33ª
Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Memória:
SANTA CECÍLIA – Virgem e Mártir
Prefácio
comum ou das Santas - Ofício da Memória
Cor:
Vermelho - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Vermelho: Simboliza
o fogo purificador, o sangue e o martírio. Usada nas missas de
Pentecostes e santos mártires.
Antífona:
Salmo 148,12-14 Louvem as virgens o nome do Senhor, porque só ele é
excelso; sua glória excede a terra e o céu.
Oração
do Dia: Ó
Deus, sede favorável às nossas suplicas e dignai-vos atender as
nossas preces pela intercessão de Santa Cecília. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Livro do Apocalipse de São João 11,4-12
Disseram
a mim, João: Essas duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois
candelabros, que estão diante do Senhor da terra. Se alguém quiser
fazer-lhes mal, um fogo sairá da boca delas e devorará seus
inimigos. Sim, se alguém quiser fazer-lhes mal, é assim que vai
morrer. Elas têm o poder de fechar o céu, de modo que não caia
chuva alguma enquanto durar a sua missão profética. Elas têm
também o poder de transformar as águas em sangue. E quantas vezes
elas quiserem, podem ferir a terra com todo o tipo de praga.
Quando
elas terminarem o seu testemunho, a besta que sobe do Abismo vai
combater contra elas, vai vencê-las e matá-las. E os cadáveres das
duas testemunhas vão ficar expostos na praça da grande cidade, que
se chama, simbolicamente, Sodoma e Egito, e na qual foi crucificado
também o Senhor delas.
Gente
de todos os povos, raças, línguas e nações, verão seus cadáveres
durante três dias e meio, e não deixarão que os corpos sejam
sepultados. Os habitantes da terra farão festa pela morte das
testemunhas; felicitar-se-ão e trocarão presentes, pois estes dois
profetas estavam incomodando os habitantes da terra.
Depois
dos três dias e meio, um sopro de vida veio de Deus, penetrou nos
dois profetas e eles ficaram de pé. Todos aqueles que os
contemplavam, ficaram com muito medo. Ouvi então uma voz forte vinda
do céu e chamando os dois: “Subi para aqui!” Eles subiram ao
céu, na nuvem, enquanto os inimigos ficaram olhando. -
Palavra do Senhor.
Comentário
(deusunico.com): Os membros do
povo de Deus são luz de Deus para a terra (candelabro) e são
profetas como Moisés (poder sobre a água) e como Elias (poder sobre
o fogo e a chuva). Profetizar é dizer a verdade, e isso leva à
perseguição e até à morte. É assim que os cristãos continuam o
testemunho de Jesus. A Besta é a idolatria do poder político
absolutizado, como o do imperador romano. A grande Cidade é a sede
desse poder, que nela reproduz a vida desregrada de Sodoma, a
opressão do Egito e a injustiça de Jerusalém que crucificou Jesus.
As
pessoas se alegram com a morte das testemunhas; de fato os profetas
incomodam a sociedade que não quer abandonar seus ídolos. A vitória
da Besta é curta (três dias e meio), pois o Espírito de Deus
ressuscita as testemunhas (cf. Ez 37,10), que vão para junto de
Deus. O resultado da missão profética é a intervenção divina
(terremoto). Deus age através do testemunho dos cristãos,
realizando julgamento que provoca a conversão: os sobreviventes dão
glória ao Deus do céu. Estas duas testemunhas anunciaram Cristo sem
nenhum interesse pessoal, sem o apoio dos poderosos. Chamados a
continuar a missão do Salvador, não temeram desafiar a ira dos
homens, indo contra a mentalidade corrente para proclamar que, fora
de Jesus, "em nenhum outro há salvação" (At 4,12).
O
cristão, o apóstolo, é por sua natureza uma pessoa incômoda,
exatamente porque chamado a pregar o "Cristo crucificado,
escândalo para os judeus e loucura para os gentios" (1 Cor
1,23). Contudo, seria cômodo confiar só a esses heróis o dever de
transmitir a mensagem cristã, esquecendo o compromisso pessoal de
todo cristão, por força de sua consagração batismal, de ser
sempre testemunha de Cristo.
Salmo: 143
(144), 1. 2. 9-10 (R. 1a)
Bendito
seja o Senhor, meu rochedo!
Bendito
seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e
os meus dedos treinou para a guerra!
Ele
é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; é meu
escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.
Um
canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa
louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo
Davi.
Evangelho
de Jesus Cristo segundo São Lucas 20,27-40
Naquele
tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a
ressurreição, e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos
escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos,
deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o
seu irmão. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem
deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva.
E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu
também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos
os sete estiveram casados com ela”.
Jesus
respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres
casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos
mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se
dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos
anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos
ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando
chama o Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de
Jacó’.
Deus
não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”.
Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: “Mestre, tu falaste muito
bem”. E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a
Jesus. - Palavra da Salvação.
Comentário
(Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): Ao
questionar Jesus, os saduceus tinham a intenção de ridicularizar os
fariseus, cuja fé na ressurreição dos mortos era bem conhecida,
por ser uma crença propagada nos meios populares. Os saduceus
queriam também conhecer a posição de Jesus, para saber de que lado
se posicionava.
O
ponto de partida da pergunta foi uma história um tanto grotesca,
fundada numa teologia mal-enfocada. Supunha-se, erroneamente, que a
ressurreição fosse a continuação pura e simples da vida terrena.
Que a humanidade está envolvida por um determinismo cruel, estando
todos os seres humanos fadados a idêntico destino eterno. Que a
morte supera a vida, pois é para o sheol, lugar de trevas e sombra,
que caminham todas as pessoas. Que Deus não tem o poder de
interferir no destino eterno delas.
Jesus
responde, estabelecendo uma distinção entre "este mundo"
e o "outro mundo". O erro dos saduceus consiste em
confundi-los. O ser humano está destinado a viver neste mundo, sem
perder de vista o outro. Sendo Deus o Senhor da vida, pode doá-la
tanto neste mundo quanto no outro. Entretanto, no mundo vindouro, a
vida será vida plena, sem as limitações da vida terrena. Cessam,
aí, as preocupações terrenas, como casar-se e dar-se em casamento,
e desaparece, também, as ameaças da morte. A comunhão com o Pai
torna-se penhor de vida eterna. A morte dá início, neste caso, a
uma explosão de vida.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE NOVEMBRO:
Intenção
Universal: Pessoas em solidão - Para que as
pessoas que sofrem a solidão sintam a proximidade de Deus e o apoio
dos irmãos.
Intenção
para a Evangelização: Formadores
do clero e dos religiosos -Para
que os seminaristas, os religiosos e as religiosas jovens tenham
formadores sábios e bem preparados.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
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