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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Homilia do 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

DIOCESE DE LIMEIRA
33º DOMINGO DO TEMPO COMUM
16 de novembro de 2014

Leituras: Provérbios 31, 10-13.19-20.30-31; Salmo 127 (128), 1-2.3.4-5ab; Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 5,1-6; Mateus 25, 14-30.“Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos”
COR LITÚRGICA: VERDE
Animador: Nesta páscoa semanal de Jesus, somos convidados a fazer render nossos talentos, pois Deus não quer de volta o que nos deu. O talento que recebemos deve ser aplicado, e o campo onde isso acontece é a família, a comunidade, a sociedade. Trabalhar e fazer render os talentos, não é investir em si próprio para ser bem sucedido na vida, mas para enriquecer a comunidade com valores do Reino de Deus.

1. Situando-nos
Ao final do ano litúrgico a liturgia nos oferece textos bíblicos de cunho escatológico, trazendo a temática do comportamento humano diante do projeto de salvação de Deus e o seu julgamento da história.

Isto não implica em dizer que nossas celebrações devem pesar de uma certa carga negativa, a tal ponto de sermos mais rigorosos no explicitar o julgamento de Deus do que o próprio Deus. Faz parte da temática do fim dos tempos, do julgamento do mundo o seu sentido salvífico de uma ação também misericordiosa de Deus diante dos nossos projetos e adesão à sua Palavra.

Deus nos deu muitos dons e deu a cada um aquilo que tem possibilidade de cumprir. Cabe a cada um a tarefa de fazer “multiplicar”, desenvolver, crescer esses dons, pois não serão cobrados os frutos dos dons recebidos quando Jesus vier em sua glória.

2. Recordando a Palavra
Nos capítulos 24 e 25 do Evangelho de Mateus Jesus faz o seu discurso ou sermão escatológico. O texto do Evangelho deste domingo é o penúltimo das doze comparações que Jesus faz do Reino de Deus.

Além da mudança do início do Evangelho, que não interfere muito no seu sentido e contexto, o Lecionário nos oferece duas possibilidades para a proclamação do Evangelho de Mateus neste domingo: o texto mais longo e o mais breve. Sabemos que a escolha de uma palavra ou texto no contexto litúrgico incide em mudança de uma opção teológica. O mesmo se aplica à escolha e interferência sobre o texto bíblico.

Neste caso, ao nos dar a possibilidade do texto breve, o Lecionário faz uma opção teológico-litúrgica. Na opção do texto mais breve são eliminados os versículos 16-18 e 22-30, finalizando apenas com o elogio feito ao empregado que recebera cinco talentos. E os outros dois que receberam 2 e 1 talentos, respectivamente?

Os primeiros versículos excluídos contam o comportamento, o que cada empregado fez com os talentos recebidos; e os demais versículos excluídos tratam do julgamento final que o patrão deu a cada um dos empregados, sobretudo àquele que não fez crescer o talento que lhe fora dado.

Pela leitura breve, o Lecionário indica contexto mais “positivo” do julgamento final de Deus a história. Por outro lado, acaba eliminando o contraponto que é justamente a possibilidade de não optarmos em corresponder à missão que Deus nos deu. E, diante disso, assumirmos as consequências de nossas opções.

Por isso, a sugestão é que tomemos o texto mais longo do Evangelho, que nos ajudará a adentrarmos na ação de Deus reforçada pelas demais leituras. Não devemos dar uma carga negativa ao julgamento de Deus por isso. Quem sabe até exigindo do povo aquilo que não somos capazes de realizar!

3. Atualizando a Palavra
Ao final de cada ano civil, é comum fazermos uma espécie de retrospectiva do ano que finda. Alguns até se penitenciam por aquilo que fizeram ou deixaram de fazer, agradecendo o ano vivido ou querendo mesmo que se vá, pois não foi um período muito bom para suas vidas.

O final de um ano litúrgico não é tão diferente. É tempo de olharmos para o alto, olharmos par ao nosso destino em Deus e revermos a caminhada que fizemos com o Senhor durante o ano. Com nosso batismo, assumimos o compromisso de seguimento a Jesus Cristo, na escuta da sua Palavra e na vivencia dos valores evangélicos, colocando os nossos dons a serviço do Reino de Deus.

Ao final dos tempos, não seremos julgados senão pelo amor que vivemos ou não, pela fidelidade ou não à Palavra de Deus. Ora, e como não sabemos nem o dia, nem a hora, devemos estar constantemente preparados, vigilantes, aguardando o Senhor que virá (Cf. 1Ts 5, 1-6 – segunda leitura).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Para a vida e o serviço do Reino, Deus dá seus dons a cada um, e os dá conforme a capacidade de cada pessoa. A parábola contada por Jesus aos seus discípulos põe em evidencia que Deus não exige de todos de igual maneira. Não existe uma formula ou valoração universal a partir da qual todos são julgados e exigidos.

