Oitava
do Natal - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal - Ofício do dia - Glória
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: João
3,16 - Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho:
quem nele crê não perece, mas possui a vida eterna.
Oração
do Dia: Ó
Deus invisível e todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo
com a vinda da vossa luz, volvei para nós o vosso olhar, a fim de
que proclamemos dignamente as maravilhas natividade do vosso Filho
unigênito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Primeira Carta de São João 2,3-11
Caríssimos,
para saber que conhecemos Jesus, vejamos se guardamos os seus
mandamentos. Quem diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os
seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. Naquele,
porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente
realizado. O critério para sabermos se estamos com Jesus é este:
quem diz que permanece nele, deve também proceder como ele procedeu.
Caríssimos,
não vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que
recebestes desde o início; este mandamento antigo é a palavra que
ouvistes. No entanto, o que vos escrevo é um mandamento novo – que
é verdadeiro nele e em vós – pois que as trevas passam e já
brilha a luz verdadeira.
Aquele
que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas.
O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de
tropeçar. Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas, caminha nas
trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os seus
olhos. - Palavra do Senhor.
Comentário: O
verdadeiro conhecimento de Deus está na prática de seus
mandamentos, no esforço generoso em proceder como Jesus, perfeito
modelo de todo cristão. Quem diz conhecê-lo, mas não observa sua
lei, mente, tem um conhecimento errado de Deus. A palavra de Deus não
é tanto uma mensagem cultural quanto uma proposta vital. O
conhecimento de um dever que não se torna esforço coerente de vida
nos torna culpados. O mandamento por excelência, resumo de todos os
demais, é o amor. Preceito antigo e sempre novo que devemos
“redescobrir” todo dia, para viver na luz, lutando contra as
trevas do “desamor”, que impede ver no irmão um filho de Deus, o
próprio rosto de Cristo, “luz do mundo” (Jo 8, 12). Amar quer
dizer dar-se, esquecer-se de si, buscar o bem dos outros com o
sacrifício do nosso tempo, de nossos interesses, gostos, da própria
vida, como Jesus, que morreu pela salvação de todos. “Quem diz
permanecer em Cristo, deve comportar-se como ele se comportou”.
(Missal Cotidiano)
Salmo: 95
(96), 1-2a. 2b-3. 5b-6 (R. 11a) O céu se rejubile e exulte a terra!
Cantai
ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra
inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
Dia
após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as
nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
Foi
o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e
a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!
Evangelho
de Jesus Cristo segundo São Lucas 2,22-35
Quando
se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho,
conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém,
a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na Lei do
Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao
Senhor”. Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas
ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor.
Em
Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e
piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito
Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de
ver o Messias que vem do Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão veio
ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que
a Lei ordenava, Simeão recebeu-o nos braços e bendisse a Deus:
“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo
partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que
preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e
glória do teu povo Israel”.
O
pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito
dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este
menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos
em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão
revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada
te traspassará a alma”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Quem
espera no Senhor jamais será decepcionado, pois ele sempre cumpre as
suas promessas. Deus prometeu durante todo o Antigo Testamento a
vinda do Messias e muitos em Israel acreditaram nessa promessa,
vivendo na esperança da sua chegada. O canto de Simeão nos mostra
esta esperança e a alegria da realização da promessa, assim como
os elementos principais da missão messiânica de Jesus, que será um
sinal de contradição para o povo, pois será libertação para o
pobre e condenação para aqueles que não acreditam nele e na sua
palavra, de modo que não se convertem. (CNBB)
A
cena da apresentação do menino Jesus no templo e o rito de
purificação de Maria são ricos em detalhes que evidenciam a
identidade do Salvador. Revestem-se de um conjunto de elementos
proféticos, pelos quais a existência de Jesus se pautará. Ele foi
apresentado como pobre. Seus pais ofereceram um casal de rolinhas ou
dois pombinhos, como era previsto para as famílias mais pobres
Aliás, toda a vida de Jesus transcorrerá na pobreza. Com o rito de
oferta, o Messias tornava-se uma pessoa consagrada ao Pai. Esta será
uma marca característica de sua existência. Não se pertencerá a
si mesmo; todo seu ser estará posto nas mãos do Pai, por cuja
vontade se deixará guiar. O velho Simeão definiu a missão do
Messias Jesus: ser luz para iluminar as nações e manifestar a
glória de Israel para todos os povos. Por meio de Jesus, a
humanidade poderia caminhar segura, sem tropeçar no pecado e na
injustiça, e, assim, chegar ao Pai. Por outro lado, o Messias Jesus
estava destinado a ser sinal de contradição. Quem tivesse a coragem
de acolhê-lo, seria libertado de seus pecados. Mas para quem se
recusasse aderir a ele, seria motivo de queda. Portanto, Jesus seria
escândalo para uns, e ressurreição para outros. Esta cena
evangélica retrata, assim, o que Jesus encontraria pela frente.
(Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
PRECES
DA ASSEMBLEIA (Paulus):
Ouvi-nos
e atendei-nos, Senhor.
1. Guiai,
Senhor, a Igreja em sua missão de ser luz das nações.
2. Resgatai
os que se desviaram do caminho do amor e da paz.
3. Sustentai
os que têm fome de justiça e carecem do pão material.
4. Olhai
pelos desabrigados e inspirai as ações do poder público em seu
favor.
5. Socorrei
os desvalidos e todos os que vos buscam de coração sincero.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE DEZEMBRO:
Geral
– Paz e Esperança: Para que o nascimento do Redentor
traga paz e esperança a todos os homens de boa vontade.
Missionária
– Os pais de família: Para que os pais sejam autênticos
evangelizadores, transmitindo aos filhos o dom precioso da fé.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas
mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na
vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a
mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que
se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo
do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do
Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir
em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso
Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas
apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a
dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da
vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal
abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a
30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem
formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de
leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta"
muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano