17,1), que será a sua morte na cruz. Nesse sentido, o
primeiro sinal (Caná) já aponta para o grande sinal do Evangelho de
João: Jesus que dá a vida porque ama até às últimas
consequências do amor.
A
sequencia do episódio é interrompida pela descrição das seis
talhas de pedra destinadas à purificação dos judeus (v. 6). Em
torno dessa descrição, João reforça, por contraste, o papel de
Jesus enquanto Messias e esposo. As talhas são de pedra (isso evoca
as tábuas da Lei) e são seis (as seis festa judaicas relatadas no
Evangelho de João, frias, manipuladas e desligadas da vida). As
talhas eram destinadas à purificação (conceito que torna difícil
o relacionamento com Deus, distanciando-o; um deus que precisa ser
“aplacado” com purificações). Estavam vazias (não são capazes
de restaurar o relacionamento com Deus). Além disso, o número seis
denota provisoriedade, e não obstante as talhas possam conter muito
(mais ou menos cem litros cada uma), são ineficazes (estão vazias).
b)
Vv. 7-10: Dando o melhor vinho, Jesus se revela o esposo da
humanidade
Jesus
manda encher as talhas com água. Assim ele passa a oferecer a nova
“purificação”, que não irá depender da Lei, pois as talhas
não irão conter o vinho novo (observe o que diz o v. 9b: “Os que
serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água). A
segunda ordem de Jesus: “Agora tirem e levem ao mestre-sala” (v.
8a) confere sentido e valor ao casamento, isto é, ao relacionamento
entre Deus e a humanidade. Esse relacionamento íntimo tem como única
razão de ser o amor total e a fidelidade plena, representados pelo
vinho novo e abundante (mais de seiscentos litros!) que o
Messias-esposo oferece.
O
mestre-sala é símbolo dos que não reconhecem o dom messiânico que
Deus faz em Jesus, o Messias-esposo da humanidade. Ele prova o vinho,
constata que há novidade radical no que é apresentado, mas atribui
o fato ao noivo: “Você guardou o vinho bom até agora” (v. 10).
Não reconhece que, no projeto de Deus, o melhor vem depois, isto é,
com Jesus.
c)
V. 11: O sinal manifesta a glória de Jesus
O
evangelista afirma que em Caná Jesus deu início a uma série de
sinais. O sinal de Caná é o protótipo dos demais que se seguirão.
Eles têm dupla finalidade: 1. Manifestar a glória de Jesus, isto é,
fazer ver que Deus condensou nas palavras e ações do Filho todo o
seu projeto de amor fiel (1,14), desde o início até a “hora” de
Jesus (17,1). Jesus é a glória de Deus, ou seja, a revelação e
mediação últimas do amor sem limites de Deus; 2. Conferindo
credibilidade a Jesus enquanto mediador do amor divino, os sinais
visam a suscitar a fé dos discípulos que acolhem Jesus e se
comprometem lealmente com ele: “seus discípulos acreditaram nele”
(v. 11b).
d)
Quem é a esposa do Messias-esposo?
Lendo
o episódio das bodas de Caná (palavra que significa “adquirir”),
percebe-se logo o engano em que caiu o mestre-sala: crê que o melhor
vinho tenha sido oferta do noivo. O leitor do evangelho e os
serventes sabem muito bem que Jesus é quem dá o vinho novo – o
amor sem limites –, pois ele é o Messias-esposo da humanidade. A
mensagem, contudo, vai além. O episódio mostra também quem é a
esposa do Messias-esposo: ela está representada na “mulher”, a
mãe de Jesus (que por sua vez representa o ISRAEL que reconheceu o
Messias), nos serventes que sabem de onde vem o vinho novo (v. 9) e
que obedecem a Jesus e nos discípulos que acreditam nele (v. 11b). É
assim que o Messias-esposo vai conquistando/adquirindo (“Caná”)
para si uma esposa.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE OUTUBRO:
Intenção
Universal: Paz nos países em conflito - Para
que o Senhor conceda a paz às regiões do mundo mais afetadas pela
guerra e pela violência.
Intenção
para a Evangelização: Dia
Mundial das Missões - Para
que o Dia Mundial das Missões desperte em cada cristão a paixão e
o zelo por levar o Evangelho a todo o mundo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
CATÓLICOS
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Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Crendo
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