A cada um é exigido conforme o que recebeu e conforme a sua capacidade de poder fazer frutificar o que recebeu. Mas a exigência pelo resultado do fruto é igual para todos. E é dele que devemos prestar contas.


O que Deus esperar é que cada um tenha a habilidade necessária para o trabalho, como a mulher que é elogiada pelo autor do livro dos Provérbios; figura da Igreja na qual confia plenamente o seu esposo, Jesus Cristo, entregando-lhe a administração dos seus bens.

Mas Deus espera também a atitude de temor do Senhor (Cf. Sl 127, 1 – Salmo Responsorial; Pr 31,30 – primeira leitura). Temor aqui não parasse refere à postura de medo diante de Deus, a ponto de bloquear qualquer ação, pois o medo paralisa. Temor se refere à reverência, a veneração, ou, podemos dizer, uma reverente obediência.

Que assim age não apenas é elogiado pelo Senhor, mas também é por ele abençoado (cf. Sl 127,4). E assim proclamaremos: “Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!” (refrão do Salmo Responsorial).

Deus, por isso, não abandona aquele que lhe obedece e que segue os seus preceitos. “Ficai em mim, e eu em vós hei de ficar, diz o Senhor; quem em mim permanece, esse dá muito fruto” (Jo 15, 4a.5b – antífona da aclamação ao Evangelho). Além de ficar com ele, de permanecer nele, Deus é capaz de confiar-lhe ainda mais do que fora confiado. Assim o patrão elogia aquele que recebera e fizera multiplicar os cinco talentos: “Muito bem, servo bom e fiel!. Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais” (Mt 25,21), e o convida a participar da sua alegria.

Na liturgia que celebramos já participamos dessa alegria do Senhor, pois, logo ao iniciar neste domingo clamaremos na oração do dia: “Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a vós, o criador de todas as coisas”. A Eucaristia antecipa para nós o banquete eterno na casa do Pai, quando definitivamente participaremos da sua alegria.

Oração dos fiéis:
Presidente: Peçamos a Deus, que nossa vida seja uma constante doação em favor da vida de nossos irmãos e irmãs.

1. Senhor, que a Igreja seja no mundo sinal de seu amor, que nunca se omita em investir os tesouros a ela confiado em favor da humanidade. Peçamos:
Todos: Senhor, que cresça em nós a sua graça.

2. Senhor, que nossos governantes tenham a prudência de escolher caminhos que possam tirar tantas pessoas da miséria e marginalidade. Peçamos:

3. Senhor, ajude nossa comunidade a ser local onde os talentos sejam sempre mais investidos para o bem de todos e para o crescimento dos valores do Reino de Deus. Peçamos:

4. Senhor, por todos nós aqui reunidos para que possamos investir nossa vida para fazer lucrar novos talentos a fim de que os valores do reino cresçam entre nós. Peçamos:
(Outras intenções)

Presidente: Deus, criador do mundo, atenda as preces que seus filhos e filhas apresentam, para que possam trabalhar com satisfação para a realização do Reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
Presidente: Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso altar nos alcance a graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz.
Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue de vosso Filho, concedei, ó Deus, possa esta Eucaristia que ele mandou celebrar em sua memória fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

AGENDA DO BISPO DIOCESANO:
Dia 15 de novembro – sábado: Missa e almoço no Seminário Diocesano de Campinas com os familiares dos seminaristas – 10h00; e Crisma na Par. Nossa Senhora de Fátima, Limeira, Pe. Márcio Marcelo, às 19h00.

Dia 16 de novembro – domingo: Crisma Santa Rita de Cássia – Artur Nogueira – 09h00 – Padre Élcio; Crisma Jesus Cristo Bom Pastor – Padre Vitor – Limeira – 18h00.

Dia 18 de novembro – terça-feira: Missa de Abertura da Novena Nossa Senhora das Graças – Padre Eduardo – 20h00 – Limeira.

Dia 19 de novembro – quarta feira:
Assunto: Gravar milícia – 11h30min.

Dia 21 de novembro – sexta-feira: Crisma Nossa Senhora do Belém – Descalvado – Padre Valdinei – 19h30min.

Dia 22 de novembro – sábado: V encontro Diocesano de Comunidades – 08h30min – Araras, Par. N. Sra. Aparecida (Cândida); São Sebastião – Limeira – Padre Alexander – 19h00.

Dia 23 de novembro – domingo: Crisma São Paulo Apóstolo – padre Rodrigo – limeira – 09h00; Crisma São Judas Tadeu – Araras – Padre Daniel – 18h00.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Que o Senhor os abençoe e dê a todos nós a coragem para multiplicar os talentos recebidos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.

Presidente: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus.

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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