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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

DIOCESE DE LIMEIRA

1º Domingo do Advento – ANO B - 30 de novembro de 2014

Dom Vilson Dias de Oliveira, Dc
Bispo Diocesano de Limeira, SP




FIQUEMOS ALERTAS: O SENHOR ESTÁ 

CHEGANDO!”


Leituras: Isaías 63, 16b-17, 19b; Salmo 79 (80), 2ac.3b.15-16.18-19 (R/.4); Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1, 3-9; Marcos 13, 33-37.

ANO B - COR LITÚRGICA: ROXO

Animador: Neste Tempo do Advento, que iniciamos hoje, somos convidados, nos dois primeiros domingos, a refletir a segunda vinda de Cristo ao mundo e assim somos chamados à vigilância. Fiquemos, pois atentos e vigilantes, para não deixarmos passar a oportunidade que nos é oferecida. Que a cada dia o Senhor nos encontre atentos, acordados, desarmados, gerando luz e vida, como o Menino de Belém, quando chegou entre nós.

1. Situando-nos brevemente
O Advento, início do ano litúrgico, nos convoca a cultivar uma das virtudes cristãs: a esperança. Esperança, aquela que alimenta a dinâmica da vida cristã.

Jesus pediu que vigiássemos e esperássemos em sua promessa. Se toda a vida cristã é a espera vigilante de sua manifestação e, na oração do Pai-Nosso rezamos “Venha o teu Reino!”, a Igreja, por sua vez, nos oferece um tempo especial e abençoado para cumprir esta palavra de Cristo, ou seja, alimentar a esperança de sua nova vinda e preparar o seu novo Natal. Mas o cristão não vive só na espera de Cristo, e sim em comunhão com Cristo, isto é, na posse daquilo que espera.

Advento, antigamente, era a visita solene de um personagem ou imperador. E para os cristãos, é tempo de espera da vinda gloriosa de Cristo, definitiva manifestação de Deus ao mundo no fim dos tempos.

O tema central do Primeiro Domingo de Advento é a vigilância, mais centrada na vinda definitiva do Senhor no final dos tempos. Vem vindo aquele que sempre vem, e a atitude fundamental é vigiar, é renovar nossos corações na mesma esperança que animou, durante tantos séculos, a caminhada do povo de Deus.

Neste Primeiro Domingo de Advento inicia-se o Ano da Paz para o Brasil, que se encerra no Natal 2015.

2. Recordando a Palavra
O profeta Isaías nos situa no contexto do exílio da Babilônia (587 a.C.), no qual o povo se encontra. Transcorreram poucos anos da destruição de Jerusalém e do seu Templo. Os deportados guardam viva a lembrança da derrota. Conservem gravadas as cenas patéticas: os soldados que destroem as muralhas, os palácios dos reis, o sangue das crianças e dos velhos que correm pelas ruas, as mulheres que fogem aterrorizadas, carregando os filhos nos braços. Neste contexto de dor, o povo eleva o pensamento a Deus e no coração nasce uma prece, uma das mais belas de toda a Bíblia, e dela é extraída a leitura de hoje: “És tu mesmo, Senhor, nosso Pai, o nosso libertador, teu nome é eterno” (63,16b).

O salmo é uma súplica comunitária e confiante. O povo clama a Deus por causa da tragédia nacional. Deus parece estar dormindo. O pedido quer acordá-lo, a fim de que socorra o povo.

A carta aos Coríntios conta que os cristãos daquela comunidade tinham acolhido o Evangelho com entusiasmo, mas depois, aos poucos, recaíram nos vícios da vida passada. Paulo conhece suas fraquezas e suas misérias. Convoca a todos para uma maior seriedade de vida. Afirma que Deus realizou coisas maravilhosas, enriquecendo todos com dons, fortaleceu-os na fidelidade ao Evangelho e os mantêm vigilantes na espera do Senhor.

O Evangelho, marcado por insistentes alertas, focado, sobretudo, no imperativo “vigiai”, é a parte final do capitulo 13 de Marcos, que antecede a narração da Páscoa de Jesus. Jesus fala da destruição do Templo, dos falsos profetas, das tribulações, das perseguições e até dos sinais da natureza (figueira, sinais cósmicos). Esses trechos, que incluem muitos fatos “pós-pascais”, estão em relação com os acontecimentos sucessivos narrados a partir do capítulo 14: perseguição, morte e ressurreição de Jesus.

Com a glorificação de Jesus, o final dos tempos já fora inaugurado e a comunidade está sendo convidada a se manter alerta para a hora da “crise messiânica” de Jesus. Os tempos finais se delinearam como tempos difíceis, exigindo uma atenção permanente por parte dos discípulos. Vigiar recebe sentido muito vinculado à oração e à prática das boas obras.

Vigiar é estar em comunhão com Jesus, por meio da oração e da missão, no mesmo pensar, sentir e agir. Esse dom é concedido à comunidade que, entre as contradições da vida, os desafios da história e as turbulências do percurso, foi chamada a viver orientada para as coisas que não passam (oração depois da comunhão). Quando vive assim, ela acorre ao encontro do Cristo que vem, confiante de ser contada entre os que serão reunidos à direita de Deus (oração do dia) e de contar com as suas bênçãos neste mundo.

3. Atualizando a Palavra
Jesus, convocando à vigilância nos alerta para que, por desatenção não sejamos surpreendidos enquanto dormimos. O sono, imagem da morte e da noite do pecado, conota falta de comunhão com o Senhor, o Vigilante por excelência, que não foi tragado pelo sono da morte.

O Papa Francisco diz: “Iniciamos hoje, Primeiro Domingo do Advento, um novo ano litúrgico, isso é, um novo caminho do Povo de Deus com Jesus Cristo, o nosso Pastor, que guia a história para o cumprimento do Reino de Deus. Por isso, este dia tem um encanto especial, nos faz experimentar um sentimento profundo do sentido da história. Redescobrimos a beleza de estar todos a caminho: a Igreja, com a sua vocação e missão, e toda a humanidade, os povos, as culturas, todos a caminho pelos caminhos do tempo” (Papa Francisco , Ângelus, 1º de dezembro de 2013).

As leituras do Advento nos convidam para a vigilância, para manter nossos olhos bem abertos para poder descobrir e preparar os caminhos que Jesus escolheu para libertar-nos de todos os males nos quais buscamos a felicidade, mas que em verdade, causam somente muitos sofrimentos.

Ao acendermos a primeira vela da coroa, somos tocados pela certeza da luz que vence as trevas nas pequenas vitórias que vão acontecendo na caminhada do povo de Deus, na residência dos pobres e excluídos e em nossa própria vida.

O alimento que partilhamos expressa simbolicamente que o reino de Deus já está no meio de nós e nos compromete a ficar acordados, perseverantes na missão que o Senhor nos confiou, para apressar sua vinda.

Embora os tempos continuem difíceis e desafiadores, quiçá mais complexos, não está nos faltando a atenção aos crucificados de hoje, às perseguições e injustiças, mas também à vida que insiste e resiste, bem como aos sinais que nos anunciam a chegada do Filho de Deus?

O mandato do Senhor continua válido: “o que vos digo, digo a todos: vigiai!” (Mc 13,37). Entendemos isso a partir de nossa comunhão com Ele, sempre perseverantes na oração e no bem que devemos fazer por causa dessa comunhão, sem perder a alegria e a confiança que marcam nossas vidas e a nossa missão.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Na primeira leitura, no salmo, na aclamação ao Evangelho e na antífona de entrada, sobressai o tom de súplica, muitas vezes marcado pelo arrependimento e reconhecimento das fragilidades, da necessidade de Deus e da confiança.

Também se verifica uma insistência nos temas da prática alegre da justiça, da fidelidade ao caminho de Deus. Essa atitude e prioridade devem perpassar as celebrações do Advento e embutir a nossa preparação pára o Natal.

Trazemos para o altar pão e vinho, frutos do trabalho de homens e mulheres na construção do Reino.

O pão e o vinho simbolizam o bem que fazemos, os pobres que atendemos, o pão que partilhamos em nome do compromisso com o Reino. Eles não deixam de ser sinais concretos de nossa atitude de vigilância.

Vigilantes, preparamos a mesa na esperança da chegada do Reino.

Preces dos fiéis
Presidente: Invoquemos a ajuda de Deus para que possamos viver na fé este tempo de espera do Natal do Senhor.
1. Senhor, que a Igreja possa aguardar no amor e na fé a vinda do teu Filho. Peçamos:

Todos: (Cantado) Ó vem, Senhor, não tardes mais, vem saciar nossa sede de paz!

2. Senhor, que os governantes possam levar a esperança a tantos irmãos e irmãs sofredores. Peçamos:

3. Senhor, que nossas comunidades e famílias vivam este Tempo do Advento na concórdia e na justiça. Peçamos:

4. Senhor, que nossos corações não se entreguem à preguiça e ao comodismo. Peçamos:

5. Senhor, que nossos dizimistas, vivendo o Tempo do Advento, possam encontrar-se com a luz do teu Filho Jesus. Peçamos:
(Outras intenções)

Presidente: Escuta, Senhor, a oração do teu povo reunido e vem nos salvar. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Recebei, ó Deus, estas oferendas que escolhemos entre os dons que nos destes, e o alimento que hoje concedeis à nossa devoção torne-se prêmio da redenção eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ATIVIDADES DA SEMANA DO BISPO DIOCESANO:
Dia 29 de novembro – sábado: Crisma na Paróquia Nossa do Rosário – padre Alexandre Favreto – Limeira – 19h00.
Dia 30 de novembro – domingo: Missa Elevação da Basílica Menor Santo Antonio de Pádua – 10h00 – Americana; Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Brasil – Padre Jeferson – 19h00 – Americana.

Dia 03 de dezembro – quarta-feira: Missa no Seminário de Campinas – 18h00.
Dia 04 de dezembro – quinta-feira: Crisma na Basílica Menor Santo Antonio de Pádua – Padre Leandro – 19h30min – Americana.
Dia 05 de dezembro – sexta-feira: Missa encerramento do propedêutico – 10h00 – Limeira; Instalação da Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Cosmópolis – 19h00.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Que o Deus onipotente e misericordioso vos ilumine com o advento do seu Filho, em cuja vinda credes e cuja volta esperais, derrame sobre vós as suas bênçãos.
Todos: Amém.

Presidente: Que durante esta vida ele vos torne firmes na fé, alegres na esperança, solícitos na caridade.
Todos: Amém.

Presidente: Alegrando-vos agora pela vinda do Salvador feito homem sejais recompensados com a vida eterna, quando vier de novo em sua glória.
Todos: Amém.


Presidente: (Dá a bênção e despede a todos).

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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