Liturgia
Diária Comentada 28/12/2013
Oitava
do Natal - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal - Ofício da Festa
Cor:
Vermelho - Ano Litúrgico “A” – São Mateus
VERMELHO
- Simboliza o fogo purificador,
o sangue e o martírio. Usada nas missas de Pentecostes e santos
mártires.
Antífona: Os
meninos inocentes foram mortos por causa do Cristo. Eles seguem o
Cordeiro sem mancha e cantam: Glória a ti, Senhor!
Oração
do Dia: Ó Deus, hoje os santos Inocentes proclamaram vossa
glória não por palavras, mas pela própria morte; dai-nos também
testemunhar com a nossa vida o que os nossos lábios professam Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 1,5-2,2 O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo
pecado
Caríssimos,
a mensagem, que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos, é esta:
Deus é luz e nele não há trevas. Se dissermos que estamos em
comunhão com ele, mas andamos nas trevas, estamos mentindo e não
nos guiamos pela verdade. Mas, se andamos na luz, como ele está na
luz, então estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de seu
Filho Jesus nos purifica de todo pecado.
Se
dissermos que não temos pecado, estamo-nos enganando a nós mesmos,
e a verdade não está dentro de nós. Se reconhecermos nossos
pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda culpa. Se dissermos que nunca
pecamos, fazemos dele um mentiroso e sua palavra não está dentro de
nós.
Meus
filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém
pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é
vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos,
mas também pelos pecados do mundo inteiro. - Palavra do
Senhor.
Comentário: Parte
da mensagem para os cristãos é que há uma esfera de vida e justiça
que pode ser chamada “luz”. É a esfera de Deus, pois “Deus é
luz”. Mas há também outra esfera, que é a das trevas, da
inverdade, e há os que andam nela. Para estar em comunhão com Deus
e uns com os outros, precisamos andar na luz, purificados do pecado
pelo sangue do Filho de Deus.
Essa
purificação exige de nós um reconhecimento pessoal de nosso
pecado, que será respondido pela purificação que vem de Deus,
fingir que nunca pecamos é, em si, uma mentira que continuaria a nos
ligar à esfera das trevas.
Essa
confissão de pecado não é, de modo algum, sinal de que o pecado
não faz diferença na vida cristã. O propósito de nosso autor ao
escrever é afastar os cristão do pecado. Contudo, embora ele viva a
luz, ela não o cega; ele vê que os cristão podem pecar e, às
vezes, ainda pecam. Cristo, entretanto, continua eficiente, como
intercessor (Paráclito) e vitima de expiação pelo pecado, não só
por nós, mas pelo mundo inteiro. (COMENTÁRIO BÍBLICO, ©Loyola,
1999)
Salmo: 123(124),2-3.4-5.7b-8
(R. 7a) Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o
caçador
Se
o Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os homens investiram
contra nós, com certeza nos teriam devorado no furor de sua ira
contra nós.
Então
as águas nos teriam submergido, a correnteza nos teria arrastado, e
então, por sobre nós teriam passado essas águas sempre mais
impetuosas.
O
laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos
libertar-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que
fez o céu e fez a terra.
Evangelho:
Mt 2,13-18 Herodes mandou matar todos os meninos de Belém
Depois
que os magos partiram, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e
disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica
lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o
matar.
José
levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para
o Egito. Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse
o que o Senhor dissera pelo profeta: Eu chamei do Egito meu filho.
Vendo,
então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito
irado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os
meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia
indagado dos magos.
Cumpriu-se,
então, o que foi dito pelo profeta Jeremias: Em Ramá se ouviu uma
voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não
quer consolação, porque já não existem! - Palavra da
Salvação.
Comentário: A
presença de Jesus na história humana despertou a fúria de quem
estava firmemente alicerçado num esquema de pecado, posto em xeque
pela salvação oferecida à humanidade. A pregação de Jesus
desmascarava a injustiça, punha a nu a perversidade dos opressores,
revelava a fragilidade de sistemas fundados na opressão e na
violência.
A
matança dos inocentes de Belém foi uma espécie de antecipação do
futuro de Jesus e de seus discípulos. Um frágil recém-nascido foi
suficiente para abalar a segurança do prepotente e violento Herodes.
Sua decisão de eliminar as crianças da região onde nascera o
Messias Jesus visava eliminar no seu nascedouro, tudo o que pudesse
pôr em risco a segurança de seu reino. No coração do rei
sanguinário não havia lugar para o amor.
Herodes,
em última análise, ousou desafiar o próprio Deus, de quem Jesus
era Filho e recebera uma missão. Levantar-se contra o Messias
correspondia a rebelar-se contra quem o enviou. Mas Deus não se
deixou vencer por Herodes: salvou seu Filho pela ação previdente de
José, que se pôs em fuga para o Egito, com o menino e sua mãe.
Na
vida de Jesus e de seus discípulos, a perseguição e a morte, por
causa do Reino, seriam uma constante. Entretanto, como estão a
serviço do Reino do Pai, podem contar com a vitória, uma vez que os
prepotentes jamais prevalecerão. -
(Padre Jaldemir Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE DEZEMBRO:
Geral
– Crianças abandonadas: Que as crianças abandonadas ou
vítimas de qualquer forma de violência encontrem o amor e a
proteção de que necessitam.
Missionária
– Preparação da vinda do Salvador: Que nós, cristãos,
iluminados pela luz do Verbo Encarnado, preparemos a vinda do
Salvador.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas
mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na
vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a
mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que
se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo
do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do
Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir
em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso
Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas
apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a
dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da
vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal
abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a
30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem
formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de
leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta"
muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano