DIOCESE
DE LIMEIRA
33º
DOMINGO DO TEMPO COMUM
16 de novembro
de 2014
Leituras:
Provérbios 31, 10-13.19-20.30-31; Salmo 127 (128), 1-2.3.4-5ab; Primeira Carta
de São Paulo aos Tessalonicenses 5,1-6; Mateus 25, 14-30.“Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos”
COR LITÚRGICA: VERDE
Animador: Nesta
páscoa semanal de Jesus, somos convidados a fazer render nossos talentos, pois
Deus não quer de volta o que nos deu. O talento que recebemos deve ser
aplicado, e o campo onde isso acontece é a família, a comunidade, a sociedade.
Trabalhar e fazer render os talentos, não é investir em si próprio para ser bem
sucedido na vida, mas para enriquecer a comunidade com valores do Reino de
Deus.
1. Situando-nos
Ao final do ano litúrgico a
liturgia nos oferece textos bíblicos de cunho escatológico, trazendo a temática
do comportamento humano diante do projeto de salvação de Deus e o seu
julgamento da história.
Isto não implica em dizer que
nossas celebrações devem pesar de uma certa carga negativa, a tal ponto de
sermos mais rigorosos no explicitar o julgamento de Deus do que o próprio Deus.
Faz parte da temática do fim dos tempos, do julgamento do mundo o seu sentido
salvífico de uma ação também misericordiosa de Deus diante dos nossos projetos
e adesão à sua Palavra.
Deus nos deu muitos dons e deu a
cada um aquilo que tem possibilidade de cumprir. Cabe a cada um a tarefa de
fazer “multiplicar”, desenvolver, crescer esses dons, pois não serão cobrados
os frutos dos dons recebidos quando Jesus vier em sua glória.
2. Recordando a
Palavra
Nos capítulos 24 e 25 do Evangelho
de Mateus Jesus faz o seu discurso ou sermão escatológico. O texto do Evangelho
deste domingo é o penúltimo das doze comparações que Jesus faz do Reino de
Deus.
Além da mudança do início do
Evangelho, que não interfere muito no seu sentido e contexto, o Lecionário nos
oferece duas possibilidades para a proclamação do Evangelho de Mateus neste
domingo: o texto mais longo e o mais breve. Sabemos que a escolha de uma
palavra ou texto no contexto litúrgico incide em mudança de uma opção
teológica. O mesmo se aplica à escolha e interferência sobre o texto bíblico.
Neste caso, ao nos dar a
possibilidade do texto breve, o Lecionário faz uma opção teológico-litúrgica.
Na opção do texto mais breve são eliminados os versículos 16-18 e 22-30,
finalizando apenas com o elogio feito ao empregado que recebera cinco talentos.
E os outros dois que receberam 2 e 1 talentos, respectivamente?
Os primeiros versículos excluídos
contam o comportamento, o que cada empregado fez com os talentos recebidos; e
os demais versículos excluídos tratam do julgamento final que o patrão deu a
cada um dos empregados, sobretudo àquele que não fez crescer o talento que lhe
fora dado.
Pela leitura breve, o Lecionário
indica contexto mais “positivo” do julgamento final de Deus a história. Por
outro lado, acaba eliminando o contraponto que é justamente a possibilidade de
não optarmos em corresponder à missão que Deus nos deu. E, diante disso,
assumirmos as consequências de nossas opções.
Por isso, a sugestão é que tomemos
o texto mais longo do Evangelho, que nos ajudará a adentrarmos na ação de Deus
reforçada pelas demais leituras. Não devemos dar uma carga negativa ao
julgamento de Deus por isso. Quem sabe até exigindo do povo aquilo que não
somos capazes de realizar!
3. Atualizando
a Palavra
Ao
final de cada ano civil, é comum fazermos uma espécie de retrospectiva do ano
que finda. Alguns até se penitenciam por aquilo que fizeram ou deixaram de
fazer, agradecendo o ano vivido ou querendo mesmo que se vá, pois não foi um
período muito bom para suas vidas.
O
final de um ano litúrgico não é tão diferente. É tempo de olharmos para o alto,
olharmos par ao nosso destino em Deus e revermos a caminhada que fizemos com o
Senhor durante o ano. Com nosso batismo, assumimos o compromisso de seguimento
a Jesus Cristo, na escuta da sua Palavra e na vivencia dos valores evangélicos,
colocando os nossos dons a serviço do Reino de Deus.
Ao
final dos tempos, não seremos julgados senão pelo amor que vivemos ou não, pela
fidelidade ou não à Palavra de Deus. Ora, e como não sabemos nem o dia, nem a
hora, devemos estar constantemente preparados, vigilantes, aguardando o Senhor
que virá (Cf. 1Ts 5, 1-6 – segunda leitura).
4. Ligando a
Palavra com ação litúrgica
Para
a vida e o serviço do Reino, Deus dá seus dons a cada um, e os dá conforme a
capacidade de cada pessoa. A parábola contada por Jesus aos seus discípulos põe
em evidencia que Deus não exige de todos de igual maneira. Não existe uma
formula ou valoração universal a partir da qual todos são julgados e exigidos.
A
cada um é exigido conforme o que recebeu e conforme a sua capacidade de poder
fazer frutificar o que recebeu. Mas a exigência pelo resultado do fruto é igual
para todos. E é dele que devemos prestar contas.
O
que Deus esperar é que cada um tenha a habilidade necessária para o trabalho,
como a mulher que é elogiada pelo autor do livro dos Provérbios; figura da
Igreja na qual confia plenamente o seu esposo, Jesus Cristo, entregando-lhe a
administração dos seus bens.
Mas
Deus espera também a atitude de temor do Senhor (Cf. Sl 127, 1 – Salmo Responsorial;
Pr 31,30 – primeira leitura). Temor aqui não parasse refere à postura de medo
diante de Deus, a ponto de bloquear qualquer ação, pois o medo paralisa. Temor
se refere à reverência, a veneração, ou, podemos dizer, uma reverente
obediência.
Que
assim age não apenas é elogiado pelo Senhor, mas também é por ele abençoado
(cf. Sl 127,4). E assim proclamaremos: “Felizes os que temem o Senhor e trilham
seus caminhos!” (refrão do Salmo Responsorial).
Deus,
por isso, não abandona aquele que lhe obedece e que segue os seus preceitos.
“Ficai em mim, e eu em vós hei de ficar, diz o Senhor; quem em mim permanece,
esse dá muito fruto” (Jo 15, 4a.5b – antífona da aclamação ao Evangelho). Além
de ficar com ele, de permanecer nele, Deus é capaz de confiar-lhe ainda mais do
que fora confiado. Assim o patrão elogia aquele que recebera e fizera
multiplicar os cinco talentos: “Muito
bem, servo bom e fiel!. Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te
confiarei muito mais” (Mt 25,21), e o convida a participar da sua alegria.
Na
liturgia que celebramos já participamos dessa alegria do Senhor, pois, logo ao
iniciar neste domingo clamaremos na oração do dia: “Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de
todo o coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a vós, o criador
de todas as coisas”. A Eucaristia antecipa para nós o banquete eterno na
casa do Pai, quando definitivamente participaremos da sua alegria.
Oração dos
fiéis:
Presidente: Peçamos a
Deus, que nossa vida seja uma constante doação em favor da vida de nossos
irmãos e irmãs.
1.
Senhor, que a Igreja seja no mundo sinal de seu amor, que nunca se omita em investir
os tesouros a ela confiado em favor da humanidade. Peçamos:
Todos: Senhor, que cresça em nós a
sua graça.
2.
Senhor, que nossos governantes tenham a prudência de escolher caminhos que
possam tirar tantas pessoas da miséria e marginalidade. Peçamos:
3.
Senhor, ajude nossa comunidade a ser local onde os talentos sejam sempre mais
investidos para o bem de todos e para o crescimento dos valores do Reino de
Deus. Peçamos:
4.
Senhor, por todos nós aqui reunidos para que possamos investir nossa vida para
fazer lucrar novos talentos a fim de que os valores do reino cresçam entre nós.
Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente: Deus,
criador do mundo, atenda as preces que seus filhos e filhas apresentam, para
que possam trabalhar com satisfação para a realização do Reino. Por Cristo,
nosso Senhor.
Todos: Amém.
III. LITURGIA
EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS
OFERENDAS
Presidente: Concedei,
Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso altar nos alcance a
graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz.
Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
ORAÇÃO APÓS A
COMUNHÃO:
Presidente:
Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue de vosso Filho,
concedei, ó Deus, possa esta Eucaristia que ele mandou celebrar em sua memória
fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
AGENDA DO BISPO DIOCESANO:
Dia
15 de novembro – sábado: Missa e almoço no Seminário Diocesano de Campinas com os
familiares dos seminaristas – 10h00; e Crisma na Par. Nossa Senhora de Fátima,
Limeira, Pe. Márcio Marcelo, às 19h00.
Dia
16 de novembro – domingo: Crisma Santa Rita de Cássia – Artur Nogueira – 09h00 –
Padre Élcio; Crisma Jesus Cristo Bom Pastor – Padre Vitor – Limeira – 18h00.
Dia
18 de novembro – terça-feira: Missa de Abertura da Novena Nossa
Senhora das Graças – Padre Eduardo – 20h00 – Limeira.
Dia
19 de novembro – quarta feira:
Assunto: Gravar
milícia – 11h30min.
Dia
21 de novembro – sexta-feira: Crisma Nossa Senhora do Belém –
Descalvado – Padre Valdinei – 19h30min.
Dia
22 de novembro – sábado: V encontro Diocesano de Comunidades – 08h30min – Araras,
Par. N. Sra. Aparecida (Cândida); São Sebastião – Limeira – Padre Alexander –
19h00.
Dia
23 de novembro – domingo: Crisma São Paulo Apóstolo – padre Rodrigo – limeira –
09h00; Crisma São Judas Tadeu – Araras – Padre Daniel – 18h00.
BÊNÇÃO E
DESPEDIDA:
Presidente:
O Senhor esteja convosco.
Todos:
Ele está no meio de nós.
Presidente:
Que o Senhor os abençoe e dê a todos nós a coragem para
multiplicar os talentos recebidos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos:
Amém.
Presidente:
Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Todos:
Amém.
Presidente:
Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus.